[...]
Eu não vi risco algum e decidi me permitir esse direito de curtir um passeio e talvez algo mais com o Rick, mesmo que fosse um pouco desconfortável para o Mark. Aliás, eu havia permitido que ele ficasse com a Iara, mesmo que a contragosto também. “Se ele pode, eu também posso!”, bati o martelo, mas logo na sequência me condenei porque parecia que eu estava tentando me vingar de meu marido por ele estar curtindo uma liberdade que ele próprio havia me dado. “Certo! Só um passeio. Só vou passear com o Rick, sem sexo, mas se rolar um clima, quem sabe…”, decidi, por fim. Mandei uma última mensagem para meu Mozão:
Eu - “Eu te amo!”
Eu - “Só você e as meninas vivem aqui, ó:”
Eu - “💖”
Ele - “Também te amo, Nanda.”
Ele - “Beijo, de novo.”
Peguei uma mochilinha para guardar uma segunda troca de roupas, repelente, protetor solar, celular, carteira, etc. e desci para o saguão do hotel. Rick atrasou um pouco, mas chegou me abraçando e se desculpando. Entramos em seu carro e ele parecia acanhado. Decidi lhe dar um beijo de bom dia bem na boca para animá-lo um pouco e caprichei. Ele sorriu e se acendeu novamente, agora me beijando ainda mais forte. Saímos para um dia de passeio e aventuras, quem sabe.
[...]
Após jantarmos, ficamos sentados na área ouvindo a vida silvestre ao nosso redor. Um coaxar não muito longe deixou Iara curiosa, mas depois de saber do que se tratava começou a cogitar entrarmos em casa para trancar todas as portas e janelas. Tal vontade se tornou determinação depois de ver um simpático batráquio perto de uma das colunas do área:
- Mark! Aquilo ali é um…
- Sapo! Isso. - A interrompi.
Ela saiu correndo e entrou na casa, me trancando do lado de fora. Comecei a rir e conversar com o simpático sapinho que me olhava, alheio ao horror causado ao coraçãozinho da minha amante:
- Valeu, amiguinho. Muito obrigado por ter estragado minha trepada ao ar livre. - Falei em voz alta, rindo, e me voltei para a porta recém fechada: - Abre, Iara. Ele disse que não vai pular em você.
- Não abro!
- E eu vou entrar por onde, ó grande e corajosa dama da cidade grande?
- Dorme aí!
- Você está brincando, né!?
- Eu vou abrir e você entra correndo.
Ela abriu a porta e me puxou para dentro. Disposto a fazer uma pequena sacanagem, entrei com um das mãos atrás de minhas costas e a encarei com um sorriso maligno:
- Trouxe um presente para você… - Falei.
Ela nem me contestou. Saiu correndo e se trancou no quarto. Fui até lá e comecei a bater na porta:
- Eu estou brincando, Iara.
- Não tá, não!
Comecei a rir, gargalhar na verdade e acho que ela se tocou que realmente eu estava brincando. Ainda assim, ela abriu uma fresta da porta e deu uma conferida em mim. Aliás, enquanto eu não mostrei as duas mãos vazias, ela não abriu a porta e, depois de abri-la, ainda ficou brava com minha inocente brincadeira. Consegui acalmá-la e nos sentamos no sofá da sala, ouvindo música e tomando vinho.
Enquanto o conteúdo da garrafa baixava e o grau alcoólico subia, Iara começava a falar mole, se insinuando da forma mais escancarada possível. Eu também já havia subido diversos graus e já estava me deixando ser conquistado por ela quando notei uma notificação em meu celular. Abri a notificação no WhatsApp e vi que Nanda havia me mandado uma foto dela extremamente bem produzida. Ela estava linda, vestida com um macacão social e um penteado diferente. Até Iara se impressionou, me falando:
- Puxa! Que produção, hein? Ficou linda mesmo.
- Até demais. - Acabei soltando, involuntariamente.
- Acho que tem gente com ciúmes!... - Começou a rir de minha cara, mas ficou séria logo após vendo que eu não havia rido de sua brincadeira.
- É… Sabe que não sei! Talvez até esteja mesmo…
Ela me encarou séria e agora tentava ser mais amiga que amante:
- Relaxa, amor. Ela só está curtindo com alguém. Daqui a pouco ela volta e vocês vão curtir juntos com as histórias que cada um terá para contar para o outro.
- É…
Acabei ficando sem assunto ao ver a foto da minha digníssima onça branca. Não sei por que, mas senti uma angústia por vê-la tão produzida para alguém que, bem, eu não sabia exatamente o que estava sentindo. Sei lá... Sentia meu coração apertado no peito, talvez ciúme, talvez saudade, mas naquele momento, apesar daquele mulherão ao meu lado, quem eu queria realmente estava a milhares de quilômetros de distância. Minha apatia devia estar incomodando, porque notei que Iara me olhava e ao meu celular também, revezando ora num, ora noutro:
- Liga pra ela. - Me falou.
