Acordei no dia seguinte, eram umas 10h, com várias vozes vindo de fora do quarto. Acho que já tinha chegado um pessoal.
Sentia minha boca extremamente seca. Fica a dica pessoal, sempre que forem beber não esqueçam de tomar água também. Pelo menos bebi pouco e não tava com ressaca. Não estava nem um pouco a fim de levantar naquela hora, minha timidez e a ansiedade me inibiam de querer descobrir que monte de vozes eram aquelas fora do quarto. Ouvi a voz do Rafael e imediatamente me veio na cabeça tudo que rolou algumas horas atrás. Eu finalmente havia transado com um cara, o qual eu tinha acabado de conhecer e que iríamos morar juntos. Havia chupado um colega da república e dado para outro. Pronto! Certeza que já ia começar uma faculdade nova com fama de viado. 22 anos incubado no armário pra virar o viado da Viracopos da noite pro dia?
- Puta que pariu, Marcio, se controla, cara! – eu falava pra mim mesmo. Por mais nervoso que a situação me deixasse, não podia deixar de pensar em como foi bom o que rolou com o Rafa – Pelo menos valeu à pena esperar 22 anos pra fuder com um cara desses hahaha.
Minha bexiga estava pra explodir, então precisava me levantar. Abri a porta receoso, quem tem ansiedade sabe como é ter contato com gente desconhecida, mas felizmente não via ninguém no corredor. Ouvia vozes vindo da cozinha e de alguns quartos. Fui ao banheiro, fiz o que precisava e fui à cozinha tomar água antes que a saliva virasse pó na minha boca seca.
Ao chegar lá Rafael estava sentado à mesa junto com um homem mais velho e dois rapazes, que reconheci pelas fotos dos contatos do grupo da república. Eram o Ramon e o Yuri. Também havia uma mulher no fogão, parecia preparar café. Entrei na cozinha e os cumprimentei me apresentando. Ramon também era mineiro, muito pra frente e com um jeito de moleque (também pudera, tinha completado 18 anos no dia anterior), era branco, cabelo cortado na máquina bem baixo, bem magricelo e devia ser pouca coisa mais baixo do que eu. Yuri tinha 21 anos, era negro de pele parda, de São Paulo, cabelo na régua, olhos negros penetrantes, era muito desinibido e sorridente, tinha o corpo magro, mas definido, tinha um cavanhaque que cobria apenas seu queixo e devia ser tão alto quanto o Rafael. Por falar nele, ele me cumprimentou com uma piscada e um sorriso, estava sem camisa, apenas com uma bermuda de tactel e chinelos. O homem na mesa era o pai do Ramon, Seu Vicente, e no fogão sua mãe, dona Júlia.
Peguei minha água e me sentei a mesa com eles. Dona Júlia já nos trouxe os copos e o café que acabara de coar e se sentou conosco. Reparei na mesa a garrafa de cachaça da noite anterior, com o liquido um pouco abaixo da metade, com os copos de dose.
-Rapaz, quando vi a garrafa de cachaça lá na mesa eu tive que provar uma dose. – disse Vicente – Eu compro cachaça dessa marca lá em Caratinga, mas não sabia que faziam essa curtida no coco não. O trem é bão hein.
- É um lote especial. Meus tios que fazem no alambique deles, mas essa não é comercializada é só pra demonstração e presente. – expliquei a ele.
Vendo que eu também era mineiro, seu Vicente e dona Júlia tomaram mais intimidade comigo. A gente tem essa mania, quando encontramos outro mineiro é como se fosse da família, então não faltava assunto para conversar.
Sentindo o cheiro de café, Mário e Paulo (que eram as vozes que ouvi vindo dos quartos) chegaram na cozinha também. O cheiro do café de um mineiro atrai todo mundo hahahaha. Como já descrevi, Mário tinha mais ou menos minha altura, corpo de falso magro, olhos verdes, cabelo curto e uma barbicha rala no queixo que ele chamava de cavanhaque. Paulo era branco, 20 anos, cabelo loiro escuro com um penteado meio bagunçado, jeito de malandro, olhos castanhos e devia ter a minha altura ou pouca coisa a mais, era magro, porém mais cheinho que o Yuri, mas também com o corpo definido.
