Quando comecei a me vestir, foi como se tivesse despertado de um transe hipnótico, naquele dia de tantas revelações assustadoras, ter transado com a mãe de minha noiva foi o ponto mais alto de insanidade, óbvio que foi prazeroso, pois se tratava de uma mulher linda, mas a pergunta que me veio à cabeça foi: como pude, após acabar de ver a pessoa que eu amava dando para um ogro, primeiro ficar levemente excitado, depois virar as costas sem tomar uma atitude e ainda ter cabeça para foder com Aline? Por um bom tempo isso me perturbou, até que um dia conversando com uma grande professora universitária na área de Psicologia, ela me revelou que diante de um choque traumático, não é raro que pessoas tenham reações que fujam completamente do que se esperava para a situação e o meu caso foi um desses.
Mas voltando àquele final de tarde, meio sem graça após me vestir, disse a Aline:
-Isso tudo foi um absurdo, Aline, mas prometo que não contarei nada a ninguém. Só que agora preciso mesmo ir, não quero ver a safada da Rayana nunca mais.
-Bem, uma hora você vai ter que contar a Rayana o que viu. Talvez seja melhor conversarem em outra ocasião, só não sei o que direi a ela sobre você partir assim.
-Pode contar tudo...Quer dizer, menos da nossa transa se não quiser se expor, mas diga que eu a vi dando para o Geraldo, joguei a aliança longe e não quero contato, não há o que explicar.
Deixei Aline na porteira do sítio e peguei o caminho de volta para casa. No meio do percurso começaram a pipocar mensagens no meu celular, deduzi que era Rayana, mas só fui ver quando cheguei em casa. Em um áudio, ela estava em prantos, pedindo que eu aceitasse uma conversa frente a frente onde me diria toda a verdade e explicaria seus motivos. Falou mais um monte de merda, jurando que me amava e que com o Geraldo era só sexo, uma aventura que há tempos queria parar, mas não conseguia.
Claro que não respondi. Fui tomar um banho. Eu estava aéreo com tudo. Fiquei com a TV ligada apenas olhando para as imagens se me perguntassem se era um filme ou um desenho, eu não saberia o que passou naquelas longas horas.
Para entenderem um pouco mais do meu relacionamento, a gente se dava muito bem e não só no sexo, no dia a dia, muito carinho. Vira e mexe, eu tinha problemas estressantes por causa dos negócios, um monte de pepinos para resolver, e o meu divã para desabafar era ela, mesmo sendo jovem tinha uma cabeça muito boa. Quando tive que fazer uma cirurgia de vesícula, Rayana ficou o tempo todo comigo, preocupada. Nunca passaria pela minha cabeça que vivendo um relacionamento assim, eu poderia estar sendo chifrado, ainda mais com um cara horroroso como aquele Geraldo. Foi uma pancada dura demais. Não sei o que seria pior, vê-la com um cara bonitão e comedor ou com um ogro ridículo daqueles.
No dia seguinte, a vagabunda e a mãe pediram um táxi e voltaram para a nossa cidade. Rayana foi à minha casa, não abri. Tentou me ligar várias vezes, até que me zanguei e bloqueie o contato.
Regressei à minha rotina de trabalho e alguns dias depois, ela apareceu no meu escritório bem no meio de uma reunião em que eu estava com gerentes e fornecedores. Temi que a puta pudesse falar algo humilhante e para evitar uma cena, chamei-a num canto fora da sala e disse:
-O que você quer, puta do caseiro? A nossa situação já está resolvida. Você deveria agradecer por eu não querer te queimar contando para o seu pai e todos que nos conhecem por que não terá mais casamento.
