Em nome da Lei - Capítulo 11

Um conto erótico de th1ag0-
Categoria: Gay
Contém 1434 palavras
Data: 11/09/2022 09:11:15

Os dias que se passaram foram bastante estressantes. Se não fosse pela irmã de Daniel, eu teria perdido meu distintivo.

A minha sorte era que aquela mulher é uma das melhores advogadas que eu pude conhecer em minha vida, e assim, ela conseguiu fazer com que pudéssemos permanecer exercendo nossas atividades.

Já havia passando duas semanas desde o acidente de Rick e ele ainda estava no hospital. Os médicos falaram que o cérebro dele precisava das máquinas para mantê-lo vivo, mas eu preferia ter esperança. Como Rick não tinha nenhum familiar, eu era a pessoa mais próxima dele, uma vez que vivemos juntos durante alguns anos.

Por mais que os médicos falassem que não havia mais jeito, eu queria acreditar. Eu não seria o responsável por desligar as máquinas que o matinha vivo, não seria mesmo. Durante todos os dias dessas duas semanas que se passaram eu fui ao hospital e passei horas conversando com Rick, parecia que de alguma maneira ele podia me ouvir.

Já era um domingo a tarde e estávamos todos reunidos em um bar próximo a Polícia de Nova Iorque.

-Como vocês se sentem sabendo que voltam a ativa amanhã? - perguntou Maya para mim, Daniel e Kate.

-Para falar a verdade, eu até que estava gostando de ficar esses dias em casa com minha filha - disse Kate - fazia um tempo que eu não ficava longe de trabalho, sabe?

-Por um momento pensei que você não voltaria - falei me dirigindo a Kate.

-Confesso que pensei em me afastar da polícia depois desse último caso, mas nós não vamos mais nos meter em nenhum caso grande, não é mesmo?

-Pelo pouco que já pude perceber desses dois juntos, eles não vão parar -disse Maya se referindo a mim e a Daniel.

-Não me diga que vocês continuam investigando o caso do pai do Daniel - perguntou Kate.

-Nós tentamos - disse Dan - mas parece que tudo leva a um beco sem saída. Seja lá quem for que matou ou mandou matar meu pai, o cara era muito bom.

Ficamos mais algumas horas no bar, e quando já estava caindo o anoitecer estávamos todos ficando a um pouco bêbado, o que fez com que fossemos para casa.

-Eu te busco amanhã - disse dando um beijo Daniel antes de entrar no meu Uber que estava na porta do bar.

-Ok, eu te espero.

-Tem certeza que não quer dormir lá em casa? - perguntei.

-Acho melhor eu levar minha irmã lá pra casa, ela já está bem bêbada, não quero deixá-la sozinha.

-Então ok - disse dando outro beijo nele e me despedindo das meninas.

Cheguei em casa e abri uma garrafa de vinho a qual tomei toda. Era a primeira noite que eu passava sozinho desde os últimos acontecimentos. Daniel estava ficando comigo durante todo esse tempo, o que me fazia me sentir um pouco melhor.

No dia seguinte, acordei com uma leve ressaca. Tomei um banho frio e uma aspirina, e voltei para minha cama onde fiquei um certo tempo deitado esperando a dor de cabeça diminuir.

Quando comecei a me sentir um pouco melhor, terminei de me arrumar e mandei mensagem para Daniel.

"Bom dia!" - Lucas

"Oi meu lindo, como foi a noite sem mim?" - Daniel

"Não estou mais acostumado a dormir sozinho, faltou alguém roncando em meu ouvido" - Lucas

"Eu não ronco. Hahahaha. Mas senti falta do seu cheiro." - Daniel

"E eu do seu abraço" - Lucas

Antes que eu pudesse respondê-lo um alerta chegou no rádio da polícia, fazendo com que eu me levantasse e enviasse uma última mensagem para Daniel.

"Finalmente de volta a ativa, chego aí em 5 minutos" - Lucas

Peguei minha arma junto com a chave do carro e segui em direção a casa de Daniel. Após buscá-lo fomos rapidamente ao distrito para trocar meu carro pela viatura e seguimos a cena do crime.

Chegamos a um prédio abandonado em uma das ruas mais movimentadas de Nova Iorque, e ele já estava completamente isolado e cercado por policiais.

-Detetive Lucas, homicidios.- falei levantando meu distintivo para conseguir entrar no local.

O prédio devia ter cerca de 5 andares, porém era bastante largo. Ao passarmos pelo portão de entrada havia um pátio bem em frente ao prédio onde o corpo da nova vítima fora encontrado.