Feita as apresentações, tomamos café e ficamos papeando um pouco. O pessoal parecia meio retraído com os pais do Ramon alí, mas pouco tempo depois eles se despediram, dizendo que só foram até lá para levar o Ramon com suas coisas e conhecer seus colegas de república, dona Júlia era muito protetora com o filho caçula, embora viríamos a descobrir depois que ele não tinha um pingo de juízo kkkkk. Assim que seus pais foram embora o pessoal se soltou mais. Os veteranos nos deram as boas-vindas oficialmente a Viracopos, e pegavam no nosso pé por sermos calouros. Eu percebi que realmente era o mais velho alí, e eles logo começaram a me chamar de “Papito”, apelido que acabou pegando. Todo mundo queria provar uma dose da tal cachaça, Rafa recusou olhando pra mim com cara de safado e dizendo que tava de boa depois ontem, e apesar do gosto bom do coco, todos fizeram careta quando a sentiram queimando. Eu e Ramon ríamos deles (o moleque era acostumado a beber também).
Na hora do almoço tive que cozinhar, porque aquele bando de marmanjos não sabia fritar um ovo. Ou eu cozinhava, ou comia a gororoba deles, ou pedíamos comida fora, mas não queria gastar grana a toa se tinha comida em casa.
- Isso aí Papito, já tá dando de comer pra gente – Rafa falou, e todos riam, mas apenas nós entendíamos o duplo sentido em sua fala.
Depois fomos pra sacada, onde havia uma rede (esqueci de mencionar isso anteriormente), um sofá velho, mas bem confortável e uma mesa de bar com cadeiras de plástico, aquelas amarelas com a logo da Skol. Ficamos o resto da tarde lá batendo papo, nos conhecendo melhor, os veteranos nos contavam histórias deles lá, e apesar de eu permanecer quieto a maior parte do tempo, me senti muito bem acolhido alí, já era como se eu estivesse em casa. Por volta das 17h o Carlos chegou e aí a república estava finalmente completa.
Não demorou muito Paulo e Carlos saíram para seus quartos e voltaram com uma máquina de cortar cabelo.
- Hora do trote dos calouros! – dizia Paulo. E aí começava a algazarra dos veteranos pra ver quem ia fazer o que no cabelo de quem. Paulo e Yuri disseram que eu ficaria por conta deles, pois eu era o calouro exclusivo deles pela lógica. Carlos e Mário não ligaram, era melhor pra eles, pois assim sobrava um calouro pra cada um deles zuarem.
- E qual vai ser o trote de cada um de vocês? – Perguntei esperando o que viria de cada um.
- Ué, o trote é o mesmo pra todo mundo, só que você a gente vai zuar um pouco mais – Disse Yuri.
Alí percebi que não tinha essa de cada veterano aplicar um trote, e o Carlos tinha me enganado jogando essa pra cima de mim pra ganhar um boquete. Olhei pra ele e o desgraçado ria da minha cara quando viu que eu descobri. “Esse filho da puta vai me pagar kkkk”, pensava comigo mesmo. Não que eu não tenha gostado do meu “trote” exclusivo, mas não gosto de ser feito de bobo.
Mário e Carlos não foram muito criativos. Rasparam todo o cabelo do Ramon e do Rafael e fizeram alguns desenhos raspando os pelos das pernas deles. Comigo, Yuri e Paulo não rasparam o cabelo, o descoloriram e depois fizeram uma mescla deixando parte descolorida e uma parte pintada de azul. Devo dizer que não ficou de tudo ruim, até que ficou “estiloso” dentro do possível junto com o corte disfarçado que eu tinha o hábito de usar.
