Contos Vorazes: Intriga no Gabinete

Um conto erótico de O Bem Amado
Categoria: Heterossexual
Contém 2378 palavras
Data: 03/07/2022 22:26:33

Algemado e escoltado por dois policiais federais, Gonçalo, Chefe de Gabinete Ministerial, irrompia pela porta principal do edifício residencial onde morava com a esposa exposto a centenas (talvez milhares) de curiosos, todos de celular em punho tirando fotos ou fazendo vídeos diante de mais um escândalo envolvendo políticos que não sabiam guardar seus cacetes dentro da calça; antes e entrar na viatura que o conduziria para a praxe do exame de corpo de delito e posterior tomada de depoimentos, ele olhou para o outro lado da rua e vislumbrou o motivo de sua perdição. Na calçada oposta, Darlene o observava com um ar de profunda tristeza, ousando mesmo lhe enviar um aceno do tipo “Adeus, meu querido!”. E um pouco mais recuada e oculta ele também observou outra mulher: Solange sua secretária.

Dentro do veículo ele relembrava como tudo teve início culminando na decretação de sua prisão. Alguns meses antes Gonçalo comemorava uma de suas falcatruas mais exitosas com direito a elogios do superior, comemoração regada a champanhe e vários tapinhas nas costas, quando Solange, sua secretária se aproximou cochichando algo em seu ouvido; discretamente, ele se afastou da festividade e correu até a sua sala onde atendeu um telefonema cujo interlocutor, um prestigiado segundo escalão do Executivo lhe pedia um favor em nome de outrem também dotado de muito prestígio.

Dias depois, Gonçalo recebia em sua sala uma figura feminina que despertou toda a sua atenção e dedicação; seu nome era Darlene, uma gordelícia de ascendência oriental dotada de todos os atributos que deixavam Gonçalo fora de si: peitos enormes, bunda saliente, barriguinha tipo travesseiro, rostinho angelical, sorriso envolvente e mãos delicadas; ela viera por indicação que lhe fora comunicada previamente naquela ligação telefônica anterior e buscava um cargo de livre nomeação para obter independência financeira livrando-se do jugo de seu patrono (o tal político dotado de muito prestígio).

Após uma rápida conversa para se conhecerem melhor, Gonçalo chamou por Solange e entregou-lhe o currículo de Darlene solicitando que providenciasse sua nomeação indicando seu local de trabalho e demais detalhes relevantes; despediram-se com a cordialidade de um aperto de mão que quase enlouqueceu o tecnocrata ao sentir a maciez da pele de Darlene. Tudo teria hibernado a partir daquele momento, só que não foi bem assim; Darlene ocupava um cargo em uma seção anexa à Chefia de Gabinete ocupada por Gonçalo que desde o primeiro dia de trabalho dela, fazia questão de saudá-la pela manhã, desfrutar se sua companhia em almoços esporádicos e algumas xícaras de café no final do expediente.

Alguns reprovavam seu atitude entendendo tratar-se de uma forma de assédio sexual, o que logo despertou preocupação em Gonçalo que decidiu esclarecer isso diretamente com Darlene; em uma sexta-feira pouco antes do término do expediente, ele pediu a Solange que trouxesse a moça até sua sala para que pudesse ter uma conversa privada com ela. Assim que estavam a sós, Gonçalo confidenciou suas preocupações com disse-me disse e a suspeita de que ele estivesse a assediá-la e perguntou como ela se sentia a respeito disso.

-Nossa, seu Gonçalo! Isso é um disparate! – respondeu ela com moderada indignação – o senhor tem me tratado com tanta cortesia e amabilidade …, o que esse pessoal pensa que somos?

-Concordo com você – comentou ele em seguida – Talvez se você pudesse mostrar a eles que tem um marido, ou coisa parecida …, apenas para dissipar essa impressão …, isso pode ser útil para ambos e …

Nesse instante, Darlene não conseguiu conter as lágrimas que rolaram por seu rosto enquanto engolia um soluço entristecido.

