Amor & Ódio (parte 7)

Um conto erótico de Daniel
Categoria: Gay
Contém 2798 palavras
Data: 13/08/2022 23:32:37
Última revisão: 14/08/2022 00:32:58
Assuntos: Gay, Sadomasoquismo

Sr. Felippe pergunta se estou melhor eu digo que sim e ele diz: "Que ótimo, então arrume-se, pois hoje á noite vamos jantar na casa de Dom Firmino, meu grande amigo. Quero que vá muito elegante e porte-se bem á mesa". Me arrumei á caráter, terno, gravata borboleta, cabelo com gel penteado por meu Sr. de lado, o visual de costume, levava um presente: uma caixa de charutos novíssima, mesma que o meu dono também usava. Ao chegar ao local D. Firmino não nos recebera, mas sim, seu filho, Amaral, tamanha foi sua decepção ao ver que Sr. Phillgrin chegava não sozinho como ele esperava mas sim acompanhado de mim, e logo desfez o sorriso de seus lábios assim que me viu, minha decepção também não era pormenor quando ele falou que o pai estaria indisposto e não poderia descer, imediatamente liguei os pontos: de certo D. Firmino se quer sabia desse nosso jantar, Sr. Felippe quis ir embora, mas o rapaz insistiu para que o fizéssemos companhia, ajudou Felippe á tirar o blazer e na mesma hora me entregou, ordenando-me que o guardasse em segurança. Sr. Phillgrin como sempre inteligente e sagaz percebera que a atitude, no mínimo incoveniente havia sido proferida como tentativa de me humilhar e logo retrucou:

-"Daniel está aqui como meu convidado Amaral, então o trate como um de seus convidados, não como seu empregado"

-"Perdoe-me Sr. é que eu pensei que..."

-"Pensou errado (interrompeu Sr. Felippe) ele está comigo e como tal, exijo que seja tratado da mesma maneira com a a qual eu for nessa casa"

-"Sim senhor, não tem problema, mandarei um de meus criados guardar seu paletó"

-"Oras Amaral, deixe disso, já me conheces tão bem, de certo teus criados tem afazeres mais importantes por cumprir, guardas tu meu casaco já que queres tanto que eu fique"

Com raiva e sentindo-se humilhado, Amaral leva o paletó de Sr. Phillgrin para guardar, não posso negar que adorei a cena principalmente por ele ter me defendido, embora não fosse qualquer humilhação guardar um pertence seu pois estou acostumado á fazer isso o tempo inteiro na casa dele, porém ali meu senhor que queria que fosse tratado cordialmente. Prosseguimos para a mesa de jantar, Amaral cada vez mais inseguro tentava de todo modo parecer superior á mim, primeiro foi na hora do jantar pele perguntou se me sentaria á mesa com eles, Sr. Felippe mais uma vez fez questão de dizer que ali era eu um convidado tal como ele, depois foi na hora em que a comida fora servida, Amaral não esperava de certo que eu iria saber usar tão corretamente os talheres e me portar á mesa como um verdadeiro cavalheiro, boquiaberto ele comentou:

-"Vejo que ensinaste muita coisa á teu criado Phillgrin, e ele aprendeu pelo visto muito depressa, o que não é comum em certos criados a aprendizagem rápida"

-"De facto Daniel aprendeu deveras rápido porém para mim não foi surpresa alguma pois sempre soube que era digno de uma inteligência fora do comum, admirar-me-ia se ele não o tivesse aprendido tão depressa"

Eu estava cada vez mais constrangido aquela mesa, e não ousava pronunciar qualquer palavra que fosse, corava cada vez que Sr. Felippe me olhava com admiração ou fazia-me elogios pois temia alguém suspeitar que entre eu e ele houvesse algo além da simplória proteção e esmero. Amaral deu então a última cartada da noite: começou á falar dos lugares que frequentava e das viagens á qual havia feito, e atreveu-se á perguntar em que lugares já havia ido, mas antes que lhe respondesse Sr. Felippe acudiu e disse: -"Ainda não tive tempo de leva-lo á nenhum desses lugares, entro de Férias esse mês, certamente faremos alguma viagem mas ainda não tivemos o tempo de decidir para onde", fiquei um pouco mais aliviado principalmente porquê o jantar estava acabando, fomos para a sala e conversamos, Amaral em certa instância, derramou um pouco de licor em cima de mim tentando fazer parecer que tudo não passara de um mero acidente, dirigi-me ao lavabo irritado, Sr. Phillgrin percebendo a artimanha dirigiu-se evasivo á biblioteca de D. Firmino como se de facto estivesse interessado em seus livros, oras, ele teria uma muito maior em casa com um número muito mais significativo de livros em sua coleção, a desculpa era apenas para esquivar-se de Amaral, mas o rapaz era persistente e foi só Sr. Felippe dirigir-se á biblioteca que ele foi atrás, sua esperteza aqui o traía se ele entendera a entrada no recinto como um convite para ficarem ainda mais sozinhos.