Naquela noite, como era o último domingo antes da volta às aulas, tinha o tradicional roque da engenharia química, e o pessoal logo se animou em partir pra festa. Após todos estarmos prontos para sairmos, os veteranos apareceram com batons nas mãos. “Pronto, lá vem mais parte do trote pra passarmos vergonha no roque”, a gente pensava. Mas não. Fizeram tipo maquiagem de guerra riscando nossas bochechas com batons preto, verde e vermelho escuro, as cores da bandeira da república. Era uma forma de nos identificarmos nos roques, era uma tradição, e cada uma das repúblicas do Top 06 (o ranking das mais antigas e conhecidas) tinha o seu jeito de se caracterizar. Nós éramos o Top 02, apenas a república Namoradeiras era mais antiga que a Viracopos. Vocês devem estar pensando “mas uma república de 7 caras é o top 02??”, acontece que a nossa era uma das mais tradicionais e antigas, e dava festas muito loucas, segundo eles disseram. E lembram de eu dizer que todos os caras da Viracopos eram gatos? Parece que isso era tradição também olhando as fotos no painel da sala com todos os ex-moradores.
- Só mais uma coisa antes de sairmos! – disse o Mário, pegando uma sacola com canecas e tirantes com o logo da república e nos entregando – Agora sim, oficialmente membros da Viracopos de verdade. E lembrem que o nome da república não é à toa, quero ver essas canecas sendo enchidas e esvaziadas o tempo todo hein.
Agora sim, com tudo pronto partimos pro roque. A festa acontecia num bar que era fechado apenas para isso no começo dos semestres. A fila de ingressos tava grande, mas como membros do Top 06 entrávamos de graça (mas a consumação lá dentro era paga). O espaço interno era uma área aberta, tipo um galpão enorme.
Assim que chegamos Carlos encontrou com sua namorada e nos apresentou a ela. Elisa era uma mulher incrível, tanto em beleza quanto em personalidade. Era recém-formada em Nutrição e trabalhava ali na cidade mesmo, já que sua família era dali. Me senti meio mal em conhecê-la e ela ser tão simpática, sendo que uns dias atrás eu estava mamando o namorado dela. Carlos também parecia desconfortável com nós dois conversando e resolveram dar uma volta para encontrar outros amigos, junto de Mário. Rafael logo avistou uma das meninas com quem ele estava conversando no tinder e também sumiu com ela. O Ramon era inacreditável a facilidade que ele tinha de fazer amizade, viu um grupinho fumando paiol e já foi logo se entrosando com eles.
Sobrando apenas eu, Paulo e Yuri eles resolveram me apresentar para outros veteranos do nosso curso, amigos deles. O pessoal era muito de boa. Quando eles viram meu cabelo meio loiro e azulado pelo trote que me aplicaram eles riram demais e diziam não acreditar que tinham feito isso comigo. Acontece que os cursos de informática do campus tinham uma rivalidade (ciências da computação -CC e engenharia da computação - EC) e as cores do meu cabelo lembrava a bandeira da atlética de CC.
Meus veteranos me encheram de fixas e mandaram eu ir no bar buscar bebida para servi-los, tradição com os calouros. Como eu só tinha duas mãos pra carregar aquilo tudo de cerveja, o Yuri foi comigo pra me ajudar.
E aí Papito, o que tá achando do seu primeiro roque? – ele me perguntou enquanto esperávamos as cervejas.
- Na verdade não achei nada ainda, mal acabamos de chegar. Mas o pessoal do curso parece ser legal.
- Curto e seco. Cara, você é muito travado – nossa, sério que todo mundo tinha que me falar isso kkkk – Vamo te ajudar a se soltar.
Pegamos as bebidas e voltamos pro grupinho. O pessoal toda hora enchia o meu copo, mas não por camaradagem, e sim pra deixar o calouro bêbado logo hahahaha. E funcionou. Meia hora e eu já tava todo alegrinho e mais solto, já até dançava os funks que tocavam. Conversava muito, ria, contava piadas, dançava mais. Um cheiro forte a meio familiar tomava conta do ambiente próximo aos banheiros. Me liguei que era maconha. O pessoal curtia mesmo usar aquilo. Não demorou e o pessoal do grupinho também acendeu um baseado e foram rodando, mas recusei e preferi ficar só na bebida e observar como eles ficavam e qual era o efeito daquilo. Eles ficaram muito lombrados, meio sonsos e rindo de tudo. Deixei eles fumando e fui dar uma volta pra analisar a galera. Tinha gente de todo jeito e de todo lugar, ia ouvindo as conversas enquanto andava e eram vários sotaques do Brasil todo, até alguns gringos. Reparei que alí tinha muita gente LGBT, e todos de boa, sem ninguém implicar, o que me animou, pelo menos eu sofria menos risco de discriminação se alguém soubesse de mim.