- Ela já deve ter saído. A mensagem é de tempos atrás.
- Então, manda uma mensagem, um elogio, sei lá…
- É…
- Mark, ela te ama. Daqui a pouco, ela volta. - Mas como eu continuava amuado, em silêncio, ela me pediu o celular emprestado e, quando o entreguei, ela começou a digitar algumas mensagens como se fosse eu:
Eu - “Está muito chique para o meu gosto. Aliás, para o meu gosto está perfeita!”
Eu - “O problema é que não está se vestindo para mim, né... - Me perguntou o nome completo da Nanda e completou a mensagem: - ... né, dona Fernanda Mariana!? 😂😂😂”
Eu - “Estou brincando, boba, é claro!”
Eu - “Se divirta, mas se cuide.”
Depois me devolveu o celular e disse:
- Fica tranquilo. Deixa ela se divertir. Você também não está se divertindo comigo? Então… Deixa ela e curta também. Não fica assim, amor.
- A cabeça até concorda com você, anjinha, mas meu coração já está doendo de estar tanto tempo longe dela.
- Então, diga isso pra ela.
Sorri para Iara e, como tinha total razão, mandei mais algumas mensagens após as dela que sequer haviam sido lidas pela Nanda:
Eu - “Lembre-se que EU TE AMO! Muito mesmo.”
Eu - “Estou morrendo de saudade.”
Eu - “E de curiosidade de suas histórias… 😈”
Eu - “Beijo.”
Coloquei meu celular de lado, porque ficar olhando para a foto dela só aumentava ainda mais o aperto no meu peito. Iara se compadeceu de mim e me colocou deitado sobre seu colo. Passou a acariciar minha cabeça, tentando me consolar, mas minha libido havia sumido. Ela foi mais que compreensiva e não se insinuou mais para mim naquela noite. Acabamos nos deitando pouco depois e realmente meu tesão não voltou:
- Desculpa, Iara. - Falei meio constrangido: - Nem eu esperava ficar as...
- Shiiiiiu! - Me interrompeu: - Está tudo bem. Só acho que você precisa descansar a cabeça e confiar nela e, enquanto isso, aproveitar um pouquinho também.
Sorri ainda constrangido porque meu amigão nem sinal de vida dava. Acabamos dormindo algum tempo depois, tomados pelo cansaço daquele dia e de uma boa quantidade de vinho.
No dia seguinte, acordei com uma imensa dor de cabeça. Iara já não estava mais ao meu lado, mas eu ouvia um cantarolar suave na casa. Alias, inclusive, um cheirinho de um café forte já invadia a casa, que, no meu estado, era tudo o que eu precisava naquele momento. Fui até ela e me deparei com ela nua, dançando suavemente de costas para mim preparando algo sobre a pia. Parei e fiquei admirando aquele mulherão rebolando para si própria até que ela própria se voltou para mim e, apesar da surpresa, me recebeu com um lindo sorriso, apoiando uma das mãos na pia, inclinando a cabeça e levando uma xícara até sua boca:
- Café? - Perguntou enquanto tomava um gole sem deixar de me encarar.
Realmente eu precisava e fui rápido até ela. Tomei um bom gole de sua própria xícara, colocando-a sobre a pia e lhe dei um beijo forte na boca, intenso como aquele cafezinho que ela própria havia preparado. Sua mão envolveu minha nuca me trazendo ainda mais pra ela e ficamos nos beijando e curtindo por não sei quanto tempo:
- Tem leite também… - Ela falou num momento em que nossas bocas se desgrudaram.
- Quero! - Disse e me abaixei para sugar forte um de seus mamilos, fazendo com que se arrepiasse e gemesse:
- Ahhhh! De vaca, amor. De vaca. - Reiterou.
- Oxi! De cabritinha também serve. Visse!? - Brinquei com ela e lhe dei outra caprichada chupada.
Ela me pegou pelas orelhas e me puxou para um beijo, falando depois:
- Melhor você continuar como mineiro que tá bão dimais da conta, sô! - Voltou a me beijar e completou: - Porque de baiano cê tem nada, não.
Rimos de seu comentário e voltamos a nos agarrar com ainda mais vontade. Pensei em colocá-la sobre a pia para uma rapidinha, mas não havia espaço suficiente para uma transa então a peguei pela bunda, fazendo com que trançasse suas pernas em minha cintura e me dirigi para o quarto:
- Não! - Ela falou.
- Não!?
- Não. Na cama, não. Vamos transar na rede.
- Nunca fiz isso, anjinha.
- Nem eu, mas eu quero!
A coloquei no chão e fui buscar uma rede que vi num canto da sala. Saímos e a pendurei. Me deitei e Iara veio por cima de mim, me chupando com vontade. Tentamos várias posições, mas nenhuma dava sustentação ou uma boa pegada até que ela encontrou uma posição razoavelmente boa, comigo deitado na rede e ela me cavalgando se apoiando com as pernas para fora. Ainda assim a trepada não evoluía:
- Gostei não. - Ela me falou depois de um tempo, já aninhada em meu peito: - Esse troço balança demais e não dá encaixe.