Imediatamente Gonçalo saiu de sua mesa e pegou na mão de Darlene levando-a para o sofá e tentando consolá-la. “O Senhor não sabe de minha história! E também não sabe que salvou minha vida quando me arrumou esse emprego!”, respondeu ela em tom de desabafo ainda tentando conter as lágrimas em seus olhos. Gonçalo ficou mais preocupado e pediu que ela se abrisse com ele; Darlene contou-lhe que o tal político de prestígio a trouxera de sua cidadezinha natal para a capital com a promessa de dar-lhe educação e oportunidade; todavia, o que ele lhe deu foi abuso, fazendo dela uma espécie de escrava sexual.

Condoído com a narrativa de Darlene que não poupou até os detalhes mais sórdidos, Gonçalo aproximou-se dela e ambos se abraçaram. “O senhor sim que é um homem bom! Se eu tivesse alguém assim, talvez eu conseguisse se feliz!”, sussurrou ela no ouvido do sujeito que sentiu seu corpo corresponder de uma forma avassaladora, fazendo a coisa desandar de vez; lábios afoitos se encontraram encerrando um beijo cheio de lascívia, e depois outros ainda mais densos e profundos. E quando ele ousou tocar o busto de Darlene percebeu uma respiração arfante de quem desejava receber aquele toque.

Não foi preciso muito para que o casal se entregasse ao desejo delirante que compartilhavam às escondidas; deitado sobre o colo de Darlene que já havia desnudado suas mamas fartas, Gonçalo saboreava os mamilos durinhos coroados por pequenas aureolas de tom levemente róseo, alternando-os em sua boca como quem degusta uma iguaria única e especial; Darlene por sua vez acariciava seus cabelos com uma das mãos enquanto a outra já cingia o membro rijo de seu chefe, masturbando-o enfaticamente e também massageando suas bolas. Gonçalo estava tomado por um frenesi voluptuoso onde Darlene representava a materialização de todos os seus desejos mais ocultos e queria aproveitar tudo ao máximo.

Em questão de minutos, livraram-se das roupas exibindo sua nudez aos olhos gulosos do outro e vice-versa; Darlene se ajoelhou e depois de beijar a glande protuberante de Gonçalo lambeu-a com delicadeza sem tirar os olhos das expressões faciais de seu parceiro que cerrava os olhos e gemia baixinho. “Desde o primeiro dia …, eu desejei ser sua! Você me encantou de uma forma que eu sempre sonhava com momentos como esse!”, dizia ela em tom elogioso sem deixar de lamber o membro e beijar a glande; e ante o olhar estupefato de Gonçalo, Darlene fez seu membro desaparecer dentro de sua boca, presenteando-o com uma mamada veemente e cheia de excitação.

Alguns momentos depois, era Gonçalo que desfrutava do sabor da gruta quente e úmida de sua parceira, usando sua língua não apenas para explorar todos os detalhes daquela anatomia perfeita, como também proporcionar um indescritível prazer que fez Darlene experimentar uma sequência quase interminável de orgasmos que eram celebrados com gritos e gemidos que ecoavam pelo ambiente que àquela hora encontrava-se deserto. “Por favor, Gonçalo! …, me fode! Me faz tua fêmea! Vem!”, pediu ela em tom de súplica; Gonçalo levantou o rosto de mirou a expressão ansiosa de sua parceira cujo rosto não escondia seu desejo por ele. Darlene se pôs de quatro sobre o sofá e separou as pernas empinando o traseiro deixando tudo à mostra para o desfrute visual de seu amante.

Gonçalo pincelou os lábios da gruta com movimentos suaves antes de enfiar de uma só vez sua vara nas entranhas de Darlene cuja reação foi um gemido delicioso e um gingado convidativo a que ele prosseguisse em uma cópula que logo mostrou-se de um frenesi alucinante, salpicado por gritos, gemidos, grunhidos roucos e uma cumplicidade absolutamente única.

