Extremamente cansado sentindo sua energia vital esvair-se aos poucos, ao rei Teodoro restava apenas aguardar seu trágico e inevitável fim; acamado há muito tempo ele agonizava suplicando que o soturno encapuçado de gadanha em punho viesse lhe buscar conduzindo-o pelo vale da morte. Ao lado de sua cama permanecia o jovem Alepo, seu sucessor por direito que não regozijava-se pela iminência de tomar posse do trono e comandar o reino, lamentando a perda não apenas de seu pai, mas também do homem que o conduziu ao longo da vida tornando-o digno e respeitável.
Para não entristecer ainda mais seu pai com as lágrimas que teimavam escorrer por sua face ele pediu licença retirando-se do aposento real para lamuriar-se nas sombras dos corredores palacianos rogando alguma esperança de que o inexorável não viesse a se tornar uma realidade. “Quem sabe eu possa ajudá-lo em seu clamor, jovem príncipe!”, ecoou uma doce voz feminina proveniente da penumbra mais acentuada entre as imponentes colunas do castelo; subitamente, uma silhueta curvilínea formou-se avançando para a parca luz dos archotes.
Em breve Alepo viu aproximar-se uma mulher lindíssima cujo corpo enaltecia ainda mais sua beleza com formas generosas e deliciosamente intrigantes; a pele branca contrastava com o negror de sua vestimenta cuja justeza servia para realçar os detalhes capazes de alucinar qualquer homem deixando-o a mercê da sensualidade que ela exalava por todos os meios; o rosto de formas insinuantes guardava um par de olhos cor de mel que cintilavam ao refletirem o brilho do fogo que ardia nos archotes, lábios de uma perfeição divinal e um sorriso capaz de dominar e submeter quem desejasse beijá-los.
-Quem …, quem é você? – perguntou o príncipe com tom hesitante – Como chegou aqui? De onde vem? E …
-São muitas perguntas, alteza – interrompeu ela com um tom ameno e pausado – mas, infelizmente não há tempo hábil para respondê-las …, o que quero saber é se tens, de fato, interesse em que teu pai parta feliz e sem sofrimento?
-Quanto acinte! É claro que sim! – respondeu Alepo com tom exaltado.
-E farias …, ou darias qualquer coisa por isso? – tornou ela a perguntar ainda em tom impassível – Atenta que de tua resposta tudo pode mudar!
-Mesmo que tu sejas alguma espécie de curandeira ou bruxa, o destino de meu pai, o rei, está selado – retrucou ele com desânimo – Mas, sim …, faria ou daria o que fosse necessário para que ele pudesse desfrutar de algum prazer que amenizasse seu sofrimento!
-Isso me basta! – disse a mulher exibindo um discreto sorriso irônico entre os lábios – Cuidarei para que Teodoro tenha o que pedir antes da partida …, em troca …, bem, no momento certo, dar-te-ei meu preço!
Sem esperar por uma manifestação do príncipe a estranha deu-lhe as costas caminhando de volta para a penumbra desaparecendo inexplicavelmente. Alepo quedou-se atônito com aquela aparição insólita e mais ainda com suas palavras; depois de algum tempo pensativo ele decidiu que o melhor a fazer era recolher-se, pois sentia-se extenuado necessitando de algumas horas de sono. E logo o manto escuro de uma noite sem luar imergia o reino em uma bruma sombria que chegava a atemorizar quem ousasse aventurar-se pelas ruas calçadas de pedras mesmo que fosse por uma causa necessária ou urgente. Nos aposentos de Teodoro apenas a luz bruxuleante dos castiçais ondulavam formando imagens fantasmagóricas que não mais causavam receio no velho moribundo.
Ainda tomado por uma pesada exaustão ele viu-se surpreendido quando seus olhos foram feridos por um fulgor avermelhado que formara um halo luminoso bem no centro do recinto vibrando em uma ondulação cadenciada abrindo e fechando como uma espécie de portal dos desconhecido; e de maneira surpreendente de seu centro formou-se uma silhueta cujas formas denunciavam tratar-se de uma mulher …, ao vê-la ganhando nitidez, Teodoro não se amedrontou, pois nada mais na vida causava-lhe impacto.
-Boa noite, meu senhor – disse ela curvando-se em reverência ao monarca – Espero que estejas preparado para satisfazer tua última vontade!
-Ao que você se refere, mulher? E quem és tu? – inquiriu o rei valendo-se do resquício de altivez que ainda lhe restava.
-Quem eu sou não importa! O que interessa é ao que vim! – respondeu ela com tom enfático – mas antes responda minha pergunta …, estás pronto para realizar teu desejo oculto?
-Desejo oculto? Não sei ao que se refere, estranha! – respondeu ele com uma ponta de desdém.
-Claro que sabes, majestade! – retrucou ela com uma ponta de ironia na voz – Mas vou refrescar tua memória …, estás pronto para desfrutar de uma noite de prazer com tua nora, a esposa do teu herdeiro?
Teodoro não foi capaz de esconder a estupefação com as palavras proferidas pela estranha mulher que estava a sua frente, engolindo em seco e optando por manter-se em silêncio; a visitante desconhecida abriu um sorrisinho maledicente sinalizando que ela compreendera aquele silêncio formal como uma concordância. Com passos lentos e leves parecendo flutuar sobre o solo ela aproximou-se do leito real sentando-se em sua beirada mirando o rosto de Teodoro que a mirava com atenção.
