O último capítulo. Gostaria de explorar mais os personagens, mas caso isso ocorra vai demorar um pouquinho pra sair. Essa história já tem um tempinho que escrevi, se continuar vai ter uma pegada não tão dramática hehehe. Agradeço todos que leram e pelos comentários. Isso foi importante para eu querer continuar escrevendo-a. Gratidão.
Capítulo 6: Noite de Vagalumes
— Levantou cedo — eu disse ao Wade.
Ele estava mexendo massa de panqueca. Sorriu quando me viu.
— Me ajuda com o café da manhã?
— Claro — respondi.
Andei até o meio da cozinha.
Wade me entregou uma colher de madeira para a massa, depois foi até o armário e pegou uma faca. Passou a cortar laranjas sobre a pia.
— Dormiu bem?
Respondi que sim.
— Como está o seu...?
Então, ele veio até mim e, com a mão esquerda, apalpou o meu pescoço.
— Está bem melhor — respondi.
— Que bom — disse.
Apontou a outra mão fechada em minha direção, como se tivesse algo escondido nela.
— O que é? — indaguei.
E de repente ele abriu a mão e soprou farinha.
— Wade, seu bobo — Fiz uma careta.
Ele riu também, depois me ajudou a limpar a farinha de mim.
— Que bom que o seu pescoço está melhor, porque eu adoraria apertá-lo outra vez.
Arregalei os olhos e virei de frente para ele.
— Quê? — indaguei.
Seus olhos ficaram com um brilho estranho, tinha algo vermelho. E num instante eu estava no chão sendo esganado. Wade não só apertava o meu pescoço, como também metia seu pau violentamente dentro de mim.
Sonho maldito!
Eu não conseguia respirar, não conseguia me mexer. Era tudo agonizante, porém ouvi uma voz abafada, que parecia me dar um alívio. Era o Wade, o verdadeiro.
— Ethan, acorda — Senti ele me balançar pelos ombros. — Ei, acorda! Ethan... — Sua preocupação era nítida.
Abri os olhos e gritei, histérico.
— Fique longe de mim — exclamei, me esquivando dele.
Mas ele me segurou pelos pulsos, em cima de mim.
Gritei novamente.
— Calma, está tudo bem. Foi um pesadelo? Calma, por favor não tenha medo de mim — pediu.
— Wade, eu — choraminguei.
— Você está bem. Está tudo bem — Ele me abraçou. — Eu estou aqui. Estou aqui com você — sussurrou, me balançando.
Agarrei minhas mãos, trêmulas, no braço dele. Aos poucos consegui me acalmar.
— Com o que sonhou? — Wade me perguntou depois.
— Eu não quero falar sobre isso — Me soltei dos braços dele e ao me deitar, completei: — Foi apenas um sonho ruim. Desculpa por ter agido daquela forma.
— Se quiser conversar.
— Estou bem. Obrigado por ter me acordado, Wade.
Ele acariciou o meu rosto e beijou a minha testa. Me trouxe para mais perto dele, apoiando meu rosto em seu peito.
Voltamos a dormir.
Quando acordei Wade não estava na cama. Deitei de lado e deslizei minha mão pelo lençol, ao meu lado direito. O mesmo lugar onde meu amante estava deitado. Em seguida, observei algumas partículas de pó sobre a luz dourada do sol, atravessando a cortina semi aberta da janela.
Suspirei, me lembrando da noite maravilhosa que tive com o Wade Mason. A minha primeira noite com um homem, com o homem dos meus sonhos.
A porta do quarto abriu devagar. Ele entrou só de cueca e trazendo uma bandeja.
— Dormiu bem? — perguntou. — Digo, pelo menos depois do pesadelo.
— Sim — Apoiei as costas na cabeceira da cama.
Wade se sentou ao meu lado.
— Café da manhã na cama? Obrigado.
Rimos. E então, comemos.
