Continuando... (agora com a criação do Leon)
Depois da nossa relação alucinante na madrugada, deliciosa e cheia de cumplicidade, com o sonho erótico do Guido, despertamos naquela manhã, muito cansados e meio atrasados. Não tocamos no assunto. Eu tratei de vestir uma camisola mais comportada, e corri para a cozinha preparar o café enquanto o Guido tomava banho e se preparava para ir trabalhar. O tio não apareceu para tomar café e eu fui chamar. Ele agradeceu e disse que esperava o Guido para seguirem. Notei que ele estava bem formal e nem veio me cumprimentar me abraçando como antes. Pelo que o Guido tinha falado com ele na empresa, achei que não era hora de falar nada sobre o assunto e resolvi esperar a conversa da noite. Eu tinha dormido com a sensação de que o Guido havia se descontraído mais, ao me contar seu sonho cheio de fantasias libertinas e estaria melhor desde então. Podia ser que a relação minha e do Guido, ainda chegaria a se tornar a cada dia mais provocante e safada com a participação do tio, pois ele parecia ter superado os traumas. Mas naquele momento eu não tinha nada conclusivo. E não deu tempo de falar nada. O Guido tomou o café rápido e saiu, me dando um beijo de despedida. Mais um dia de ansiedade e preocupação me esperava. Aguardei para ver se o Guido fazia alguma chamada para eu ouvir sua conversa com o tio, mas ele não ligou. E eu tive que me ocupar dos afazeres domésticos.
Meu dia foi como a maioria dos demais dias, limpando a casa, lavando roupa, pendurando, cozinhando, passando roupa, dobrando, guardando. Várias vezes pensei no Guido na companhia da Melzinha, e de certa forma me senti meio enciumada, pois ela passava quase tanto tempo com ele como eu. Só faltava ela levar o meu marido para a cama também. Afastei esses pensamentos que me deprimiam e fiquei ocupada, para não me chatear. No final do dia, tomei um banho e me vesti como sempre, um shortinho e uma camiseta, com sandálias rasteirinhas, escovei meu cabelo e esperava o Guido voltar. Mas ele avisou que ia chegar mais tarde novamente, porque no final do expediente tinha hora marcada com o analista. Eu tinha esperança de que o analista o ajudasse, pois via o Guido angustiado e tenso e não reconhecia mais o meu marido como ele era antes, sempre brincalhão, alegre e excitado por provocações.
Já passava das dezoito horas quando ouvi a chegada do tio, e esperei. Ele não veio à nossa casa, me chamou da porta dos fundos da casa dele e eu saí da nossa e me aproximei para cumprimentar. Eu o abracei e dei um beijo no rosto, como sempre fazia e ele também me beijou, de um jeito bem respeitoso, nem passou a mão na minha bunda, diferente de como ele gostava de fazer, me apertando, passando a mão e me elogiando. Eu me separei dele e fiquei olhando sem entender e o tio disse:
— Lucinha, acho que a gente subestimou os ciúmes e preocupações do Guido. Ele acusou o golpe, estressou, e algo quebrou o encanto. Lamento muito, fico muito triste, mas temos que parar com as nossas brincadeiras e intimidades. Continuo querendo vocês muito bem, adoro, não queria prejudicar, e fiquei destroçado com o que aconteceu.
O tio estava sério, abatido, e eu também me senti invadida por uma sensação muito ruim, de depressão e tristeza. Toda aquela euforia das nossas brincadeiras, a excitação que todos os três experimentávamos, agora tinha um sabor ruim. Eu disse:
— Tio, só me diz uma coisa, acha que a culpa foi minha?
Nós dois estávamos de pé, do lado de fora da casa dele. Parecia que éramos pessoas sem intimidade nenhuma. O tio balançou a cabeça, negando. E explicou:
— Não Lucinha, não tem um culpado. Nós três temos culpa, e por outro lado também não temos. Estávamos indo bem, descontraídos e sem problema. Brincávamos e isso nos excitava muito. Foi muito gostoso. Mas o Guido não estava em paz, acho que a história de você ser a minha namorada, foi o verdadeiro problema. Ele nunca aceitou bem isso, e eu estava tão feliz com a chance de poder namorar você um pouco que nem percebi nada do que estava errado.
Olhei para ele desolada. Não conseguia entender a reação do Guido. Falei:
— Tio, o Guido sabe que eu sou a esposa dele, não temos nada além disso, nossa brincadeira era sem maiores consequências, eu gostava, gosto de você, você gostava, e ele também. Mas ele é o marido. Não entendi nada, o que foi que tirou o Guido do controle? Dizer que eu era sua namorada? Mas ele sabia que não era e podia dizer não.
O tio ficou pensativo, por uns momentos e depois concluiu:
— Lucinha, a gente nunca consegue pensar como o outro. Eu fiquei pensando. O Guido pode se sentir dependente de muitas conveniências que aconteceram quando eu trouxe vocês para viver aqui. Eu queria ajudar, ainda quero, arranjei o emprego, eu consegui a promoção, eu sou o chefe, eu sou dono da casa, eu sou mais velho, tem também o respeito e a afeição dele por mim, tudo isso, pode pesar ao contrário. O Guido pode se sentir preso, e se ele romper com isso, penaliza você.
O tio deu uma pausa, me observando, e emendou:
— Ele viu como você estava feliz com tudo, e tendo chances de fazer coisas que ele nunca poderia oferecer agora, como viajar, passear, comprar roupas. Pense que ele pode se sentir inferiorizado e mesmo assim sem coragem de cortar. Por outro lado, ele também gosta, mas está se sentindo dominado por todos os elementos em jogo. Isso gera um conflito interior. E agravado com o fato de ter que parecer solteiro, na empresa, tendo uma esposa maravilhosa. Nesse ponto eu acho que eu errei. Não devia ter inventado essa história de namorada.
