Cartas para Vitória - 2 - As loucuras de mamãe

Um conto erótico de Márcia
Categoria: Heterossexual
Contém 2988 palavras
Data: 15/09/2022 17:28:16
Última revisão: 17/09/2022 12:54:32

Não, não tenho coragem de contar as indecências que o amante de mamãe escreveu naquela carta. É muito pra minha cabeça dizer tudo o que tal Evandro anotou ali.

Não acredito que uma mulher tão fina, tão elegante como Vitória se rebaixasse a tamanha depravação. A boca, a língua, meu senhor! Eu não podia acreditar.

Mamãe! Justo ela!?

Não podia ser. Passei semanas sem me atrever a abrir o estojo. Eu sentia asco, ânsias de vômito. Não acredito que mulheres se sujeitassem a coisas do tipo. Ainda mais naqueles tempos, há mais de cinquenta anos.

Era inacreditável, e no entanto, estava ali com riqueza de detalhes naquelas páginas amareladas pelo passar dos anos. Que nojo!

E o pior é que eu não tinha com quem falar sobre as tais cartas, nem meu marido e muito menos minhas tias, irmãs de minha mãe. Imagina!

Voltei a abrir o estojo depois de mais de dois meses. O impacto da surpresa e o asco haviam diminuído. Abri e a primeira coisa que fiz foi colocar a carta obscena misturada com as últimas no fundo estojo.

Passei a ler as vieram na sequência cronológica, a maioria meros bilhetes, arremedos de poemas e uma ou outra cena mais picante. A estória daqueles tempos se misturava quase na mesma intensidade com as cenas na cama. Comecei a encontrar textos com a letra dela.

Organizada como sempre, Vitória grampeara as cartas que ela escrevera junto com as deles, não sei como ela as conseguiu, talvez ele tenha devolvido, parece o mais certo.

O interessante é que ficaram os registros de um período muito turbulento visto sob a ótica de duas testemunhas daquela época, o ano de 1968. Ela antenada quando o assunto era cultura e indignada quando o tema era a política. E o tal amante pelo jeito muito mais conservador nos dois casos.

"Não achei a menor graça Vitória desse LP que você me emprestou. Pra mim os Beatles são carta fora do baralho. Um bando de drogados isso sim, esse disco vai pro lixo. Ninguém vai saber que eles um dia fizeram sucesso. A única música que presta ali é a tal Penny Lane. E olhe lá!"

"Sargent Pepper's é uma revolução do rock Evandro, como é que você não consegue enxergar isso? Pra você o tal o Iê Iê Iê é que música moderna, uma cópia mal feita do rockzinho fajuto americano. Os ingleses inventaram uma coisa nova, muito mais moderna."

"Viu Evandro? Mataram um secundarista no final de março lá no Rio. E agora à pouco saiu a notícia de que assassinaram o reverendo nos Estados Unidos. Esse ano não começa bem, tenho um mau pressentimento."

"Bobagem, acontece. O tal Edson morreu numa briga boba com a polícia num restaurante e o Luther King foi um desses lobos solitários que saem matando qualquer um. Lembra daquele caso no Texas, um boçal que matou umas vinte pessoas a uns dois, três anos. Modismo de americano, não fizeram a mesma coisa com o Kennedy?"

"Viu o que aconteceu na França? Eu não falei que as coisas iam ficar cada vez pior. O mundo inteiro em ebulição. Os protestos na Tchecoslováquia desde janeiro, a Primavera de Praga. As manifestações na América contra a guerra do Vietnã. E nós nem chegamos no meio do ano!"

"É proibido proibir! Gostei dessa frase, ainda mais em francês. Parece até título de música. Tomaram uma sova bem dada pela polícia. Tinha gente roubando até lojas.

Em Praga eu sou a favor dos que protestam, pena que os soviéticos vão acabar com a brincadeira, já tem tanques nas ruas e sabe como são os russos. Não pise no calo deles.

