Crônicas do Bairro Velho - O reencontro

Um conto erótico de Turin Turambar
Categoria: Heterossexual
Contém 1515 palavras
Data: 29/08/2022 07:49:21
Última revisão: 01/09/2022 09:38:13

Quando saiu do Bairro Velho, Vanessa era muito jovem. Sua pele morena, o corpo curvilíneo, os longos e lisos cabelos e o rosto perfeito chamaram a atenção dos agentes de moda quando ela ainda era adolescente. Dali, foi para o exterior. Desfilou em diversas passarelas internacionais. Sua vida mudou muito desde então. Hoje ela é uma nova mulher. Nem sempre foi assim.

Apesar de sua beleza impressionante, sua juventude era conturbada. Vivia cercada de companhias, mas poucas delas criavam laços sinceros. Os relacionamentos amorosos eram igualmente difíceis. Sendo uma garota disputada entre os homens, sempre terminou em relacionamentos curtos, com fins dramáticos. Talvez em um único homem durou por mais tempo.

Um certo rapaz mexia com ela profundamente. Sua pegada a fazia amolecer as pernas. Os beijos conseguiam deixá-la molhada em instantes. Seria um amante perfeito se não fosse um péssimo namorado.

Não foram poucos os erros e as traições dolorosas. As brigas eram constantes, assim como as rupturas. Assim como as voltas. Igor naquela idade já tinha um corpo bem definido. Seus cabelos longos lhe davam um charme rebelde. Para Vanessa era irresistível recusar seus pedidos de desculpas. Podia estar bastante irritada e ainda assim, cederia aos encantos e a pegada firme. As idas e voltas nublavam sua autoestima, a fazendo se sentir sempre culpada. Fora anos de uma relação complicada, torturante, interrompida apenas por uma oportunidade de trabalho precoce.

O ritmo intenso de ensaios e desfiles não deu descanso a Vanessa. Por anos, não voltou ao Bairro Velho, mantendo contato com a família a distância.

Quando finalmente voltou, Vanessa encontrou um bairro diferente. Uma série de novos prédios subindo, se mesclando a arquitetura eclética antiga. Tudo diferia, novo, mas os velhos conhecidos ainda estavam por lá. Reencontrando alguns deles, veio a ideia de um churrasco.

Vanessa não sabia quem morava no condomínio onde o evento acontecia, assim como não se lembrava da maioria das pessoas em volta dela. A área gourmet estava cheia, em grande maioria de pessoas desconhecidas. Aparentemente nada mudara. Porém Vanessa não era mais a mesma mulher, e não se importava mais com aquilo. Aprendeu a lidar com o sucesso e fama, sabendo muito bem lidar com uma multidão procurando sua atenção. Aprendeu a ignorar as interações vazias e dar atenção a quem tinha algo a oferecer como companhia. Não satisfeita, fez questão de provocar. O biquíni amarelo, minúsculo, fez todas as conversas cessaram no primeiro mergulho na piscina. Acostumada a ser o centro das atenções, se sentia confortável em atrair olhares desejosos de multidões, e principalmente, desprezá-los. Assim, ela se divertiu na água, nadando sozinha. Entre uma ida e volta na piscina, ela ouve uma voz conhecida, sussurrada ao seu ouvido.

— Que saudade, amor.

Igor se aproximou por trás dela sem ser percebido. O aperto na cintura era o mesmo, assim como a fala maliciosa cheia de charme. Pelas costas sentia o corpo dele ainda mais forte. Em instantes vieram as lembranças de como ele a dominava. Das estocadas fortes, da pegada firme e o jeito safado de falar com ela. Lembrou inclusive o fato dele chamar ela de amor logo após decepcioná-la e como isso funcionava. Um arrepio percorreu suas costas. Ao se virar, observou o cabelo ainda comprido. Suas expressões de um moleque davam a impressão de o tempo não ter passado tanto assim. Pela atitude, continuava o mesmo.

Vanessa viveu momentos como aquele várias vezes. Não era mais uma menina e tratou de desconversar. Disse um “Oi!” Seco desviando-se dele, voltando a nadar. Fingiu tranquilidade o máximo possível, mas não podia enganar a si mesma.

Saiu da piscina. Procurou algumas pessoas para conversar, indo de um grupo a outro. Não havia lugar onde estivesse onde não percebesse Igor olhando a distância. Quando escolheu aquele biquíni pequeno, o fez pensando em se exibir, sabendo do desejo de todos os homens ali, ao mesmo tempo. Pensou em se divertir e ignorar todos eles enquanto babassem pelo seu corpo perfeito. Para seu azar, não podia ignorar seu ex-namorado. Os olhares dele a despiram. Havia uma malícia em suas expressões enquanto a olhava de cima a baixo. Vanessa se lembrou da sensação em se sentir desejada por Igor. Diferia de qualquer homem. Havia uma vontade de se vestir, de não dar aquele canalha o deleite de vislumbrar o seu corpo, não ele. Ao mesmo tempo, o fato de ficar tão explícito em seu olhar o desejo de possuí-la, a excitava.

A música ecoava se misturando aos sons de inúmeras conversas simultâneas, salpicados pelos sons das pessoas se jogando na piscina. Vanessa mal conseguia prestar a atenção nem na música e nem em qualquer conversa de tão incomodada. Saiu dali, desfilando, fingindo não estar fugindo de ninguém. Achou a cozinha onde alguns ali lavavam alguma louça. Entrou, agradecemos não ter sido reconhecida e assumiu uma posição junto a pia. A janela permitia ver onde seu ex estava e vigiá-lo. Ficou mais tranquila, lavando louças olhando Igor procurar por ela em volta da piscina. Foi divertido até não conseguir ver mais o ex.