Rayana estava muito aflita e com lágrimas nos olhos:
-Você precisa me ouvir...Deixa eu explicar
-Explicar o quê? Que você escorregou e caiu de boca no pau de um capiau de mais de 50 anos, que depois escorregou e o pau dele entrou fundo na sua boceta? Entenda, nada vai justificar o que eu vi. Se fosse um momento de fraqueza, como alguns gostam de usar, tipo eu fui viajar, não estávamos bem, você bebeu um pouco a mais e foi seduzida por um cara boa pinta, já seria imperdoável, mas no teu caso, você já dava para ele antes de me conhecer, sua mãe contou tudo, inclusive que ela também dá para o Geraldo, aliás, no dia anterior ao da tua transa com ele, ela estava gozando no mesmo pau, eu vi, mas queria ser discreto.
Rayana percebeu que eu já sabia quase tudo, mas insistiu em me explicar por que fazia aquilo. Notei que o pessoal estava nos olhando e para contornar a situação, disse:
-Eu aceito que você me conte suas merdas, mas longe daqui, passe na minha casa lá pelas nove, mas já adianto, será a conversa derradeira. - Ela topou e pude seguir com a minha reunião.
No horário marcado, ela chegou. Moro sozinho em uma casa de alto padrão, por isso, daria para conversarmos em paz. Se bem que era impossível estar diante da adúltera, toda delicada sem me lembrar dela sendo empalada pelo caseiro. Tratei de ser direto:
-Você queria falar e vou deixar, mas espero que me dê sua palavra e nunca mais apareça no meu trabalho depois dessa conversa, pode começar.
Rayana estava bem nervosa:
-Você viu e minha mãe também parece ter tido o prazer de te contar sobre minha situação com o Geraldo. Sei que é impossível de acreditar, mas nunca amei e acho que nunca amarei alguém como te amo, mas a verdade, é que praticamente toda semana, eu transo com o Geraldo em ... (citou a cidade vizinha à nossa). É só sexo, nem beijar a gente se beija, mas a verdade é que é que sinto como se estivesse viciada em uma droga que sei que vai me arrebentar, como já começou; As coisas começaram assim, do mesmo jeito que você viu minha mãe dando para ele, há alguns anos, eu presenciei a mesma coisa, fiquei com muito ódio porque era uma sacanagem com o meu pai. Pensei em contar tudo para ele, mas resolvi que me vingaria fazendo-a sofrer, porque achei que ela gostasse dele, então eu, uma novinha, linda, seduziria o caseiro que depois não iria mais querer saber dela e assim que isso ocorresse, inventaria ao meu pai que o Geraldo foi inconveniente e pediria para demiti-lo, sei que parece loucura e eu mesmo tive dúvidas se conseguiria transar com um cara tão velho e feio.
-Parece loucura? Ora, faça-me o favor, se você apenas inventasse que o caseiro fez alguma graça, seu pai o mandaria embora, não era preciso dar para ele.
-Mas eu queria que primeiro que o Geraldo ficasse doido por mim e dissesse à minha mãe que não queria mais nada com ela, queria que ela fosse castigada. Só que deu tudo errado.
-Errado por quê?