-"Quem o deixou entrar? saia daqui!" - Diz Sr. Felippe deixando de lado seu ar culto e armando-se de certa arrogância.

-"Eu não saio, eu estou em minha casa, nasci entre essas paredes, ninguém vai me impedir de circular por qualquer aposento" - Amaral diz isso enquanto tranca os dois sozinhos dentro da biblioteca.

-"Não percebe que não quero ver sua cara?"

-"Eu já entendi que foi longe demais com esse criado, mas vós mi cê passou dos limites o colocando dentro de minha casa, fazendo-o sentar em minha mesa e usufruindo de meus talheres"

Sr. Felippe agora movido por uma raiva esfuziante, levanta-se depressa da cadeira em que estava, arrastando-a no chão quando se levantou, dirigindo-se a porta mas antes que a abrisse Amaral disse:

-"Vejo que não está em seus melhores dias"

-"Estou exausto Amaral"

-"É uma pena, ouvir isso, eu esperava que estivesse mais bem disposto" - Diz isso com um sorriso cínico em seus lábios, enquanto desabotoa e abaixa as calças, mostrando a bunda ao Sr. Phillgrin

Com um sorriso decanto da boca e um ar malicioso Sr. Phillgrin pergunta -"Que pensa que está fazendo?" A arma de tal homem, é a sedução, e quem se entrega á seus beijos, está se entregando á um pacto mortal. "Vós mi cê é completamente louco" - Dizia Phillgrin

-"Ainda não viu nada" - dizia Amaral tentando arrancar-lhe um beijo, ao qual ele recusou.

-"Agora entendo, porquê ninguém quer nada contigo, é tão seguro de si...se acha tão poderoso...acha que consegue encantar á todos e fazer com que o obedeçam como se fosse um feiticeiro"

(Amaral tinha em seus lábios um sorriso maquiavélico acreditando estar ouvindo um elogio, porém tal sorriso se desfez quando começou á ouvir as frases seguintes)

"Mas estou meio decepcionado, imaginar-me ao lado de vós mi cê era melhor do que o que realmente foi"- Sr. Felippe citou alguns nomes de outros homens com quem já estivera que seriam mais atraentes e melhores que Amaral e isso deixou Amaral furioso.

-"Como ousa comparar-me aos outros?!"

-"Daniel também deve ser melhor que vós mi cê...sim para deixar louco praticamente todos os meus escravos" - Disse mantendo em seu sorriso um tom maquiavélico com toda a vontade e prazer em machucar Amaral, feri-lo com suas palavras, de faze-lo entender qual era seu lugar ali dentro daquela sala, Phillgrin nunca havia sentido tanto prazer em dilacerar alguém, nem mesmo nas tantas vezes em que maltratara seus escravos, ver o fútil rapaz ali prendendo o choro, não tinha preço.

Nesse instante Amaral se sentia totalmente humilhado como jamais estivera, nunca em sua vida provou o dissabor de ser rejeitado por quem quer que fosse, aliás jamais havia sido preciso sequer oferecer-se á ninguém e no entanto ele estava ali, de calças arriadas oferecendo-se á um homem que dizia em seus olhos sentir maior atração por seu escravo do que por ele, um rapaz tão culto, educado, fino e de porte distinto, como poderia ser comparado á um reles servo? se de fato este fosse ao menos atraente, mas era entretanto um menino apático, um tanto gordinho, sem um terço dos músculos bem definidos e os traços delicados de fino porte ao qual possuía Amaral, que despropósito!!!!

Ergueu sua mão para proferir um tapa com vontade no rosto de Felippe mas foi impedido por este antes que sua mão encostasse em sua face.

-"NUNCA MAIS ouse tocar em mim novamente" - Dizia Phillgrin ainda mais debochado do que outrora.

-"Eu vou acabar com vós mi cê!!!!"

-"Não, não vai, tudo que fizer contra mim, se voltará contra vós mi cê, inclusive essa tentativa rasteira de oferecer-se á mim"

-"Vai se arrepender por cada palavra" - Diz Amaral, se recompondo e deixando a biblioteca, a porta aberta e Felippe sozinho, Amaral dirige-se á seu quarto enquanto Felippe retorna á sala, indo de encontro á mim que acabo de sair do lavabo.

