Era uma daquelas sextas-feiras preguiçosas, onde até mesmo o tempo já parece estar com a cabeça no fim de semana.
Estava, a convite de um amigo, num boteco, bebendo uma cerveja. Mas esse encontro não era apenas social: um dos amigos tinha um trabalho para me passar. Eu fazia traduções (inglês para português e vice-versa) e bicos de informática. Marcelo, meu amigo, tinha um trabalho que ele não poderia (ou não queria, não foi muito claro nessa parte) fazer e perguntou se eu estava interessado. Como estava precisando juntar uma grana, disse que sim.
Gustavo, o colega de trabalho dele de Marcelo, interrompeu:
"Pô Marcelo, vai mandar o cara lá mesmo? Que sacanagem, hein.", ele disse, e deu uma risadinha.
"Por quê? Qual é o problema?"
Eles se entreolharam.
"Fala pra ele, Marcelo."
Marcelo balançou a mão direita no ar.
"Tem nada, ele está te sacaneando. Para com essa porra, Gustavo. O cara vai acabar desistindo."
Gustavo deu de ombros.
Marcelo me forneceu o endereço. Antes de ir, perguntei a ele:
"Do que o Gustavo estava falando?"
"Nada de mais, só tava te zoando. Lá não tem problema algum. Vai tranquilo."
Cheguei quinze minutos antes do marcado. Era um prédio numa das ruas adjacentes à Avenida Atlântica, em Copacabana. O prédio não muito era luxuoso, mas era portentoso, imponente. Longe de ser um pardieiro. Era o apartamento do primeiro andar. Bati na porta e quem abriu foi uma travesti de mais de um metro e oitenta de altura, cabelos loiros presos em rabo de cavalo e olhos azuis. Estava descalça e enrolada numa toalha.
"Oi gato, você é o técnico?"
"Sou, sim.", eu disse, após a surpresa passar.
"Entra, pode entrar.", disse, e assim fiz.
O apartamento era bem grande, ocupando todo o andar, e a porta dava numa sala de estar de bom tamanho. Havia um sofá perto da janela, e uma mesa com quatro cadeiras. Um pórtico levava ao que parecia ser a sala de jantar. Essa, por sua vez, terminava em um longo corredor.
"Gabi!", chamou a travesti. "GABI!", gritou novamente, tão alto que me assustei.
Uma porta próxima do final do corredor se abriu, e a silhueta de uma cabeça saiu para o corredor.
"Que é?"
"O rapaz do computador está aqui. Vem cá mostrar pra ele o problema."
"Mostra você, ué."
"Eu estou enrolada na toalha, vem logo!", gritou, numa voz autoritária.
"Tá, tá... Já vou."
A travesti virou-se pra mim.
"Ela já vai te mostrar. Agora eu tenho que ir pro banho. O computador fica ali.", ela disse, e apontou pra parede oposta da sala.
Eu sentei-me ao computador e liguei.
Logo Gabi estava comigo, e vi que também era uma travesti. Era mais baixa (devia ter por volta de um metro e setenta) que a outra. E tinha o rosto mais bonito, bem feminino.
"Oi. - ela disse.", ela disse. Sua voz era muito feminina.
Puxou um banquinho e sentou ao meu lado. Explicou-me os problemas que estavam acontecendo com o computador. Após uma rápida busca, vi que a máquina estava cheia de programas indesejáveis, um verdadeiro abecedário de vírus e malwares. Só de abrir o navegador, já fui bombardeado com ofertas de jantares de lagosta e oportunidades para aumentar meu pênis. Coisa básica, mas levaria um tempinho para limpar tudo.
Gabi seguia sentada ao meu lado, com o queixo apoiado nas mãos, enquanto olhava para a tela do computador.
"Qual é seu nome?", ela perguntou.
"Rafael."
"Sou a Gabi."
Ouvi a porta se abrindo, e logo duas pessoas apareceram na sala. Eram - você deve ter adivinhado - mais duas travestis. Uma era alta, tinha cabelos e pele morena, a outra era branca, baixa e cabelos castanhos.
