Mais um ano letivo se iniciaria. Ainda não havia me recuperado dos anos anteriores, pandemia, mudança de rotina e agora parecia que tudo voltaria ao normal, exceto pelo fato que me sentia mais cansada. Sou professora há quase 15 anos, me formei aos 25 e segui essa vida desde então, sou feliz na maior parte do tempo, mas me dediquei muito ao trabalho e deixei coisas importantes de lado. Fui namorada, noiva e esposa por um longo tempo, mas ficou para trás e desde então guardei toda minha sexualidade dentro de mim.
Não que eu não tivesse vontade de explorar o mundo e todos os homens disponíveis, mas que estava sempre ocupada e pouco a vontade de pessoas novas. Nesse ano, resolvi mudar, queria conhecer novas pessoas e ter encontros, troquei o: “estou velha” por: “estou madura”. Voltei a cuidar do meu corpo e preocupar mais com a minha beleza. No primeiro dia de trabalho, sempre aparecem pessoas novas, mas estou acostumada a ter poucos homens em escolas e nesse ano não foi diferente, algumas moças novas e um ou outro rapaz, mas nada que me chamasse a atenção. Logo descartei o trabalho como um lugar potencial para encontrar alguém e passei a pensar em outras alternativas.
Tive dois encontros antes do que venho a relatar, homens mais velhos, divorciados e doidos por sexo. Queria ter vontade de foder sem compromisso, mas faltou uma química nos dois encontros e resolvi não aceitar. No trabalho, fiquei de ajudar uma moça que entrou, seu nome é Juliana, recém formada, 25 anos, mechas coloridas e mil sonhos novos. Na primeira impressão, me vi nela há 15 anos atrás, claro que não era tão estilosa quanto ela, mas no jeito de pensar e nos sonhos que tinha naquele momento. Rapidamente nos tornamos amigas, eu a ajudava a pegar o ritmo no trabalho e ela tinha um jeito diferente que alegrava o lugar ao redor.
Em um desses dias, saímos mais cedo e fomos tomar um lanche próximo a escola, foi o primeiro momento que começamos a falar mais sobre nossas vidas do que trabalho. Senti-me a vontade em conversar, contei coisas do meu passado e dos meus planos e naquele momento percebi que ela era uma amiga de verdade, não apenas uma colega de trabalho ou família. Juliana também me falou da sua vida, sua relação conturbada com a mãe, dos seus sonhos e de seus relacionamentos frustrados. No geral, foi uma tarde de mais risadas que lamúrias e foi muito bom. Depois desse dia, nos tornamos mais íntimas e combinamos outros programas fora da escola.
Saímos para um barzinho, flertamos com estranhos, bebemos drinks e dançamos:
-Fazia anos que não me divertia assim – disse quando fui deixa-la em casa
-Vai ter muitas outras vezes – ela disse e nos despedimos
Refleti muito antes de escrever esse conto para entender quando que as coisas começaram a mudar e lembrei-me de uma ocasião que me deixou intrigada no dia. Fomos até a casa de uma outra colega da escola que vende lingerie (estava sentido que iria precisar de algo novo em breve) estávamos apenas em mulheres e ficamos à vontade para experimentar as peças. Juliana por ser mais nova que o restante do grupo, preferiu usar o quartinho ao lado e eu fui até lá ver se ela precisava de ajuda. Ela ficou tímida quando me viu, pois estava experimentando uma peça. Eu olhei seu corpo de forma indiferente, reparei que era muito bonita, principalmente pela juventude, mas também já tive tudo aquilo e não me sentia atraída.
Para não deixa-la desconfortável, deixei-a a sós, mas logo ela me chamou e pediu minha opinião sobre um conjunto, disse que estava ótimo e quando me aproximei toquei a alça do seu sutiã par ajeita-lo e percebi que era estava diferente, mas até então pensei que era algo pessoal dela. Aproveitei e experimentei umas peças na sua presença e pedi sua opinião. Ela não olhava diretamente para mim e apenas dizia frases curtas e atrapalhadas. Hoje me recordo daquele dia e percebo o quanto fui desapercebida.
Continuamos nossa amizade, saiamos e nos divertíamos. Eu sempre a deixava em casa, nos despedíamos no carro e ia embora. Em um dessas noites, fomos para um bar que estava com um happy-hour com uma promoção para drinks em dobro, nos empolgamos e bebemos além do usual, não para perder o sentido, mas talvez a inibição. Quando fui deixa-la em casa, ela disse que tinha que falar comigo, estava muito alegre nesse dia, mas nessa hora ficou meio desconcertada.