-"Então...vamos?" ele diz e nós fomos pra casa, perguntei porquê ele não despediu-se de Amaral, ele disse que Amaral estaria indisposto após o jantar.

Enfim, ao chegar em casa Sr. Felippe estava tomando banho e eu caí na cama dele peguei no sono, estava morto de cansaço, ele sai do banho enrolado na toalha e sorri ao me ver deitadinho em sua cama, admirou a cena por alguns minutos e soltou-se da toalha se deixando levar subiu na cama devagar e ainda meio molhado, foi quando senti ele beijando meu pescoço, acordei, ele disse: "Não meu amor dorme, você parece um anjinho dormindo, não quero atrapalhar, só não re3sisti em te ver assim quietinho, paradinho, eu sorri e voltei á dormi quando senti ele tirando meus sapatos, meias, beijando meus pesinhos em seguida tirando minha calça e o resto da minha roupa até me deixar nu, beijou minha barriga, lambeu meu umbigo me causou arrepios, começou a esfregar meus mamilos e eles se enrijeceram ao toque da boca e da língua dele, beijou meu pescoço, minha boca com carinho mas com muito tesão e totalmente apaixonado. Eu sorria para ele, olhando nos olhos dele e fazia carinho no seu cabelo molhado e cheiroso, ele sorria pra mim, olhando nos meus olhos retribuía o carinho, ele sussurrava dizendo que queria mais, apenas me virou de bruços e colocou um dos travesseiros em baixo de mim, empinando minha bunda, passou as mãos pelo meu corpo, lubrificou meu cu e foi se ajeitando atrás de mim, enfiando a pica vagarosamente no meu cu até que estivesse até o talo preenchido por aquela rola maravilhosa, começou um vai vem ritmado, hora mais forte, hora mais lento, com o corpo todo deitado por cima de mim, esfregando sua barba no meu pescoço e deixando-me todo arrepiadinho, ele não parava de esfregar sua barba, me fazendo cócegas, fazendo eu me encolher e até gritar um pouquinho, ele ria muito da minha aflição, mas eu gostava, perguntava se eu estava gostando eu falava que sim, meu Sr. Passava as mãos no meu corpo arrepiado, puxava de leve meu cabelo, falava sacanagem no meu ouvido, e mordiscava meu pescoço, eu estava nas nuvens, sentindo a piroca dele metendo cada vez mais forte no meu rabo e inchando dentro do meu cuzinho que em poucos minutos foi invadido pela porra grossa e quentinha do meu dono que alternando com seus beijinhos no meu pescoço, acabei por gozar ali, com meu pênis esmagado embaixo de mim, com ele por cima, gozei sem sequer encostar no meu pau. Ouvia ele sussurrar coisas no eu ouvido como: "Você é meu cristalzinho, jamais vou deixar que alguém lhe faça mal, porquê é e sempre será o MEU MENINO" Aquilo não parava por ali, qualquer lugar era propício, toda hora era o momento da gente se amar, no banheiro enquanto ele escovava os dentes, eu chegava por trás e o agarrava, quando terminávamos de fazer amor ele se sentava na beira da cama para fumar um de seus charutos, eu o abraçava por trás com toda a admiração que sentia nele e logo estávamos nos amando de novo, se ele ficava de pé pra vestir a roupa eu o abraçava por trás novamente beijando suas costas, ele já cansado e arfando, eu perguntava se ainda queria, ele dizia que sim e me comia de novo, o pau dele vivia duro, a gente já nem tinha tempo de se vestir, ele se atrasava pro trabalho pois não dá vontade de levantar da cama, com tantos beijos e carinhos um no outro e o que a gente faz da gente de tanto se amar? ele agora sesentia um verdadeiro adolescente comigo e era tão bom...

Do outro lado da cidade - Amaral conversava com seu pai sobre casamento...

-Já sei! Deseja que eu aponte alguém... Que eu lhe procure uma noiva nas condições precisas... Hã!...É difícil... uma sujeita no caso de pretender um rapaz como você, Amaral? Enfim há de se fazer a diligência!

- Não precisa, meu pai. Já o achei!

Teve o Lemos outro sobressalto que o fez de novo pular na cadeira.

- Como?... Tem alguém de olho?

- Perdão, meu pau, não entendo sua linguagem figurada. Digo-lhe que escolhi um homem com quem me hei de casar.

- Que Diz meu filho?! desejas lhe casar-se com um homem?! Já compreendo. Mas bem vê!... Como tutor, tenho de dar a minha aprovação.

- De certo, meu tutor; mas essa aprovação o senhor não há de ser tão cruel que a negue. Se o fizer, o que eu não espero, o juiz a suprirá.