"Ui, namorado novo, Gabi?", uma delas disse, e riu. Eu abri um sorrisinho amarelo, mas mantive os olhos na tela.
Gabi também sorriu. "Não."
"Ah, se você não quer, então eu quero!", disse a travesti. "Ele é bonitinho."
"Ele está consertando o computador.", explicou Gabi.
"Aleluia!", a outra exclamou, e foi para o corredor, seguida da que tinha entrado com ela.
"Você quer beber alguma coisa?", ofereceu Gabi.
"Não, obrigado."
Eu e Gabi fomos conversando, quebrando o gelo pouco a pouco. Ela contou que estava estudando pro vestibular. Quando me senti confortável o suficiente, fiz a pergunta que estava inflamando minha curiosidade.
"Quantas... De vocês... Moram aqui?"
"Sete.", ela respondeu."
"É tipo uma república?"
"Bem, mais ou menos.", ela respondeu, rindo.
Pouco depois ela disse que ia no quarto pegar o celular. Eu estava quase terminando. Quando vi, pelo canto do olho, alguém entrando na sala, olhei, pensando ser Gabi. Era uma das duas travestis que haviam chegado juntas. Estava pelada. Arrisquei uma olhadela, incrédulo, e então desviei o olhar de volta para o monitor. Ela foi para a sala de estar e acendeu um cigarro. Gabi retornou pouco depois.
"Achou o que estava dando esses problemas todos?", ela perguntou.
"Sim, era esse programa.", apontei para a tela.
Ela se debruçou para olhar.
"Ah! É culpa dessa arrombada da Marcia."
A travesti pelada, que supus ser a tal Marcia, veio correndo ao ouvir seu nome.
"Eu o quê, bicha?"
"Aquele programa escroto pra ver séries que você instalou. Por isso que essa porra tava ruim!"
Marcia parou do meu lado. Eu estava sentado no banquinho de madeira, já que eu, cavalheirescamente, havia cedido a cadeira a Gabi. Isso deixava meu rosto na altura do pênis de Marcia, que estava a uns vinte centímetros de meu rosto. Fui me inclinando para o outro lado, a ponto de quase cair do banco. Gabi percebeu meu suplício.
"Marcia, chega pra lá. Você está quase enfiando o pau na cara dele!"
"E daí? Vai que ele gosta...", ela respondeu e soltou uma risadinha.
Nesse momento a travesti que havia me atendido à porta entrou na sala. Estava só de calcinha e sutiã, enxugando o cabelo na toalha. Quando viu Márcia pelada, botou a toalha no ombro e foi até ela.
"Marcia, porra!", disse, e a agarrou pelo braço. "O cara é visita.", disse, a empurrando pra fora da sala. Depois, veio até mim e se desculpou pelo comportamento da amiga.
"Não tem problema.", disse. "Ah, e terminei aqui. O computador está limpo. Aproveitei e instalei um antivírus decente."
"Olha, além de gato é prestativo.", ela disse. Devo ter corado mais rápido que gringo no sol, porque logo depois ela abriu um sorrisinho sacana.
Após pagar (um pouco mais que o combinado, pela minha presteza e para se desculpar pelo comportamento da Marcia), pegou meu telefone.
"Do jeito que essas malucas maltratam o computador, vamos precisar bastante de você.", ela disse, quando nos despedimos.
Para encurtar a história, o que a travesti (que se chamava Cláudia) havia dito, acabou acontecendo. No começo, semana sim, semana não, lá estava eu. Primeiramente, para consertar o computador e notebooks. Depois disso, conforme fomos ficando amigos, ia lá apenas para conversar, ver filmes. Acabamos ficando amigos, e fui conhecendo um pouco cada uma delas. Além de Cláudia (que era a “gerentona” e a mais velha ali), a Gabi (a mais nova, que havia passado no vestibular e hoje cursava Direito) e Marcia (que adora provocar, mas no fundo não é má pessoa) havia ainda: Amanda, negra e pouco mais velha que Gabi, trabalhava em um salão de beleza; Nicole, morena alta que trabalhava junto com Amanda; Joyce, que vivia no quarto no fim do corredor, sozinha (segundo Cláudia, ela tinha esse privilégio por ser a que pagava a maior parte do aluguel, os pais delas eram, digamos, bem de vida), estudando para concursos e Valquíria, uma amazona morena que era dominatrix profissional. Algumas delas faziam programas para completar a renda, mas havia uma série de regras a serem seguidas (e que a Cláudia sempre as fazia cumprir): Proibido levar clientes para lá (e homens em geral, a menos que fossem namorados), testes de sangue todo mês (apenas para as que faziam programas, claro), nada de drogas e sempre respeitar as outras.