Senti alguém atrás de mim tocando meu ombro. Era o Rafael.
- Mano, tava te caçando. Boara alí, arrumei duas minas pra gente.
- Cara, achei que tinha ficado claro o que eu curto kkkk.
- Pô, foi mal, você não tem jeito de viadinho, achei que curtia mulher também.
- E como é jeito de viadinho? Viado tem jeito? A gente transou ontem, e aí?
- Calma, relaxa aí, mano! Não quis te ofender não, só não sabia mesmo que você não curtia mulher. Eu acho que sou bi, só prefiro muito mais as minas do que os manos, entende?
- Foi mal, Rafa. Só não gosto quando falam desse jeito. Mas não sou assumido, não conta pro pessoal não, por favor. Eu ainda fico noiado com essas coisas...
- Não, eu tô meio errado também. Falei que ia proteger meus parça e já vim com preconceito pro seu lado. E relaxa que eu também não quero me expor, o que rolou entre a gente fica entre a gente. E... Foi bom pra caralho né?
Eu ri concordando com a cabeça, mas fomos interrompidos pelo Yuri que chegou nos abraçando visivelmente bêbado e chapado, e olhando nossas canecas vazias.
- Pô mano, qual a regra que definimos em casa? Se esvaziou a caneca tem que encher. Já que não tão bebendo bora ali jogar beer pong.
- Posso não, mano, tem duas minas me esperando. – disse o Rafa.
- Eita, vai lá então, garanhão. Então você acaba de ser recrutado como meu parceiro de jogo, Papito – disse pra mim – E lembra que somos da Viracopos, temos reputação pra manter em qualquer jogo de bebida.
Topei, não que eu tivesse muita escolha né kkkk. O jogo era em duplas, eram oito copos de cada lado, cada um com uma bebida diferente. A dupla adversária eram duas meninas, que pela aparência supus ser de alguma república do Top 06. Pelo jeito eles levavam a rivalidade entre as repúblicas nesse jogo bem a sério, porque tinha gente jogando aquilo o roque todo, mas quando foi nossa vez logo se formou um grupo em volta pra ver a gente jogar, cada um com sua torcida.
- Bora deixar o jogo mais interessante? – Yuri disse baixo pra mim.
- Como?
- Vamo apostar, quem acertar mais copos delas ganha, e se empatar quem tiver virado menos copos ganha.
- E o vencedor ganha o que exatamente?
- Quem vencer decide uma prenda pro perdedor. Aproveita que tô te dando essa chance calouro, não devia ser bonzinho com você não. Embora eu sei que vou vencer.
Como eu tava bêbado claro que topei sem nem pensar. Se eu ganhasse ia aproveitar pra me livrar dessa coisa de calouro servir veterano, ia comprar minha alforria hahaha.
As meninas não eram muito boas no jogo (descobri depois que eram calouras da Namoradeiras), mas conseguiram acertar cinco copos nosso. Eu e o Yuri, levando nossa aposta a serio acertamos os oito copos delas sem errar nenhuma vez, mas como sobrou pra mim virar 3 dos copos que elas acertaram, perdi a aposta. Tinha bebido rum, vodka e tequila, que misturados com a cerveja que eu tava tomando me deixaram trilouco. Sorte que não tava esquecendo de beber água dessa vez. A partir dali o pessoal ia conhecer o outro Marcio. Eles já conheciam o tímido e reservado, agora iam ver o Marcio bêbado, solto e falando mais que puta na chuva.
Um cara chegou do nada com um microfone pegando nossos braços e levantando.
- A república Viracopos mantém o recorde do beer pong, com um calouro mostrando que chegou com tudo. – ele gritava pra todo mundo alí.
O pessoal nos ovacionava. Eles realmente levavam a sério a competição das repúblicas. Eu gritava e pulava como se tivesse ganho a copa do mundo hahahaha.