- O juiz?... Que histórias são essas que lhe andam metendo na cabeça, Amaralzinho?

- Sr. Lemos, disse o menino pausadamente e traspassando com um olhar frio a vista perplexa do velho,

"completei dezenove anos; posso requerer um suplemento de idade mostrando que tenho capacidade para reger minha pessoa e bens; com maioria de razão obterei do juiz, apesar de sua

oposição, um alvará de licença para viver com quem eu quiser. Embora dois homens não possam casar-se. Se estes argumentos jurídicos não lhe satisfazem, apresentar-lhe-ei um que me é pessoal.

- Vamos a ver! acudiu o velho para quebrar o silêncio.

- É a minha vontade. O senhor não sabe o que ela vale, mas juro-lhe que para a levar a efeito não se me dará de sacrificar a herança de meu avô.

- É próprio da idade! São ideias que somente se têm aos dezenove anos; e isso mesmo já vai sendo raro.

O Lemos olhava com pasmo esse menino que lhe falava com tão profunda lição do mundo e uma filosofia para ele desconhecida.-

- Não valia a pena ter tanto dinheiro, continuou Amaral, se ele não servisse para casar-me a meu gosto; ainda que para isto seja necessário gastar alguns miseráveis contos de réis.

- Aí é que está a dificuldade, acudiu o Lemos, que desde muito espreitava uma objeção. Bem sabe Amaral, que eu como tutor não posso despender um vintém sem autorização do juiz.

- O senhor não me quer entender, meu tutor- replicou o rapaz com um tênue assomo de impaciência - Sei disso, e sei também muitas cousas que ninguém imagina. Por exemplo: sei o dividendo das apólices, a taxa do juro, as cotações da praça, sei que faço uma conta de prêmios compostos com a justeza e exatidão de uma tábua de câmbio.

O Lemos estava tonto

- E por último sei que tenho uma relação de tudo quanto possuía meu avô, escrita por seu próprio punho e que me foi dada por ele mesmo.

Desta vez o purpurino velhinho empalideceu, sintoma assustador de tão completa e maciça carnadura, como a que lhe acolchoava as calcinhas emigradas e o fraque preto.

- Isto quer dizer que se eu tivesse um tutor que me contrariasse e caísse em meu desagrado, ao chegar à minha maioridade não lhe daria quitação, sem primeiro passar um exame nas contas de sua

administração para o que felizmente não careço de advogado nem de guarda-livros.

- Sim, senhor; está em seu direito, tornou o velho contrito.

- Esse moço, que está justo com o cativo Daniel, é o homem a quem eu escolhi para meu marido. Já se vê que, não podendo pertencer aos dois, é necessário que eu o dispute.

- "Conte comigo!" acudiu o velho esfregando as mãos, como quem entrevia os benefícios que essa união lhe traria, afinal para um banqueiro falido conseguir juntar seu filho, mesmo que sendo apenas "teúdo e manteúdo" do homem mais rico e influente da região como era o Sr. Phillgrin, pouco importava no fim das contas se seu filho ficaria mau falado, se seria chamado de invertido na praça, só o que importara era quanto dinheiro receberia para entregar seu filho de mão beijada á Phillgrin e salvar seu patrimônio, e porquê o homem não haverá de querer? pois se o próprio, pagou as dívidas de jogo de um pobre homem para ter seu filho dentro de casa, imagine o que não pagaria para ter um rapaz rico e bem vistoso como seu Amaralzinho em seus braços? efetivamente faltava caráter e escrúpulos tanto no menino como em seu velho e interesseiro pai, porém eles não contam com o elemento surpresa: existe o amor que mantém essa união forte,

mas... até onde resiste o amor? será que o dinheiro afinal compra tudo, até o afeto?

CONTINUA...

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 6 estrelas.
Incentive Danizinho a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.
Foto de perfil de DanizinhoDanizinhoContos: 199Seguidores: 116Seguindo: 4Mensagem Autor Paraibano de 27 anos, escrevo na casa dos contos desde 2017, com experiência em contos voltados ao público jovem (embora tenha um público cativo maduro também), não tenho nada contra o maniqueísmo embora nos meus contos eu sempre prefira mostrar personagens humanizados que cometem erros, acertos e possuem defeitos e qualidades, meu maior sucesso foram os contos "Amor & Ódio" e "Nosso Louco Amor" esse último teve cerca de 50 estrelas em um único capítulo, atualmente escrevo "Um Certo Alguém" que conta a história de um triângulo amoroso formado pelo jovem Tiago, o Maduro Luís e o CDF Daní, tem alguma dica, sugestão ou crítica??? entre em contato comigo no zap: (83) 99822115

Comentários