Olhei ao redor para ver se tinha algo ou alguém de diferente no local e fui andando em direção ao corpo. Kate já estava lá analisando todas as vítimas.

-Bom dia, Kate! - disse Daniel - e as novidades?

-Bom dia senhores - respondeu Kate - vítima sem identificação, o corpo foi totalmente tomado pelas chamas. Teremos que levar para o necrotério para tentar tirar algo da arcada dentária.

-O prédio tem câmeras? - perguntei.

-Nenhuma, o prédio é totalmente abandonado. Pelo estado do corpo tudo indica que a pessoa já estava morta antes do incêndio começar, ousaria até dizer que talvez ela tenha sido morta em outro lugar e o assassino a arrastou pra cá depois.

-Matar alguém, arrastar o corpo e depois queimar? Esse tem sangue frio. -falei encarando a cena.

-Detetive Lucas? - disse um ajudante da perícia se aproximando de mim - encontramos essa arma dentro do prédio - disse ele me mostrando uma pistola.

-Manda pra delegacia agora e vê se tem algum número de série nela que nos ajude identificar sem a arma é da vítima ou do assassino.

-Pode deixar - disse ele.

Ficamos mais alguns minutos observando a cena do crime até que resolvemos voltar a delegacia para fazer a linha do tempo da vítima.

A linha do tempo é um quadro branco onde colocamos todas as pistas que tínhamos até o momento sobre cada caso.

Enquanto não chegava o resultado da necropsia, comecei adiantar umas papeladas que estavam acumuladas do tempo que fiquei fora.

-Eu tenho uma coisa - disse Kate se aproximando.

-Saiu o resultado da necropsia?

-Sim e você não vai acreditar - disse ela - primeiro de tudo, a arma que foi encontrada na cena do crime era de um dos nossos.

-O assassino é um policial? - Daniel perguntou

-Eu também pensei nisso de primeira, mas aí saiu o resultado da necrópsia e na verdade...

-A vítima é um dos nossos - respondi.

-Correto! - disse Kate - agora me diz, o que aconteceu com ficar de fora de casos grandes?

-Vamos acabar com isso o mais rápido possível, colocaremos toda a delegacia atrás desse assassino se for possível - falei juntando os papéis que estavam sobre a mesa e me levantando.

-Aonde você vai? - perguntou Daniel.

-Vou resolver um problema, levanta o máximo de informações que você conseguir, eu já volto.

Quando estava prestes a sair a capitã me chamou em sua sala, o que me fez ficar um pouco preocupado. Será que alguma coisa teria acontecido?

-Está tudo bem comandante? - perguntei entrando na sala dela.

-Está sim, só quero saber como você está. Está realmente se sentindo pronto para voltar a ativa?

-Estou sim, mas não acho que a senhora me chamou apenas por isso, correto?

-Detetive... - disse ela abrindo a gaveta e buscando algo - quando nossa perícia foi procurar algumas pistas no local em que o agente Rick ficou sequestrado, eles encontraram uma coisa. E creio que isso te pertence.

-Me pertence?

-O agente Rick deixou uma carta escondida no local e creio que é pra você - disse ela entregando um pedaço de papel pra mim.

Peguei a carta e fui direto para minha sala, eu precisava ler aquilo. Será que ele havia deixado alguma pista?

Me sentei no sofá que havia no canto da sala e sentia meu coração palpitar cada vez mais forte. Fiquei alguns minutos olhando para aquele pedaço de papel até que tive coragem de abri-lo.

"Querido Lucas,

Eu não sei quanto tempo eu ainda tenho. Por diversas vezes durante meu trabalho já me vi diante da morte, mas acredito que dessa vez, eu tenho dúvidas se realmente irei sobreviver.

Infelizmente agora estou envolvido nisso, e tenho certeza que todos estão buscando por mim, por isso, se algum dia encontrarem esse cativeiro, sei que a polícia achará essa carta.

Lucas, essa carta é sua. Espero que nunca precisa ler e que eu possa te falar tudo isso pessoalmente, olhando em seus olhos.

Quero que saiba que nosso relacionamento, e até mesmo nossa parceria no trabalho foi a melhor coisa que já aconteceu pra mim em toda minha vida. Sei que te fiz sofrer, e saiba que eu me arrependo cada dia da minha vida por isso.

Essa carta será uma promessa de que, se eu sobreviver, eu lutarei todos os dias para te ter de volta.

Mas caso eu morra, saiba que você foi e sempre será o amor da minha vida.

Sempre."

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Comentários

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Caraca. Todo arrepiado. Realmente não se explica o amor que afinal é tão complicado. Sem palavras. Obrigado.

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