Yuri me abraçou pelo pescoço e me puxou pra pista de dança. Ele era bem famosinho na universidade, então toda hora aparecia alguém pra falar com ele e enchia nossas canecas com bebida. Ficamos um tempão alí dançando e bebendo, conhecendo o pessoal que aparecia e o Yuri me apresentava, até que não dava mais pra segurar tanta cerveja e tivemos que ir ao banheiro. Eu sempre falo que cerveja a gente não compra, a gente aluga, porque é beber e pouco depois por ela pra fora mijando. Por isso prefiro destilado.
Saí do banheiro e fiquei esperando o Yuri. Quando ele saiu disse que ia cobrar a aposta agora. Olhou pros lados pra ver se não tinha ninguém da república por perto e meteu um puta beijo em mim. Eu bebasso só aproveitei, mesmo com o pessoal em volta, mas ninguém ali tava ligando pra dois caras se pegando, tinha gente se pegando por todo canto, e todo mundo já estavam acostumado com gente de todo tipo ali. O cara beijava bem pra caramba, ficamos um bom tempo nos pegando alí perto dos banheiros, até precisarmos recuperar o fôlego.
- Meu gaydar nunca falha. No começo eu fiquei meio em dúvida, mas depois de te analisar bem eu tinha certeza que você curtia. – ele me disse.
- Pera, gaydar? Então você também é...
- Gay? Sou sim, e relaxa que todo mundo sabe, até os caras da república. Mas como percebi que você não é assumido não queria te expor pra eles, mas tava doido pra te beijar, inventei a aposta só pra isso mesmo hahaha. Foi mal te beijar no meio do roque, mas tava com vontade demais. E provavelmente ninguém reparou, e quem reparou nem vai ligar, a galera aqui é muito de boa.
- Eu não tô pronto pra me assumir ainda... Mas tu beija gostoso pra caralho.
Dito isso ele me beijou novamente, depois esfregou seu cavanhaque no meu pescoço e falou no meu ouvido:
- Já que falou em caralho, o meu tá doido pra te provar.
Eu sorri pra ele adorando pensar nessa ideia, mas vi o Paulo e o Ramon vindo em direção ao banheiro e me afastei um pouco do Yuri. Ramon foi direto pro banheiro, enquanto Paulo veio me cumprimentando com um “toca aqui” e me puxando pra um abraço.
- Aí moleque! Já chegou marcando ponto pra gente, mandou bem. E já tava agarrando alguém né, tá com o batom do rosto borrado. Papito não tá perdendo tempo mesmo hein.
Eu ri meio sem graça, enquanto o Yuri tinha um sorriso de satisfação no rosto. Lembra que eu disse que ele era muito risonho? Pois então, ele tinha um sorriso de cafajeste bonito pra caramba. Certeza que ele pegava quem ele quisesse só abrindo um sorriso pra pessoa.
O Ramon saiu do banheiro e veio loucasso nos abraçando e pulando em cima da gente, nos molhando todo com a cerveja da caneca dele. Ele disse que o Rafa ajeitou a outra menina que eu recusei pra ele e o moleque tava se sentindo hahaha.
Como já tava tarde, e eu como bom nerd que sou não queria perder o primeiro dia de aula, resolvi ir pra casa, mas o Paulo não queria deixar, disse que estava cedo ainda, tentando meu convencer a ficar de qualquer jeito.
- Deix, mano. Também tô consadão, vou com ele também– disse o Yuri. Percebi na hora a “boa intenção” dele. Assim nos despedimos dos dois ali e fomos pra casa.
Fomos andando pra casa, que não ficava muito longe dali, batendo papo. Ao passarmos por uma rua deserta e mais escura Yuri não perdeu tempo e me jogou contra um muro e veio me beijar. Ele beijava bem demais, era melhor que o beijo do Rafael (que nem de longe foi ruim), e sem comparação com o beijo das meninas que já peguei. Estávamos numa pegação gostosa ali, passando a mão pelo corpo um do outro. Passou um carro na rua buzinando, mas nem demos bola. Começamos a nos animar demais e tivemos que parar.
- Bora logo pra casa que tô doido pra continuar recebendo o pagamento da aposta – Yuri disse me dando um selinho e fomos andando acelerados, quase correndo.