Uns cinco meses após aquela minha primeira visita, fui atingido por uma série de contratempos. O trabalho freelance que fazia, de traduções, secou. O amigo com quem eu dividia apartamento (e despesas) preciso voltar pra casa dos pais, em Casimiro de Abreu, para cuidar da mãe, que tivera um derrame.
As meninas me ofereceram um lugar lá, pelo tempo que eu precisasse. Fiquei bem emocionado com isso. Virei uma espécie de faz-tudo. Ia ao banco, fazia reparos no apartamento, matava as baratas... Até me aventurava na cozinha de vez em quando, mas meus dotes culinários são bem limitados.
Eu já estava morando com elas uns bons três meses quando aconteceu pela primeira vez. Eu estava me preparando para dormir, quando meu celular tocou. Era Cláudia. Percebi logo que ela estava bêbada. Disse que tinha perdido a chave. As outras já tinham ido dormir, então eu desci para abrir a porta pra ela. Cláudia estava usando um shortinho jeans, um top branco e salto alto, que a deixava mais alta que eu (nós dois temos 1,83). O cabelo estava preso num rabo de cavalo. Assim que abri a porta do prédio, ela se jogou sobre mim.
"O que eu faria sem você?", ela disse, e riu.
Coloquei-a pra dentro e fechei a porta. No elevador, me peguei olhando para o decote dela. Ela viu e deu uma risadinha. Jogou os ombros pra frente, deixando o decote ainda mais insinuante. Ela era séria quase o tempo todo, poucas vezes eu a tinha visto sorrir, o que era uma pena. O rosto dela não era feminino como o de Gabi, mas era bonito. Quando chegamos ao andar, ofereci meu ombro, e fomos até o quarto que ela dividia com Nicole e Valquíria.
"Vou tomar um banho antes de dormir. Me ajuda?", ela disse. Fomos até o banheiro. Fechei a porta, e assim que me virei, ela se jogou sobre mim e me beijou. Fui envolvido pela situação, e acabei beijando de volta, sem pensar. Ela me virou, me deixando de frente para a porta novamente. Prensou o corpo contra o meu e me beijou no pescoço. Começou a apertar minha bunda, logo puxando meu short pra baixo. Senti o pênis dela roçando em mim. Eu fiquei paralisado.
"Deixa eu te comer, deixa gato?", falou, enquanto pressionava o pênis contra mim de forma provocante. Eu tentei responder, mas só fazia balbuciar incoerentemente. Ela puxou meu short para cima e me virou.
"Desculpa.", disse. Parecia genuinamente envergonhada.
"Tudo bem.", consegui dizer, de forma quase afônica. Ela tirou a roupa e entrou no boxe, o pênis de bom tamanho ainda duro como rocha.
"Ai, estou com tanto tesão... Vou ter que tocar uma bronha.", ela disse, já começando a se punhetar. "Pode sair, quando acabar eu te chamo."
Eu saí e fechei a porta. Fiquei encostado na parede. Por que saíra? Aquilo ofendia minha masculinidade, de alguma forma? Estava com medo de gostar? Que mal havia?
Abri a porta e entrei de volta. Cláudia me olhou, curiosa.
"Eu... Hã... Quero ver. Posso?"
Ela sorriu. "Claro, Rafa."
Ela mandou ver na punheta. Estava de lado, e dava pra ver bem o tamanho daquela rola. Tinha mais de 20 centímetros. Vinte e dois, se eu tivesse que chutar. De vez em quando, Cláudia arriscava uma olhadela para ver se eu ainda estava olhando.
"Ai, vou gozar.", anunciou.
Ela se virou de frente pra mim e soltou seis jatos bem servidos de porra no blindex.