Darlene gozou tantas vezes que não apenas perdeu a conta como temeu perder os sentidos já que o desempenho de Gonçalo superava qualquer expectativa sem nenhuma demonstração de arrefecimento; pelo contrário, o sujeito exibia uma resistência digna de ser registrada para a posteridade, e mesmo suando por todos os poros, ele não reduzia a veemência de seus golpes, sempre causando um novo orgasmo que sacudiam o corpo de Darlene obrigando que ela retribuísse com mais gritos e gemidos.

-Gonçalo! Por favor …, Ahhh! Ahhh! Quero mais! – balbuciava ela com tom arfante e voz entrecortada – Quero ser todinha tua! Fode meu cu! Me faz tua cadela! Ahhh! Uhhh!

O sujeito, repentinamente, desacelerou seu ímpeto surpreso com o pedido de sua parceira, que era reiterado ininterruptamente; ele separou as nádegas vislumbrando o minúsculo orifício que centelhava em delirante provocação; Gonçalo respirou fundo e dedou a região até conseguir laceá-lo o suficiente para enterrar seu indicador, ouvindo um prolongado suspiro de Darlene que não tentou se afastar da libidinosa intimidação, comprovando sem a necessidade de palavras o anseio que lhe tomava os sentidos.

Foi então que Gonçalo sacou sua ferramenta da vagina alagada de Darlene e começou a esfregá-la sobre o outro orifício em um gesto insinuante que enlouquecia ainda mais sua parceria, cujos gritos implorando pela curra do macho podiam ser ouvidos por todo o andar daquele edifício. Ele então deixou de lado a provocação passando para a ação; com uma estocada contundente fez seu membro projetar-se contra o selo rompendo-o impiedosamente com a glande invadindo e laceando, obrigando Darlene a abafar seu grito com a palma da mão, porém sem apartar-se do que estava por vir.

Gonçalo prosseguiu com estocadas curtas até obter êxito em ter seu mastro totalmente enfiado no orifício que foi suficientemente laceado para acomodar o invasor dentro de si; seguiu-se, então, uma sequência de golpes que iniciaram-se cadenciados e aos poucos foram ganhando uma rapidez delirante que acabou por explodir em mais uma saraivada de gozos que chacoalhavam o corpo de Darlene que já não tinha mais nenhum controle sobre suas reações deixando-se levar pela luxuriante insensatez que tomava conta de sua razão fazendo daquele homem sua única razão de existir.

Finalmente, pressentindo a doce derrota avizinhar-se de si, Gonçalo intensificou ainda mais seus movimentos até que um longo espasmo acompanhado por contrações musculares involuntárias puseram um encerramento ao idílio do casal com o macho atingindo seu clímax num gozo estrondoso que revelou-se em ejaculações volumosas que encharcavam as entranhas de Darlene cuja reação se dava por rebolados, gritinhos histéricos e suspiros deliciando-se com a onda quente e viscosa que a invadia. Tomados por uma exaustão compreensível, Darlene e Gonçalo acabaram sendo pegos em uma pesada sonolência na posição em que estavam, com o mastro murchando e escorregando para fora do orifício arregaçado da fêmea.

O que veio depois daquela noite foi algo avassalador e inconsequente, com Gonçalo adquirindo um apartamento para Darlene em uma discreta área que lhe permitia encontrá-la sempre que possível; de outro lado, ele precisava prestar muita atenção em tudo e em todos, especialmente em Dorothéia, sua esposa cuja desconfiança empatava com sua vigilância sobre o marido. Mesmo assim, correndo todos os perigos imagináveis, Gonçalo envolveu-se ainda mais com Darlene que por sua vez encontrara nele a plena realização de todas as suas fantasias e idealizações sobre o macho ideal para compartilhar, entregando-se de corpo e alma a um relacionamento que tinha tudo para dar errado.