Fiquei olhando para o tio e refletindo em tudo aquilo. Eu nunca pensara daquela forma e muito menos com os pontos de vista do tio. De certa forma, me obrigava a considerar fatores que eu não fazia a menor ideia que estivessem em jogo. Eu achava que o tio tinha aparecido na nossa vida para nos ajudar, era um homem experiente, amigo, bem-humorado e generoso. Não via o tio como ameaça ao nosso casamento. Com o tempo eu me afeiçoara a ele, de forma muito afetuosa, mas nem considerava que ele fosse algo além, que chegasse a atrapalhar a minha relação com o Guido. Eu entendia de forma até contrária. O tio tinha permitido que eu e o Guido brincássemos com nosso fetiche de safadezas, com o tesão que o Guido sentia de ser corno, de modo muito intenso, arrojado, mas com total segurança e tranquilidade. E como o tio era um coroa bem safado que adorava sexo, nós podíamos contar com ele sempre animado. E ele aproveitava tudo isso. Mas não era um abusado. Eu não sentia assim, pois toda vez que nós tínhamos dado um basta, que colocávamos um limite, ele aceitava e respeitava. Acontece que ele era também provocador e nos estimulava. Por isso, que eu me assustei com a reação repentina do Guido, pois não esperava. Sem ter o que dizer eu fiquei ali, triste e o tio Falou:
— O Guido falou que é melhor vocês mudarem daqui. Eu acho que não precisa, vou respeitar e me afastar. Podemos e devemos manter certa distância. Assim vocês podem viver mais em paz. O problema é que eu vou ter que anunciar na empresa que nós desmanchamos nosso namoro. Vou ter que assumir isso. Acho que até aí, é normal, acontece, namoros acabam. Mas significa que nunca mais vamos poder estar juntos na empresa. E um dia o Guido vai aparecer como o cara que acabou pegando a namorada do tio. Eu posso viver com isso. Sem problemas. Pois sinto que isso é importante para ele.
Eu fiquei calada, pensando, e percebi que estava acabando ali uma fase muito boa da nossa vida. Me batia uma grande tristeza e mais ainda porque não sabia o que ia na cabeça do meu marido. Antes de me afastar eu perguntei:
— Tio, acha que a Mel tem alguma influência nessa mudança do Guido?
O tio, contrariando a ideia que eu tinha, de que ia negar, confirmou:
— Lucinha, de certa forma sim. O Guido em poucos meses saiu de um emprego medíocre, para um trabalho à altura do que ele é capaz. Ele mostrou uma enorme capacidade de crescimento e aprendizado, e conquistou respeito na empresa. Hoje ele tem um posto que é só dele, foi criado um setor que ele desenvolveu sozinho, junto com a Melzinha, e ela foi a pessoa que viu de perto o que ele era capaz. Pode apostar que foi por recomendação dela que a empresa resolveu apostar neles. O Guido ganhou muita autoestima, graças a ela, e isso ajudou para que ele esteja se empoderando mais. Além disso, eles formam uma dupla de grande importância hoje, a ponto de a empresa estar investindo no setor de análise de dados e estatística, adquirindo novos sistemas de controle e monitoramento, e querem investir num curso superior do Guido. Quem viu essa competência dele foi a Melzinha, e isso nós devemos a ela. Talvez o Guido só esteja querendo cortar amarras, perder a sensação de dependência, e poder decidir sem pressão. Nisso o analista pode ajudar.
As palavras do tio em vez de me tranquilizar me deixavam mais ansiosa. Eu perguntei:
— Acha que pode surgir um caso entre eles tio?
O tio me olhou por uns momentos, pensativo, e falou com sinceridade:
— Lucinha, esse tipo de coisa sempre é possível, com pessoas jovens, bonitas, gostosas, e que se dão bem. Mas eu não vejo isso acontecer, porque o Guido é apaixonado em você e todo esse problema que está havendo é justamente por ciúme e insegurança do Guido em relação a você. Se fosse um caso com ela, ele não reagiria assim.
Eu me preparei para voltar para a minha casa. Estava um pouco mais satisfeita depois da explicação do tio Silvio. Então, apenas para dar uma prova de que eu gostava dele e estava chateada com aquilo, disse:
— Puxa, tio, que situação mais triste. Quer dizer que eu vou ter que esquecer e dizer adeus ao meu sorvetão de chocolate?
O tio deu uma risada satisfeito. Depois falou:
— Adeus não Lucinha, quem sabe o Guido deixa a gente matar a saudade de vez em quando? Quando ele estiver por perto? Quem sabe?
Eu sorri e me afastei, sem querer alimentar nenhuma esperança. Fui para a minha casa esquentar o jantar para a chegada do Guido.
Quando o jantar estava pronto vi o Guido chegando. Ele entrou em casa e veio me dar um beijo como sempre fazia. Parecia estar mais calmo e sereno. Perguntei:
— Oi, “mô”, tudo bem? Como foi o dia?
— Tudo bem Lu, tive uma sessão com o analista e foi muito bom. Depois mais tarde falamos nisso. Vou tomar banho.
— Posso tomar banho com você? Estou com saudade.
Guido sorriu e fez que sim. Pegou na minha mão e me levou para o banheiro. Nos despimos e ele ao contrário do que eu estava acostumada, estava tranquilo, sem libido, e me dava banho sem me provocar. Fiquei tão insegura com o que poderia acontecer que não reagi, e também o ajudei a tomar banho, sem que nos provocássemos. Eu nunca tinha visto meu marido daquele jeito. Algo muito sério havia acontecido e eu achei que o melhor era esperar que ele contasse. Ainda desconfiava da Mel. Tomamos nosso banho com carinho, mas sem sexo, contrariando o que quase sempre acontecia.
Depois nos vestimos com roupas simples, eu de pijaminha e ele de calção e camiseta e fomos jantar.