Agora os americanos, povo engraçado, eles querem o que? Deixar os vietcongues ganhar a guerra? O maior exercito do mundo livre e a população deles com raiva do próprio exército e não dos comunistas? Absurdo!"

"Não seja tão simplista Evandro. Parece que você não enxerga um palmo adiante do nariz."

"Enxergo sim, enxergo você. Principalmente quando fica sem roupa."

"Inocente. Eu não sei se é mesmo inocência ou o mais puro cinismo. Você e a sua turma, francamente, precisa o que para vocês aceitarem o óbvio? Viu o protesto da Candelaria? Viu o que o povo está pedindo. É a defesa da democracia. A volta da Constituição de 46."

"Um bando de sindicalistas sem serviço, um monte de artistas querendo acabar com a censura. Costa e Silva está certo, coro neles. Acabar com a corrupção, a bandalheira. Tem que defender a família e acabar com esses comunistas, salafrários. Gente treinada em Cuba pra destruir o Brasil."

"Só um cego pode acreditar que a corrupção neste país acabou depois que os militares chegaram ao Poder. Censuram agora como nunca e vão censurar ainda mais. Anote o que eu estou falando. O pior ainda está por vir, vão se aproveitar de qualquer motivo, seja lá o que for. Falam que defedem as liberdades, a família, a Pátria. A mais pura lorota, é só para enganar os trouxas como você e o Edgar."

Era o início de julho e pela primeira vez as cartas e os bilhetes pararam. Pelo jeito brigaram feio. A próxima carta é só de final de setembro.

"Você sumiu Vitória. Nem respondeu minha última carta. Você sabe como eu sou, não sou bom para discussões, nem na política e nem no futebol. Ainda mais com mulheres, ainda mais com uma tão avançada como você. Não foi assim que eu fui educado, mas relex garota, relex. Vem aqui, tô morrendo de saudades broto.

Tem um show do Caetano e o Gil, essa nova bossa que eles chamam Tropicália. Quer que eu compre os ingressos ou prefere uma peça no teatro Oficina?

Fica com raiva de mim não broto."

"Você não presta mesmo Evandro? Não passa de um porco chauvinista como as feministas falam. Você e esse bando de macho de terno e gravata ou quepe.

Perda de tempo ir com você ver algum show desses, pra você acabar saindo no meio ou ficar de cara amarrada? Dispenso.

Ficou sabendo da última? Acabei de saber. Se não fosse a intervenção de um comandante dos paraquedistas, um capitão sei lá o nome, tinham explodido o Gasômetro no Rio, pelo menos ainda tem gente com um mínimo descência entre os militares. Essa é a turma que você defende Evandro. E você implicando comigo!"

"Desculpa. Brigo mais não juro.

Mas isso que te contaram só pode ser boato. Mentira da grossa. Coisa dessa impressa marrom para desacreditar os militares. Não acredita em tudo que você lê.

Vem aqui, vem que eu peço desculpas de joelhos. Faço tudo o que você quiser."

"É claro que os jornais não falam, são todos apoiadores do regime. Essa didatura meio envergonhada, mas cada vez dia mais escancarada.

Quanto ao seu pedido de desculpas. Se for mesmo pra você ficar de joelhos. Quem sabe? Estou louca pra te mostrar com quantos paus se faz uma canoa rapaz. Preciso te ensinar umas verdades.

Que tal te humilhar? Mostrar que quem manda em você não é o panaca do presidente, mas eu, a sua amante. Se você topar virar meu 'cachorrinho' eu vou. Você anda precisando ser abusado mesmo, e bem abusado."

"Vai me chamar de putinho de novo, vai? Vai me maltratar?"

"É do que você precisa, meu bem. Eu sei como você gosta. Gostou daquela vez não foi? E eu tenho uma surpresa dessa vez, pra você saber que tem dona. Aceita virar meu doguinho? Se aceitar que tal sexta? O Edgar vai para Franca, só volta no domingo."

Bom eles fizeram, e como fizeram. Contaram tudo nas cartas, e como sempre sem o menor pudor, contando toda sem vergonhice que fizeram. Mas pelo menos não foi humilhante pra ela, eu achei, já pra ele...

