Minha vida dentro do casarão de Sr. Felippe seguia-se um mar-de-rosas, fora dos muros da imensa casa entretanto fui percebendo que minha vida não seria assim tão fácil, Sr. Phillgrin passeava comigo á cavalo, eu notara nos escravos uma expressão incrédula e muita reprovação, pois qualquer um que me visse, montado em seu cavalo como um príncipe, perceberia meu ar de felicidade, principalmente Damião que parecia o mais inconformado de todos. Mas não foi só dele, em certa instância, Sr. Felippe permitiu que fosse visitar meu pai e este por sua vez ao me ver mal me reconhecera, pois abandonara os trajes de menino humilde e adotava o visual sofisticado com o qual Sr. Phillgrin queria que eu vestisse, encheu-me de perguntas sobre o que o homem havia feito comigo desde que fui morar em sua fazenda, eu apenas disse que não tinha feito nada além de aprender á tocar piano, ler, escrever, e cozinhar para ele, entretanto meu pai continuava desconfiado. Certa vez, eu e Felippe saímos juntos pela primeira vez, e eu experimentei pela primeira vez o gosto amargo do ciúme:
Chego no quarto e percebo que Felippe está se arrumando para ir na festa
Eu (espantado) - Vai á essa festa?! Como assim? todo mundo lá da cidade vai estar lá certeza que sofreremos provocações...Eu vou com o senhor!
Phillgrin - Não precisa, juro que não vou matar ninguém.
Eu — Mas eu quero ir, quero tar perto, se precisar... quero te proteger.
Felippe — (sorri tocado) Tá bom, vem, ter meu neném do meu lado é sempre bom, seja lá pro que for.
Ele Coloca um black tie elegante, bonito com gravata borboleta, cabelo com gel penteado de lado, assim como eu também estava. Sr. Felippe Phillgrin entra, arrumadíssimo, beleza estonteante. Maravilhado comigo ele diz: - Nossa! Que aparição!
- Estou à altura? - Ele pergunta
-O senhor tem porte pra segurar um black tie. Elegância...Casal bonito demais pra ocasião que é... É até preocupante.
Felippe — (delicado) Confia em mim, amor. Eu sei o que estou fazendo.
-Espero que saiba mesmo.
Planos gerais da festa: Uma noite, no Cassino, convidados chegando. Vozerio, muita movimentação, muitos convidados, clima chique, quente, noite elegante. Turma da cidade cada um de seu canto. Vão aparecendo aos poucos. Entre eles Amaral Soares, rapaz elegante que chegara recentemente da Europa. burburinho na porta atrai todo o salão. Convidados cochicham, olham. Amaral e seu pai ainda não vêem quem chegou. Mas o homem nota a presença do amigo, surpreso:
Amaral — Quem é que tá chegando pai?, todo mundo já tá aqui, que tumulto... ?(Logo ele vê Phillgrin primeiro, reage forte)
Pai do Amaral —É... ele. O Felippe Phillgrin e o Daniel... - sorri.
Eu entrando. Felippe segue-me um pouco atrás. Reações atônitas de Todos. O circo dos nossos "Colegas" da cidade em torno de mim, que fico sob bombardeio cerrado. Paro, sereno, sem hostilizar a ninguém, deixando-me levar, sorridente. Vozes abafadas dos convidados comentando.
-A gente não precisava disso...Digo
— Ninguém me obrigou, Dan! Não fica com pena, pelo contrário!
Eu— Eu não tô com pena mas tô preocupado.
Felippe — Já te expliquei no caminho...
Eu — Por isso mesmo. A gente devia ir embora.
Felippe — (sorridente) Calma, eu me garanto...
Vemos Amaral e seu pai que é amigo de Felippe, longe, calado. Amaral com ele, estranhamente Amaral reage cada vez mais inseguro sem Felippe notar:
Enquanto Felippe me apresenta para o moço, Amaral vem até nós, cumprimentar, ele chega até nós, está especialmente bonito esta noite. Lá pelas tantas da festa, Amaral que fazia-se íntimo com ele, e o desejava ardentemente, dirigiu-lhe um gracejo. Noite prossegue normal.