Torradas com pasta de amendoim e geleia, e suco de laranja.
— Quer tomar banho comigo? — Wade perguntou.
— Claro.
Ele abriu um grande sorriso e me estendeu sua mão.
Dentro da água morna na banheira, Wade pegou o sabonete líquido e despejou um pouquinho numa esponja, em seguida deslizou pelas minhas costas. Eu gemi baixinho quando ele passou por uma região dolorida.
— Desculpa — disse.
— Tudo bem — Me virei de frente para ele e peguei a esponja de sua mão. O encarei.
— O que foi? — indagou.
— Minha vez — Dei um sorrisinho.
Passei a esponja pelo peitoral e braços do Wade, depois a desci pelo seu abdômen. A mergulhei na água, chegando às partes íntimas dele. Seu pau ficou duro, submerso na água.
Despejei mais um pouco de sabonete na esponja e, com movimentos circulares, deslizei a esponja pelo membro do Wade.
Ele se arrepiou todinho, à medida que suspirava e gemia. Sua respiração estava alterada. Sorri e logo engoli seu pau. O Chupei por um dois minutos, e então Wade ficou de joelhos e me apertou na banheira, enquanto me beijava.
Desceu beijando o meu pescoço até o meu peito, em seguida apontou o seu pau para eu chupar novamente.
Apoiava suas mãos na borda da banheira quando disse:
— Ethan, eu... — ele soltou um gemido abafado — Eu já estou quase... Oh! — Seu rosto estava vermelho e com uma veia saltitante na testa.
Engoli o membro dele o mais fundo que pude, logo fui amamentado.
Wade sentou-se e apoiou suas costas na banheira.
Sorri.
Como era interessante vê-lo daquele jeito, arfante e se contorcendo — como se estivesse em agonia ou se afogando. Sentei no colo dele, apoiando minhas costas em seu abdômen e peito. Ele me abraçou. Ainda pude sentir os espasmos do corpo dele.
Depois, Wade me fez levantar e ficar de joelhos em sua frente.
Não entendi. Será que…
— Wade, o que vai fazer?
— Fica quietinho. Isso não deve ser tão difícil — Ele deu um sorrisinho.
E então, engoliu o meu pau.
Revirei os olhos de prazer. Eles ficaram marejados quando Wade lambia a ponta do pau.
— Oh, Wade — gemi, enquanto acariciava os cabelos dele.
E então gozei, no peito dele. Em seguida, joguei-me sobre ele.
E ficamos ali por um tempo, trocando carícias.
Depois do banho, troquei o curativo no ombro do Wade e descemos para o andar de baixo. Não saímos de casa nesse dia. Fomos para a varanda da casa, conversamos um pouco… e assistimos TV.
No dia seguinte saímos para tomar banho de sol no cais, de frente para o lago. Estava ensolarado e com o vento fresco.
— Tudo bem? — Wade me perguntou.
Eu estava com a cabeça sobre o colo dele.
— Sim — respondi indiferente, olhando para a floresta do outro lado.
— No que está pensando? — ele insistiu.
— Você está ficando comigo por vontade própria ou se sente culpado pelo que fez comigo?
Wade fez uma pausa antes de responder:
— No início talvez fosse um pouco, mas hoje eu não vejo mais por esse lado. Estou gostando muito de estar com você, Ethan. De verdade.
Eu sorri, contente.
Wade deu uma palmadinha no meu peito e, olhando para o lago, disse:
— Um dia eu estava bebendo no bar da cidade. Eu estava muito bêbado e agressivo, e o meu pai apareceu para me levar para casa. Eu fiquei descontrolado e bati nele. Bati nos meus amigos — Wade fez uma rápida pausa antes de continuar: — Foi um dos piores momentos da minha vida. Tiveram que chamar a polícia para me conter. Fiquei em cana por dois dias. Depois disso eu tive que me tratar.
