Sem esconder minha cara de desconfiança, mas tentando manter a cordialidade, perguntei:
-Paula? Tá tudo bem? O que você veio fazer aqui?
Ela respirou fundo e disse baixo para o porteiro não ouvir:
-Para falar a verdade, fiquei curiosa para te conhecer melhor, afinal de contas, se meu pai, o perfeccionista e egocêntrico o escolheu para escrever a biografia dele, além de bom profissional, você deve ter um conteúdo interessante e isso já notei lá em casa, no tempo em que conversamos na biblioteca.
Aquilo estava com cara de lorota total, após o tempo que passei ouvindo as calhordices de Ori, poderia estar sendo paranoico, mas achei que tivesse dedo dele ali. Eu sabia que ele tinha um casal de filhos, mas nunca os tinha visto nem por fotos, e na casa deles, não notei se havia algum retrato de família. Decidi tirar a dúvida, na hora, fingi que tinha que ver uma mensagem no meu celular e pedi licença a Paula. Afastei-me um pouco, e graças ao São Google, digitei Paula Delares – filha Ori e na parte de imagens, havia algumas que confirmavam que a jovem era mesmo filha dele.
Minha primeira dúvida estava desfeita, Paula não era uma garota de programa de luxo ou uma farsante qualquer enviada por Ori para me passar um trote ou quem sabe arrancar o que eu pensava sobre ele. Restava saber se ele não tinha combinado algo com a filha, vindo dele, não duvidaria de nada. Paguei para ver e disse que poderíamos conversar em meu apartamento, mas antes perguntei:
-Tem certeza que seu pai não ficará chateado por você estar aqui? Não quero me desgastar com ele.
-Relaxa! Morei dos 19 aos 21 em Orlando e sempre fui livre, pode ter certeza de que saber que eu estive à noite em seu apartamento não será a coisa mais chocante que ele já descobriu sobre mim.
Subi e no elevador pensei: “Puta que pariu! Além de apertado meu apartamento tá uma zona, é capaz da patricinha dar meia volta”.
Eu já tinha tomado algumas doses de diferentes licores, inclusive Amarula no barzinho perto do meu prédio, não estava bêbado, mas levemente fora do prumo e se Paula não tivesse aparecido, continuaria com o meu vergonhoso ritual que sempre fazia nas noites em que não ia transar, onde sempre após tomar umas doses, subia para o meu apartamento e ficava horas na frente do notebook, revendo fotos e vídeos dos meus tempos de namoro e noivado com Raquel e também ouvindo músicas românticas internacionais. Nesses momentos deprimentes que se estendiam pela madrugada, recordava mil e uma coisas que vivemos e imaginava como teria sido se ainda estivéssemos juntos.
Farei um pequeno adendo aqui, já que entrei no assunto, mas retornarei à visita de Paula. Quando conheci Raquel, eu tinha 26, quase 27, e ela 22, ela estava terminando o curso de Odontologia. Namoramos um ano e dois meses e depois foram quatro meses de noivado. Quando Raquel já estava com um bom consultório montado e eutrabalhando em um grande jornal/portal de notícias, do nada, ela começou a demonstrar um comportamento frio, uma falta de brilho nos olhos quando eu falava, notei logo, apertei-a muito, e Raquel acabou revelando que não tinha mais certeza sobre nosso casamento nem mesmo se me amava, pediu um tempo de um mês, mas dois dias depois, terminou tudo comigo através de uma ligação. Obviamente, fiquei sem chão.
Fui atrás, tentei demovê-la da ideia, questionei se Raquel tinha se apaixonado por outro, mas não era esse o problema, buscando horizontes talvez mais promissores, ela não via mais graça em mim e nos nossos planos e contra isso não havia remédio.
Fiquei muito mal mesmo, devo a ela o fato de ter sido demitido de um bom emprego, pois além de ter adotado um comportamento de louco com o término do noivado e de ficar uma semana até sem tomar banho, não conseguia mais escrever uma merda de uma notinha. Além disso, mandei o chefe de redação tomar no cu na frente de vários colegas e fui merecidamente despachado.
Nas primeiras semanas após o nosso término, segui Raquel todas as noites , acreditando que iria flagrá-la com outro, mas nada. Porém, dois meses depois, descobri que ela estava “conhecendo melhor” um advogado.
Fiquei oito meses com um leve quadro de depressão, não cheguei a tomar remédios, mas sofri para caralho, e desde então, deixei de acreditar em amor e foquei só em fazer sexo casual, porém nesses momentos de pileque, eu ainda sonhava com Raquel. Já havia se passado três anos de nossa separação e provavelmente nesse período, eu tenha magoado umas duas mulheres que quiseram ter um compromisso mais firme, porém nos últimos tempos, eu tinha duas ficantes que felizmente só queriam sexo.