- Conseguiu gozar?
- Gozei, não.
- Vira a bunda pra cá, então. Vou tentar resolver seu problema.
Ainda deitado na rede, ela se virou e colocou aquele bundão moreno em meu rosto. Sua boceta carnuda se encaixou como uma luva em minha boca e fiquei dando o meu melhor, alternando entre lambidas, chupadas e dedadas, tanto em seu clítoris como em toda a extensão de sua boceta, fazendo minha língua disputar lugar com meus dedos dentro de sua boceta. Aproveitei também para brincar com seu cuzinho, mesmo porque ele não parava de piscar para mim, paquerando-me incessantemente. Não demorou muito e ela começou a gemer:
- Ahhhh… Isso! Assim… Assim mesmo. Ui! Ai. Mais rápido, mais, mais…
Ouvi quando ela começou a respirar mais rápido, arfando, alternando com seus gemidos, até que sua bunda começou a se contrair e tremer em meu rosto. Logo após, ela me apertou forte o pau, chegando a doer:
- Aiiiiííííí!!! - Gemeu fininho, se entregando, por fim ao gozo que tanto ansiava.
Seu mel não parava de escorrer e eu, como um ávido urso, continuava chupando e lambendo tudo o que podia. Ela não parava de gemer e dava pequenos gritinhos quando minha língua insistia em passear por seu clítoris:
- Ai, amor. Não faz isso. - Resmungou baixinho e eu aproveitei para dar um tapinha no rosto dela com meu pau: - Oxi! Esqueci, não. Minha vez de baixar esse menino…
Dito isso deu uma chupada com vontade para deixá-lo ainda mais em ponto de bala e voltou a punhetá-lo rápido, alterando com lambidas. Estava tão caprichada que imaginei que fosse boqueteá-lo até eu gozar, mas, pouco depois, deu um jeito de escorregar para baixo:
- Número um ou número dois, amor? - Ela me perguntou, já esfregando sua boceta em meu pau.
- Não pode ser número um e número dois? - Pedi, quase implorando.
- O um eu garanto. O dois, a gente pode tentar…
Nem terminou de dizer e encaixou meu pau em sua boceta, mas de costas para mim. Passou a me cavalgar novamente e senti o toque de seus dedos em meu saco, mas, pela forma como se dava, entendi que ela estava aproveitando para se masturbar, tentando alcançar um novo gozo, mais que justificável. Depois de um tempo naquela batida, ela própria se desencaixou e arrebitou a bunda, passando a tentar encaixar meu pau em seu olho mágico. Sua vontade ajudou bastante e logo sua insistência venceu a própria resistência daquele buraquinho apertado:
- Aaaaai, caralho! - Gemeu gostoso ao enfiá-lo todo dentro de si.
- Ah! Devagar, amor. - Me corrigi quase que imediatamente: - Anjinha! Digo, anjinha.
- Humm! Amor!? Eu gostei também. - Começou a rir, já se movimentando mais rápido: - Gostei muito! Ah, ah. Uuuui! Vai até ganhar um presente…
Nem bem terminou de falar e acelerou ainda mais a rebolada e agora passou a me torturar, contraindo seu cu com vontade ao redor de meu pau:
- Porra, Iara. Devagar, caramba… - Gemi com a maldade daquela morena: - Assim eu não aguentar nada.
- Goza gostoso. Goza, goza, goza. - Dizia e aumentava ainda mais a velocidade de seus movimentos, agora pulando em meu colo.
A rede balançava. Eu balançava. Iara balançava. As colunas da área daquela casinha balançavam. Entretanto, não posso negar que estava muito bom:
- Goza, pelo amor de Deus, porque eu estou quase gozando de novo. - Iara começou a gritar: - Ai, caralho! Que delícia…
- Então goza, safada. Goza comigo, vai… - Falei e lhe dei um sonoro tapa naquela bunda hipnótica.
- Ai! Filho da puta! Isso dói, mas é uma delícia. - Reclamou, rindo: - Bate de novo. Me chama de safada, de cadela, de puta. Vai!
Não aguentei sua provocação e lhe dei mais uns bons tapas, sempre intercalados pelos elogios pedidos:
- Vai sua, gostosa. Rebola essa bunda no meu pau. Gosta de dar esse rabo, não é? Esse fode gostoso o meu pau.
- Ai. Adoro! Me chama de cadela, de puta. Me fode. Ai, meu Deus. Ai, ai. Ahhhhh. - Gritou e começou a tremer se jogando para a frente e abraçando a rede: - Aiiiiiiii!