Já na república, fomos direto pro quarto dele, tiramos os tênis e caímos na cama nos agarrando. Me arrepiava toda vez que o cavanhaque dele passava no meu pescoço, já disse como aquela região era meu ponto fraco. Tirei sua camisa e ele a minha. O corpo dele era todo definido, mas naturalmente, não de academia. Ele tinha veias salientes nos braços (o que me despertou um tesão novo que eu nem sabia que tinha). Seu corpo era liso, exceto por um fino caminho de pelos no seu abdômen (o caminho da felicidade) e suas coxas. Ele puxou minha calça me deixando apenas com a cueca boxer azul que eu estava, deu uma leve mordida no meu pau sobre a cueca, e continuou subindo beijando minha barriga e meu peito, e chupou um pouco cada um dos meus mamilos. Particularmente não sinto tesão nos mamilos, mas a situação e a pessoa em si me davam tesão demais. E então ele voltou a me beijar de forma faminta, era como se precisássemos daquilo pra sobreviver.
- Cara, antes da gente continuar, eu sou ativo, tudo bem pra você? – achei legal da parte dele me perguntar antes. Eu não sabia se tinha preferência, nunca comi ninguém, mas sabia que gostava de dar o cú, então por mim beleza kkkk.
- Pra mim tá ótimo hehehe.
Ele deu aquele sorriso de cafajeste dele e começou a tirar a calça. Usava uma cueca boxer branca, mas o que me assustou foi o volume que vi ali. Quando ele abaixou a cueca um cacete enorme pulou dali. Não acreditava no que eu estava vendo, só tinha visto algo daquele jeito em filmes pornô.
Ele batia com a rola duraça na mão, e reparou que eu fiquei meio impressionado.
- E aí, aguenta? – dizia rindo e arqueando uma sobrancelha.
- Mano, sinceramente? Acho que não. Nunca pensei que ia ver alguém com uma rola tão grande e grossa assim. Eu só dei uma vez na vida, não vou aguentar isso.
Como todo homem ele ficou com ego inflado por eu comentar do tamanho do seu pau, mas percebi uma leve decepção quando disse que não aguentaria ele. Aquilo tinha 23cm fácil e a mão dele nem fechava em volta, era cheia de veias salientes, tinha o mesmo tom da pele parda dele com a cabeça roxa quase marrom, e um saco com duas bolas enormes pendurado ali embaixo.
Mesmo assim ele não desistiu. Puxou minha cueca, nos deixando agora ambos pelados. Me deu um beijo mais calmo e se sentou sobre o meu peito apontando aquela rola pra minha boca. Poderia até não conseguir dar para ele, mas um boquete eu não negaria jamais. Abri minha boca e ele meteu a cabeça nela. Era delicioso o gosto e o aroma daquela pica. Como era muito grossa eu me esforçava pra não encostar os dentes nela, e ficava chupando como se fosse uma mamadeira, passando a língua por toda aquela cabeçona. Ele suspirava mais forte quando eu brincava com a língua embaixo da glande, na parte do freio, então me concentrei ali por um tempo. Fazia questão de olhar pra cara dele o tempo todo, e ele com uma cara de safado que me motivava a dar o meu melhor.
- Caralho, que boca gostosa que você tem – ele falava enfiando mais a rola na minha boca – Engole a pica do seu macho, dá carinho pra ela. – e meteu um tapa na minha cara, não forte pra machucar, mas o bastante pra mostrar quem dominava ali.
Eu não conseguia engolir nem a metade, não só pelo tamanho, mas pela posição em que estávamos. Então ele tirou da minha boca, me puxou pra um beijo e se sentou encostado na cabeceira da cama com os braços pra trás da cabeça, mandando eu ficar entre suas pernas e continuar o trabalho. Me senti uma puta ali de quatro entre suas penas o mamando e ele me encarando gemendo. Agora naquela posição eu conseguia aproveitar mais, mas mesmo assim quando a cabeça da pica passava um pouco da minha garganta eu engasgava e parava um pouco pra recuperar o fôlego. Sua rola tava mais dura ainda, quente como brasa.
- Isso! Deixa minha pica bem babada – dizia me dando tapinha no rosto – Mostra que você é um bom putinho e engole ela toda, vai.