-Essa é a parte difícil para te contar. Certo dia, comecei a me insinuar para ele, coloquei um shorts jeans que deixava a polpa do meu bumbum todo de fora, uma blusinha com a barriga de fora e sem sutiã e fui puxar papo com ele. Apesar do safado ter caso com a minha mãe, me tratava com muito respeito, então tive que ser mais direta e depois de dar uma volta a cavalo, pedi que me ajudasse a descer, ele me atendeu e aí arrumei um jeito de roçar meu bumbum no pau dele e fiquei rebolando. O Geraldo se afastou e olhou para os lados, espantado, mas aí eu abri o jogo e disse: “Já sei que você come minha mãe e quero me entregar a você para ver se é bom mesmo”. Ele ficou sem graça, gaguejou, mas como estava determinada a seduzi-lo para depois fazer minha mãe sofrer, não titubeie e enchi a mão segurando seu pau que mesmo mole por baixo da calça velha, demonstrava ser grande. Foi uma coisa bem boba, mas precisava logo tentar conquista-lo e o vagabundo não demorou muito em ceder, me puxou para dentro da casa dele, colocou seu pau meia-bomba para fora, Nossa! Era muito grosso, veiúdo, prendi a respiração meio que com nojo, me agachei e comecei a chupá-lo. Bem, depois disso, dá para você deduzir, ele me colocou na cama e começou a me tratar como uma puta, ou melhor, como ele diz a cabritinha ou a eguinha dele, falando um monte de bobagens ofensivas sobre minha boceta e meu cu, mas que na hora me deixaram louca, tremi toda com aquelas palavras imundas e seu jeito arrogante, um merda era o que ele era e é. Também fiquei louca pelo cheiro daquele pau que exalava um odor e um gosto forte indecifráveis, provavelmente de falta de um bom banho, mas que me fazia senti-lo como se fosse um macho selvagem. Para completar o combo, digamos assim, além de grande e grosso, o pau do filho da puta era gostoso demais e ali, na primeira trepada, fiquei viciada por tudo, pelo fedor, pelas palavras escrotas e pela pegada. Às vezes, após ele me foder duas, até três vezes, e me deixar toda descompensada de tanto gozar, tenho vontade de rachar a cabeça dele, porque é humilhante para mim, ser criada como uma princesinha ter que me sujeitar àquela coisa feia, velha e suja, se ainda fosse, gentil, mas não, o que mais me dá ódio, é ele me tratar como inferior, na cabeça limitada dele, parece que está me fazendo um favor ou que sou um objeto para ele saciar sua vontade.
Aquele relato me transmitia espanto, mas era sincero, via uma mistura nela de raiva por Geraldo, mas tesão. Não que aquilo me interessasse a partir dali, mas quis tirar a dúvida:
-Será que você não ama o coroa sujo e está em negação?
-Nem pense num absurdo desses! Eu nunca beijei a boca dele, é estranho isso, eu chupo o pau, já senti o gosto da porra, mas nunca o beijei, talvez porque na minha cabeça, beijo na boca a gente dá em que sente uma atração física ou gosta mesmo. Sei que é impossível de você acreditar, mas eu queria nunca mais sentir vontade de dar para ele, mas eu sou como um desses viciados em crack que sabe que a pedra está te desgraçando, mas não consegue largar. Só eu sei o quanto me arrependo quando acaba o tesão, que ódio dá de mim e dele.
-Bem, isso já não é mais problema meu. Já vi gente viciada em jogo, drogas, álcool, até em sexo, mas com qualquer um, agora viciado no pau grosso e sujo do caseiro, é a primeira vez. Agora, você está livre para se entregar de vez ao seu vício ou buscar uma terapia, isso pode ser um fetiche, mas tô pouco me fodendo.
-Não faz isso...Me ajuda...A gente está noivo, podemos resolver isso. Eu nunca vou amar alguém como amo você, só me dê um tempo para superar de vez esse vício, farei o que for possível, buscarei ajuda para não sentir vontade de ver o maldito do Geraldo.
-Estávamos noivos. Acabou tudo quando descobri.
Rayana fez uma puta cena, se jogou no chão da minha sala chorando, agarrou na minha perna numa situação que chegou a ser humilhante, mas, mesmo destruído, pois eu a amava, fui firme e pedi que não mais me procurasse, mesmo que conseguisse vencer o tal vício de dar a boceta e o cu para o caseiro de 50 e tantos anos.
Alguns dias depois, Aline me ligou e disse que Rayana estava arrasada com o término. Procurei ser direto e disse que não teria volta. Entretanto, eu tinha uma estranha curiosidade em saber se mesmo triste, minha ex-noiva sairia logo com Geraldo, pois eu queria saber o que eles falariam, por isso aproveitei a ligação de minha ex-futura sogra e inventei uma história:
-Sabe, Aline, talvez haja uma chance de eu aceitar ficar com Rayana, mas gostaria de ouvir uma conversa dela com o Geraldo, eu estando escondido como ocorreu lá no sítio.