Como eu estava quase gozando e, ainda engatado, me joguei sobre ela. O recado foi entendido e ela arrebitou a bunda. Passei a fodê-la rápido, com vontade. Nossos gemidos se misturaram e logo em seguida quem gozava gostoso era eu:
- Ahhhh, Iara. Puta que pariu. Ahhhhh
- Enche o cu da sua cadelinha, enche. Ai, que delícia…
Ficamos ali nos curtindo, com seu cu se contraindo em volta de meu pau, enquanto meu pau tinha os espasmos do gozo. Estava tão bom que só me desengatei quando ele já começou a amolecer. Então, me joguei na outra ponta da rede e ela se levantou, cambaleando, indo para dentro da casa, provavelmente para se aliviar da carga recebida. Um tempo depois, ela voltou e se jogou em cima de mim para cobrar um pouco de carinho:
- Posso te perguntar uma coisa? - Ela começou.
- Claro.
- Por que você não me xingou? Cadela, puta, essas coisas…
- Ah, sei lá. Não achei que fosse necessário.
- Numa transa gostosa isso não me ofende, viu? Pode me xingar e até me dar uns tapas que eu gosto.
- Mas que safadinha, hein!? - Ri de sua reclamação: - Então, quer dizer que a transa estava gostosa? Você gosta de ser minha cadelinha, minha putinha, gosta?
- Adoro, amor. - Respondeu rindo e depois se aninhou no meu peito: - E isso que me dói.
- Dói ser safada? - Perguntei sem entender o contexto naquele momento.
- Não. Dói não ter dado certo entre a gente. Poxa, se eu soubesse que a gente fosse combinar tanto assim na cama, juro que tinha insistido mais.
- Já que você tocou no assunto…
- Tá! Tá… Cê quer saber por que a gente terminou, né?
- Isso!
- Ah, sei lá. A distância… Eu queria muito namorar você, mas de que jeito? Além disso, ao mesmo tempo eu me achava muito nova e não queria me amarrar. Minha tia e a vó faziam maior torcida pra gente dar certo. Cê sabe, né?
- Sei.
- Então… Tinha namorado muito pouco, só dois meninos e nada sério. Aí, na faculdade, os carinhas sempre me paqueravam. Fiquei sem saber o que fazer. - Falava, meio que constrangida: - Pior foi quando minha tia descobriu que eu fiquei com um residente de medicina enquanto a gente ainda estava junto. Ela queria me matar…
- Ah, filha da puta! Você me chifrou, Iara? - Perguntei, simulando estar bravo.
- Desculpa, mas já fazia duas semanas que você não ia me ver e ele estava sempre me cercando… Acabou rolando. - Tentou procurar as palavras: - Mas só ficamos, nada de sexo. Desculpa mesmo. Sei que você não merecia isso.
- Pois é… Minha vida estava uma correria naquela época. Acho que eu também podia ter insistido um pouco mais, mas… - Nem eu sabia o que dizer, então procurei ser diplomático: - Bem… Não deu, infelizmente. Culpa dos dois. Foi empate. Vamos deixar assim.
- É… - Respondeu, desanimada e a vi enxugar uma lágrima.
- Iara…
- Tá tudo bem… - Me interrompeu: - Você encontrou alguém. Eu que ainda não dei sorte, mas vou dar. É questão de tempo.
- Claro que vai.
Nesse momento, constrangedor, diga-se de passagem, ouvimos um celular tocando dentro da casa e, pelo toque, não era o meu. Iara se levantou e foi atender a ligação. Fiquei na rede pensando sobre aquelas palavras e, mesmo sem chegar a nenhuma conclusão porque não havia nada a ser decidido. Depois de um tempo, Iara voltou, claramente chateada:
- O que aconteceu? - Perguntei.
- Me ligaram do hospital. Uma colega minha se acidentou e pediram para eu encurtar minhas férias. Vou ter que voltar hoje.
- Tá de brincadeira, né!?
- Até queria que fosse. - Respondeu, mas sua cara fechada respondia por ela: - Nossa lua-de-mel está acabando.
O tempo fechou, figurada e literalmente. O clima não ajudou e não voltamos mais para a cachoeira, pois chuviscava sem cessar. Nossa animação também caiu e decidimos ficar por ali mesmo, aproveitando nossos últimos momentos juntos. Depois de um tempo namorando, fomos preparar um almoço. Lá dentro, ouvi meu celular bipar em cima da mesa. Vi uma notificação de mensagem da Nanda, informando que iria sair para “turistar” com o tal Rick. Mandei uma mensagem na mesma hora que também foi respondida imediatamente:
Eu - “Rick não é aquele carinha de São Paulo?”
Ela - “É!”
Ela - “Só vamos passear.”
Não gostei de saber que ela estava se deixando levar pelo carinha que, claramente, estava interessado nela, mas também não me achei no direito de confrontá-la. Eu precisava confiar na minha onça branca, afinal ela não havia me proibido de curtir com a pantera parda, apesar de ter ficado aparentemente contrariada:
Eu - “Te cuida, Nanda.”
Eu - “Juízo!”
Eu - “Beijo.”
Ela - “Eu te amo!”