ESSA PARTE DO CONTO QUEM NARRA É O SR. FELIPPE PHILLGRIN
Seriam nove horas do dia. Um sol ardente de março esbate-se nas venezianas que vestem as sacadas de uma sala, nas Laranjeiras. A luz coada pelas verdes empanadas debuxa com a suavidade do nimbo o gracioso rosto de meu amado sobre o aveludado escarlate do papel que forra o gabinete. Reclinado na conversadeira com os olhos a vagar pelo crepúsculo do aposento, Daniel parece imerso em intensa cogitação. O recolho apaga-lhe no semblante, como no porte, a reverberação mordaz que de ordinário ele desfere de si, como a chama sulfúrea de um relâmpago. Mas a serenidade que se derrama por toda a sua pessoa, se de alguma sorte desmaia a cintilação de sua beleza, a embebe de um fluido inefável de meiguice e carinho, que o torna irre-sis-tí-vel. Seus olhos já não têm aqueles fulvos lampejos, que despedem nos salões, e que, a igual do mormaço crestam. Nos lábios, em vez do cáustico sorriso, borbulha agora a flor d’alma a rever os íntimos enlevos.
Sombreia o formoso semblante uma tinta de melancolia que não lhe é mais habitual desde certo tempo, e que não obstante se diria o matiz mais próprio das feições delicadas. Há homens assim, a quem um perfume de tristeza idealiza. As mais violentas paixões são inspiradas por esses anjos de exílio. Daniel concentra-se de todo dentro de si; ninguém ao ver esse gentil menino, na aparência tão calma e tranqüila, acreditaria que nesse momento ele agita e resolve o problema de sua existência; e prepara-se para sacrificar irremediavelmente todo o seu futuro. Eu que entrava no gabinete fui arrancar o formoso pensativo à sua longa meditação. Aproximei-me da conversadeira para estalar um beijo na face do meu menino, que só nessa ocasião acordou da profunda distração em que estava absorta.
Ele caminha para as janelas, e com petulância nervosa suspende impetuosamente as duas venezianas, que pareciam um peso excessivo para a mão fina e mimosa. A torrente da luz precipitando-se pela abertura das janelas, encheu o aposento; e Daniel a adiantou-se até a sacada, para banhar-se nessas cascatas de sol, que lhe borbotavam sobre a régia fronte coroada do de cabelos castanhos, e desdobravam-se pelas formosas espáduas como uma túnica de ouro. Embebia-se de luz. Quem o visse nesse momento assim resplandecente, mal poderia acreditar que sob as pregas do roupão estava a ondular voluptuosamente o homem da minha vida. Depois de saturar-se de sol com a alva papoula, que se cora aos beijos de seu real amante, Daniel dirigiu-se ao piano e estouvadamente o abriu. Dos turbilhões da estrepitosa tempestade cromática, que revolvia o teclado, desprendeu-se afinal a sublime imprecação da Norma, quando rugindo ciúme, fulmina a perfídia de Polião. Moderando os arrojos dessa instrumentação vertiginosa, para fazer o acompanhamento, Daniel começou a cantar; mas às primeiras notas, sentindo-se tolhido pela posição, abandonou o piano, e em pé, no meio da sala, roçagando o roupão como se fosse a cauda do pálio gaulês, ele reproduziu com a voz e o gesto, aquela epopeia do coração traído, que tantas vezes tinha visto representada por Lagrange. A ferocidade do homem enganado, sanha do leão ferido, nunca teve para exprimi-la, nem mesmo no exímio cantor, uma voz mais bramida, um gesto mais sublime. As notas que desatavam-se dos lábios de Daniel, possantes de vigor e harmonia, deixavam após si um frêmito, que lembrava o silvo da serpente, sobretudo quando este braço torneado distendia-se de repente com um movimento hirto para vibrar o supremo desprezo.
- "Está fatigado de ontem?" perguntei com expressão
- "Nem por isso; mas sinto-me lânguido; há de ser o calor" - respondeu o moço para dar uma razão qualquer de sua atitude pensativa.
-"Estes bailes que acabam tão tarde não podem ser bons para a saúde;"
continuei por aí além a descrever suas impressões do baile da véspera, sem tirar os olhos do semblante de Daniel, onde espiava o efeito de minhas palavras, pronto a desdizer-me de qualquer observação, ao menor indício de contrariedade. Deixei ele falar, desejoso de desprender-se de minhas preocupações e embalar-se ao rumor dessa voz que ouvia, sem compreender. Sabia que eu conversava acerca do baile; mas não acompanhava o que eu dizia. De repente, porém, interrompeu-me:
- Que tal achou a Amaral, Sr. Felippe?