Nossa! Um homem daqueles naqueles tempos aceitar se submeter às vontades de uma mulher. Deve ter sido incrível.

Me deu até uma ponta de inveja. Quem sabe o Bernardo topa? Duvido, mas o fato é que o machāo acabou de quatro pra Vitória. Dá até pra imaginar o que eles tinham feito. Dava pra ouvir a voz de Vitória e os gemidos do tal Evandro. É só deixar a imaginação voar...

***

- Tira a roupa. Tira tudo. Tira logo essa cuequinha! Anda que a gente não tem muito tempo.

- Espera, devagar garota.

- Depilou? Depilou como eu pedi?

- Não sei pra que?

- Responde!

- Ai, calma menina! Sim!

- Tudo mesmo? Até a bundinha? Deixa eu ver. Vira de costas no sofá. Abre deixa eu ver.

- Que mão gelada Vitória!

- Deixa de ser fresco rapaz. Parece até um veadinho. Eu sei que você gosta. Gostou daquela vez. Vai, me mostra. Adoro essa bundinha. Tava com saudades de apertar essas buchechinhas... Gotôso!!

- Tem muito tempo que você não vem aqui, não é? Tá precisada? Nunca te vi tão tarada.

- Louca pra abusar de você. Te dar o que você precisa. Que todo machāo no fundo gosta.

- Putz! Putz grila garota! Que isso?

- Meu. Uma amiga me deu de presente, de uma viagem que ela e o marido fizeram a Suécia. Mas eu lavei, deixei bem limpinho para usar em você.

- Que isso Vitória, tá achando que eu sou o que? Já usou isso no Edgar? Usa nele primeiro.

- Deixa de ser fresco Evandro. Eu sei que você gosta, o Edgar já experimentou. Vai vira e empina essa bundinha linda.

- Eu nem sabia que existia coisas assim. Que cinta é essa? O que é que você quer fazer comigo?

- Vou te comer querido. Não é assim que vocês falam? Também quero experimentar. Ainda mais depois saber que os homens também gostam. Deixa ver se é verdade.

- E quem disse que eu gosto? Foi só um beijo daquela vez. Só um carinho, você mesma falou.

- Mas também teve o dedinho, esqueceu? E você gostou. Agora é uma coisa bem mais encorpada, vê? Igual o seu. Bonitinho, eu gosto da cabecinha. Acho que você vai gostar. Relaxa. É só passar um pouquinho de silicone...

- Aaah Vitória, não!

- Vou começar com os dedinhos, humm, que tal? Assim bem devagar, girando e forçando só um pouquinho, como você faz comigo.

- Aaaaahh! Viiii...

- Relaxa, fica tranquilo é a coisa mais normal do mundo. Tá sentindo a pontinha do meu dedo, hummm. Olha como entra fácil, nem parece que nunca foi usado. A gente força um pouquinho...

- Aaaiiii Vitóriaaaa!!

- Entrou! Agora é só forçar. Viu! Entrou tudinho Tá vendo e não doeu nada. E que tal outro? Assim dois dedos juntinhos assim, furando o cuzinho do meu namorado. O Edgar adorou quando fiz nele.

- Mesmo! Fez assim no seu marido? O Edgar deixou?

- Fiz com três! Desse jeito. Nossa! Comeu tudinho? É muita fome é? O seu cuzinho tá com fome? Isso rapaz, geme, geme gostosinho. Geme igual ao Edgar. Assimm...

- Oooohhh!! Viiii... Puta merda! Que isso!!

- Bacana, hummm!! Perfeito como eu queria. Fecha os olhos e aproveita. Agora é só encostar assim, só a ponta bem meladinha no seu buraquinho. Não é assim que vocês fazem? É só ir forçando, forçando... entrando.

- É muito grosso, cabeçudo. Tá ardendo Viiiii... não, não, não!

- É pra te abrir a mente. Pra te fazer enxergar além dos seus limites. Além da hipocrisia dessa sociedade de merda!

