A Forma Picante de Se Fazer Cinema - Parte 2

Um conto erótico de J. R. King
Categoria: Heterossexual
Contém 1903 palavras
Data: 11/08/2022 19:15:29

Depois de tomar café com a sua família, Teresa foi cuidar dos cavalos da fazenda, sua tarefa diária. Limpou os seus estábulos, escovou o pelo, mas nada disso a fazia tirar da sua cabeça a cena que ela viu pela janela. Na verdade, tudo começou a parecer bem diferente para ela depois daquilo. Em determinado momento, se pegou olhando para as partes íntimas do cavalo e sua cor fez lembrar do ator negro que vira. Sua mente imaginava coisas que ela jamais achou que pensaria. Sentia um formigamento nas pernas e no meio delas. Aquilo estava lhe consumindo.

Até que ela viu todos saindo da estalagem por volta das 8, levando algumas malas que guardavam o equipamento. Teresa refletiu se faria mesmo aquilo, e quando finalmente se decidiu, abandonou o estábulo para segui-los. Ela os seguiu de longe. Não queria ser notada, apenas queria saber onde eles iam. Eles se meteram mata adentro, passando pelas árvores até encontrar o lugar ideal. Quando se assentaram, começaram a tirar o equipamento, como câmeras e microfones. Teresa se escondeu atrás de uma árvore em uma leve barranco no terreno. Dali ela conseguia ver tudo o que acontecia.

Nicole era a atriz da vez na cena, que faria junto ao mesmo ator branco que ela viu na noite anterior. Eles disseram algumas poucas linhas de diálogos, ao qual Teresa estava longe demais para ouvir, e logo começaram a se beijar. Teresa os observava se beijando, ele apertava a bunda de Nicole com as duas mãos, cravando o short entre as abas. Em seguida, tirou sua camisa, e começou a beijar os seus seios. Nicole tinha a pele alva, seus seios eram pequenos, porém tinham volume o suficiente para ficarem empinados naturalmente. Seus mamilos eram quase da cor de sua pele, de forma a dificilmente notar o início de sua areola.

Teresa estava completamente vidrada na cena, e novamente começou a sentir aquele formigamento no meio de suas pernas. Teresa lembrou que não era a primeira vez que havia sentido aquilo antes. Ela havia sentido uma vez quando ainda estava na escola. Ela não sabia dizer de onde veio, apenas que começou a acontecer quando pensou em Roberto, um menino que trabalhava na padaria da praça da cidade com o seu pai. Aquele formigamento só foi saciado quando ela instintivamente começou a esfregar o seu travesseiro no meio das pernas. Ela fez isso até se saciar, mas depois se sentiu culpada. Sentia que havia feito algo de errado, sentiu que aquilo era um pecado, e Teresa odiava pecar. Mais do que isso, ela tinha medo. Então depois daquele dia, ela orou com mais paixão todos os dias, pedindo perdão a Deus pelo seu pecado até ela se esquecer que havia pecado um dia.

Mas novamente ela se lembrou daquele dia, pois sentiu novamente aquele formigamento ao assistir o homem lamber os seios de Nicole. E se tornou ainda mais intenso quando viu Nicole ser amarrada por um lasso em volta de uma árvore e então ter os seus shorts arrancados pelo homem, que se vestia tal qual um vaqueiro de faroeste.

Teresa viu aquele homem esbofetear a bunda de Nicole até ela ficar vermelha. Mas Teresa não entendia porque Nicole parecia estar gostando daquilo. Mais importante, ela também não conseguia entender por que aquele formigamento ficava mais e mais intenso. Involuntariamente, Teresa colocou sua mão no meio de suas pernas, tocando a região da sua virilha por cima do macacão que usava. Ela esfregou de leve sua mão, e já conseguia sentir aquela sensação de alívio.

