8 - Relações Flexíveis

Um conto erótico de Kamila Teles
Categoria: Heterossexual
Contém 763 palavras
Data: 05/10/2022 18:49:30
Última revisão: 08/10/2022 09:27:52

— Como eu faço pra ganhar pontos com você, Nicole? — perguntou o Dr. Osvaldo.

— Você ganhará um ponto e uma estrelinha se me der esta gargantilha.

Mostrei a foto em um catálogo digital de joias.

— Caralho! Meu anel de formatura foi mais barato.

— Mas já faz um tempão, né?

— Tá me chamando de velho, é?

— Magina, você é um quarentão enxuto, só que é muito mão de vaca.

Depois dos risos, ele disse:

— Caso eu compre pra você, óbvio que vou querer uma compensação à altura. O que me diz, temos um acordo?

— Eu estaria pensando com carinho no seu caso, se ela já estivesse no meu pescoço.

— E que tal uma amostra grátis agora para selarmos o acordo?

— Calma "homi", guarde suas energias para quando chegar a hora!

O papo íntimo acima rolou numa noite de sábado, final da primavera anterior à pandemia. Estava na praia com minha mãe e um casal naquele fim de semana. Dr. Osvaldo havia alugado um apartamento em uma colônia de férias. O advogado era o atual namorado da Adriana, a melhor amiga da minha mãe. Era recente o vínculo do casal que começou a frequentar nossa casa depois do divórcio dos meus pais.

Aquele homem de relações flexíveis assediou-me desde sua primeira vez em minha casa há um mês e pouco. Deve ter percebido que eu também era flexível e adepta a relações complicadas. No entanto, meus desejos sexuais não me impediriam de extorqui-lo, ou de fazer sua caveira mostrando para todos o pervertido que ele era, caso pisasse na bola comigo.

Veio a segunda-feira, início de noite, saí do banho e estava nua diante do espelho apreciando as marquinhas de biquíni. O advogado chegou de mansinho invadindo meu quarto.

Antes que eu soltasse os cachorros por não ter anunciado sua chegada e pela violação de privacidade, antecipou-se e ergueu a gargantilha que eu havia pedido, e esboçou um sorriso cafajeste.

— Uma joia para outra joia preciosa.

Veio em minha direção com ela aberta na intenção de colocá-la.

Não tive a preocupação de cobrir minhas partes íntimas, adorei mais essa oportunidade de provocá-lo. Sabia de antemão que ele estava a caminho da minha casa, em posse das chaves da minha mãe. Veio trazer uma mini adega de vinhos que doou pra ela.

Mamãe deduziu que eu estaria no colégio. Porém, saí na penúltima aula e cheguei mais cedo. Havia combinado de conversar pessoalmente com o Osvaldo.

Ele chegou bem próximo, tocando a peça dourada pouco acima dos meus peitos.

— Você vai ficar ainda mais linda — disse parecendo orgulhoso de sua aquisição.

Sorri, virei e levantei os cabelos para receber a gargantilha em meu pescoço. Estava namorando aquela peça há tempos.

— Meu Deus! Seu perfume natural me alucina. E esse corpo delicioso é de enlouquecer qualquer um.

Após colocar a peça e travar o fecho, ele beijou minha nuca e colou por trás envolvendo-me em um abraço.

— Calma homem! Deixa eu ver como ficou em mim.

Ele virou comigo para defronte do espelho, mas sem me soltar. Senti o volume sob sua calça fazendo pressão em minha bunda. Com delicadeza libertei-me do abraço e fiquei apreciando o reflexo balançando meu corpo adornado apenas com a correntinha de ouro. Gostei e sorri satisfeita.

— Eu fico com ela, faremos negócio.

— Você me enlouquece, garota.

O doido voltou a envolver-me com os braços e seu pau já estava pra fora da calça se alojando entre minhas coxas.

— Para seu louco! O que você pensa que tá fazendo?

— Fizemos um acordo, ou não fizemos?

— E você acha que vai ser assim, aqui e de qualquer jeito?

— Pô, garota! Tive um trabalhão enorme para despistar a Adriana e vir sozinho; agora você faz jogo duro.

— Minha mãe acabou de ligar perguntando se vocês tinham chegado. Disse que não ia no curso hoje e viria mais cedo pra casa — menti para adiar o negócio.

— Cacete! Então como vai ser? Você não faz ideia do efeito que esse corpinho nu causa em meu corpo. Você me deixou tarado por você, menina.

— Combinamos depois. Segura a onda e vai embora antes que ela chegue e desconfie de nós!

Os níveis de insegurança sempre elevam meu tesão na mesma proporção. Naquele momento pareceu-me sem graça entregar-me ao doutor, não havia o prazer do risco.

Ele não sabia, mas havia tempo suficiente para fazermos de tudo. Então concordou em deixar para depois o nosso lance, não sem antes apertar a minha bunda na pressão de um abraço enquanto dávamos um beijo cheio de desejos.

Mamãe chegou horas depois que ele saiu.

Até logo!

Meu agradecimento a todos vocês.

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Foto de perfil de KamilaTelesKamilaTelesContos: 174Seguidores: 112Seguindo: 0Mensagem É prazeroso ter você aqui, a sua presença é o mais importante e será sempre muito bem-vinda. Meu nome é Kamila, e para os mais próximos apenas Mila, 26 anos. Sobrevivi a uma relação complicada e vivo cada dia como se fosse o último e sem ficar pensando no futuro, apesar de ter alguns sonhos. Mais de duas décadas de emoções com recordações boas e ruins vividas em períodos de ebulição em quase sua totalidade, visto que pessoas passaram por minha vida causando estragos e tiveram papéis marcantes como antagonistas: meu pai e meu padrasto, por exemplo. Travei com eles batalhas de paixão e de ódio onde não houve vencedores e nem vencidos. Fiz coisas que hoje eu não faria e arrependo-me de algumas delas. Trago em minhas lembranças, primeiramente os momentos de curtição, já os dissabores serviram como aprendizado e de maneira alguma considero-me uma vítima, pois desde cedo tinha a consciência de que não era um anjo e entrei no jogo porque quis e já conhecendo as regras. Algumas outras pessoas estiveram envolvidas em minha vida nos últimos anos, e tiveram um maior ou menor grau de relevância ensinando-me as artimanhas de uma relação a dois e a portar-me como uma dama, contudo, sem exigirem que perdesse o meu lado moleca e a minha irreverência. Então gente, é isso aí, vivi anos agitados da puberdade até agora, não lembro de nenhum período de calmaria que possa ser considerado como significativo. Bola pra frente que ainda há muito que viver.

Comentários

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Olá Jo74. Esta série de contos (8 até aqui, e postarei o 9 em minutos), são todos em primeira pessoa. Quem narra é a Nicole. Não é à minha história de vida, é a dela, eu só escrevo a história. Grata pela atenção.

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