Com o tesão saciado, ela se lavou e fechou a água.
Eu lhe passei a toalha.
Nós nos despedimos, ela me deu um abraço e agradeceu a ajuda.
Fui dormir.
No dia seguinte, fui ao banheiro. Enquanto estava ali, lembrei do que tinha acontecido na madrugada anterior. E aquilo ficou na minha cabeça não só pelo resto do dia como nos dias seguintes.
Não poucas vezes me pegava pensando no que vira. Em Cláudia me agarrando e me beijando. O beijo fora muito bom, bastante personalidade e pressão. Lembrava o de uma ex. E, no mais, não me senti como se estivesse beijando um homem. Ouvi uma vozinha na minha cabeça: 'E por acaso já beijou um homem pra saber?', o que fazia sentido. Ah, não parecia com o que eu achava que beijar um homem devesse ser. Sei lá.
Quanto ao resto... Bem, pra mim foi curioso. Ver um corpo feminino com um pênis. E acho que esse é o sentimento de uma parte das pessoas para com travestis e trans, curiosidade, embora muitos não admitam.
Uns dois dias depois, na parte da tarde, ficamos apenas eu e Cláudia no apartamento. Ela estava no quarto lendo um livro. Eu estava tentando consertar a janela do quarto da Joyce e tentando não pensar tanto naquela noite no banheiro, mas falhei miseravelmente. Aquilo não saia da cabeça. Eu estava sem transar desde que me mudara pra lá, a amiga que eu comia começou um namoro sério.
Tomei coragem e fui falar com a Cláudia.
"Posso entrar?", perguntei, após bater de leve na porta entreaberta.
"Claro, meu bem."
Fui até a cama e me sentei.
"Você se lembra daquele dia no banheiro?", perguntei.
"Lembro. Desculpa, prometo que não faço mais."
"Eu... Hm... Eu fiquei muito excitado."
Vi um fogo acender nos olhos dela.
"Ficou, é?", ela disse. Botou o livro no criado-mudo e deslizou uma das mãos para baixo do lençol.
"Sim.", disse, lutando para manter meu coração galopante no peito.
"E aí?", ela perguntou. A mão embaixo do lençol não parava de mexer.
"O quê?"
"O que você quer?", ela perguntou, e sorriu maliciosamente.
Fiquei sem palavras. Estava nervoso. Ela notou, e tratou de tomar as rédeas. Puxou e me beijou. Ficamos atracados em um longo e molhado beijo.
"Por que não pega nele?"
Ela atirou o lençol pro lado e depois tirou o short e calcinha.
Eu continuei parado. Ela esticou a mão, apanhou a minha e levou até seu membro. Sabia que eu estava nervoso, então só deixou-a lá.
Era bem quente. E estava duríssimo. O nervosismo foi diminuindo. Eu fechei os dedos em torno dele.
"Brinca com ele, vai.", sugeriu.
Fiquei punhetando e voltamos a nos beijar.
"Para!", ela disse, botando a mão sobre a minha. "Senão vou gozar."
A ideia de fazê-la gozar era um bocado excitante. "Ah, então goza, vai.", falei.
Ela me lançou um olhar sacana. Parecia pensativa.
Sentou-se na beirada da cama, pra não sujar a cama com seu gozo.
Eu acelerei a punheta e comecei a beijá-la.
"Isso, tá muito gostoso... Vai, safadinho.", ela dizia.
Gozou, não tanto quanto naquele dia, no banho, mas ainda assim uma bela quantidade.
"Gostou da brincadeira?", ela perguntou.
"Foi bem interessante.", disse.
"Uiii... Então, quando quiser, é só pedir.", ela disse, e bateu com o pinto ainda meio duro na mão antes de guardá-lo na calcinha novamente.
Repetimos isso mais vezes, sempre quando estávamos sozinhos, sempre em sigilo.
"Não quer fazer outra coisa?", ela perguntou, enquanto nos beijávamos.
"Hã? Tipo o quê?"
Ela esticou o braço e pousou seu dedo indicador em meus lábios. Depois, levou esse mesmo dedo até seu membro.