- Não, não, não!! Aaaiii tá abrindo, machucando. Devagar, devagar. Você nunca falou um palavrão, você não é assim!

- Eu sou muito mais do que você e o Edgar pensam de mim. Mulher não é só pra abrir as pernas e cuidar dos filhos. Mulher também quer foder o marido e o amante do mesmo jeito que vocês fodem a gente.

- Vi! Vitória que foi que deu você? Aaaahh! Devagar, devagar...

- Entrou Evandro, entrou a cabecinha inteira! Agora é só forçar pouquinho assim, viu? Seu cuzinho tá engolindo tudo, o pau da Vi indo até o fundo do seu rabo, meu gato

- É muito largo, devagar... devagaaarrrr!! Não, não fala essas coisas! Chega, chega!!

- Chega nada Evandro! Eu só estou começando meu amor. Começando a montar o meu doguinho. Hummm, heinnnn!!

- Aaahhhh!! Viii, Viiiii... puuutzzz aaaahhhh!!

- E o seu deixa eu ver. Uau!! Molhadinho e durinho, tá até pingando, hummm... deve estar bom de colocar na boca. De chupar esse pirulito quente. É assim que você gosta?

- Aperta mais forte, mais rápido. Você não é uma mulher qualquer, não precisa se rebaixar!!

- E quem disse que estou me rebaixando? É isso vocês procuram fora de casa, não precisa mais. É assim que você quer, apertando assim, é assim que as putas fazem com vocês na cama?

- Meuuu, eu vou gozar. Assim eu vou... Deixa, deixa eu te comer Vitória.

- Não! Hoje é a minha vez. Sou que vou foder alguém. Vai vira, vira que eu quero de foder de frente. Foder igual uma mulher, foder olhando nos seus olhos, fazendo você gemer como uma garota.

- Então lá no quarto, na cama. Eu faço, deixo.

- Aqui! No chão, com foi comigo na última vez. Eu também posso. Vai, vira e deita.

- É pra me humilhar é? É pra se vingar o que fizeram com você? Com as mulheres, esses anos todos?

- Séculos, querido. Mas não é só por isso, é porque me dá prazer, tesão. Tesão de pensar... Abre as pernas Evandro, segura nos joelhos, afasta... Assim.

- É pra me desrespeitar, pra me subjulgar? Aaahhh!! Espera...

- Pra te submeteeeerr... assim, assim, até o fundo, bem gostosinho. Pra transformar meu doguinho num putinho. Um putinho bem gostoso que tem um cuzinho tão apertadinhoooo... Abre mais essas pernas, isso, isso, assimmm assimmm até eu chegar no fundo...

- Então fala, fala daquele jeito que eu gosto. Me xinga, humilha. Mais rápido, rápido, maaaiissss... Punheta, punheta garota...

- É isso que você quer não é? Ser fodido como uma garota, virar um veadinho, hummm? Goza! Goza PUTINHO! Derrama o seu leitinho, Vai, vai!! Anda, andaaa putinho gostoso!

- Ooohhhh! Ooooooohhh!! Aaaahhhh!!

- Isso, isso goza! Eu quero mais, mais, esvazia essas bolas putinho!! GEME!!

- Aaaaaahhh!! Uuuunnnnhh!! Mmmmmm!!

- Nossa! Que tanto Evandro? Molhou tudo, melecou até a minha mão. Olha! Bem que me falaram.

- Falaram o que?

- Nada melhor pra fazer um homem gozar horrores do que foder o cu do sujeito. Quanto maior, mais eles gozam.

- Você nunca foi assim. Não sei o que deu em você?

- É o ano, é virada década. A nova mulher. Hummm... gostoso, até mais cremoso. Quase uma nata.

- Então lambe, lambe os dedos todos, eu gosto de ver.

- Lambo, mas eu quero um beijo. Um beijo de língua.

***

Aqueles dois eram muito tarados pro meu gosto, devia ser a época, porque eu nunca fui assim. Eram todos uns porra louca como a gente falava na minha adolescência.