Mas de repente, o transe que Teresa estava entrando foi interrompido por um som estranho. Um som que lhe remetia um medo que era comum a quem vivia em regiões como aquela. Era um chiado agudo, mas que Teresa conseguia identificar muito bem. Ela virou sua cabeça de leve, olhando para a árvore ao qual ela escorava sua mão esquerda, e viu logo acima uma cobra verde e bem longa enrolada no tronco, a observando pronta para atacar.

O desespero foi imediato. Teresa gritou de pavor e tentou correr, porém tropeçou na raíz da árvore e viu o pequeno barranco em frente à ela ficar mais perto quando ela começou a rolar. O grito de Teresa chamou atenção da equipe, que parou a filmagem para acompanhar Teresa descendo destrambelhada ladeira abaixo. Até ela parar logo em frente a eles.

Apesar do susto, Teresa não sofreu mais do que alguns ralados e um corte superficial em seu joelho esquerdo. Nicole se prestou a cuidar de seu machucado, o limpou e começou a fazer um curativo improvisado.

– Então, você tava seguindo a gente? – Perguntou Nicole, enquanto limpava o seu machucado.

– E-eu só queria ver pra onde vocês estavam indo. S-sabe, tem algumas tribos de índios aqui, pode ser perigoso se meter por essas matas. – Disse Teresa tentando se explicar. Teresa sabia que não havia índios coisa nenhuma por lá, e percebeu que mentira, outro pecado que ela odiava cometer. – V-você gosta de fazer filmes assim? Na frente de todo mundo?

– Vou te contar um segredo. – Disse Nicole, se aproximando de Teresa. – Eu não gosto muito de gravar essas cenas com todo mundo me olhando. Eu sou tímida. Mas não é tão ruim. Afinal, quem é que não gosta de dar uma foda, não é mesmo?

Teresa ficou em silêncio.

– Bem, você deve ser virgem ainda né. Com essa cara e jeito de santinha...

– N-na verdade, m-m-mais ou menos. – Disse Teresa, envergonhada e sem entender como ela era capaz de confessar algo assim a uma estranha.

– É mesmo é? – Nicole pareceu bastante empolgada ao descobrir isso. – Anda, me conta, adoro ouvir histórias assim.

– Não! – Exclamou Teresa, com medo.

– Tá, vamos fazer o seguinte. Eu te conto como foi a minha primeira vez, e você me conta como foi a sua, tudo bem? – Disse Nicole, tentando negociar.

Teresa pensou por um segundo,mas logo aceitou a proposta de Nicole. Afinal, mais e mais ela se encontrava obsessiva por Nicole.

– Tá bom. Tinha um cara que dava um belo pão no meu colégio que trabalhava na cantina. Ele devia ter uns 21 anos, mas tinha um belo borogodó. Todas as garotas da minha idade eram apaixonadas nele, inclusive eu. Mas todas elas se sentiam muito purinhas pra tentarem qualquer coisa. Eu sempre odiei isso, essa ideia de que as mulheres tem que ser pudicas e sempre esperarem o homem cortejá-las. Eu só não tinha paciência para isso. Quando eu decidi que ia dar pra ele. Eu escrevi num pedaço de guardanapo 'Quer sair comigo? Se sim, me encontre em frente à praça depois da aula.' e entreguei para ele quando ele deu o meu lanche. No final da aula, eu fiquei esperando ele na praça. Até pensei que ele não fosse aparecer, mas logo ele veio no seu carro me buscar. Ele então me levou até uma praia deserta lá no Rio e não demorou muito pra começar a me beijar. Daí eu peguei a mão dele e coloquei no meu peito, e ele nem acreditou. Depois, você sabe, uma coisa foi levando à outra e ele acabou me comendo. Mas e aí, agora é sua vez de contar.