Voltei a travar.
Beijá-la e punhetá-la, isso era uma coisa... Agora, aquilo já era um pouco demais.
"Qual é o problema, gato?", ela disse, sentindo minha hesitação.
"Eu... Não sei..."
"Ah... Por acaso fizemos alguma coisa até agora que você não tenha curtido?"
"Bom... Não."
"Então... Deixa rolar... Se não gostar, é só parar... Voltamos ao que você gosta.", ela disse.
A ideia era, ao mesmo tempo, estranha e excitante. Nunca tinha tido aquele tipo de vontade.
Por que não, então?
"E então, gato?", ela perguntou baixinho, entre um beijinho e outro.
Ah, que se foda. "Tudo bem."
Ela abriu um sorriso.
Ficou em pé e tirou o top e a calcinha.
Eu fiquei parado.
'Vem.", chamou.
Desci e fiquei de joelhos. Meu coração queria sair pela boca. Mas não saiu. Nada saiu dela, pelo contrário. Algo entrou.
Ter um pau na boca pela primeira vez foi... Estranho. A princípio, bateu um certo desconforto, um nojinho. Apesar dele estar bem cheiroso e lavado. Mas, ainda assim, era um pau. Bem diferente de uma boceta.
"Nossa, como você é safado...", ela gemia.
Ver o tesão dela foi aumentando o meu, e logo ele suplantava o desconforto. Fui arriscando fazer como via nos filmes.
Enquanto isso, Cláudia ia me ensinando: "Menos pressão... Cuidado com os dentes... Mexe o pescoço, não a cabeça... Isso...".
Com alguma ajuda das minhas mãos, ela se aproximou do gozo: "Vou gozar!", anunciou.
Instintivamente, comecei a tirá-lo da minha boca, mas ela botou a mão sobre minha cabeça. Não me segurou ou fez força, só a encostou.
"Deixa, gato."
Com o tesão que estava, obedeci. Senti aqueles jatos em minha boca, e então o nojinho voltou. Quando eles terminaram, tirei seu membro da boca. Ela ficou me olhando. Acho que queria ver qual seria minha reação. Fui até o banheiro e cuspi.
Quando voltei, ela estava sentada na cama, e me convidou a fazer o mesmo.
"E então, o que achou da novidade?"
Expliquei a ela a torrente de sensações que havia experimentado.
Ela sorriu. "Ah, o importante é que teve bastante tesão.", disse, e me beijou.
Nem preciso dizer que, depois desse dia, o boquete foi incorporado ao repertório de nossas brincadeiras. Com o tempo, o nojinho foi sumindo. Só resistia quando o assunto era levar gozada na boca.
"Ah, mas isso é porque você não fez do jeito certo...", ela disse.
"Hein? E como é?", quis saber.
"Já te mostro...", disse, enigmática.
Eu a chupei, mas quando ela ia gozar, tirou o pau da minha boca e gozou em sua mão. Levou até a boca e lá colocou toda a sua porra. Daí, me pegou pela mão, me ajudando a levantar, e me beijou, me passando assim sua porra. Acabei engolindo boa parte dela.
"O que achou?", ela perguntou, mas me interrompeu assim que comecei a responder. Enfiou a mão no meu short. Meu pau estava duríssimo. "É, acho que gostou.", ela disse, rindo.
E estava certa.
Já em nossa próxima brincadeira, Cláudia inseriu a discussão sobre o natural próximo passo: me comer.
"Epa, peraí!"
"Que foi, gato?"
"Isso não, Cláudia!"
"Oxi. E por que não?"
Aquela pergunta me pegou. Por que não?
"Por acaso fizemos algo que você não tenha gostado?", perguntou.
"Não."
"No começo, nunca tinha beijado uma travesti. Beijou e gostou. Nunca tinha mexido num pau que não fosse o seu. Mexeu e gostou. Nunca tinha chupado rola. Chupou e gostou. Até beber leitinho acabou gostando!"
É, era verdade.
"Mas... Não sei..."
"Ah, deixa disso, Rafa.", ela me puxou pra junto de si. "Vamos bem devagar. Com calma."
Ela foi até o armário e voltou com algumas coisas.