-É um moço muito distinto - respondi sorrindo; simples e de muito bom gosto. É um menino bem galante! - afirmei.
Do outro lado da cidade Amaral questionava á seu pai (que é banqueiro) quem era o menino ao lado do Phillgrin na festa:
-"Bom.. digamos que ele é o protegido do Sr. Phillgrin ( respondia o homem aos risos)
-E o que o senhor acha dele papai?
- É bem-educado. Dizem que toca piano perfeitamente, e que tem uma voz muito agradável. - Mas não costuma aparecer na sociedade. É a primeira vez que o encontramos; não me lembro de a ter visto antes.
- Foi a primeira vez!
Pronunciando estas palavras, a o rapaz parecia de novo sentir sua alma refranger-se atraído imperiosamente por esse pensamento recôndito que o absorvia.
Voltando á minha conversa com Daniel...ele me perguntava
- Diga-me uma cousa, Sr. Felippe!
- O que é, Daniel? -
Mas há de ser franco. Promete-me?
- Franco? Mais do que eu sou, menino? Se é este o meu defeito!... O moço hesitava.
- Experimente, Senhor! Quem acha o senhor mais bonito?, o Amaralzinho ou eu? - disse afinal Daniel empalidecendo de leve.
- Ora, ora! - acudiu Phillgrin a rir. -Está zombando, Daniel. Pois, o Amaralzinho é para se comparar com vós mi cê?
- Seja sincero!
- Outros muito mais bonitos que ele não chegam a seus pés.
(Nesse momento citei quatro ou cinco nomes de rapazes que então andavam no galarim e dos quais não me recordo agora. )
- É tão elegante! disse Daniel como se completasse uma reflexão íntima.
- São gostos!
- Em todo o caso é mais bem-educado do que eu?
- Do que vós mi cê, Daniel? Com a educação que lhe dei há de ser difícil que se encontre em todo o povoado outro moço que tenha sua educação. Lá mesmo, por Paris, de que tanto se fala, duvido que haja.
- Obrigado! É esta a sua franqueza, Felippe?
- Sim, senhor; a minha franqueza está em dizer a verdade, e não em escondê-la. Demais, isso é o que todos vêem e repetem. tu toca piano como o Arnaud, canta como um primor, e conversa na sala com os deputados e os diplomatas, que eles ficam todos enfeitiçados. E como não há de ser assim? Quando tu quer, Daniel, fala que parece uma novela.
- Já vejo que o senhor não é nada lisonjeiro - acudiu o menino sublinhando a última palavra com um fino sorriso de ironia. - Mas Entendo o que vós micê quer dizer; o dinheiro faz do feio bonito, e dá tudo, até saúde.
-Tu não és assim pelo dinheiro, nem porquê se uniu á mim e tirou proveito de minhas lições, muito antes quando era um simples menininho humilde que carregava baldes D'água para ajudar a família eu já te via como um menino muito especial. - Disse isso e o beijei apaixonadamente nos lábios
DANIEL VOLTA Á NARRAR Á PARTIR DAQUI
posso dizer que graças ao senhor Phillgrin pude lidar melhor com minha sexualidade. Depois de muito fantasiar, viver tudo aquilo apenas na imaginação não me saciava mais, precisava da prática, não imaginava que o Senhor Felippe teria algum interesse em me possuir como um de seus escravos, ele é um homem Alpha, bonito, inteligente e sedutor tem dezenas até centenas de homens aos seus pés (as vezes literalmente) o que eu teria para oferecê-lo ? acho que vinha daí minha insegurança quanto á Amaral. Afinal eu um rapaz e 23 anos interiorano e universitário sem nenhuma (real) experiência em BDSM mas com muito tesão, o Senhor Phillgrin então desde que entrou em minha vida nada tem sido o mesmo. Por meses todos os dias eu tenho a obrigação de aguardar pela ordem diária, o senhor pode escolher minha roupa, solicitar me ver batendo punheta ou o que ele tiver vontade naquele dia, não cabe a mim questionar apenas obedecer, o Senhor Felippe então se tornou parte da minha rotina, acordo pensando “qual será o desejo do meu SENHOR hoje ?”