Durante a refeição eu não me aguentava de curiosidade, e fiquei observando o Guido comer, esperando que ele começasse a falar. Foi um sacrifício esperar acabarmos o jantar, e estávamos tomando o café quando o Guido pediu:
— Lu, vamos sentar ali na sala que quero contar algumas coisas.
Deixei a louça para lavar sobre a pia e fui com ele sentar no sofá. Guido se sentou numa das pontas, como ele gostava, virado para dentro e eu sentei ali no meio do sofá virada para ele com uma das pernas sobre o assento. Guido pegou na minha mão e segurou. Nunca vi meu marido tão travado para falar. Mas ele respirando fundo, começou:
— Lu, você sabe que eu falei com o tio que vamos cortar tudo, parar com as brincadeiras, e que eu queria mudar daqui?
— Eu ouvi a gravação Guido que você mostrou. E hoje o tio conversou comigo quando achegou.
Guido ficou me olhando calado e eu logo adiantei:
— Conversamos ali fora, no quintal. O tio está distante e nem quer vir aqui mais.
Guido fez que sim com a cabeça, como se esperasse aquilo, e explicou:
— Eu pedi a ele. Quero ver ele desfazer esse namoro com você e assumir isso na empresa. Sem isso eu não quero mais nenhum tipo de relação.
— Que isso Guido! Você pegou pesado com o tio. Ele sempre foi respeitoso, nós é que fomos dando espaço.
— Lu, eu sei de tudo, fomos nós que alimentamos tudo, e aceitamos.
— Então, que culpa tem o tio?
— Não é culpa. Acontece que a coisa foi crescendo, e com essa história de namorada, eu não gostei mesmo. Nunca fiquei em paz com isso.
— Mas não era isso que parecia Gui, você sempre estava junto.
Guido balançou a cabeça em negação:
— O tio estava ficando cada vez mais envolvido com você, e você gostando. Não foi?
Eu não tinha motivo nenhum para negar. Nunca fizera nada escondido:
— Gui, meu amor, eu estava gostando, sim, mas porque nós dois estávamos gostando. Se você não gosta mais, não confia nele e nem em mim, eu sou a primeira a não querer mais. Embora eu assuma que gostava, e gosto bastante do tio e das brincadeiras que a gente fazia com ele.
— Não, combinamos que sempre eu teria que ser informado. E quando eu dissesse não, parava. Mas vejo que agora estão me questionando. E quero parar. E desfazer essa situação toda com o tio.
Fiquei olhando para ele assustada. Não esperava aquela atitude tão súbita. E de fato o Guido não estava normal. Jamais vira ele daquela forma. Não sabia o que dizer, mas queria concordar com ele para ver se recuperava o meu marido, do jeito que sempre foi:
— Gui, você decide. Eu aceito. O tio gosta de nós, já disse que vai atender o seu pedido. Acabou aqui. Fiquei chocada com tudo isso. E eu só vou ficar em paz quando ver que você está em paz. E você não está. Não estou reconhecendo o meu marido mais.
Guido nada falou e um grande silêncio ocupou a nossa sala. Eu estava me controlando para não chorar. Num último e desesperado esforço de tentar uma resposta eu pedi:
— Você pode me contar o que está sentindo? O que disse o analista?
Guido deu uma suspirada profunda, como se estivesse exausto. Ele respondeu:
— É uma longa história. Eu estava muito bem até começar a preparação para o curso que vamos participar no próximo final de semana. Teve um processo de testes e qualificação, eu e a Mel, cada um em separado, respondemos vários questionários, e fizemos testes psicológicos on-line. Em alguns resultados aparecia que eu estava ansioso e inseguro. E era verdade. Aí veio um questionário para eu responder, e era justamente o que eu estava fazendo na noite em que você foi no tio levar a roupa. Eu estava muito tenso porque o teste exige sinceridade, e eu não queria mentir. Tinha que dar os meus dados e eu tinha que responder se era casado ou solteiro. Como responder isso depois que o tio inventou aquela história de você ser a namorada dele?
Eu olhava para o Guido muito admirada. Não fazia ideia. Ele prosseguiu:
— Fiquei enrolando, e estava muito nervoso. E então eu percebi que enquanto a nossa vida ia se enrolando, o tio e você ficavam conspirando o tempo todo, e eu que estava me ferrando. E você não sabia o mal que estavam criando. Fiquei puto com aquilo, e na hora que você veio com aquelas ideias malucas de chupar você gozada, dizendo que era o tio que deu a ideia, eu me estressei. Na hora fiquei muito puto. Saí de casa para esfriar a cabeça e pensar, e esse fato me desestruturou inteiro. Não é da minha natureza mentir. Não dormi, e no dia seguinte estava um trapo. A Mel notou quando eu cheguei e perguntou se eu estava doente. Eu disse que estava com mal-estar, talvez algo que comi. Outra mentira. Aí resolvi que ia falar com o tio e por sorte ele justamente me mandou chamar. Então eu falei o que sentia com ele, você ouviu a gravação. Estava disposto a pedir a minha demissão. Eu estava tão transtornado que minha pressão subiu muito e eu tive náuseas, tontura, dor de cabeça e fraqueza. Fui no ambulatório e me medicaram. Mas eu estava bem abalado mesmo e contei para a Mel que estava com problemas em minha família, o que não era mentira. Ela, sem saber do que se tratava, me recomendou falar com o analista. E foi uma coisa boa e ao mesmo tempo muito ruim.
Eu olhava cada vez mais assustada. O Guido falava aquilo de forma triste, como se fosse uma experiência ruim. Não consegui dizer nada. Meus olhos já estavam cheios de água. Guido perguntou:
— Você está triste? Não quer ouvir?
— “Mô”, estou muito triste Não consigo entender. Estávamos tão bem...
— Mas você quer ouvir? Talvez entenda.
— Claro “mô”, quero ouvir. Por que diz que foi bom e ruim falar com o analista?