Ela - “Só você e as meninas vivem aqui, ó:”
Ela - “💖”
Ainda que, com o coração apertado, tentei não transparecer nas mensagens e preferi apenas reafirmar meu amor por ela, sem, entretanto, me delongar demais nas mensagens:
Eu - “Também te amo, Nanda.”
Eu - “Beijo, de novo.”
Voltei para junto de Iara. Eu tentava animá-la, mas ela correspondia muito mal. Acho que eu próprio perdi a empolgação depois de saber que a Nanda estava novamente saindo com o tal Rick. Ela notou meu desânimo, pois perguntou:
- Aconteceu alguma coisa?
- Nanda vai “turistar” com o tal Rick…
- É só um passeio, Mark.
- Ela se envolveu com o cara em São Paulo e ele foi até Manaus atrás dela. - Constatei o óbvio: - Ela pode até não querer, mas ele quer algo mais que uma simples trepada. Está na cara!
Ela não rebateu meu argumento. Era óbvio demais. Acabamos almoçando e fomos deitar um pouco no quarto para descansar, pois a chuva havia piorado. Depois de um tempo, acabamos nos animando e voltamos a transar:
- Agora relaxa e me esculacha, seu gostoso. Eu gosto. - Me pediu, já montada em meu pau.
Depois de uma breve luta em que ela tentou se manter por cima, venci e a virei, ficando por cima dela. Depois lhe dei um beijo forte e falei:
- Não! Não hoje… - Me expliquei: - Agora, você merece algo mais gostoso, carinhoso…
Acabamos ficando somente no tradicional papai e mamãe, nos beijando e nos comendo com calma e constância. Não sei quanto tempo ficamos ali, mas ela curtiu e gozou apenas uma vez, mas foi tão intenso, com uma entrega tão grande que ela chegou a chorar. Por fim, quando eu gozei, seu olhar demonstrava uma satisfação única em ter sido tratada com respeito naquele momento. Acho que ela pensou que não havíamos transado somente, mas feito amor e, pessoalmente, depois que terminamos, eu também fiquei com essa impressão.
Depois de um merecido cochilo, arrumamos nossas coisas e, aproveitando uma parada na chuva para guardá-las no carro, saímos de volta para casa. Voltei dirigindo e Iara quieta ao meu lado, olhando a paisagem. Às vezes, eu acariciava sua coxa e ela minha mão, mas, palavras, quase nenhuma. Chegamos na minha casa debaixo de uma chuva forte e abri o portão eletrônico, pedindo que ela entrasse com o carro na garagem para descarregarmos minhas tralhas:
- Quer entrar um pouco? Um café, um pão de queijo, quem sabe? - Perguntei.
- Hoje não. Esse negócio de brincar de casinha me deixou confusa. - Disse e me deu um último beijo na boca: - Se um dia não der certo com sua esposa, você tem meu telefone.
- Você tem certeza que vai viajar com essa chuva?
- Vou pra casa da titia arrumar minhas coisas. Se a chuva não der trégua, eu fico; senão saio ainda hoje.
Por fim, se despediu novamente de mim com um beijo no rosto e um abraço apertado, eu diria que até mesmo sentido. Entrou no seu carro e, depois de uma breve parada me encarando, saiu, rumo a sua própria vida. Esperei a chuva diminuir e fui buscar minhas filhas na casa de meus pais. Depois de uma boa fatia de bolo de fubá cremoso com café passado na hora, voltamos para casa e eu rumo a minha própria vida.
[...]
Estranhamente, assim que entrei no carro do Rick, me deu um aperto no peito. Não sabia bem o que era, mas acredito que o Mark não curtiu muito saber que eu estava saindo novamente com ele e isso me incomodou:
- Para onde, então, dona Nanda? - Rick interrompeu meus pensamentos.
- Hein!? Não sei, Rick. Estou tão turista quando você. - Depois me lembrei de um teatro famoso e sugeri: - Não tem um teatro muito famoso aqui? Podíamos começar por lá.
Minutos depois chegávamos ao Teatro Amazonas. Simplesmente lindo! Difícil até de definir. Um folheto dava algumas informações sobre estilo arquitetônico, data de construção, etc e tal, mas nada disso se comparava ao efeito visual de quem entra naquele prédio. O salão principal é imenso, com vários andares de camarotes. Realmente é de deixar qualquer um de boca aberta e eu fiquei deslumbrada. Apesar de ser administradora, meu grande sonho sempre foi estudar arquitetura e aquilo ali, para mim, era um banquete sensorial. Acabei me esquecendo do Rick, mas ele não de mim, pois, depois de um tempo, senti seu braço em volta da minha cintura:
- Parece que gostou mesmo, hein, Nanda?
- Amei! É de tirar o chapéu. - Acabei soltando um típico modismo caipira.
Ele riu e, depois de passarmos mais algum tempo ali, ele me propôs:
- Topa ir no encontro das águas? Dizem que é muito bonito.