Aos poucos com a convivência com o Dom fui compreendendo melhor sobre meu papel de submisso, assim descobrindo e potencializando o prazer de poder servi-lo, nos dias que ele escolhe minhas roupas por exemplo eu fico muito excitado em sair usando elas, entendi que essa excitação parte do meu lado exibicionista, a ideia de estar obedecendo meu Senhor em público, com todos a minha volta vendo e ainda por cima nem se dando conta me deixa louco de tesão. O próximo passo foi o senhor Felippe Phillgrin decidir sobre meu cabelo, a partir desse momento esse meu corpo já não me pertencia mais, sou propriedade do meu senhor Phillgrin e meu único propósito é lhe proporcionar prazer e para melhor agrada-lo, receber qualquer simples elogio do meu Dono me deixa de pau duro e babando na hora. O Senhor Felippe a pedido meu me deu um apelido, ele escolheu Cavalo, desde então adotei como minha nova identidade, sou o Cavalo Escravo Submisso do Dom Phillgrin e como bom Alazão do meu senhor é meu dever carregá-lo ele montado em mim.
Medo e tesão podem ser uma combinação perigosa as vezes.
Te faz ir para caminhos sem volta. Experimentei pela primeira vez ser um escravo e agora fico com a sensação de que nenhum outro sexo será tão bom quanto aquele.
Naquela tarde, mais uma vez, Segui as orientações às cegas, pela voz do Sr. Phillgrin. Estava disposto á obedece-lo sem me recusar á nada, pois não queria que nenhum Filhinho de Papai o tirasse de mim então...
ESSA PARTE DO CONTO É NARRADA PELO PHILLGRIN
A sessão começou de forma tranquila, ele parecia bem; começamos com as orientações, normas e condutas de praxe, envolvendo os itens de segurança e esclarecimentos genéricos, e tudo seguia dentro do esperado. Mas o menino começou a ficar mais nervoso que o usual e EU percebi isso.
Fiz o reconhecimento do seu corpo e ele começou a ficar mais ofegante…
Ele começou a tremer e, gostoso como é, EU não pensava em outra coisa senão todos os planos para a NOSSA tão esperada Sesão! Claro que estava de olho, mas também queria que aquilo tudo chegasse ao clímax;
Ele começou a ficar estranho, mas seguimos, dizia-se nervoso, agitado e ansioso por toda a situação… como não permito drogas nas sessões, nem previamente, sabia que não era esse o problema, mas comecei a ficar preocupado.
Apesar do clima tenso, o que me dá muito tesão, até tentei acalmar o moleque… calma, calma dizia EU e ele não conseguia parar, mostrando-se mais nervoso e agitado, seu coração batia forte – como raramente eu vi – e suas mãos tremiam sem parar…E não deu outra, após lamber minhas botas por algum tempo, o Daniel não aguentou e começou a passar MUITO, MAS MUITO MAL… com certeza, foi por causa do nervosismo e ansiedade do momento.
Passamos juntos por momentos difíceis e, claro, que a sessão foi interrompida, pois, acima de qualquer coisa, prezo pela saúde dos meus.
As peças de couro foram jogadas longe, coloquei-o na cama, trouxe água, refrigerante, enfim, fiz o que pude, mas a catarse dele demorou para passar. Confesso que não tinha visto alguém tão nervoso antes, ele tremia, suava, chorava, enfim, o que não faltou nessa sessão foi emoção!