Guido pigarreou tentando engatar a reposta:
— Bem. Eu tive que contar que tinha um fetiche, que sempre me excitou muito e que a minha namorada adorava provocar nossa libido. Falei por alto algumas das brincadeiras. Mas depois de um tempo, tínhamos começado uma brincadeira mais intensa, e com um parceiro fixo nas nossas transas. Mas eu estava inseguro com tudo aquilo.
Guido deu uma pausa. Eu não queria interromper. Pedi que continuasse. Ele prosseguiu.
— O analista falou que o fetiche do Cuckold é muito comum, e hoje, muito mais assumido do que antes. No passado era mantido em segredo. Hoje está cada dia mais tranquilo. Ele me mostrou dados estatísticos e pesquisas.
Guido deu uma parada, pegou o celular e viu alguma anotação antes de dizer:
— Segundo uma pesquisa recente realizada por uma rede social que é a maior plataforma de swing da América Latina, com mais de 17 milhões de inscritos, que ouviu recentemente mais de 30 mil pessoas, quase 50% dos entrevistados já praticaram o Cuckold. Ou seja, que o parceiro sente prazer ao ver, ou saber, que sua parceira tem relação sexual com outro homem, chamado popularmente de corno, mas, neste caso, é com consentimento.
Eu fiquei muito feliz de ouvir aquilo e disse animada ao Guido:
— Viu corninho? Não somos diferentes, pelo contrário!
Guido continuou relatando:
— Ele me passou uma matéria com essa pesquisa. Atualmente, na nossa sociedade moderna, foi identificado que muitos homens acham interessante serem "corninhos". De acordo com o levantamento da pesquisa, 86% dos homens solteiros entrevistados topariam realizar o fetiche do Cuckold sem ter dúvidas, caso tivessem oportunidade, ou seja: a maioria dos entrevistados que não provaram ainda dessa bebida, estão loucos para poder beber.
Eu estava ficando aliviada com aquela conversa. Era bom que a gente pudesse ter a noção dita por um especialista de que não éramos muito diferentes de muitos, e talvez isso apaziguasse a inquietude do Guido. Falei:
— Nossa, “mô”, que bom saber isso né? A gente é mais normal do que imaginava.
Pela primeira vez o Guido sorriu. Talvez também se sentisse mais aliviado. Ele parecia mais descontraído ao contar:
— Na pesquisa, por exemplo, há uma diferença básica entre o significado de ser traído e ser amante. Cerca de 30% dos entrevistados responderam que gostam de ser o corno e já 60% já preferem estar com a mulher alheia. Claro. Os homens sempre querem a mulher do outro. E, falando no terceiro elemento adicionado na relação, conhecidos como "comedores", como o tio, 35% revelaram preferir que o marido assista a cena, enquanto 25% fazem questão da participação do marido no ato, talvez, segundo ele, pois lhes dá a segurança de que não haverá risco de revolta ou retaliação.
Eu não aguentei e sorrindo falei:
— Estamos dentro das estatísticas né amor? O tio sempre quis que você estivesse junto.
Guido fez sinal para eu esperar e falou:
— Veja bem. O caso do tio é mais complicado.
Eu não quis interromper e fiquei calada esperando pela explicação. Guido falou:
— Na pesquisa apontaram que conversando com alguns casais, foi apurado que existem homens que aceitam ter relações sexuais com ambos, onde o marido é chamado popularmente de "corno ao extremo", ou seja, ele é ativo e também passivo com o comedor, uma prática que vem se naturalizando no mundo swing, mesmo que de forma mais lenta. Mas esse não é o meu fetiche, e eu achei que o tio insistiu muito, forçou demais com essa ideia de eu chupar você já gozada por ele. Não gostei disso.
Perguntei temerosa de ter sido também culpada:
— Você tem nojo amor?
Guido esclareceu:
— Não é nojo, eu não tenho nojo de porra, não é isso, já beijei você com porra no rosto e na boca. O sêmen não é nada, entre o sêmen e a saliva dois fluidos corporais, não tem diferença nesse sentido, apenas questão de conotação erótica. Mas no caso do tio é uma demonstração de tentar a submissão do marido, uma forma de tentar dominar o corno, e fazer com que ele pareça inferiorizado ou submisso. E eu até entendo, o tio tentar, para testar os meus limites, que se não for confrontado nem eu sei. Eu não me zanguei com o tio experimentar e testar. Mas fiquei meio puto de ele tentar aliciar você para o jogo dele. E você estava cúmplice. Isso me incomodou.
Fiquei arrepiada com aquilo. Era verdade, eu tentei provocar o Guido, mas não com a intenção que ele disse. Expliquei:
— Puxa, Guido, eu não tinha essa intenção, era apenas uma tentativa de provocar você. Não podia imaginar que ia agredir você.
Guido suspirou e deu de ombros. Declarou:
— Está bem, já passou. O analista explicou que todas as pesquisas comprovam. Quando se trata desse tipo de fetiche do Cuckold, digamos, mais ousado, confirma um lema entre os praticantes, visto quase como um mantra: "Todas as fantasias são permitidas nesse universo, sem tabus ou preconceitos, desde que consentidas por ambas as partes". Ou seja, depende do consentimento de cada casal. Isso me deu a certeza de que eu tinha que impor meus limites. Não é a minha tara. Nos nossos encontros, o clima esquentou, com a libido em alta, leve e solta estando os três juntos! Mas separados é outra coisa. E tem coisas que eu não aceito.
Eu estava mais do que de acordo e falei:
— “Mô”, você não precisa ficar inseguro, sempre fomos muito transparentes e não escondemos nada do outro.
Guido fez que sim, concordando comigo. Parecia que ele estava mais sereno depois de conversar sobre aquilo. Ele ainda tinha o que contar:
— Ainda sobre os maridos e seus fetiches, 67% disseram que gostam de registrar a esposa transando com outro. Mas, para que isso aconteça de forma confortável, é essencial ter cumplicidade de todos, e isso foi comprovado pela pesquisa, uma vez que 61% dos entrevistados optam pela opinião do parceiro ou parceira no momento de escolher o homem que será o terceiro elemento. Segundo experiências de casais de ménage, em alguns casos, o marido escolhe o parceiro que ele deseja ver tendo relações sexuais com a mulher. Mas na maioria dos casos é ela que escolhe e o marido concorda.