– B-bem, não é tão legal quanto a sua. Tinha um menino na minha igreja, Alcides. Ele dizia que era apaixonado por mim, e eu acho que eu também era por ele. Mesmo que meu pai odiava pensar que eu namorava, a gente namorava escondido. Ele dizia que queria fazer algo mais comigo, mas eu dizia que eu deveria ser virgem até eu me casar. Só que ele disse que se a gente fizesse por trás, eu ainda continuaria virgem. Então um dia depois da escola eu fui na casa dele e a gente fez. Só que doeu tanto que eu nunca mais quis fazer, e então ele terminou comigo. Eu achei que fazer essas coisas sempre doía, mas você parecia estar gostando tanto. Até mesmo quando ele... quando ele tava te batendo.

– Querida, sempre dói um pouco, mas às vezes é legal. Você só tem que fazer com quem sabe. Além disso, ganhar uma bufunfa fazendo isso é bom demais!

Depois que Nicole terminou de cuidar do ferimento de Teresa. Eles voltaram para terminar de filmar a cena. Teresa queria ficar para continuar assistindo, como sugeriu Armando, diretor do filme. Mas ela achou que já estava muito tempo longe da fazenda, e que seu pai iria desconfiar.

Quando Teresa foi embora, Armando comentou com Davi, seu roteirista e cameraman.

– Aí, Davi, aquela filha do caseiro dá um caldo, hein. Vocês acham que dá pra chamar ela pro nosso filme.

– Duvide-o-dó. – Disse Davi. – Conheço aquele tipo, crentelha. Já namorei uma. São as piores, é um parto pra conseguir comê-las, e não é nem tão bom assim.

– Sei não, hein, bicho. Acho que a Nicole já tá se engraçando com ela.

Nicole ouviu a conversa dos dois, mas não deu muita atenção. No momento, ela só tirou novamente a roupa e se prendeu à árvore para continuar o filme.

Quando Teresa voltou, estava com uma sede imensa, então decidiu ir até em casa pegar um copo d'água. Mas quando entrou, foi surpreendida pelo seu pai, que brutalmente a pegou pelos cabelos e a jogou no sofá da sala.

– O que eu te falei sobre não falar com eles, hein! – Esbravejou Seu Aloísio.

Teresa ainda tentava se recuperar da dor do puxão do cabelo quando viu o seu pai tirar o cinto da calça para lhe punir mais.

– Do que você tá falando? E-eu só fui pegar umas lenhas. – Disse Teresa, com as lágrimas já escorrendo pelo rosto.

– Mentirosa! – Gritou Seu Aloísio e acertou Teresa com o seu cinto, fazendo a pobre garota chorar mais ainda. – Eu fui até o estábulo e você não estava lá! Você tava com aqueles degenerados não tava!? Eles estão te desviando do caminho do senhor! Sua pecadora!

Furioso, Seu Aloísio começou a esbofetear Teresa com seu sinto até sua raiva passar. Teresa tentou implorar para que seu pai parasse, mas foi em vão. Ela olhou para o lado e viu sua mãe observando tudo, em total silêncio, enquanto segurava no colo seu irmão. Cada chibatada doía em sua alma mais forte que seu corpo. Teresa não sabia entender o que fizera de tão errado. Por um momento, ela se lembrou do momento em que viu Nicole ser também esbofeteada presa à árvore, e em como ela falou que a dor às vezes pode ser prazerosa. Teresa então começou a se imaginar presa na árvore, da mesma forma que Nicole, e de alguma forma essa imaginação tornou o castigo de seu pai menos doloroso.

Quando Seu Aloísio já não tinha mais forças, ele a mandou para o seu quarto e a mandou pedir perdão a Deus pelos seus pecados. Teresa correu e se trancou, deitando em sua cama e chorando de solução enrolada em seu travesseiro. Sentia sua pele queimando, mas não conseguia reunir forças sequer para orar. Com o tempo, a tristeza então se tornou raiva, uma raiva por não entender o porquê daquilo estar acontecendo com ela. Ela já não concordava mais com suas crenças, achava injusto se sentir culpada pelo que imaginava ou que desejava fazer. E então ela nutriu essa raiva dentro de si durante todo o dia trancada em seu quarto. À noite, Teresa já sabia o que queria fazer. E estava determinada a isso, não importa o que acontecesse.

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