Wade continuava olhando para frente, pensativo. Acrescentou:
— Eu ter me descontrolado com você, me mostrou que eu ainda preciso melhorar, que ainda preciso ter cuidado para não machucar as pessoas que eu amo.
— Oh, Wade. Eu sinto muito por isso — Acariciei a nuca dele.
— Está tudo bem. Foi difícil mudar, aceitar que precisava de ajuda... Eu sei quem eu quero ser e não posso deixar a raiva ou a bebida decidirem isso por mim.
Sorri e beijei o rosto dele.
— Queria que meu pai tivesse sido assim também — falei. — Queria que ele tivesse aceitado ser ajudado.
— Vocês eram muito próximos, não eram?
— Sim — fiz uma ligeira pausa e acrescentei: — Na verdade o meu pai nem sempre bebeu muito. Foi na época em que contei que eu era gay. Não demorou até ele perder o emprego e beber mais e mais. O resto você já sabe — parei de falar.
— Espera, você acha que seu pai passou a beber por sua causa? — surpreso, Wade estava.
— Não sei. Eu só achei que essa foi a forma que ele encontrou para lidar com isso, talvez. Eu não sei — Funguei.
— Não seja injusto com você — Ele pôs a mão no meu ombro. — Não foi sua culpa. As pessoas se perdem, fazem coisas ruins. Isso não significa que foi sua culpa.
— Mas é como se tivéssemos apagado ele da nossa vida. Isso não deveria estar certo. Eu fui visitá-lo uma vez na prisão, uma única vez. Ele chorou me pedindo perdão e eu... eu não disse nada. Saí sem olhar para trás, enquanto o meu pai me chamava.
Comecei a chorar.
— Está tudo bem — Ele me abraçou de lado.
— Wade, você acha que ele vai nos procurar quando sair da prisão?
— Não se preocupe com isso. Eu estou aqui, vou cuidar de vocês.
★
Quatro dias se passaram, desde então. Era noite, eu estava no meu quarto quando Wade bateu na porta e entrou.
— Vem dar uma volta comigo — disse ele, sorrindo. — Quero te mostrar um lugar.
Fui contente e curioso.
Estávamos no meio da escada quando o meu celular tocou.
— É a minha mãe — falei, sentindo o meu estômago gelar. — Pode ir na frente. Eu te encontro lá embaixo — acrescentei.
Wade assentiu e continuou descendo as escadas.
Respirei fundo e atendi a ligação. Foi estranho falar com ela. Queria não estar tão bem com o eu que estava fazendo com o Wade.
— Oi, mãe!
Me sentei nos degraus da escada.
— Como vão as coisas por aí? — perguntou.
— Tudo ótimo.
— Que bom. Está sozinho?
— Agora? Sim. Por quê?
Ela ficou quieta na linha. A voz dela ficou séria quando continuou:
— Ethan, eu tenho uma coisa pra contar — ela parou.
— O que é?
— Ethan, a sua viagem com o Wade não foi só para vocês se acertarem — ela fez uma pausa novamente. Esperei que ela continuasse: — O seu pai tem me procurado.
Arregalei os olhos.
— O meu pai? Como assim, ele já saiu? — indaguei.
— A pena dele foi diminuída e... Ele saiu faz um mês.
— E o que ele quer? Tentar resolver as coisas, não é?
— Sim. Ele me procurou e disse ter mudado. Disse que se sente muito sozinho. Aquele tempo na prisão sem receber visitas e...
— Aonde está querendo chegar, mãe?
Ouvi ela suspirar na outra linha.
— Você sabe como eu sou. Eu tive que ao menos ouvi-lo. Sei também que você faria o mesmo, então...
— Você o perdoou?
— Eu não diria perdoar, mas também não o odeio. Ethan, o seu pai estava doente. Eu não quero guardar mágoa no meu coração e espero isso de você também. Mas eu não queria ele perto de você sem antes ter certeza de que ele realmente mudou.