Voltando à visita inesperada de Paula. Entramos em meu apartamento, ofereci-lhe uma cerveja ou vinho e ela aceitou a segunda opção. A jovem, dez anos mais nova que eu, desandou a fazer intermináveis perguntas sobre a minha vida e a falar sobre a dela, foi mais de uma hora nisso. Notei que a patricinha estava indo rápido demais com o vinho que se não era dos mais vagabundos, também estava longe de ser de uma marca imponente.
Paula quis saber sobre o conteúdo da biografia do pai, porém, eu disse que ela teria que esperar ser publicada, pois não estava autorizado a revelar:
-Uma coisa é certa, a verdade não será o forte dessa biografia – Disse Paula, já com a voz meio pastosa. Fiquei curioso e quis saber mais:
-Por que está dizendo isso?
Paula sorriu já enchendo mais uma taça de vinho:
-Você é jornalista. Devia pesquisar mais sobre o passado da família Delares, meu bisavô já era coronel daqueles de mandar matar com requintes de crueldade, depois, meu avô seguiu o legado e agora o meu pai, todos não pensaram duas vezes em aniquilar os que tentaram atrapalhá-los.
-A biografia do seu pai irá focar em outros aspectos, digamos, com ele curtiu e curte a vida, não acho que ele entrará em partes mais graves como as que você citou.
-Curtir a vida, ele curte mesmo, aquele pilantra! ahahaaha
Paula veio cambaleante para o meu lado, estava visivelmente embriagada e tentou me abraçar e beijar. Esquivei-me não por ser um santo ou por não ter ficado tentado pela patricinha gostosa, mas é que entre os meus defeitos, o de me aproveitar da vulnerabilidade de uma mulher alcoolizada não fazia parte. Segurei-a pelos ombros e disse:
-É melhor você se sentar, Paula. Acho que bebeu rápido demais e o vinho não desceu bem.
Paula rindo disse:
-Me beija logo, porra! Claro que você quer me comer! Até o Leonardo di Caprio já quis me comer, vai dizer que você não.
Se era para mentir, eu também entrei na dela:
-Pois é, mas a Jennifer Lopez também já quis dar para mim e a rejeitei, eu sou difícil, honey.
Paula começou a rir e disparou:
-Você não é difícil, você deve ser veado! A gente poderia fazer uma troca, me ajeita a Jennifer Lopez e eu te passo o di Caprio para comer a sua bunda! Ahahahahaha
-Ok, amanhã eu dou a bunda para o di Caprio e você se pega a com Jennifer Lopez, mas acho melhor eu te levar para a sua casa agora.
Eu também já tinha bebido um pouco, mas estava bem, porém queria leva-la de Uber ou táxi, mesmo correndo o risco do canalha do Ori nos ver e achar que embriaguei sua princesinha para me aproveitar, porém Paula esbravejou
-Nem fodendo! Já tô aqui mesmo, então vou ficar! Descanso um pouquinho e quando melhorar, a gente transa, se quiser eu finjo que sou o di Caprio para você se animar. –Disse já se ajeitando no meu sofá.
Poucos minutos mais de tagarelice e Paula apagou. Peguei-a no colo, levei-a para o meu quarto e ainda tive que acabar fazendo o papel de babá, com direito a cobri-la e arrumar sua cabeça no travesseiro. Depois, deitei-me no sofá, onde passei a noite com Mocorongo, meu gato, amarelo e branco, que não deve ter gostado nada de dividir o espaço que costumava ser só dele.
No outro dia, fui comprar algumas coisas na padaria para não fazer feio com a hóspede inesperada. Quando voltei, Paula estava no chuveiro e depois saiu usando um moletom meu que ficou grande nela, pensei: “Ela age como se fosse da casa”.
-Aquele vinho seu tava mais com jeito de ser cachaça ou de estar com uma boa noite Cinderela, nem vi como cheguei ao quarto.
-Você falou meio mundo de bobagens, depois apagou aqui e eu a levei, mas tome um café antes de ir.
-Hum, me levou no colo e colocou na cama? E não quis dar uma olhadinha em nada mesmo que rapidamente.
Balancei a cabeça como que dizendo nem vou responder.
Apesar de não estar “vestida para matar” como quando chegou na noite anterior, preciso reconhecer que Paula, mesmo sem um pingo de maquiagem e com aquele moletom que escondia completamente suas curvas, a loirinha tinha seu charme. Seus grandes olhos verdes, as poucas sardas e um sorriso quase que constante, serviam para desarmar até alguém como eu.