-Ah, mas essa semana, mesmo gostando de dar para ele, a Rayana não vai estar com cabeça para isso, ela só faz chorar quando chega do serviço.
-Sim, mas daqui uma, duas semanas, ela vai querer e é a í que você pode me ajudar.
-Como?
-Tem como você saber quando eles irão se encontrar no tal hotel e me passar essa informação?
-Por quê? Tá querendo fazer alguma besteira?
-Claro que não, né? Depois do que já vi naquela tarde no sítio, acho que ficou claro que não sou de resolver as coisas assim. Eu queria saber o que os dois vão conversar, sei, é estranho, mas quero saber como Rayana agirá com ele depois que nos separamos.
-Não sei, isso está estranho...
-Confia em mim, dependendo do que eu ouvir lá, pode ser que no futuro eu perdoe sua filha e se você quer vê-la feliz, mais um motivo para me ajudar.
-Tá, mas e se os dois falarem mal de você? Tá na cara que quando a Rayana for se encontrar com o Geraldo é para dar e muito e se é que ela vai tocar no seu nome pode ser para dizer coisas que você não queira ouvir.
-Sem problema...
-E como você vai ouvir?
-Lá só tem dois hotéis e como eles se encontram durante a semana, estão sempre vazios. Eu espero eles entrarem, e entro um pouco depois, dou uma caixinha para o cara da recepção e digo que quero ficar no quarto ao lado do deles.
-Sei lá, vou pensar, mas uma coisa é certa, eles não entram juntos. O Geraldo chega primeiro e fica a esperando, então o melhor seria você segui-lo da rodoviária.
-Beleza. Pode confiar em mim, não haverá barraco.
A minha espera durou quase 20 dias, porém no começo de uma tarde, Aline me ligou.
-É hoje! Quem me passou o serviço foi o próprio Geraldo, liguei para ele que me disse que vai descer na rodoviária da cidade aqui vizinha, às cinco e meia.
Engoli seco e me preparei. Para dizer a verdade, nem eu sabia ao certo o que queria com aquele plano, mas era como se algo estivesse me levando para lá.
O safado conhecia meu carro e temi que pudesse perceber que estava sendo seguido quando saísse da rodoviária, por isso, peguei uma perua de entrega de compras de um dos meus supermercados e fui aguardá-lo. A cidade vizinha era pequena e a rodoviária tinha apenas quatro plataformas, foi fácil avistar quando o filho da puta desceu, camiseta azul marinho de algum time pequeno de futebol, calça jeans desbotada e uma mochila velha, provavelmente com uma muda de roupa. Geraldo pegou uma ladeira e dei um bom tempo para segui-lo, após virar umas duas ruas, matei a xarada de onde, ele ficaria, era um hotel menor, mas muito arrumadinho que tinha a uns três quarteirões. Deixei-o entrar e dei um tempo de uns 15 minutos. Em seguida, vi a janela do primeiro andar do último quarto sendo aberta, era ela, provavelmente para arejar mais o ambiente.
Decidi entrar e perguntei ao rapaz da recepção se poderia olhar como eram os quartos, devido ao fraco movimento, ele mesmo me mostrou o primeiro do corredor, eu disse que gostaria de ficar mais para final e o rapaz quis me colocar no que ficava de frente para o de Geraldo, mas me fiz de bobo e disse que queria o penúltimo do lado do dele, pois assim ficaria colado e mais fácil para ouvir.
Deu certo, agora era só esperar pela chegada de Rayana. Olhei no relógio e ainda eram 18h. A safada demorou, mas as 19h40, escuto batidas na porta do quarto ao lado, meu coração dispara, é a mulher que eu amo indo se encontrar com seu amante ogro e eu iria querer ouvir tudo.
Continua