Dorothéia era uma mulher ambiciosa que encontrara em Gonçalo tudo que buscava na vida: dinheiro, prestígio, alguma influência e conforto; o que ela escondia de todos era a sua bissexualidade pela qual desfrutava de todos os prazeres carnais que a vida lhe propiciava; e foi por conta disso que um telefonema mudou o curso de sua história. A mensagem dizia para ir a um encontro em um motel mequetrefe situado em uma localidade próxima; assim que entrou no quarto vislumbrou a nudez atordoante de sua parceira que deitada sobre a cama redonda abria as pernas oferecendo-se para um doce embate.

Dorothéia despiu-se e logo desfrutava de um sessenta e nove repleto de lambidas e mordidinhas em seu clítoris que devolvia com a mesma veemência, provocando uma onda avassaladora de orgasmos que eram celebrados com gemidos entrecortados; não demorou para que ambas mudassem para posição de “tesoura”, com suas vulvas esfregando-se alucinadamente, desaguando em mais gozos caudalosos que vertiam incessantes, misturando-se ao suor de seus corpos esguios de formas delirantemente sinuosas. A entrega carnal prolongou-se até que toda a energia vital se esvaísse de ambas que quedaram-se abraçadas, inertes e ainda ofegantes.

“Teu marido tá perdendo o controle da situação! Está cegado pelo tesão que nutre por uma funcionária!”, comentou a mulher quando recuperou algum folego; Dorothéia mirou seu rosto exibindo uma expressão de intensa fúria, a mesma fúria que afugenta e atemoriza os homens. “Mantenha a calma …, tenho uma ideia …, mas preciso contar com sua ajuda!”, emendou a parceira com tom modulado. A mulher traída fitou o rosto de sua companheira e depois de um momento enigmático abriu um sorriso maquiavélico enquanto sua boca procurava os lábios sedentos de sua parceira, encerrando um beijo que serviu de estopim para um novo recomeço de bocas e línguas ávidas desfrutando-se mutuamente até obter mais uma onda irrefreável de orgasmos que culminaram em uma deliciosa exaustão.

Dias depois, Gonçalo e Darlene desfrutavam de um banho na jacuzzi de sua própria casa aproveitando que a esposa dele tivera uma viagem de emergência para visitar familiares e entregavam-se a uma cópula delirante com a água morna e os jateadores incumbiam-se de tornar ainda mais repleta de prazer; e foi naquela banheira que eles fizeram tudo que tinham direito terminando com a fêmea de pé apoiando-se sobre a parede de azulejos e empinando o traseiro a espera de receber o mastro de seu macho deflorando mais uma vez seu selo anal que redundou em estocadas repletas de intensidade e salpicada por gemidos embargados e suspiros entrecortados até Gonçalo ver-se mais uma vez vencido pelo orgasmo que explodiu sem aviso deixando o casal satisfeito e prostrado.

Agora, dentro da viatura a caminho da delegacia para depoimento, Gonçalo tentava compreender como ele fora denunciado não apenas pelas suas “operações”, como também pelo vídeo vazado de suas diversões com Darlene em sua própria casa com Dorothéia desfilando de esposa dedicada e chifrada; ele jamais poderia imaginar que alguém instalara uma câmera oculta em sua casa (ou melhor, câmeras!). Ao saltar do veículo Gonçalo foi abordado por Cunha, seu advogado que limitou-se a uma única expressão sussurrada em seu ouvido: “Se prepara, parceiro! A casa desabou!”. Em um carro estacionado do outro lado da rua, Solange usufruía da cena patética de ver seu ex-chefe sendo conduzido para a sua própria desgraça. Darlene viu seu mundo desaparecer como uma ilusão, submetendo-se a nova chefia comandada por Solange que prometia deliciar-se em humilhá-la sempre que possível.

Dorothéia? Bom ela se deu bem, pois conseguiu provar que desconhecia as falcatruas do marido e alguns meses depois divorciou-se vindo a unir-se com o mesmo político influente que apadrinhara Darlene e que agora fazia todas as vontades de sua nova companheira.

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