OS INSTRUMENTOS DE V. S.

Um conto erótico de ClaudioNewgromont
Categoria: Homossexual
Contém 1016 palavras
Data: 10/10/2022 21:51:37
Assuntos: Gay, Homossexual

Conheci V. S. num grupo de whatsapp. Cara chato dum carai, véio! Antipatia chegou ali e se abancou. É desses caras que, com a justificativa de que sinceridade é tudo, detona todo mundo de quem discorda. Lasca com gosto e sem piedade. Tem a sensibilidade de um elefante numa loja de cristais.

Vez em quando, V. S. arranja umas tretas homéricas com outros integrantes do grupo, que se sentem insultados pela sua inabilidade crítica, e sua incapacidade de falar sem machucar. Teve até um tempo que a onda de revolta cresceu tanto que só faltou expulsarem o indivíduo do grupo. Mas a coisa se acalmou um pouco e tudo continuou mais ou menos como antes, no quartel de Abrantes.

Hoje não tenho muita quizila com inditoso rapaz. Já me queimei algumas vezes e trocamos algumas farpas. Já nos mandamos à merda e tomar no cu, algumas vezes. Mas isso foi somente até quando percebi que esse era o jeito de ele conseguir atenção para si e se manter no centro das discussões. Aí passei a tirar por menos, levar na esportiva, ironizar, ou mesmo tirar onda...

Ele não é de todo brutamontes. Tem seus momentos de afago também. Apesar de incomodar sempre escrever com o “lock” acionado, como a gritar permanentemente, por vezes consegue ser gentil e elogiar um ou outro companheiro de grupo – mas não sem evidenciar algum “senão”, junto com o elogio.

De uns tempos pra cá, sem entender bem por quê, comecei a ficar com tesão em V. S. Comecei a me perguntar como seria aquele cara numa transa. Seria também muito exigente? Bruto? Inconveniente? Brocha? Como seria V. S. pelos caminhos do sexo? E, de tanto pensar nessas coisas, resolvi avançar: chamei-o no privado e na chincha.

Ele meio que baqueou. Decerto não esperava jamais um convite daquela natureza. Mas ele não era homem de rejeitar uma boa sacanagem, nem de dar pra trás – pelo menos metaforicamente. Acabou aceitando e combinamos o encontro para o final de semana seguinte, num barzinho da orla.

Britânicos os dois, chegamos ao mesmo tempo, vindo um de cada lado. Bem apessoado, o camarada V. S. Alto, pele amarronzada, cara meio séria, mas que se abria fácil num sorriso. Sentamos, pedimos uma branquinha, para azeitar as ideias e liberar as safadezas iniciais. Como já sabíamos o que o outro queria ali, dispensamos salamaleques de conquista e fomos direto aos fatos. Em meia hora nos desnudávamos, frente a frente, num quarto de motel.

Belo corpo tem o V. S.! Já meio maltratado pelo tempo e pela vida, é verdade, mas ainda apetitoso. Braços que prometiam abraços deliciosos, boca de lábios carnudos, coxas trabalhadas na academia... Mas a região festiva ofuscava a atenção de todo o restante do corpo: rola média, levemente empinada e pulsando para cima; bunda redonda, durinha, cu depilado e de aparentemente poucas visitas.

Nus, abraçamo-nos e nos beijamos com ânsia. Beija bem, o puto! Enquanto nossas bocas se misturavam, os corpos se roçavam e os paus se enrijeciam acintosamente. Toquei sua rola e a senti rígida e macia em minha mão; acariciei e V. S. gemeu meio escrotamente.

Descolei-me de seus lábios porque eu queria sentir o gosto e a textura daquele cilindro musculoso. Agachei-me e passei a suga-lo com afã, toda atolada em minha boca, ele requebrando-se sinuosamente, gemendo alto, entre palavrões mais ou menos sacanas.

Eu já ansiava por aquela rola em mim. Levantei-me e empurrei V. S. para a cama, e praticamente voando sobre aquele pau elevado, fui me sentando aos poucos. Enquanto o falo ia se aprofundando em mim, ao suave embalo de meus movimentos pélvicos, o rosto de V. S. adquiria ares de um prazer explícito.

Durante certo tempo, controlei as estocadas dele, fazendo-o segurar o iminente orgasmo várias vezes. Eu queria sentir aquele pau duro em meu rabo por mais tempo. Brincar com ele de várias maneiras. Até que não foi mais possível conter a lava que começou a voar em jatos e esbranquiçar o preservativo, enquanto V. S. gania roucamente, num gozo violento.

Aquilo me deixava em ponto de bala; minha pica estava em riste ao longo de toda a enrabada, e, uma vez seu falo desalojando-se do meu cu, a necessidade imperiosa de fodê-lo ficou incontrolável. Virei seu corpo cansado de costas e aquele cu lisinho abriu-se para mim. Caí de língua, a lubrifica-lo, enquanto, mesmo arfando, V. S. remexia-se dengosamente sobre o lençol macio de cetim.

Subi nas suas costas e aprumei meu mastro naquela caverna, que já piscava de ansiedade. Às relativas dificuldades de avanço e acomodação da entrada, foram se sucedendo os movimentos de satisfação e de querer mais, de modo que, em pouco tempo, eu estava inteiro dentro de V. S.

Suas mãos crispavam-se, fazendo bolos de tecido no cetim, enquanto eu o comia gostosamente. Devagar, fazia minha pica sair até me aparecer a cabecinha, para novamente afundá-la delicadamente naquele orifício mágico. O espelho em minha frente me entregava o rosto de V. S. transformado em completa entrega, como uma quenga que se dá sem reservas ao macho escolhido.

Meus braços, passando por baixo de suas axilas depiladas, agarravam firmemente seus ombros pela frente. Suas pernas iam gradativamente se abrindo e se arreganhando para mim. As minhas estocadas foram provocando raios de prazer cada vez mais intensos e mais difíceis de controlar. Acabei por explodir, aos gritos, dentro daquele homem escancarado sob meu corpo. Desabei, ofegante, sobre seu dorso suado e cheiroso, e assim ficamos por um bom tempo.

Quando pudemos nos falar, ele, do seu jeito meio rústico (mas não mais tão convincente em sua secura) elogiou minha performance e minha gostosura. Em retribuição, disse-lhe de quanto eram competentes e deliciosos seus instrumentos sexuais. Ele sorriu, meio encabulado, e me beijou forte...

Depois desse encontro (que foi o único – pelo menos até agora), V. S. ficou tão mais amável! Respeitador, cuidadoso com o que diz, um verdadeiro cavalheiro.

Claro, ainda não conseguiu deixar de usar a caixa alta, nas mensagens... Mas acho que isso será conseguido numa (quem sabe?!) próxima utilização mútua dos tais instrumentos de foda do meu mais recente parceiro...

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Comentários

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Bom relato. Foda rápida mas gostosa do jeito que prefiro dar e comer. Serviço completo. Deu até tesão e babei um pouco.

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Boa foda!!!! Era disso que VS precisava para acalmar os ânimos... Uma boa pirocada!!!!!

😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂

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