O som do bater da porta e um giro de chave dispararam os batimentos do seu coração. Estava de biquíni, trancada naquela cozinha minúscula com Igor. Ele fez seu corpo se lembrar das sensações, de como se sentia aos toques e as provocações.

— Finalmente tenho você para mim, amor.

— Igor, faz muito tempo. Para com isso.

— Não fala assim, meu amor. Sei bem do que você gosta.

As mãos na cintura puxavam o corpo contra o dele. A ereção contida apenas pela sunga é perceptível contra a sua bunda. Se lembrou de como era gostoso sentir aquilo, mas se conteve e não rebolou, se esfregando nele, como era seu desejo. Se esforçava para não transparecer sua vontade, mas também não reagia. Para Igor, isso se tornou um desafio delicioso onde teria a tranquilidade de provocar Vanessa até quebrar sua resistência por completo.

Da cintura, as mãos subiram aos seios, deslizando por baixo do sutiã.

— Seus peitinhos cresceram. Lembra quando eu brincava com eles?

Vanessa deixou a louça de lado e se apoiou sobre a pia. Respirou fundo, tentando disfarçar o arrepio causado por aquelas mãos invasivas. Olhava para a janela se certificando de não ser observada por ninguém enquanto buscava resistir àqueles toques. Igor insistia, descendo as mãos de volta para a cintura, as coxas. Descendo e subindo até pararem em sua bunda.

— Meu amor, que saudade de te apertar aqui. Está mais gostosa do que no nosso tempo.

Vanessa se arrepiou. Ficou na ponta dos pés empinando levemente o bumbum esperando não ter sido notada. O apertão nas nádegas dizia o oposto.

— Sei que gosta do meu carinho. Ainda gosta de apanhar aqui?

Vanessa mordeu os lábios. Em silêncio.

Os apertões de Igor continuavam. O corpo dele se mantinha cada vez mais próximo, encostando seus lábios ao ouvido de sua ex-namorada.

— Eu sei como te comer e você sabe bem disso. Eu posso te dar o que gosta. É só pedir.

Vanessa nada disse, mas desfez o laço do biquíni, empinando ainda mais o quadril.

Ainda com o olhar atento ao lado de fora da cozinha, Vanessa mordeu os lábios sentindo sua boceta ser pincelada. Igor era malicioso, sempre gostou de provocar Vanessa e após anos sem vê-la, ele não a comeria de qualquer jeito.

Os lábios eram divididos de glande, que deslizava de cima a baixo. Vanessa gemia baixinho, subindo o tom apenas quando o pau entrou de surpresa. Igor entrou inteiro, colando seu corpo ao dela, beijando e mordiscando os ombros, fazendo movimentos de vai e vem curtos e lentos. As mãos lhe tomaram os seios novamente.

— Meu amor, eu lembro de como você gostava de começar assim, devagarinho.

— Eu amo como você começa gostoso assim e depois se solta.

Os movimentos de Igor ganharam intensidade. Com movimentos maiores ele metia o pau em Vanessa com cada vez mais contundência.

— Que delícia comer você, amor. Gosta quando eu como você assim, com força?

— Eu adoro! Mete assim. Mete com força.

Segurando Vanessa pelos ombros, Igor a fodeu ainda mais forte. Cada vez mais excitado, Igor lhe acertou um tapa na bunda.

— Ainda gosta de apanhar, meu amor?

— Amo. Pode bater mais.

Igor se soltava cada vez mais, distribuindo tapas na bunda de Vanessa. Ao ser segura pelo cabelo, Vanessa sentiu o orgasmo iminente do seu ex. Foi quando o empurrou para trás.

Com um sorriso no rosto, Vanessa jogou Igor no chão, e montou em cima do seu pau. Seu quadril balançava sensualmente. A rola Igor entrava e saia obedecendo aos movimentos dela. Vanessa sentou, quicou e rebolou no caralho duro de Igor. Se debruçando mais em cima dele, seus movimentos esfregavam o grelo rígido contra o corpo dele. Com movimentos cada vez mais fortes, Vanessa gozou, tremendo sobre o corpo do ex.

Igor acariciou o rosto de sua ex, esperando um beijo, mas Vanessa se levantou

— Vem cá, meu amor. Fica de quatro para mim? É a minha vez.

Vanessa vestiu o biquíni e saiu da cozinha, deixando Igor ajoelhado no chão.

— Eu não sou o seu amor.

Vanessa, não era mais a mesma mulher.

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Foto de perfil genéricaTurin TurambarContos: 294Seguidores: 281Seguindo: 110Mensagem Olá, meu nome é Turin Tur, muito prazer. Por aqui eu canalizo as ideias loucas da minha cabeça em contos sensuais. Além destas ideias loucas, as histórias de aqui escrevo são carregadas de minhas próprias fantasias, de histórias de vi ou ouvi falar e podem ser das suas fantasias também. Te convido a ler meus contos, votar e comentar neles. Se quiser ver uma fantasia sua virar um conto, também pode me procurar. contosobscenos@gmail.com linktr.ee/contosobscenos

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Reencontros, tem coisas que não mudam. Não adianta tentar fugir da verdade.

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