- Encontro das águas? - O nome já não me soou bem.
- Sim. O encontro dos rios Negro e Solimões.
- Rick, eu não sou muito de água, não. Cê não quer aproveitar para passearmos mais na cidade? Deve ter mais lugares para a gente conhecer.
- A gente não vai nadando, Nanda. Vamos de barco…
- Ainda assim! Gosto de ficar com os meus pés no chão. - Disse e bati meu pé duas vezes para ele entender bem.
Ele riu e sacou uma lista de seu bolso com nomes, sugestões e começou a estudar um roteiro no mapa de seu celular:
- Cê devia ter contratado um guia. - Comecei a rir dele: - A gente vai se perder.
- Você me subestima demais. - Disse, enquanto olhava sua lista: - Aqui! Esse você vai gostar também.
Entramos em seu carro e minutos depois chegamos ao Palácio Rio Negro, antiga sede do governo amazonense. Outra linda e imponente construção com quase cem anos de idade. Acho que ele começou a entender o que eu gostava e tentava me levar para ver a arquitetura local. Ponto para ele! Já eram quase onze horas e a fome começou a querer dar sinais de vida:
- Acho que eu tô ficando com fome… - Resmunguei, sorrindo.
- Então, hoje vou te levar para comer algo diferente.
Já imaginei um restaurante temático chique e sofisticado que aquele carinha poderia estar pensando para me impressionar, mas eis que, para minha total surpresa, pouco depois chegávamos ao Mercado Municipal. O mais curioso foi saber que a estrutura metálica do mercado, toda de ferro fundido, fora projetada pelo mesmo engenheiro que projetou a Torre Eiffel. Aliás, também de encher os olhos. Ali aproveitamos para almoçar em um restaurante badalado, onde comemos um peixe na moranga delicioso. Depois ficamos passeando pelo mercado e aproveitamos para comprar algumas frutas para levar no nosso passeio. Comecei a me sentir culpada por estar curtindo tanto um passeio sem o meu marido. Eu sei que ele adora curtir esses momentos a dois e agora aquele “a dois” ali não o incluía. Acho que fiquei meio pra baixo a ponto do Rick notar:
- Tá tudo bem aí, Nanda? Comeu demais?
- É… Acho que sim. - Preferi despistar.
Dali, demos uma passada no porto de Manaus e fomos para o Palacete Provincial, outro prédio histórico de Manaus. Ali me doeu mais ainda a falta do meu marido, porque ele adora esses passeios culturais em museus, assim como minha Maryeva. Cheguei a ficar com os olhos marejados em alguns momentos, mas me controlei antes de ser notada pelo Rick. Meu passeio, que tinha tudo para ser maravilhoso, estava ficando cada vez mais triste e melancólico. Eu já estava quase desistindo quando o Rick me propôs:
- Tem o Museu da Cidade. Acho que não fica longe da…
- Não! - O interrompi: - Museu, não. Vamos mudar o rumo dessa prosa, por favor.
- Pensei que tivesse gostando…
- Estava… - Confessei: - Mas esse é o tipo de passeio que o meu marido e minha filha mais velha adoram. Não estou me sentindo bem aqui sem eles.
- Já sei, então! - Falou, todo cheio de si: - Vamos fazer algo totalmente diferente e não adianta me perguntar: será uma surpresa.
Eu o olhei curiosa, mas deixei seguir. Entramos em seu carro e pouco tempo depois chegávamos ao Mirage Park, um parque de diversões em Manaus. Ele estacionou e saiu todo triunfante. Deu a volta no carro e abriu a porta para mim, mas eu não saí. Quando ele me olhou, eu estava chorando:
- Nanda! O que foi?
- Agora, me lembrei da minha caçula. - E desabei novamente.
Ficamos um tempo ali até que eu me acalmei e falei:
- Desculpa, Rick, mas eu estou com saudades deles. Já tem quinze dias que não abraço minhas filhas e meu marido. Estou só o pó.
Ele, claro, ficou chateado. Se tinha alguma intenção de me conquistar, viu ali que não conseguiria nada. Deu a volta em seu carro e voltamos em direção ao centro. Pensei até que fosse me levar de volta para meu hotel, mas, ao contrário, se dirigiu até o Parque Urbano Senador alguma coisa, no centro histórico de Manaus:
- Vamos passear um pouco, então. Só para relaxar a tensão…
Concordei e lhe dei um beijo na bochecha, pois agora tinha acertado maravilhosamente bem. Andamos por algum tempo e eu me acalmei mesmo. Frutas, águas, isotônicos, eu ingeria aos montes. Fazia um calor infernal e eu dava graças a Deus por ter passado um protetor solar fator cinquenta. Rick, por sua vez, parecia meio inquieto:
- Cê tá bem, Rick?
- Tá quente demais aqui, né!?
Notei então que ele estava meio avermelhado. Perguntei:
- Cê passou protetor solar, homem?
- Não.