Guido deu risada, pela primeira vez, e depois falou:
— E as esposas, são bem safadas e abusadinhas. De acordo com a pesquisa, 63% das hotwifes preferem que os maridos participem da transa, ou seja, se ele ficar apenas olhando não satisfaz plenamente o tesão dela.
Não consegui ficar calada, e vendo o Guido mais descontraído falei rindo:
— “Mô”, então eu estou dentro da maioria, pois eu adoro que você participe, já falei um monte de vezes.
Guido fez um gesto meio vago com a mão e disse meio incisivo:
— Lu, você é safada, sempre foi, e foi isso que me fez ficar sempre excitado, sempre gostei da sua safadeza, gostei de você ser safadinha. O analista explicou o que eu sinto, esse fetiche de ser corno, é estimulado por você e por isso a gente sempre deu certo. Eu amo você de verdade, e sei que você também gosta de mim. Acontece que o fato de ser corno, não significa que eu aceite com facilidade dividir o seu afeto, o seu envolvimento emocional e afetivo com o tio. No nível sexual tudo bem, no emocional e afetivo mexeu comigo e meu ciúme. Acho que o tio soube envolver, se apaixonou por você. E foi criando uma forma de seduzir você e fazer você também se envolver com ele. Eu senti isso e não gostei. E acho que isso ia se tornar uma grande tempestade na nossa vida. Com essa mentira de você ser namorada dele. Foi isso que eu aprendi e o analista me deu embasamento, mostrando que sou eu que tenho que me entender com você e definir o que desejamos para nós.
Eu estava arrepiada com aquela postura. Sabia que o Guido ficara inseguro de repente e perdera a confiança em mim, e isso era o que mais me doía, pois eu jamais pensei em fazer algo que o magoasse. Eu disse:
— Amor, por favor, acredite em mim. Eu sempre achei que estávamos em perfeita harmonia, e que você sentia ciúme mas gostava de tudo. É uma situação que eu não sei como lidar.
Guido segurava a minha mão e fez uma coisa que eu fiquei emocionada. Puxou e deu um beijo por dentro na palma. Aquilo até me arrepiou e ele contou:
— Lu, deixa eu lhe contar uma coisa, é importante. Sempre me excitou o fato do tio sentir tesão em você. Todos os homens que se interessaram por você me excitavam. Mas o que mais me excitava mesmo é quando você sentia tesão na provocação do homem. Eu contei isso ao analista, e ele disse que esse seu jeito é típico de um comportamento de Hotwife, a mulher que adora ter mais de um parceiro, e provoca o seu marido corno. Portanto, ficou clara a nossa relação, e ele disse que é muito normal desde que a gente sempre esteja de acordo. E eu não achei ruim quando você sentiu tesão em provocar o desejo no tio Silvio. E ele gostou mais ainda. E tudo me dava tesão, até que senti que estávamos entrando numa rota errada. Primeiro a mentira do tio de você ser a namorada dele. Eu já disse isso, e vou repetir. Isso nunca me agradou. Depois, com isso o tio achou que podia ter um envolvimento mais intenso ou mais próximo com você, do ponto de vista emocional e afetivo. Ele gosta muito de você e você foi se envolvendo também. E agora, isso ficou meio insustentável.
Eu me sentia triste com aquele desfecho e não escondi do Guido:
— Gui, eu gosto muito do tio. Ele foi muito importante na nossa vida, foi um homem honesto com a gente, nunca jogou sujo, e me fez sentir mais importante do que eu podia imaginar. Ter dois homens gostosos, tarados, apaixonados por mim, foi muito bom. Eu nunca fui nada, apenas a sua esposa, e depois que o tio apareceu eu ganhei uma dimensão maior na nossa relação. Mas é você o meu amor. E se for necessário para você voltar a ser o meu querido, o meu amor, como sempre foi, alegre, feliz, brincalhão, eu me afasto do tio sem penar em mais nada.
Guido ficou pensativo, não disse nada por quase um minuto. Olhei para ele e vi que estava angustiado, tentando encontrar o que iria dizer. Finalmente tomou coragem:
— Lu, eu não sou dono de você, e se você gosta do tio, e tem vontade de ficar com ele quando tem tesão, eu não me oponho. Não é isso que pega. Pensei muito sobre isso e conversei com o analista, que disse que eu tenho que ser o mais verdadeiro e sem medo, para que você decida comigo as nossas combinações. O primeiro ponto que eu decidi é que o namoro do tio vai acabar. Depois, daqui a um tempo, eu assumo que comecei a namorar você e estamos vivendo juntos. Você vai ser a minha mulher.
Eu concordei e contei o que o tio havia falado:
— O tio disse hoje que vai contar isso na empresa. Assim eu não fico como a namorada que traiu o namorado. Terminei com ele primeiro. Mas eu fiquei muito triste das coisas acabarem assim.
Guido fez que sim, depois disse:
— Lu, se você sentir saudade e se quiser ficar com o tio, tudo bem, basta me avisar. Eu não quero mais ficar angustiado com isso. Você que sabe o que quer para a sua vida. Eu sei o que eu quero para a minha. Não vou pedir demissão como havia pensado, mas vou aproveitar o máximo que a empresa puder me dar, me ajudar a aprender, e pagar a minha faculdade. Não tenho uma relação profissional ruim com o tio, ele é um chefe muito bom, e só me ajudou. Mas não quero ficar dependente dele. Eu me sentia meio em dívida com o tio, e por isso não reagi logo, mas não estou mais nessa. Nesse ponto o analista foi importante. Estou tomando decisões. O analista disse que isso é muito bom, e deixar claro para ele e para você todos os meus limites.