— Ele quer me ver, é isso?
— Sim. Tudo bem pra você?
— Acho que sim — suspirei. — Acho que tudo bem falar com ele.
— Que bom, filho — disse, animada novamente. Eu não esperava que ela ficasse tão contente com a minha resposta. — Então, quando vocês voltarem a gente conversa melhor, ok? Agora curte o restante das suas férias. Estou com saudade.
Ter aquela conversa me deixou um pouco para baixo. Em breve teria que encontrar com o meu pai, em breve teria que esquecer o Wade. Desejei nunca mais voltar para Atlanta.
Desci o restante dos degraus e não encontrei o Wade. Fui até a cozinha, abri o armário e peguei a garrafa de rum escondida.
Quando eu ia dar um gole da bebida, Wade apareceu de repente.
— O que está fazendo? Você está bebendo? — ele exclamou.
— Ah, Wade?
Seu olhar era severo. Veio até mim e puxou a garrafa das minhas mãos.
— Wade, eu...
— O que pensa que está fazendo? Onde achou isso? — indagou, bravo.
Ele estava começando a me assustar.
— Ei, calma — pedi.
Wade ficou pensativo, enquanto olhava para mim.
— Tudo bem — disse ele, mais calmo. Baixou a cabeça e fechou os olhos. — Eu só... Achei que você estivesse ciente do perigo disso — Ele estendeu a garrafa e franziu a testa.
— Tem razão — falei.
— É claro que você não está proibido de beber. Só não quero que isso se torne um problema, está bem?
Assenti.
Wade pegou a garrafa e a analisou, então disse:
— Este rum era coisa do meu pai. Ele deixava ali — Apontou para um espaço aberto no meio do armário. — Deixava ali para me incentivar.
— Incentivar? — indaguei.
— "É só uma bebida. Você não precisa dela", dizia ele, "Ela não é mais forte do que você" — Wade fez uma voz diferente, imitando a voz do pai dele.
— E você bebeu alguma vez? — perguntei.
— Nenhuma vez — Ele olhou outra vez para o rum.
— Mas eu tomei quase metade da garrafa, o seu pai não vai desconfiar?
— Não — Wade riu. — Ele sabe que eu estou bem agora. — Abriu a garrafa e tomou um gole.
Ergui as sobrancelhas.
— Ahhh! Fazia tempo — disse ele. Fez uma careta.
Cruzei os braços.
— Tudo bem, isso não é mais um problema pra mim. E acho que não tem problema se você tomar um gole também.
— Sério? — exclamei.
— Não — ele riu e guardou a bebida no armário.
Fiz uma cara feia para o Wade. Ele riu e disse:
— Vamos. Aqui — Me entregou uma lanterna.
Saímos pela porta da cozinha. Passamos pelo jardim de margaridas e fomos em direção ao lago. Ao percorrer a trilha, cruzamos à esquerda do cais e caminhamos pela margem das águas.
Sapos e grilos cantavam. O vento estava calmo e fresco. A lua estava alta no céu de poucas nuvens. E várias luzes amarelas piscavam por quase todos os cantos.
— Vagalumes, Wade! — ao dizer isso, escorreguei e caí.
Wade logo veio me ajudar.
— Você está bem? — perguntou.
— Sim. Mas o meu pé está doendo um pouco.
Machuquei justo o meu pé esquerdo, ele não estava completamente curado.
— Suba em minhas costas. Você não vai andar na floresta com o pé machucado — Me estendeu a mão.
— Vamos para a floresta? Eu consigo andar, Wade.
— Vem — Ele guardou sua lanterna no bolso do casaco. — Você ilumina o caminho?
Assenti e logo subi nas costas dele.
— Você gosta de me carregar, não é? Eu posso acabar me acostumando com isso, sabia? — eu ri.
— Hahaha! Por mim tudo bem.