- Rick, cê vai ter uma insolação ou ganhar uma queimadura debaixo desse sol. - Falei.
Então, o puxei para baixo de uma estrutura e comecei a besuntá-lo com o protetor que eu havia levado. Era o mínimo a fazer para protegê-lo do sol escaldante dos trópicos. Ficamos ali descansando um tempo:
- Obrigado, Nanda. - Falou, agora me encarando: - Eu não tenho chance com você, não é?
- Chance de quê, Rick?
- De ficar com você para mim, oras. De quê mais?
Vi em seus olhos a decepção que havia se formado com a constatação do óbvio. Ele me viu sofrendo pela falta de minhas filhas e do Mark. Isso parece ter, enfim, lhe dado uma certeza que não tinha antes de vir de São Paulo para Manaus. Preferi ser sincera:
- Nenhuma, Rick. Amo meu marido e minhas filhas. O que aconteceu entre a gente foi por pura diversão. Não quero que você se confunda ou crie expectativas comigo.
Ele deu um sorriso amarelo, sem graça, mas pareceu ter entendido o recado:
- Mas a gente pode se divertir ainda? - Insistiu ainda meio cabisbaixo.
- É só não me fazer chorar novamente e quem sabe…
Ele me olhou em silêncio por um tempo e perguntou em seguida:
- Tá de biquíni, Nanda?
- Eu? Biquíni!? - Perguntei sem nada entender.
- É! Tem outro lugar que quero conhecer, mas… - Pareceu agora com medo de me fazer chorar novamente: - É um lugar que chama Praia Dourada. Você não vai chorar de novo, não, né?
Comecei a rir e logo o encarei:
- Não e não, Rick. Não vou chorar e não estou de biquíni.
- Então, vamos comprar um. Posso escolher?
- Rick, Rick, Rick… Olha lá, hein!
Fomos até uma loja e ele escolheu um belo biquíni vermelho de cortininha, bastante decotado e nada discreto. Olhei inconformada e com olhos arregalados para ele que falou sem pestanejar:
- Experimenta para eu ver. Por favor…
Coloquei aqueles minúsculos panos e saí do provador para ele se esbaldar. Aliás, ele e mais dois senhores que aparentemente esperavam as respectivas esposas, amantes ou namoradas, sei lá:
- Adorei! E você? - Me confrontou.
Pensei em xingá-lo, mas “cavalo dado…”. Destaquei a etiqueta e entreguei nas mãos dele, falando:
- Já vou ficar com ele, então. Vai lá pagar a moça.
Vesti minhas roupas e saí do provador. Aqueles dois senhores, me comeram novamente com os olhos. Fui até o caixa, onde Rick finalizava o pagamento e me entregou uma sacola com uma saída de praia, viseiras e uma rasteirinha. De lá, fomos até seu carro e seguimos direto para a tal Praia Dourada, onde passamos o restante do dia. Rick aprendeu a se proteger e, assim que chegamos, me pediu para lhe passar mais protetor solar. Passei nele e ele novamente em mim. Naturalmente, a mão boba dele foi muito esperta e aproveitou bastante. Ficamos conversando, bebendo e “namorando” todo o restante da tarde e começo da noite. Depois ele, gentilmente me levou até meu hotel. No saguão, perguntou:
- Janta comigo hoje?
- Restaurante chique de novo, Rick?
- Eu estava pensando em algo mais temático.
- Tá bom. Oito horas novamente? - Me aproximei para lhe dar um beijo no rosto e insisti: - Não preciso me emperiquitar, não, né?
Ele riu e respondeu:
- Não, Nanda. Não precisa. Mas se quiser ficar bonita para mim, vou adorar. Eu te pego às oito.
- Combinado.
Subi para meu apartamento, onde tomei um merecido banho e me emperiquitei em meus cremes. Deitei para relaxar um pouco e, carente de amor, decidi fazer uma chamada de vídeo para meu maridão. Ele me atendeu na hora. Aliás, ele não, Miriam:
- Oi, mãe.
- Oi, amorzinho. Mamãe tá com saudade. - Falei e chorei sentida.
- Pai, a mãe tá chorando. - Miriam gritou, assustada.
Logo, os três apareciam na imagem do celular, preocupados comigo. Todos tentavam falar e ninguém conseguia dizer nada. Uma confusão se instalou até que o Mark se impôs e fez as duas ficarem quietas:
- Agora, silêncio! - Terminou a discussão: - O que está acontecendo, Nanda?
- Ah, nada. Só tô com saudade de vocês. Eu não tô mais aguentando ficar aqui, Mor.
- Nanda, você já venceu metade do treinamento. Daqui a pouco você termina e volta. - Ele tentava me convencer a ficar.
- Mãe, eu posso trazer o Mocorongo para morar em casa? - Miriam cortou nosso assunto.
- Em casa!? De jeito algum! - Fui enfática, mas tentei consertar: - Temos um monte de passarinhos e peixes. Ele vai comer todos eles.
- Ah, mãe, ele é bonzinho… - Insistiu.