Digamos que aproveitei a dominação (de medo e ansiedade, está certo) mas não deixa de fazer parte das coisas que busco e que me deixam satisfeito, gosto de medrosos e daqueles que tremem. Depois, tudo ficou bem, ele não morreu! Fomos até comer um lanche juntos, “Gargalhadas”… dessa vez, não só sádicas, mas de felicidade por poder ter realizado não só as minhas fantasias e fetiches, mas de muitos
ESSA PARTE QUEM NARRA É O DANIEL
Arrepios, calafrios, era medo? era tesão? por um momento pensei – meu Deus, o que que eu tô fazendo aqui? – mas eu não sairia de lá por nada, o show estava pra começar. Minhas mãos suavam, sentia meu coração na boca, quando senti o toque das mãos sob minha cabeça, uma voz em meu ouvido dizia: a palavra de segurança é amarelo. Eu tremia, meu tesão foi a mil, meu pau duro arrebentava por cima do meu short, meu cú piscava involuntariamente, e eu queria me entregar cada vez mais. Nesse intervalo de tempo, pensamento, sensações, vieram a venda, a máscara, e algemas. Lá estava eu entregue, à serviço, ajoelhado em um capacho de espinhos, extremamente só e indefeso. Ele pegou no meu peito, e apertava, apertava, apertava, eu gritava e me contorcia de tesão. Foi quando começaram as ordens: fique de pé, imóvel. Fui agarrado com força por trás e uma mão exploradora coberta por luvas de couro começou a desabotoar minha camisa. Senti os dedos alisando o meu peito e roçando meus mamilos. O tesão e o medo já estavam à flor da pele e eu nem sequer estava despido. Sentia na nuca a respiração e a barba do meu dominador, que se afastou e ordenou que eu tirasse a camisa. Depois o tênis, as calças e as meias, ficando só de cueca.
“Agora tire a cueca”. Minha cueca ao perto das 18:00h já estava toda melada de tanto que meu pau havia babado, muita excitação, nunca havia sentido algo assim antes. Ao baixar a cueca meu pau duro de tesão saltou vibrando para fora. Mal começamos e já estou aqui com a barraca armada. Mas como trair minhas próprias sensações, que em breve estariam sob o controle do outro? Agora pelado, de pé, as mãos ainda para trás e pernas abertas, pau meia-bomba em ascensão, me senti completamente vulnerável, talvez como um soldado capturado pelo exército inimigo e sem saber qual seria o próximo lance. “Sente-se”, veio de novo o comando. “Agora deite-se”. Obedeci e fiquei assim por alguns instantes: na horizontal, vendado, braços esticados junto ao corpo.
Transpirava e tentava disfarçar o medo e minha respiração rápida, o coração galopando no peito. Meu pau levantou de vez, sem que em nenhum momento alguém o tivesse tocado desde a minha chegada à masmorra. Senti que duas tornozeleiras, com certeza de couro, eram presas em meus pés e na sequência acorrentadas à cama. Meus braços foram levantados e uma algema circundou meus pulsos, prendendo-os acima da cabeça. E lá fiquei, esticado, preso ao sofá-cama, sem controle dos meus movimentos. Meu pau pulsava como se tivesse vida própria, alheio à minha vontade. O ritmo da minha respiração foi aumentando, o suor escorrendo e encharcando minhas costas que foram se colando ao couro que revestia o colchão. Senti uma mão alisando a parte interna das minhas coxas, depois alisavam meu peito. Puta que pariu! Exclamei para mim mesmo, já sentindo o desespero aumentar sob o calor das mãos explorando meu corpo dos pés à cabeça. Uma mão segurou meu saco e apertou de leve meus bagos. Ato contínuo, um cockring (pulseira de couro com botões de pressão) se fechou, prendendo meu pau e meu saco e aumentando a pressão do sangue em meu pau, que eu não via, mas imaginava que estivesse completamente duro, a glande totalmente exposta e a cabeçona entumecida. Desespero total. Escuridão. Suor. Mãos passeando pela minha pele e apalpando minhas coxas com força. Um misto de tesão e medo incomparáveis e então… A dor. Prendedores de roupa começaram a beliscar meus mamilos eu estremecia. Apertei os lábios para não gritar, respirando forte pelo nariz. Senti que os prendedores nos mamilos eram puxados e manuseados de leve, provocando um puta desconforto e dor considerável. Meu corpo se contorcia involuntária mente sob o comando daquelas mãos tão hábeis. Os prendedores foram retirados dos mamilos e senti um breve alívio, ainda que eles estivessem pulsando de dor. Estavam tão sensíveis que uma simples brisa seria capaz de me fazer cair de joelhos, se estivesse em pé e não deitado e amarrado. Mas o alívio durou pouco.