Após tomarmos o café, liguei para Palhares e soube que novamente Ori não poderia me atender. Paula se sentou no sofá e parecia não ter pressa nenhuma. Não entrou em muitos detalhes sobre o pai, mas deixou claro que apesar de não ter nenhuma grande mágoa dele, preferia muito mais a mãe.
Finalmente, ela foi ao quarto e acreditei que vestiria suas roupas para ir embora, porém, pouco depois, a patricinha me chamou e ao passar pela porta, fui surpreendido com ela só de calcinha preta, exibindo um belo par de seios médios, com aréolas rosadas quase transparentes, e me puxando para um beijo. Já não era mais surpresa para mim que ela tinha ido na noite anterior atrás de sexo casual, mas depois de tudo o que ocorrera, não imaginei que houvesse clima, ainda mais naquela hora da manhã, porém, não seria idiota de recusar uma bela garota de 22 anos, seminua no meu quarto e agora sóbria que queria transar, nem lembrei-me de seu pai, apenas retribui o beijo com vontade e a levei para cama, onde deitados, seguimos nos pegando.
Se eu esperava uma dondoca bem fresca na cama, me enganei de cara, pois Paula tinha atitude e gostava de provocar, tanto que ficou de quatro na cama ainda de calcinha e ordenou empinando a bunda:
-Fica em pé ali só me olhando.
Obedeci, mas fui tirando minha roupa. A calcinha dela não era fio dental, mas era pequena dava para ver o contorno de sua boceta e seu cuzinho cobertos pela peça. Sem olhar para trás, Paula começou a rebolar lentamente, o bumbum dela era daqueles que pelo fato de ter uma cintura fina, parece que começa pequeno em cima e vai crescendo até ficar grande, arredondado e ainda tinha deliciosas e perfeitas marcas de biquíni. Ela começou a passar a mão na boceta, mas por cima da calcinha, provocava fingindo que iria tirar a peça, deslizava os dedos pelo rego e vez ou outra me olhava.
Quando finalmente, fui autorizado a subir na cama, segurei-a pela cintura e fiquei admirando sua bunda. Beijei suas costas, depois suas nádegas, fazendo-a se arrepiar inteira, mordi levemente aquele rabo e já tomado pelo tesão, ao invés de arrancar sua calcinha, acabei rasgando-a, o que a fez dar um gritinho e rir. Foi nesse momento que pude ver sua boceta rosada com pelos no formato de retângulo que eram loiros (foi a primeira boceta loira que eu via de perto) e também seu cuzinho. Fiquei um bom tempo deslizando meus dedos por seu bumbum, coxas, costas e bocetas. Também beijava todas essas partes. O que foi deixando-a molhada.
Voltamos a nos beijar, Paula pegou no meu pau que possui 18cm e uma grossura interessante e começou a me masturbar e eu passei a acariciar e a chupar seus seios. Com a outra mão, ela puxava meus cabelos dando a entender que estava gostando de minha boca e língua em seus seios. Após alguns minutos assim, desci até a sua boceta que possuía os pequenos lábios bem salientes e um clitóris médio. Procurei brincar um pouco com a boca ali próximo antes de propriamente de começar a chupá-la. Feito isso, comecei a passar minha língua nos pequenos lábios, subindo e descendo suavemente, depois foquei no clitóris. Um bom sexo oral depende de vários pontos, como saber como e com qual intensidade a língua deve mexer, paciência para ter que ficar ali vários minutos, sensibilidade para notar o ponto exato que mais dá prazer à mulher, além de outros detalhes, foi por isso que caprichei na chupada e fui recompensado após quase dez minutos com um duplo orgasmo estridente de Paula com direito a muitos fluídos e um cheiro espetacular. Ela própria contou depois que ficou surpresa quando um orgasmo veio logo depois de outro, pois isso só tinha ocorrido uma vez com a patricinha antes.
Dei o tempo necessário a ela, e depois começamos a transar, primeiramente no papai e mamãe, onde senti como era quente aquela boceta rosada e loira que perfumava todo o quarto. Depois, a peguei de quatro e Paula começou a rebolar em meu pau enquanto eu estocava de maneira cadenciada querendo que aquele momento durasse o máximo possível. Fui estocando por vários minutos na mesma posição, dobrei-me por cima dela para ficar perto de sua cabeça onde passei a beijar seu pescoço e rosto, até o cheiro do suor dela me deixava excitado. Em seguida, ela veio por cima, mas eu que fui comandandoo os movimentos, cruzei meus braços por suas costas fazendo com que Paula praticamente ficasse deitada sobre mim e comecei a estocar com muita força. A patricinha começou a gemer mais alto e após uns bons minutos acabou gozando. Tirei meu pau e a fiz me chupar, incrivelmente ela não parou nem quando anunciei que iria gozar e acabou engolindo quase tudo, exceto um pouco que escorreu por seu queixo, pescoço e seios.