- É. Ô se é... - Maryeva foi cínica: - Ele estava mastigando um passarinho ontem lá na chácara.
- Mas ele já tava morto. - Miriam rebateu.
- Porque ele matou.
Começaram a discutir e Mark pôs fim na discussão. Depois fiquei conversando mais um pouco com elas:
- Mary, conheci alguns museus aqui que vocês iriam adorar.
- Ah, mãe. Pô! Pra que me contar isso? - Maryeva protestou.
- Também achei sacanagem. - Mark emendou, já rindo.
- Vai ter que me levar outro dia. Quero nem saber… - Maryeva insistiu.
- Vamos sim. Só combinar direitinho. - Falei e já me voltei para a caçula: - Mi, conheci um parque de diversões…
- Ahhhhhh! Ô, mãe! Pô.
Todos começaram a rir dela e com ela. Depois combinamos de fazer um passeio nós quatro, satisfazendo a vontade de todas elas e acabaram ficando mais tranquilas. Mark as dispensou, dizendo que queria falar comigo a sós e, enfim, pude dar toda atenção ao meu último pão de queijo do pacote:
- Só saudades mesmo? - Ele insistiu.
- Só, Mor. Não tô aguentando mais…
- A decisão final é sua. Só acho uma pena você se prejudicar depois de todo o esforço que fez. - Falou e vendo que eu não melhorava, mudou de assunto: - E o passeio? Curtiu muito com o Rick?
Comecei a sorrir do ciuminho do meu marido e falei:
- Ele é bonzinho, Mor, mas é só um amigo… - Me interrompi e perguntei: - As meninas estão ouvindo?
- Não.
- Ele é só um pau amigo. Aliás, um baita pauzão…
Mark fechou a cara na hora e eu ri ainda mais dele, mas vi que ficou chateado de verdade porque não interagiu comigo, brincando ou querendo saber o porquê da minha colocação:
- Ah, Mor, não fica assim. Tô brincando.
- Não tá não, sô! - Ele retrucou, sério: - Cuidado para não se impressionar demais e confundir as prioridades na sua vida, Nanda.
- Ô, Mor, o que é isso?
- Desculpa! Desculpa… Acho que eu estou com saudade também. Só isso.
- É bom mesmo! Pensei que não fosse mais desgrudar da Iara? - Zombei, rindo: - E aí? Vai repetir?
- Bem que eu queria, mas ela teve que ir embora.
- Queria, né, seu filho da puta! - Falei, brincando de me alterar: - Por que você não vai…
- Para, Nanda! - Ele me interrompeu e agora tinha os olhos marejados: - Eu quero você! Ela foi só diversão. Você é quem me faz falta.
Meu coração se apertou ainda mais e fiquei sem palavras. Eu estava triste e ao mesmo tempo feliz: triste por ver meu marido triste por minha ausência, feliz por ver que minha ausência o deixava triste. Essa contradição não entendo até hoje. Aquilo me doía e ao mesmo tempo me fazia bem:
- Quer que eu volte? - Insisti, esperançosa em ouvir um pedido para que eu largasse tudo.
- Eu quero que você voe. - Falou, me deixando com os olhos arregalados: - Só não esquece de levar a gente junto.
Enxuguei uma lágrima e sorri para ele:
- Você ainda vai ter muito orgulho de mim porque…
- Eu já tenho, sua boba. - Me interrompeu, mas agora por uma boa causa, pois meu ego precisava ouvir aquilo: - Nunca duvidei de sua capacidade.
Fiquei olhando aquele homem sem saber o que dizer. Mais que falar eu queria senti-lo todo comigo, em mim, por sobre, debaixo. Uma coisa era certa: quando eu o reencontrasse, ele teria o que de melhor eu pudesse oferecer como mãe, mulher e esposa:
- Ficaria chateado se eu saísse hoje para jantar com o Rick? - Quis ser o mais transparente possível.
- Seja feliz, Nanda. Aproveite ao máximo, mas com segurança. Eu te amo acima de tudo. - Mas agora entendi sua preocupação: - Só toma cuidado. Esse carinha quer mais que sexo. Pra mim, está muito claro isso.
- Eu sei disso e hoje já deixei bem claro para ele que meu amor já tem dono. Se ficarmos, será só sexo. Nada mais.
- Ele sabe da gente?
- Sabe.
- Uai! Então, pau na máquina, dona máquina. - Falou e sorriu para mim.
- Vou me arrumar então, Mor. Beijo, meu corninho. Te amo muito.
- Também te amo muito, minha corninha. Beijo.
- Corninha é teu cu! - Falei, rindo porque obviamente eu também era.
Rimos e nos despedimos. Ele chamou as meninas e conversei mais um pouquinho com elas antes de me despedir. Depois fiz o mesmo com meu marido e fiquei realmente bem. Acho até que bem o suficiente para curtir uma noitada com o Rick. Se ele mereceria, só depois eu decidiria.