Contornamos todo o lago e entramos na floresta. Lá, vagalumes pairavam por todos os lados.
— Isso é tão lindo — comentei.
Wade concordou.
Apaguei a minha lanterna, o caminho estava iluminado o suficiente.
— Tudo bem entre você e a Isabelle? — Wade perguntou.
— É o meu pai — Suspirei. — Ele já saiu da cadeia, acredita?
— Sério? — indagou, surpreendido.
— Sim. E procurou a minha mãe. Ela disse que ele mudou... Que quer consertar as coisas, que quer me ver.
— Ethan, você acha que eles... Não, eles não podem — Eu soltou uma risada trêmula.
— Fica tranquilo, Wade. Eles não vão voltar. A minha mãe não vai trocar você pelo meu pai. Ela provavelmente vai te explicar a história toda.
— Mas como ela pôde se encontrar com ele sozinha? Depois de tudo que ele fez.
— Não se preocupe, ela sabe se cuidar.
— Eu espero que sim.
Continuamos entre as árvores, na verdade o caminho parecia uma trilha. Cerca de cinco minutos depois, chegamos em uma clareira. Wade continuou caminhando em uma baixa colina e subiu numa grande pedra.
— Wade, cuidado pra não se machucar.
Ele deu uma risadinha.
Ficamos sentados na beirada da pedra, balançando nossos pés e observando ao nosso redor. Os vagalumes, os grandes pinheiros, o som da mata: grilos e outros insetos, morcegos e, mais adentro da floresta, uma coruja. Lá em baixo o verde capim balançava sutilmente com a brisa noturna.
— Eu sempre vinha aqui — Wade disse. — Para ficar sozinho, para espairecer.
— Há quanto tempo mora em Atlanta? — perguntei.
— Quase cinco anos. Mas toda semana eu venho visitar os meus pais e alguns amigos de Greenville.
Nesse instante, um morcego passou bem perto da gente, me assustando. Acendi a lanterna e apontei a luz para o alto. Vi uns quatro morcegos pairando acima da gente, fazendo um barulho para agarrar os insetos. Apaguei a lanterna e virei o meu rosto para o Wade. Ele estava me fitando com um olhar meigo.
— Obrigado, Wade. Obrigado por tudo isso — disse.
— Não me agradeça. Eu gosto de você, Ethan.
Ele sorriu e me beijou.
Nos deitamos na pedra e ficamos observando as estrelas. E então, a lua saiu de trás de uma nuvem e nos iluminou.
Wade limpou a garganta e falou:
— Eu sei que isso está sendo muito especial pra você, pra mim também. Mas eu não quero te fazer sofrer. Sua mãe e eu... Depois que a gente voltar...
— Não precisa se preocupar. Vou ficar bem.
Eu acho.
— Olha, eu nunca vou esquecer do que vivemos aqui. Nunca. Vou me lembrar de cada detalhe — Acariciei o rosto dele.
— Eu também nunca vou me esquecer. Vou lembrar de cada detalhe.
Wade ficou sobre mim e me beijou. Gostaria de saber o que se passava na cabeça dele, se os sentimentos dele por mim eram verdadeiros. O meu coração dizia que sim, mesmo sabendo da data de validade deles.
Ainda transamos naquela noite de vagalumes, ali mesmo, no lugar especial do Wade.
★
Duas semanas se passaram desde aquela noite na floresta. Os pais do Wade ligaram duas vezes. Conversei um pouco com eles. Foram legais, disseram que adorariam me conhecer pessoalmente um dia. A viagem deles ao Caribe ainda ia durar algum tempo.
Os dias foram passando. Nossos ferimentos foram ficando melhores. Wade e eu fizemos outras coisas, além de transar e dormir juntos. Fomos até Greenville, conheci a cidadezinha e alguns amigos do Wade, e a família do Johnny. Este não me ensinou a montar a cavalo porque Wade quis fazer isso.