A troca de cartas continuou até o final do ano. A última do dia 29 de dezembro.

"Oi Vitória, que pena que não vai dar pra te encontrar. Pena que vocês vão viajar. Nem no Natal, nem no final do ano, pena mesmo.

Viu essa estória agora? O vôo dos americanos no dia 24. Igual o livro do Júlio Verne, exato um século depois. Tá vendo nem tudo esse ano foi tão ruim. Um final bem diferente, uma coisa especial.

Viu as fotos? Acabei de comprar O Cruzeiro, linda a foto do amanhecer da Terra vista da Lua.

Incrível! Como esses caras conseguiram isso? Dizem que eles descem na Lua no ano que vem. Será que teremos imagens ou só serão as fotos? Seja como for vai ser legal."

"Duvido que eles desçam lá. É mais fácil o Pelé fazer o milésimo gol e a seleção ganhar a próxima Copa em cima da Inglaterra.

Ainda bem que o ano está acabando. Depois de toda a rebordose que foi esse ano. Mataram o Bob, elegeram o canastrão do Nixon. Milhares sendo mortos no sul da Ásia e na África.

E por aqui terminamos com essa grotesca sexta-feira 13. Até nas datas esse pessoal se mostra incompetente. Primeiro de abril pra fazer uma revolução e agora uma sexta-feira 13, dar um golpe. Bem que eu te falei que o ano não ia terminar bem. Destruiram o pouco que resta de uma democracia. Vai levar mais uma década até a gente se livrar desses milicos.

Até parece que aqui virou aquele filme, Planeta dos Macacos, um bando de gorilas matando os humanos escravizados."

"Cuidado Vitória, calma garota!

Vê lá o que você escreve alguém pode acabar lendo as nossas cartas. É preciso ter muito cuidado daqui para frente, muito mais do que antes.

Cuidado com o que você fala ou escreve daqui para frente."

"Ah não! Não era você e o Edgar que viviam me dizendo que não era nada? Que os militares só estavam preocupados em defender a Pátria? Agora os dois estão com medo do que?

Medo de ser preso e tomar uma surrar dos panacas?"

"Seu marido tem toda razão. Isso logo passa. É questão de meses e os militares deixam o Congresso e o Supremo voltarem a funcionar. Quem mandou aquele deputado afrontar a tropa? Bobagem, calma, isso passa. Mas por enquanto é melhor ter cuidado, melhor não dar chance de acabarem confundido as coisas."

"Eu não sei se você e o Edgar são muito inocentes ou se no fundo não passam de uns covardes? É óbvio que agora é que eles não saem de lá. É o que sempre quiseram, os comunistas só são uma desculpa.

O negócio sempre foi o poder. O poder de controlar as pessoas, as mentes, de dizer o que é certo e o que é errado. Eles só querem controlar, comandar, como se a gente não passasse de gado.

Eu só espero que a gente no final aprenda. Quem sabe daqui uns cinquenta anos esse país tenha aprendido com os nossos erros e nunca mais, nunca mais caiam na mesma esparrela.

Quem sabe os nossos filhos e netos sejam mais inteligentes do que nós?

E chega! Não adianta mesmo, vocês dois, dois machistas, não entendem nada de nada. A estória sempre se repete e eu cansei de escrever.

FIM..."

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Comentários

Foto de perfil de Morfeus Negro

Vitória, uma mulher lúcida, a frente de seu tempo, enxergando os caminhos tortuosos que o país atravessava e percebendo os tempos ainda mais difíceis que estavam por vir. Vitória a amante/esposa que inverteu a posição social e sexual destinado às mulheres e que acabou por revelar o lado submisso de seus parceiros.

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Foto de perfil de Bayoux

Muito bom mesmo, ótimo gancho, parabéns!

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Foto de perfil de Himerus

Além de safada, Vitória é uma analista política de primeira linha. Talvez um pouco otimista demais...

Ótimo conto!

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Foto de perfil de Almafer

Nossa que conto de época maravilhoso parabéns

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