- O que foi Ju? – você ficou diferente
-Não sei como te falar isso – ela disse
Nesse momento me aproximei dela para dar um abraço e dizer que poderia me dizer, iria ajudar. Estava esperando que ela dissesse que estava passando por algum problema pessoal. Quando me aproximei do seu corpo, senti sua respiração mais rápida e ofegante, podia ouvir seu coração acelerado, fui me preocupando até que ela se aproximou do meu rosto e me beijou.
Não interrompi o beijo, mas não beijei, apenas deixei ela me beijar.
- Agora entendo por que estava tão nervosa para me contar... – disse
- Olha me desculpa, sei que foi errado da minha parte, mas preciso falar a verdade, tenho sentido muitas coisas em relação a você – ela disse
- Que coisas exatamente?
-Não sei descrever, amor, desejo, paixão – ela disse
Uau, fiquei sem reação, era muito mais sério que pensava, naquele momento ainda pensava que ela queria apenas uma história engraçada para recordar. Bom, já tive curiosidade em uma relação assim, mas isso ficou para trás, não via a Juliana como alguém que pudesse sentir desejo, mesmo ela sendo linda. Mas ainda esperava por um homem e aquilo tudo era confuso, ao mesmo tempo, sentia que ela era uma pessoa perfeita e que jamais encontraria alguém que me entendesse tão bem.
- Fala alguma coisa, por favor – ela disse
Não sabia o que dizer, queria dizer não, mas tinha medo de me arrepender e quando resolvia topar aquilo, me faltava algo. Resolvi tentar. Me aproximei do seu rosto e a beijei, um beijo com vontade, como não fazia há vários anos, com desejo. Ficamos nos beijando por alguns minutos dentro do carro, senti desejo e percebi que precisava e merecia aquilo. Ela dividia o apartamento com outra amiga, mas me chamou para subir, fiquei receosa e com medo de não conseguir, mas topei.
Subimos em silêncio, entramos no apartamento e sua amiga estava adormecida no sofá com a televisão ligada. Fomos caladinhas para seu quarto e trancamos a porta, me senti uma adolescente novamente. Nos beijávamos com desejo e tesão, mas não tinha coragem de toca-la como se fosse um homem, estava perdida, era como se fosse minha primeira vez e percebi que ela também não sabia o que fazer, mas o seu desejo falava mais alto.
Ela foi me beijando, me despindo. Eu fechei os olhos e fui me deixando levar, meu tesão reprimido estava florescendo novamente. Senti sua pele quente na minha, seus seios nos meus, estávamos de pé, eu já estava completamente nua e ela de calcinha. Ela se ajoelhou e começou a fazer sexo oral em mim, minhas pernas ficaram moles e me apoiei na cama, queria gemer alto, mas lembrei de sua amiga e me contive. O sexo oral dela era diferente de todos que havia recebido, era como se beijasse minha boceta com um desejo animal.
Não demorei para gozar, sentia que estava muito lubrificada, seus dedos deslizavam nos lábios da minha boceta, ela apertava meus seios e mordia minhas coxas, eu estava dominada. Depois de vários minutos dessa forma, me levantei, precisava retribuir esse prazer, mesmo sem saber como. Tirei sua calcinha e pela primeira vez olhei uma boceta com desejo de beijar, tocar, sentir e esfregar. Quando coloquei os dedos, vi que estava tão excitada quanto eu não me contive para beija-la, beijei seus seios, sua barriga e cheguei até lá. Não sabia como fazer, mas estava tomada de desejo e fui beijando, lambendo e tocando. Juliana gemia de tesão, gemidos abafados pelo travesseiro, mas seu corpo tremia de prazer e sua mão segurava meus cabelos.
Ela estava muito molhada e queria sentir nos duas juntas, deitei sobre ela e sentimos nosso corpo já suado de amor se tocando. Foi difícil encontrar uma posição para que nossas vaginas se encontrassem, mas fomos nos descobrindo até encontrar. Foi incrível, senti que estávamos ligadas e gemíamos juntas nos nossos ouvidos, ela beijava meu pescoço e me mordia com tesão, não demorou muito e gozamos mais uma vez, nossos corpos estavam ensopados de prazer. Ficamos deitadas por algum tempo nos acariciando, sem entender como aquilo havia ocorrido. E foi sem dúvida minha melhor noite de prazer, mesmo sem jamais ter pensado a respeito.
Espero que gostem do meu conto, caso queiram me escrever meu e-mail é almen.mg2018@gmail.com