Aos poucos eu ia engolindo cada vez mais, mas era impossível colocar aquilo tudo na boca. Minha boca babava muito, seus pentelhos e seu saco estavam completamente babados. Parei um pouco de chupar seu pau, pra descansar minha boca e comecei a chupar seu saco, aproveitando que tinha deixado tudo bem babado ia batendo uma pra ele ao mesmo tempo.
- Tô fazendo um bom trabalho? – perguntei pra ele.
- Porra, trabalho profissional, uma das melhores mamadas que já recebi. Sério que você só deu uma vez? – Mal sabia ele que isso tinha acontecido há menos de 24h.
- E também só chupei duas pessoas até hoje. – Falei subindo beijando e lambendo seu corpo até a sua boca, onde meti um beijaço, fazendo ele sentir seu gosto.
Ele voltou a se deitar na cama e eu por cima dele, e ficamos nos beijando. Então ele mandou eu me virar, e ficamos num 69. Voltei a engolir seu cacete, e pra minha surpresa ele segurou o meu pau e fez o mesmo. Era a primeira vez que eu era chupado, e aquilo estava bom demais. Claro que pra ele era muito mais fácil engolir meu pau do que eu engolir o dele hahaha. Mas ele sabia brincar com a língua, estava percebendo ali naquele quarto a diferença de ficar com um cara que pega outros caras de vez em quando e de dois homens que gostam de homens. Yuri sabia muito bem o que fazia, cada movimento dele era pensado no nosso prazer mútuo. Ele foi lambendo meu pau, meu saco e foi indo até o meu cú. Confesso que o jeito que o Rafa me chupou ontem foi delicioso, mas o Yuri, porra! Ele dava muitos tapas na minha bunda, a abria com as duas mãos e metia a cara alí, enfiando sua língua com tudo.
Novamente no viramos na cama, ele me colocou de frango assado e ficou revezando entre chupar meu pau e meu cú. Depois de deixar minha bunda toda babada ele pegou a baba que saia do meu pau (como eu disse, meu pau baba muito) com seus dedos e começou a metê-los em mim enquanto voltava a me mamar. Eu gemia pra caralho. Sorte que estávamos sozinhos em casa, ou alguém ia ouvir com certeza kkkkkk.
Eu me tremia todo, a ponto de nem estar aguentando ficar com as pernas levantadas hahaha. Então ele me virou de bruços, e voltou a enfiar sua língua na minha bunda junto com seus dedos. Naquela posição eu relaxei por inteiro, enfiava minha cara num travesseiro e gemia demais. Ele se deitou sobre mim, e veio pro meu ponto fraco que era minha nuca. Quando descobriu o quanto eu me arrepiava com os carinhos naquela região ele se aproveitou. Ficava roçando seu pau na minha bunda e mordiscando minha nuca e orelhas. Encaixou a cabeça da pica na porta do meu cú e ficou roçando ali, mas sem meter, ficou só sarrando, e meu cú piscava sem parar. Tava tão gostoso que bem lentamente a cabeça da rola dele ia escorregando pra dentro de mim a cada sarrada que ele dava, sem ele forçar, minha entrada dilatava pra ele por vontade própria, até que ele forçou um pouquinho e a cabeça entrou.
-Caralho filha da puta! Tira, tira! Tá doendo.
-Desculpa, tava bom demais, não resisti – ele disse tirando o pau, mas continuando a sarrar. Esticou sua mão até o criado ao lado da cama e pegou um vidro de lubrificante. Voltou a me chupar e foi me comendo com seus dedos, agora com gel. Metia dois dedos e foi me enchendo de gel.
- Posso tentar de novo, prometo que vou devagarinho, e agora com gel vai doer menos... – ele pedia fazendo carinha de cachorro pidão hahaha, não dava pra dizer não.
- Tá bom, mas se doer você tira. E coloca uma camisinha.
- Porra, tô sem nenhuma aqui, pega uma lá no seu quarto rapidão.
- Eu também não tenho nenhuma – eu não transava com ninguém então nem me ligava de comprar camisinha, que merda!