"Tira a calça.", mandou.
Deitei de barriga pra cima e ela deitou do meu lado. Apanhou uma das coisas que havia trazido, uma luva plástica daquelas transparentes (que devia ser de Nicole, que trabalhava num salão) e a vestiu.
Começou a me punhetar e me beijar. Estava muito gostoso.
Ela desceu até chegar nas minhas pernas.
"Abre as pernas."
Ela começou a me chupar. Com a mão esquerda, abriu um sachê de lubrificante e despejou sobre os dedos enluvados da outro mão. Foi com ela até minha bunda.
Eu dei um pulo como se tivesse levado um choque.
"Relaxa... Relaxa... Com calma, como falei."
Ela voltou ao boquete, bem molhado e bastante gostoso, e começou a pressionar o dedo contra meu cu. Quando finalmente a resistência foi vencida e ele deslizou pra dentro, soltei um gemido tanto de surpresa quanto de prazer.
"Safadinho."
Ela deixou o dedo lá, paradinho, e continuou me chupando.
Quando disse que ia gozar, ela começou um vai e vem com o dedo.
Gozei horrores.
Depois veio aquela bad tradicional, junto com as aborrecidas dúvidas: 'e agora?', 'virei gay?', 'será que ainda gosto de mulher?' etc.
Cláudia me abraçou e me beijou.
"Pronto, pronto... Viu só? Você gozou com algo no cuzinho. Viu como é gostoso?"
Combinamos que, da próxima vez, tentaríamos transar. Ela me comer, digo.
E essa próxima vez veio mais rápido do que o esperado. Literalmente no dia seguinte. Acabamos ficando a sós durante a tarde.
"Tá na hora de dar o cuzinho.", ela cantarolou, enquanto veio me buscar e levar pro quarto.
Ela me levou pro banheiro e me fez a famosa 'chuca', usando o chuveirinho.
"Isso é para evitar acidentes desagradáveis.", explicou.
De volta ao quarto, começamos a pegação. Beijos, mãos aqui e ali.
Até que chegou a hora da verdade.
Cláudia botou uma camisinha e aplicou uma quantidade generosa de lubrificante. Passou um tanto no meu cu.
Na posição papai e mamãe, ela encostou a cabecinha (que de -'inha' não tinha nada) e foi forçando até ela entrar. Quando entrou, emiti um som que ficou a meio caminho entre gemido e grito. Ela parou e deixou assim, só a cabeça dentro, e fomos nos beijando. Ao notar que eu estava mais relaxado, ela empurrava mais um pouco, parando quando eu reclamava. Isso foi se repetindo, até ela anunciar: "Entrou tudo!". Um orgulho bateu em mim.
Eu sentia uma dorzinha lá no fundo, como se aquele mastro dentro de mim estivesse deixando os nós das tripas retos.
Com muita paciência, habilidade e carícias, Cláudia conduziu a situação. Quando começou a me comer, eu praticamente não sentia mais dor. Ainda havia um pequeno incômodo, mas era só isso.
Mudamos de posição, fiquei de quatro.
Nessa posição, eu podia ver melhor o espelho que havia numa das portas do armário. Era uma visão e tanto, aquela loira me comendo. Era estranho me ver assim, de quatro, mas isso passaria com o tempo, imaginei.
Cláudia disse que ia gozar, e pedi que fosse em minha boca. Mas ela negou.
"Deixa eu gozar metendo, pra você sentir como é.", disse.
E ainda bem que ela quis assim, porque achei um tesão sentir seu cacete tendo espasmos dentro de mim.
Deitamos, exaustos.
"Como foi?"
"Maravilhoso."
"Como está o cu?"
"Dolorido, mas feliz."
Ela riu.
"O que foi?", perguntou, ao ver meu rosto mudar do prazer pro contemplativo.
"Ah, estava pensando. Bobagem. Aquela vozinha no fundo da cabeça. 'Será que agora sou um viadinho?'"
"Não, Rafa, deixa de bobeira.", disse, e sorriu.
Continua
onthejones2009@yahoo.com
História originalmente publicada emEssa é a versão revisada, reformatada e ampliada.