Eu, Guido e o tio Silvio - 24

Concordo com vc ele, deveras vezes quis se impor,em relação a alguns desejos do tio e da esposa, até por causa disso a briga deles, agora do nada não só ele chupa como praticamente bate punheta pro tio, ficou meio contraditório...a dois capítulos atrás ele briga no outro ele já está praticamente batendo punheta.

Nanda, (por ser a primeira a comentar e voltar) e Beto e vários outros comentaristas deste conto. Aproveito aqui para explicar e responder à maioria. Estou em viagem e sem tempo para responder a cada um. Vamos lá. Repetindo: Este é um conto que já existia e eu procurei não alterar muito a estrutura. Segundo: A maioria dos leitores, comentam, analisando por seu ponto de vista pessoal, e quando reagem a um comportamento de um personagem, reagem porque esse comportamento não se coaduna com o seu modo de agir ou pensar. Acontece que as alterações que eu estou criando neste conto e nesses personagens são intencionalmente feitas para tirar a maioria das pessoas de sua zona de conforto. Esta é uma história onde existe total cumplicidade entre os envolvidos, não existe abuso, e sempre que um personagem se manifesta contrário a alguma coisa o outro considera com respeito. Mas é natural que na cabeça da maioria dos leitores, que seguem "modelos" próprios e rígidos de conduta, tudo que saia do que eles consideram aceitável ou normal é motivo de desagrado. É exatamente esse o desejo do autor, retirar o leitor de seu quadradinho, de seus modelinhos estratificados de "isso pode e isso não pode". Não existe nenhuma regra que diga que se um homem pegar no pau do outro o transforme em gay. Não existe nenhuma regra que diga que se o parceiro chupar a boceta da parceira gozada o transforme em veado, ou seja lá o que for. O Beto, respondendo à Nanda, explicou quase que totalmente como é a relação do casal com o tio. Três safados que se divertem e eles mesmos procuram puxar pelos limites dos outros, provocando aos demais. A Protagonista, Lucinha, e exatamente por isso, a escolhi como a narradora, é a mente safada que adora provocar e tem a cabeça focada no sexo. Ela não é estudada, formada, teórica, cheia de preconceitos. Pelo contrário, ela é a revolução, a provocação em pessoa, e por isso procura sempre levar os dois parceiros e amantes aos seus limites e além. A Lucinha, já disse em outras partes é uma mulher simples, honestam, bonita e gostosa, que só tem isso para exercer o seu poder de sedução no marido e no tio. Isso que a faz se sentir ameaçada pela Melzinha, estudada, viajada, e também linda e gostosa. A antagonista provoca na Lucinha sua vontade de ser mais sedutora e provocante. Procuro não colocar julgamentos neles, pois com a ajuda do analista, o Guido, o mais afetado pela relação triangular ao dividir a esposa com o tio, está começando a se libertar da formação machista e preconceituosa que a maioria de nós temos. É natural, todos vivemos nessa sociedade e fomos educados com tais conceitos. Aqui o autor está procurando desmistificar tudo isso. Não há nenhum estudo, regra ou análise científica que prove que um homem que gosta de mulher, (hétero) não possa no meio de uma suruba, lamber a xoxota com um pênis junto. isso não o faz gay, veado ou nada. Quem pensa assim apenas reflete o quão ainda são presos aos preconceitos. Todos muito quadradinhos e fechadinhos no seu mundinho. A maioria dos leitores nunca participou de uma suruba, onde vale de tudo. Não digo que seja obrigado a um homem gostar de lamber a porra na xoxota da parceira, mas digo sim, que se ele assim o fizer, não deixa de ser homem. Conheço homens muito machos, que têm relações sexuais com travestis (mulheres transexuais) e chupam o pau delas para as excitar. E esse homem não deixa de ser homem e nem deixa de ser macho, pois está se relacionando com mulher (transexuais mulheres) e tratam o pênis delas como o órgão sexual de sua parceira. Simples assim. Não posso esperar de uma jovem não liberal, criada no interior de Minas Gerais, como a Nanda, que já nos contou como foi sua formação fechada e rigorosa, que já esteja preparada para tais mudanças de visão e entendimento. E ela já evoluiu muito com o Mark. Mas se eu não propuser isso, nunca vão sair da zona de conforto. No início da história do Mark e da Nanda, eles não se chamavam de corninhos, tinham rejeição ao termo, como se isso fosse ofensivo. Mas com o tempo, interagindo com outros liberais, foram evoluindo a sua visão e hoje já aceitam essa denominação carinhosa e não desrespeitosa. Portanto, senhoras e senhores, se fosse para escrever mais do mesmo eu não perderia o meu tempo. Como dizia um grande comunicador do passado, que eu tive o prazer de conhecer: "Não vim aqui para explicar, eu vim para confundir". Procurem entender essa relação, não como abusiva, nenhum dos três está abusando, apenas experimentam e ousam provocações, porque querem, gostam e sentem tesão em tudo isso. E cada um é exatamente como si próprio, ou seja, não existem dois liberais iguais, nem um manual de conduta rígido. Cada casal ou trisal adapta as coisas conforme gosta. Fico muito feliz que questionem o conto, pois me dão o feedback necessário para ver se eu estou conseguindo atingir os meus objetivos. Muito obrigado. Em breve, quando eu puder coloco as partes seguintes.