- Poxa e não tem ninguém em casa pra eu pedir emprestado. Que caralho! Deixa eu ficar sarrando em você na portinha de novo pelo menos? Juro que não vou meter!
Aquilo tava tão bom que resolvi confiar nele, deitei de bruços novamente e ele por cima de mim. Eu tinha que parar de ficar com os outros enquanto estava bêbado kkkkkk. Mas ele realmente ficou só colocando a cabeça da rola na entrada do meu cú sem meter, virou meu pescoço pra trás e ficou me beijando enquanto sarrava minha bunda. Estava tão bom que eu mesmo não resisti e comecei a forçar minha bunda contra ele, e dessa vez com o gel a cabeça dele entrou mais fácil. Doeu um pouco, mas nada insuportável dessa vez. Ele continuava cumprindo o combinado, ficou só colocando a cabeça e tirando já que eu mesmo deixei ele entrar, e deixou por minha conta se eu quisesse mais.
- Caralho, filho da puta. Caí no seu golpe hein kkkkk. Vai metendo devagarinho, tá gostoso demais assim.
Ele deu um sorriso igual criança quando ganha um brinquedo novo. Continuou colocando e tirando, cada vez indo um pouquinho mais fundo. Ele tinha noção do calibre do pau dele, então ficamos vários minutos naquela brincadeira até entrar tudo e eu sentir os pentelhos dele encostando em mim, e ele deixou parado lá no fundo pra eu me acostumar.
- Viu como você aguentou!? - ele sussurrou no pé do meu ouvido – caralho, como você é apertado, e seu cú tá mordendo meu pau sem parar. Vou deixar parado, você mexe quando tiver pronto meu putinho. Temos a noite toda.
Eu fiquei um tempo mastigando o pau dele com o cú, era involuntário, até me acostumar com ele dentro de mim. Não conseguia acreditar que aquilo tudo estava mesmo dentro de mim. Comecei a rebolar minha bunda no pau dele. Yuri começou a ir tirando aos pouquinhos e metendo de volta bem devagar, até conseguir tirar quase tudo e meter de novo lentamente. Eu segurava o lençol com força e abafava meus gemidos no travesseiro. Ainda sentia um incômodo, mas era um prazer indescritível que eu nunca imaginei sentir na vida.
Ele foi acelerando aos poucos as metidas, e cada vez que ele me tocava lá no fundo uma onda de choque percorria meu corpo. Ele foi me virando aos poucos sem tirar o pau de mim, até me deixar de frango assado, e segurando minhas pernas começou a me beijar enquanto metia em mim, o tempo todo me perguntando se estava tudo bem e se eu estava sentindo dor. Não estávamos fazendo sexo, fazíamos amor.
Senti que estava prestes a gozar, e meu cú começou a apertar o pau dele com força, então ele aumentou a velocidade e me fodia com mais força. Sem nem encostar no meu pau eu gozei sobre minha barriga, nunca havia gozado tanta porra. Ele tirou o pau rápido de dentro de mim, me fazendo sentir um oco enorme, e gozou sobre mim também, uma quantidade enorme de leite grosso e viscoso. Caiu deitado sobre mim misturando nossas porras no meio da gente. Não conseguíamos falar nada, estávamos muito ofegantes, a gente precisava recuperar o folego. Ele me beijou e se virou pro lado da cama, saindo de cima de mim. Nossos paus permaneciam duros.
- Caralho, isso foi muito bom pra minha segunda vez.
- Você é tão apertado que parecia que eu tava tirando seu cabaço, cara.
- Tu sabe exatamente o que fazer. Nunca imaginei que era possível gozar sem tocar no pau. Ainda mais aguentando uma rola desse tamanho.
- Eu sou foda né, muita experiência já hahaha.
- Hahahaha fica se achando não. E essa experiência toda é sempre sem capa?
- Não, mano. Juro pra você que quase sempre transo de camisinha, você foi exceção. Até gozei fora por causa disso mesmo.
Deitei sobre o peito dele e ficamos conversando com ele me fazendo cafuné. A adrenalina baixou, o resto do efeito do álcool também, e com aquele cafuné fui adormecendo, nem tinha energia pra tomar banho, embora eu precisasse.
Acordei umas 11:30h. Minha aula era ás 11h.