Guido parou de falar, parecia ter se exorcizado, despejara o que o incomodava. Notei que ele estava emocionado e não resisti ir dar um abraço apertado nele. Eu disse:
— Amor, eu sou a sua mulher, o resto não importa. Quero você feliz, alegre como era antes. Estamos juntos. Por favor. Relaxa.
Guido ainda me parecia tenso, mas me abraçou mais carinhoso. Ele falou:
— Lu, aquele pesadelo que eu tive, me impressionou muito. Você não comentou com o tio né?
— Claro que não amor. Por quê?
— Porque eu contei ao analista que tive aquele pesadelo, e no sonho acordei excitado, mas ao mesmo tempo chocado com tudo aquilo. Não me vejo fazendo aquilo.
Eu estava curiosa para saber o que o analista falou:
— E qual foi a explicação dele?
Guido respirou, antes de contar. Pensou, depois contou:
— Ele não é muito claro, ele sempre levanta hipóteses para que eu reflita. Explicou que o nosso inconsciente cria situações muitas vezes paradoxais, onde fazemos coisas que não faríamos em estado normal, mas é uma forma do inconsciente nos fazer trabalhar tais situações ou sentimentos. Não significa que o que sonhamos seja exatamente aquilo que vimos no sonho. Pode ser apenas uma forma que traduzimos ou interpretamos uma situação. Pode ser que o sonho representasse apenas que eu estava diante de uma situação que me obrigava a avançar ou recuar, aceitar ou negar.
Guido fez uma pausa. Depois continuou:
— Acho que é uma representação do momento em que estamos vivendo e eu tendo que assumir essa atitude de romper com algumas coisas, como essa minha relação com o tio. O analista disse que para Freud, o inconsciente é como a parte de baixo de um iceberg, sendo o consciente o lado visível. A psicanálise serve justamente para a ‘apropriação’ dessa parte de baixo. Segundo disse, quando a pessoa sabe o que é produzido no inconsciente, pode ter a chance de mudá-lo. Alertou que é importante lembrar que somos mais influenciados por nosso inconsciente do que imaginamos.
Fiquei observando o Guido e ele percebeu que eu não tinha conseguido chegar a uma conclusão. Ele disse:
— O analista me tranquilizou, e disse que muitas vezes nosso inconsciente nos traz situações chocantes, que nos afrontam. Mas não significa que tenhamos aquela vontade ou desejo, apenas nos permite a chance de confrontar aquela situação como se por um instante ela fosse real.
Ele fez uma pausa mais longa. Depois concluiu:
— Mas foi muito importante para mim Lu, porque me motivou a buscar orientação, e me ajudou a tomar as decisões. Vamos ficar aqui na casa do tio por algum tempo até eu encontrar um local onde podemos levar a nossa vida. Tenho esse curso no próximo final de semana e quando voltar vou tratar disso. No questionário do curso eu coloquei que sou comprometido e não solteiro. Acho que morando distanciados do tio será melhor para ele e para nós. Você é livre para visitar o tio quando desejar. Não vou impedir. Só quero que me avise. E ele só virá na nossa casa se eu estiver. Sozinho nunca. Não vou romper com ele, pois é uma pessoa que só nos ajudou. Mas ele precisa entender que eu que determino os limites. E você também faz as suas escolhas.
Eu estava triste, mas ao mesmo tempo sentia o Guido novamente muito mais seguro e decidido. Dei um beijo nele e disse:
— Amor, o que você achar melhor para nós está bem. Não nego que gosto muito do tio e vou sentir a falta dele. Mas é você que eu amo. Já disse.
Guido me deu um beijo bem gostoso, mais apaixonado, e falou baixinho:
— Amor, eu também amo você demais. Não vou deixar nada mais atrapalhar nossa vida.
Na hora, não sei por quê, eu tive vontade de perguntar:
— E essa Melzinha? Você gosta dela? Sente tesão? Ela é muito apaixonada em você né?
Guido se afastou um pouco do abraço, mas me puxou para ele, me acomodando debaixo do seu braço direito. Ele falou:
— Vou contar para você, mas é segredo, nunca comente com ninguém. A Melzinha é totalmente liberada Lu. Ela desde o início disse que me desejava. E depois que eu falei que gostava muito de uma mulher, ela passou a respeitar, mas disse algumas vezes que eu deixava ela com muito desejo, que tinha vontade de me abraçar e beijar. A Mel é safadinha. Mas ela se segurou pois estamos sempre na empresa. Ela já se relaciona comigo como parceira de trabalho, muita confiança, e se porta como pessoa que não tem segredo. Falou que ela ganhava um bom dinheiro fazendo vídeos eróticos para colocar num canal que ela tem na internet. Mas depois que veio para a empresa parou de publicar.
Eu olhava para ele incrédula. Disse:
— Você me escondeu isso? Por que não contou?
— É a vida dela Lu, não temos nada com isso. Ela me contou talvez porque confie em mim, sei lá. Se é segredo, eu não ia contar. Mas depois que fui no analista, eu comentei com ela que tenho uma pessoa comigo, que vivemos juntos, e não escondo nada, ela falou que se eu confio em você poderia contar o que quisesse.
Achei estranho essa atitude, e perguntei:
— Você ia me contar?
— Estou contando. Claro que ia, mas tinha coisas mais importantes para tratar. Você tem ciúme dela Lu?
— Tenho sim, “mô”, sinto que você admira muito essa safadinha, e acho que até gosta, mas não admite.
Pela primeira vez naqueles dias o Guido deu uma gargalhada. Fiquei meio invocada, mas ele tratou de dizer:
— Você é uma boba mesmo. Que porra de ciúme é esse Lu? Eu admiro a Mel, gosto dela, mas não tenho nada com ela, e sou apaixonado em você, não tem espaço para outra.