Após um tempo deitados conversando sobre banalidades, partimos para a segunda. Paula começou a meu chupar, mas a coloquei na posição para fazermos um 69. Que maravilha chupar aquela boceta molhada e exalando cheiro de sexo. Também chupei seu cuzinho e aproveitei para cutuca-lo com a ponta do meu dedo médio. Voltei a penetrá-la, agora ela de barriga para baixo e com as pernas bem abertas enquanto eu bombava de leve. Não imaginei que naquele ritmo, ela já fosse ficar tão excitada, mas para minha surpresa, a patricinha pediu:
-Fica metendo assim, sem muita força porque está gostoso para caralho sentir o pau entrando e saindo nesse ritmo.
Obedeci e fiquei assim por vários minutos até que os pequenos gemidos foram se tornando gritos agoniantes, e jogando o rosto contra o colchão, Paula começou a gozar loucamente num misto de choro e fúria, suas pernas e braços sacudiam como que num transe ou mesmo algum tipo de ataque. Finalmente, relaxou o corpo na cama com o rosto escondido e sem emitir nenhum som. Fiquei alisando meu pau de joelhos, pois ainda não tinha terminado. Após uns dois minutos, ela se virou rindo, muito suada e vermelha e perguntou se eu queria gozar novamente em sua boca, porém eu tinha planos mais ousados , comecei a alisar seu cuzinho, como não encontrei resistência, introduzi um, depois dois dedos. A patricinha topou fazer anal, desde que eu tivesse algo para passar, por sorte, eu tinha um gel lubrificante e com muita calma besuntei seu ânus e meu pau. Coloquei-a de lado e fui tentando sem pressa, alguns minutos depois, já estava todo dentro dela me mexendo até com certa facilidade, indo bem fundo. Aos poucos, fui socando mais forte e de vez em quando, tirava meu pau e via se cu totalmente dilatado, aquilo me deixava mais louco e a coisa esquentou quando Paula começou a me xingar e desafiar:
-Safado, filho da puta!! Arregaça meu cu! Quero ficar com ele dolorido por uns dois dias para me lembrar o quanto você é vagabundo, pode socar sem medo, eu quero!
Aquelas palavras me fizeram criar coragem para bombar feito um alucinado, geralmente, no anal, nós, homens, vamos com certo receio por causa da dor que pode ser imposta à parceria, mas ali era ela me pedindo, isso me deixou com muito mais tesão, segurei ao máximo meu orgasmo ao mesmo tempo que a estocava com fúria, finalmente, depois de vários minutos, não resisti mais e explodi num gozo forte e delicioso como há um bom tempo não sentia.
Depois de tomarmos um banho, Paula ainda ficou um tempo comigo e voltou a tagarelar:
-Fala a verdade, quando entrei na biblioteca e puxei conversa com você, não ficou pensando: será que tenho uma chance com ela?
-Claro que não! Foi indiferente. Você é bonita, mas nem me passou pela cabeça tentar algo. Se toda mulher bonita que eu visse na rua ou num local qualquer, fosse parar para pensar se tenho ou não uma chance, acho que grande parte do meu dia iria só nisso.
Paula gargalhou como que não acreditando:
-Aahahahaha! Você é escroto demais. Achei que bancaria o gentil, dizendo que se encantou por mim de cara, mas mesmo após acabar de comer até o meu cu, segue com essa panca de seco. Por um lado e até bom porque ao menos é honesto.
-Claro que você é linda e tive muita sorte de passar essas horas maravilhosas com você, mas seria mentira, falar em amor à primeira vista ou mesmo uma atração incontrolável, sou meio gato escaldado.
-Foi isso que me deixou intrigada. Os caras, geralmente, já chegam querendo me seduzir, bancando os gentis e quando sabem que sou filha de Ori Delares, aí é um plus. Porém você nem mesmo quando joguei charme para o teu lado, me deu uma olhadinha diferente, por isso resolvi vir tirar a prova ontem, pensei “Ou esse cara é assexuado ou um gay daqueles bem discretos”.
-Espero que essas dúvidas tenham sido dissipadas, porque ontem até falar que ia ajeitar o Leonardo di Caprio para me comer, você falou.
Ela gargalhou não acreditando.
Paula ainda ficou mais um tempo e depois foi embora. Pensei em pedir que não falasse nada ao pai, mas achei desnecessário. Não combinamos nenhum novo encontro, apenas nos despedimos com um beijo na porta.
Restava agora saber se nossa transa tinha sido coisa de uma vez ou haveria repeteco. Bater de frente com Ori não era algo que eu estava disposto e para complicar um velho fantasma do passado, voltaria a me assombrar em um futuro próximo.