Respirei fundo, aliviado. Por último, como um golpe de misericórdia, dois grampos de metal unidos por uma corrente foram presos aos meus mamilos. Gritei, sem controle, tomado pela dor e pelo êxtase. Agora duas mãos alisavam a sola dos meus pés, fazendo cócegas e aumentando meu sofrimento. Eu me debatia sem controle, sem saber se deveria rir ou chorar naquela situação de desamparo e entrega forçada. Quanto mais eu me contorcia em minha agonia, maior era a dor provocada pelos grampos pesados em meus mamilos. Meu pau parecia uma rocha e pulsava loucamente sem controle
De repente os grampos que prendiam meus mamilos foram retirados e uma língua quente e molhada percorreu cada um deles. Eu gemia de tesão e ao mesmo tempo me contorcia tentando me esquivar daquela boca sedenta. Foi então que senti os dentes se fechando em torno do meu mamilo direito. Meu corpo atado à cama se ergueu num arco involuntário provocado pela dor que só aumentava enquanto os dentes se cravavam mais fundo. E sem que eu tivesse um segundo de descanso, o mamilo esquerdo passou a receber o mesmo tratamento. Eu suava, gemia, arfava e me contorcia inutilmente. Caralho, pensei, topei a parada e agora estou sendo zoado por um cara … pelado do jeito que vim ao mundo e sem nenhum controle sobre meu corpo e minhas sensações. Sentia meu saco pesado, precisava muito me aliviar. Uma mão agora punhetava meu pau devagar e isso só aumentou meu delírio. Queria eu mesmo bater uma punheta com força, esporrar em jatos quentes, gozar urrando como um animal selvagem reprodutor numa clínica de ordenha. Esvaziar os bagos e sair dali rápido e aliviado. Mas não podia, meu desejo era o que menos interessava naquele momento. Pelado, preso, suando feito um porco. Até que tudo adormeceu. Consegui por alguns minutos me acalmar e apenas sentir a dor e o tesão me engolfando de vez. Era como se meu corpo deslizasse em câmera lenta para dentro de um túnel úmido e quente e pairasse acima da cama. Faíscas brilhantes dançavam pela escuridão atrás das minhas pálpebras cobertas pela venda de couro.
Implorei para ver seu rosto e ele permitiu. Tudo o q eu precisava naquele momento era olhar para o meu senhor e pedir para que ele enchesse minha boca com sua saliva. Estava com sede e o cuspe dele me satisfazia, retirada a venda. Fitei meu algoz. Por incrível que pareça, vi ternura naqueles olhos azuis. Suas mãos muito brancas não me torturavam mais, ao contrário, acariciavam minha pele com cuidado, como que dizendo “Acalme-se, está tudo bem”. As algemas foram removidas e baixei os braços devagar, sem conseguir disfarçar uma careta de dor ao sentir que cada um deles parecia pesar uns cem quilos. Meus pés também foram desacorrentados e me sentei na cama, devagar, sempre sob a supervisão cuidadosa e autoritária do meu macho “Levante-se, vamos para o quarto”. Ao chegar lá me pôs em Seu colo. Trocamos, carinhos, beijinhos, abraços e juras de amor dos dois tanto dele pra mim, como de mim para ele dormimos fazendo muito muito carinho um no outro.
Do outro lado da cidade, um amigo pergunta á Amaral o porquê ele quer saber tanto da vida de Sr. Phillgrin pois desde que se encontraram Amaral não para de falar nele, Amaral apenas sorri e responde: - Quando pela primeira vez fumaram perto do senhor, não sentiu alguma cousa, um atordoamento?... Pois o Sr. Felippe tem uma fumaça invisível, que me embriaga ainda mais do que a do charuto de Havana, e até mesmo do que a desse nojento cigarro de papel, com que os rapazes de hoje se incensam. Toda essa gente que rodeia um velho ricaço, ministros, senadores e fidalgos, de certo que não espera casar-se com a burra do sujeito; mas sofre a atração do dinheiro.
- Agora mesmo, Amaral, estás me dando razão e mostrando sua instrução. Quem há de dizer que um menino de sua idade sabe mais de que muitos homens que aprenderam nas academias? E assim é bom; porque senão, com a riqueza que lhe deixou seu avô, sozinho no mundo, por força que havia de ser enganado.
- Antes fosse! - murmurou o rapaz recaindo em sua meditação.