— Qual é Gui, você faz dois dias que nem sente desejo por mim. Nem teve tesão, tomou banho comigo e nada. O que quer que eu pense? Logo você, o tesão em pessoa, safado que vive pensando sacanagem?
Guido me beijava, agora mais animado, e respondeu:
— Eu estava louco de saudade Lu, estou com muito tesão, mas eu precisava primeiro botar para fora essa porcariada que estava me sufocando.
Eu não queria aceitar aquilo fácil e ainda provoquei:
— Guido, você não olhou para ela com desejo? Fala sério! Não acha ela gostosa?
Guido me beijava com mais desejo e falou no meu ouvido:
— Você sabe que ela é gostosa Lu. E não usa sutiã. Tem um monte de tatoo pelo corpo. Ela que me disse. Sempre está com os peitinhos bem durinhos, e faz questão que eu veja. Mesmo com o uniforme da empresa dá para notar. E algumas vezes ela em vez de calça, foi de saia, e sem calcinha, se senta nas cadeiras giratórias com uma perna dobrada, a saia sobe e quando ela vira a cadeira para o meu lado, dá para ver a xoxotinha dela depiladinha.
Na hora que ouvi o Guido contar, me deu um calor enorme no corpo, senti tesão, mas ao mesmo tempo em que me batia tesão, batia um certo ciúme. Exclamei:
— Seu safado, nunca me contou isso! Fica só “secando” a pepekinha da Melzinha, né seu puto? Por isso não quer nada com a sua esposa?
Guido já apertava os meus peitos, tirando meu pijama, e respondeu:
— Eu fico é com tesão, mas é em você sua safada! Chego aqui morto de tesão. Mas eu estava traumatizado, travado. Não conseguia ter libido.
Passei a mão no meio das pernas dele e vi que estava com o pau muito duro:
— Seu puto, está de pau duro de pensar na pepekinha da Melzinha?
Guido deu risada. Uma risada safada. Esse era o meu Guido Ele respondeu:
— Fiquei de pau duro de saber que a minha putinha tem ciúme da Melzinha. Agora você que vai ficar só na tensão! Bem feito. Agora que eu sei que você tem ciúme eu vou abusar também. Mas eu quero é você minha safada.
Naquele ponto já estávamos tirando a roupa no sofá e o Guido já chupava meus peitos. Ele chupa muito gostoso, e eu pensei:
— Safado, que boca gostosa! Se chupar os peitos daquela putinha ela vai ficar louca de tesão igual eu estou. E vai querer dar para você.
— Ela quer dar para mim faz tempo Lu. Se eu quisesse já tinha comido. A Mel é muito mais safada do que parece.
Eu não aguentei mais e deitei o Guido no sofá e fui por cima, chupar o pau dele:
— Safada você vai ver agora seu puto! A fruta que essa biscatinha quer e gosta eu chupo até o caroço!
Comecei a lamber o pau do Guido e estava com um tesão reprimido, e minha boceta latejava. Fui recuando de joelhos ao lado do corpo dele e oferecendo a minha “pepekinha” para o Guido lamber. Ele logo passou a língua e eu suspirei fundo. Na minha cabeça veio a ideia do Guido chupando a bocetinha da Mel e em fiquei mais louca para ele me chupar gostoso:
— Chupa meu corninho, me chupa como se estivesse chupando aquela vagabunda da Melzinha!
Guido dava solavancos com o pau e eu senti que ele também estava tarado com aquelas provocações. O danado colou a boca na minha xoxota e enfiava a língua sugando meu mel do prazer. E eu já estava quase gozando, soquei a boca na rola e passei a sugar também com vontade, enterrando até que a cabeça batesse na minha garganta. Não aguentamos muito mais daquelas sensações, e eu estava louca por sentir de novo a pica do meu marido me fodendo. Eu montei a cavalo no ventre do Guido e fiquei esfregando a bocetinha sobre o pau dele e disse:
— Tem vontade de foder a bocetinha da Melzinha meu corninho? Quer ela fazendo assim no seu pau?
Guido gemia sem condições de falar, porque estava tentando segurar o orgasmo, mas num último esforço gemeu:
— Sua putinha, safada, quer que meta na Melzinha para você saber que é minha corninha?
Eu não aguentei mais e fiz o pau dele me penetrar bem fundo, de uma vez, deslizando na minha xoxota melada, e me invadiu por completo. Quando senti a rola apertada dentro da boceta eu contraía os músculos e já estava entrando em orgasmo. Comecei a me agitar em cima daquela rola dura ofegante, e tomei um tapa na bunda, me deixando ainda mais tarada. Exclamei:
— Ah, corninho! Que delícia! Estava com saudade de dar gostoso assim!
Entrei em orgasmo intenso, e tremendo toda, minha respiração faltou, meu coração acelerado, eu me entreguei totalmente àquele êxtase, sentindo pau do Guido ejaculando forte dentro da minha xoxota. Eu não imaginava que seria tão gostoso gozar tão intensamente e rápido, e continuei me movimentando prolongando meu prazer enquanto a porra do Guido escapava para fora da xoxota e melava seu saco e a virilha, fazendo barulho quando eu me mexia ainda excitada. O pau dele permaneceu duro por quase um minuto e foi delicioso. Pouco a pouco eu fui relaxando e me deitei sobre o seu corpo. Ele me abraçou e nos beijamos. Não falamos nada por mais dois minutos deixando a respiração ir se normalizando. Finalmente eu consegui ter mais lucidez e disse:
— Amor, que foi isso? Que tesão danado? Eu estava tarada.
Guido também sorriu e confessou:
— Estava com saudade Lu. Você é demais. Eu adoro...
— Eu também adoro você meu corninho, mas pelo jeito eu que vou virar sua corninha agora!
Guido riu, estava alegre, e falou:
— Se isso deixa você com tesão, pode fantasiar o quanto quiser.
Eu estava muito curiosa:
— Nesse final de semana do treinamento, acha que você vai resistir às investidas da Melzinha?