Nos divertimos no balanço de madeira, jogamos videogame, fizemos panquecas. Wade também me contou um pouco da sua vida de colégio, das vitórias do seu time de beisebol.
Em todo esse tempo, Wade se mostrou um amante apaixonado por mim. E então, chegou a última semana de férias, como também o penúltimo dia — quinta-feira.
Estávamos sentados no cais, depois de termos saído da água. Decidimos transar em um lugar diferente, ao invés de sempre em casa. E seria ali.
Wade passou bastante lubrificante em mim, depois me penetrou com seu membro grosso. Como das outras vezes, ele estocava por um momento e depois parava.
Depois de várias metidas, Wade começou a ficar sem fôlego, com o rosto vermelho e uma veia saltando da testa. Logo, ouvi seu urro de prazer e senti o seu pau gozar dentro de mim.
Eu gozei logo em seguida, e então, chorei.
— Oh, o que foi?
— Eu não quero ir, Wade — choraminguei. — Eu não quero ir embora. Por favor, não podemos ficar mais um pouco? Eu quero ficar com você.
Ele me acolheu em seus braços.
— Ethan, precisamos voltar.
— Não, vamos ficar mais um pouco.
— Por favor, não faça isso.
Ouvi o Wade suspirar.
— Wade, por favor, não se arrependa de ter ficado comigo.
— Ei, não estou arrependido. Eu só não quero te fazer sofrer.
Silêncio.
— É, você tem razão — Funguei. — Me desculpa.
— Está tudo bem. Olha, por que a gente não dá outro mergulho? — sugeriu com um belo sorriso.
Assenti.
Mergulhamos mais uma vez. Brincamos, nos beijamos. Só saímos da água quando a luz do sol ficou alaranjada. Nossos corpos se arrepiaram quando nos abraçamos. Ficamos ali, nos secando com o calor do sol.
Estava tudo tão calmo. Ouvíamos apenas o som das árvores balançando ao nosso redor, o barulho do lago e o das nossas respirações.
Última noite. Wade transou intensamente comigo, sem ter que recorrer a técnica do "começa e para". Ele me disse que foi a primeira vez, depois de muito tempo, que tinha transado normalmente com alguém. Isso me deixou extremamente alegre.
No dia seguinte, arrumamos nossas coisas, entramos no jipe abelha e percorremos a estrada de terra no meio do vasto campo. Atravessamos o bosque, em seguida pelo grande portão metálico da propriedade. E seguimos pela rodovia, de volta para Atlanta.
— Em um site de namoro? — Wade indagou, ao olhar para a tela do meu laptop.
— Sim. Acabei de mandar uma mensagem para o Dylan. Ele está online.
— Que bacana — Ele sorriu.
— Acha mesmo? — perguntei, curioso.
— Claro. Isso é bom. Seguir em frente. — Apesar de sua expressão sorridente, notei um certo abatimento nele.
— É. Seguir em frente.
Minhas férias de verão foram inesquecíveis, tanto para mim como para o Wade. Agora, elas haviam chegado ao fim. Por dentro eu estava um pouco triste, porém, teria que ser forte para seguir com o combinado.
E então, Dylan me respondeu: "Olá, Ethan. Como vai?". Eu mantinha um sorriso no rosto enquanto o respondia.
Wade deu uma risadinha e ligou o som do carro.
A possibilidade de transarmos novamente era incerta. Mas eu adoraria uma oportunidade, pois a minha mãe estava certa o tempo todo. Wade era tudo de bomTenho outra história que você também pode gostar. Se chama Efeito Pigmalião e é sobre um romance de um aluno e seu misterioso professor. Ela está aqui:
https://www.amazon.com.br/Efeito-Pigmali%C3%A3o-L-D-Amaral-ebook/dp/B0CPZMNKMF/ref=mp_s_a_1_2?keywords=efeito+Pigmali%C3%A3o&qid=&sr=8-2