Agradeço muito não só o seu comentário JMFN mas como o de todos que acompanharam esse conto, que foi meu primeiro e tenho certeza que com muitos erros e pontos a melhorar. Elaborei um roteiro e fui escrevendo ao longo da semana, no ritmo das entregas que vcs viram.
Bom, em relação ao que vc disse, eu concordo sim e vejo sua análise pelo lado positivo. Em alguns momentos durante a escrita eu me defrontei com a dúvida entre “explicar mais detalhadamente um contexto” x “deixar a trama mais dinâmico”. Por exemplo, quando Roberto fica em casa sozinho se lembrando do passado, reparei que ficou meio excessivo, o que inclusive apareceu em comentários aqui.
Dessa forma, optei por tentar ir no limite do detalhe até onde dinâmica da história não ficasse enfadonha para os leitores, correndo o risco de alguns pontos não ficarem tão claros.
E o lance do grupo secreto, BDSM e etc… caiu nesse ponto, pois se revela na narrativa do video e na revelação parcial das mensagens no WhatsApp. O meu foco foi sempre o Roberto, e assim no final o papel dessa revelação foi explicar o que estava rolando, mas não criar uma trama paralela apenas em torno dela. Algo assim mereceria um conto apenas focado nisso, contando a história do ponto de vista do Felipe, Verônica, Fernanda e outros sobre toda a sacanagem e putaria que faziam (olha ai uma ideia de tema surgindo… rsrsrs)
Onde quero chegar? Que na verdade, como disse num outro comentário abaixo hoje, é que Felipe e Veronica eram uns amadores, mimados pela vida fácil, e usando drogas para encontrar algum estímulo na vida. E não “profissionais” desse mundo underground que sabem fazer as coisas com a descrição necessária. Dai fazerem videos imprudentes para alimentar essa excitação.
A Fernanda aceitar aparecer é mesmo uma coisa meio absurda, nas não encontrei outra opção para fazer a revelação. Pensei mesmo em deixá-la vendada sem saber o que acontecia, ou mesmo meio drogada. Mas ai ela viraria vítima e não vilã na história. Além do que, não encaixaria as falas dela humilhando o marido para os outros, ela querendo se destacar e se mostrar uma vagabunda, o que excitava a fantasia dela também.
E, finalizando, a inexistência de marcas no corpo e outras inconsequências da Fernanda viria pelos mesmos motivos. O casal não eram de fato mestres dominadores BDSM, mas sim dois perdidos. Outro ponto, a Fernanda não era a única escrava. O negócio era um grupo que promovia “encontros” com mulheres leiloadas a cada semana, e a Fernanda teria sifo essa leiloada em algumas vezes. Algumas das quais o Marcelo foi quem a arrematou, inclusive a vez onde ela foi vista pelo Roberto. Ou seja, ela talvez tenha tido vários encontros ao longo do último ano, mas que seriam na ordem de dezenas quando foram as vezes dela e em dias da semana em que conseguia esconder melhor isso do Roberto. A vida paralela dela era uma mistura de expectativa por esses momentos e a realização deles em alguns determinados momentos, quando ai sim se entregava para outros homens (ou mulheres, não sabemos…) participantes do grupo.
É isso. Obrigado pelo comentário e análise, o que me deu a oportunidade de explicar um pouco melhor a trama que criei. Valeu!