Guido ficou pensando um pouco depois respondeu:
— Eu vou resistir sim. Não vou misturar as estações. A Mel é campo minado, como disse o tio.
— Mas você acha que ela provoca você para testar ou porque quer mesmo dar aquela bocetinha gulosa para o meu mestiço gostoso?
Mais uma pausa do Guido pensando e depois falou:
— Pode até ser teste, mas ela tem vontade sim, vi isso nos olhos dela desde a primeira noite. Ela deve gostar de dar tanto quanto você sua safada.
— E cismou logo com o meu mestiço tesudo? Que safada gulosa!
Guido deu risada, estava descontraído, depois de tudo que havia descarregado, parecia estar novamente no seu estado normal. Ele brincou:
— Você quer ser minha corninha Lu? Quer que eu pegue a Melzinha e meta a vara nela, fazendo ela gozar até pedir chega?
Cheguei a gemer, tamanha foi a onda de excitação que me correu pelo corpo. Eu beijei o Guido e falei:
— Amor, eu penso nisso e fico com tesão, mas também sinto um pouco de ciúme. No dia que você comer aquela gostosa não vai ter a mesma paixão por mim.
Guido gargalhou, depois exclamou:
— Viu sua puta safada? Foi o que aconteceu comigo não foi? Depois que você gozou naquela rola grande do tio você não sentiu a mesma paixão por mim?
Dessa vez fui eu que ri porque entendi a armadilha e respondi:
— Eu não perdi nada, eu sinto ainda mais paixão por você meu corninho. Adorei a explicação do analista. O corno sente tesão de ver ou saber a mulher com outro, mas ela continua amando o corninho. Acha que vai ser assim comigo?
— Eu amo você mesmo você gostando de dar para o tio Silvio. Será que vai me amar se eu pegar aquela safadinha da Mel? Vai gostar disso Lu?
Eu pensei seriamente no que eu sentia. No fundo dava um puta ciúme do meu amor, e só de pensar ele nos braços da sirigaita safada, me batia uma certa tensão, mas também me dava tesão. Resolvi ser sincera com ele:
— Quer saber, hoje eu entendi você. Será que eu sou corninha também amor? Fiquei bem tarada de imaginar você fodendo aquela putinha oferecida, mas também me bate um nervoso danado! E se você gostar mais dela do que eu? E se você apaixonar Gui?
Guido parecia ter voltado ao seu estado normal de sempre. Ele sorria sacana e falou:
— Eu fico com as duas. Você que é o meu amor e a Melzinha que deve ser uma safada muito boa de foda.
Dei um soco no peito dele, e ia ficar brava, depois me controlei e pedi:
— Amor, por favor, jura que não vai me deixar?
Guido me beijou, umas três vezes, bem gostoso:
— Juro, nunca vou deixar você. Só se você me trocar pelo tio do pau grande.
Aí eu dei outro soco no peito dele, sem violência, e perguntei:
— Posso pedir um favor?
— Pode, diga.
— Se eu ficar bem quietinha aqui em casa, e não fizer nada errado, você promete que volta para mim do mesmo jeito que foi?
— Como assim Lu?
— Se eu não fizer nada, você come a Melzinha mas volta apaixonado do mesmo jeito?
— Deixa de loucura Lu. Não vou pegar a Mel. Isso é fantasia sua. Nem penso em fazer nada.
Eu respirei fundo e pedi:
— Pois eu quero que você pegue ela amor. Fode ela bem fodida, mata a vontade dessa putinha, deixa ela gozar muito. Mas aí você volta para mim, cheio de amor, como sempre. Para ela saber que eu sou a sua mulher.
Guido ficou me olhando muito intrigado, depois falou:
— Isso está me cheirando safadeza sua. Você quer dar para o tio e quer um álibi sua safada?
— Não amor, você disse que eu posso, quando tiver saudade e vontade não disse?
— Sim eu disse.
— Então não preciso de álibi. Eu digo para você que tenho vontade e se você deixar eu vou dar para o tio e matar a vontade.
Notei que o pau do Guido dava um solavanco reagindo. Ele perguntou:
— É isso que está pensando? Pedir para dar para ele enquanto eu viajo?
— Não, não pensei nisso. Juro. Mas agora que falou talvez eu pense. Mas eu pensei que preciso tirar esse fantasma da Melzinha da minha vida. O único jeito é testar você. E testar a minha capacidade de aguentar um chifre dela.
Guido deu uma boa risada. Abanou a cabeça e falou:
— Vamos tomar outro banho. E deixa de pensar safadeza. Não tenho planos de pegar a Melzinha não.
Eu me levantei com ele do sofá e pedi:
— Vamos dormir assim, gozados? Quero sentir a sua gala aqui dentro. Matar a saudade que eu estava. Adoro esse cheiro de sexo.
Fomos para a nossa cama e nos deitamos. No começo de frente um para o outro. Beijei o Guido e disse mais uma vez:
— Amo você meu corninho. Sempre vou amar. Mesmo que você me faça de corninha com aquela safadinha.
Guido sorriu já meio arriado de sono e respondeu:
— Se você pedir com jeito e der gostoso para mim a semana inteira, eu vou pensar no seu caso. Pode ser?
Nos beijamos e ficamos calados. Logo ouvi que ele ressonava no sono bem relaxado. E eu fiquei ali mais um tempo, pensando em tudo aquilo. Nunca tinha ouvido explicações profissionais sobre a questão do fetiche do corno, mas eu tinha gostado muito de ouvi aquilo. Tinha muito que aprender ainda. Tive a ideia de pedir para o Guido no dia seguinte, continuar a ir no analista, e falar com ele, para a gente poder aprender ainda mais daquele fetiche. Estava muito curiosa de saber como aquele fetiche e com o ciúme de contraponto, dava mesmo muito tesão. Naqueles pensamentos eu acabei adormecendo de vez.
Continua.
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