-Sei desse teu desejo proibido há muito tempo, nobre senhor e estou aqui para torná-lo uma realidade – retomou ela a palavra com o mesmo tom firme, porém suave – Para isto, basta que aceites as minhas condições e cuidarei do resto …
-Condições? Mas que condições são essas? – cortou o nobre intrigado com a proposta.
-São apenas duas e muito simples, majestade – respondeu a mulher com o mesmo tom – a primeira é que sigas à risca as minhas instruções …, e a segunda é que ao término de tudo me acompanhe sem fazer perguntas …, o que me diz?
Teodoro quedou-se pensativo rememorando o rosto sorridente de Lorena, a linda esposa de seu filho que arrebatara seu desejo desde a primeira vez que apresentou-se como uma das pretendentes a ser desposada por Alepo. O rosto dela iluminava sua mente e aquecia sua alma apenas de trazê-la de volta de sua memória. E mesmo oscilando entre o temeroso e o inconsequente, Teodoro optou por saber mais a respeito das condições imposta pela visitante desconhecida, todavia não logrou êxito já que o laconismo e a imprecisão das palavras o conduziam dentro de um labirinto mental que o deixava ainda mais confuso.
-Muito bem, dou-me por vencido aceito suas condições! – respondeu o rei incapaz de prosseguir naquele vil jogo de palavras – Não tenho nada mais a perder e quem sabe tudo a ganhar!
-Excelente, majestade – respondeu ela com tom esfuziante estendendo um pequeno frasco de cristal para o monarca – Tome, guarde essa poção para usá-la amanhã no momento certo …, e apenas no momento certo, compreendeu?
-E que momento certo seria esse? – questionou o rei já com tom ansioso.
-Amanhã, teu filho partirá para o monastério da colina – explicou a visitante com tom pausado e algo solene – Tem um encontro com nobres para tratar termos e condições da sua sucessão …, logo após tua refeição noturna tome o conteúdo deste frasco e aguarde até surtir o resultado esperado …, depois dirija-se aos aposentos de tua nora e faça com ela o que mais aquece tua excitação!
-E como farei isso? Ela vai me reconhecer! – interrompeu o monarca com tom impaciente.
-Acalma teu ímpeto, majestade! – respondeu ela com tom reprovador – Tudo acontecerá sem que ela saiba que és tu o macho viril a copular com ela …, ademais, teu filho não herdou os dotes anatômicos do seu progenitor deixando uma esposa sedenta por prazer …, porém, quando os primeiros raios de sol rasgarem o horizonte deves retornar ao teu leito, pois os efeitos da poção não tardarão em desaparecer …
-E depois? O que acontece? – tornou a inquirir Teodoro esperando por algo sórdido a ser dito.
-Depois? …, bem, depois é apenas depois! – respondeu a mulher com o mesmo tom enigmático levantando-se da cama e caminhando em direção ao portal avermelhado que tornara a abrir-se como se estivesse a sua espera. Em questão de minutos o recinto retornou à penumbra da noite com os castiçais cumprindo sua missão de fornecer uma parca iluminação ao ambiente onde um rei confuso mirava o frasco que tinha em mãos sentindo seu coração pulsar acelerado ante a possibilidade de que a proposta da estranha visitante fosse realmente verdade.
Na manhã do dia seguinte, uma pequena caravana atravessava os portões da cidadela fortificada em direção ao Monastério da Colina deixando para trás um rei repleto de ansiedade e uma princesa infeliz em seu casamento. E quando mais uma vez o manto da noite cobriu os céus obrigando que o astro-rei batesse em retirada dois serviçais adentraram ao aposento real trazendo a derradeira refeição do monarca. Teodoro deliciou-se com os pratos oferecidos e assim que terminou pediu uma caneca com vinho pedindo que todos se retirassem para que ele pudesse descansar.
Certificando-se de que estava só, ele tomou o pequeno frasco ingerindo seu conteúdo em um único gole; a reação foi tão rápida que Teodoro foi tomado de sobressalto por pequenas convulsões, espasmos e contrações musculares involuntárias fazendo arrepender-se de ter atendido às exigências de um ser que ele sequer sabia de quem se tratava; entretanto, em poucos minutos todos os efeitos cessaram e um incompreensível vigor começou a brotar em suas entranhas. Revigorado de uma forma incomum, Teodoro levantou-se e saiu de seu quarto em direção ao de Lorena ansiando por tê-la para si.
Assim que entrou viu sua nora nua deitada sobre a cama bolinando sua gruta e gemendo como louca; os gestos e gemidos dela despertaram a libido do monarca que viu seu membro erigir-se de uma maneira impressionante como se ele estivesse voltando a flor de sua juventude onde tudo era prazer. “Ahhh! Venha! Venha, por favor! Apaga esse fogaréu que arde dentro de mim!”, balbuciou Lorena entre gemidos e suspiros; Teodoro imediatamente arrancou suas vestes e correu para a cama afundando seu rosto entre as pernas abertas da nora, afastando sua mão para que pudesse ele mergulhar seu rosto permitindo que sua língua hábil realizasse a doce tarefa.
Não foi preciso muito esforço dado o frenesi que tomava conta da mulher cujos gritinhos revelavam os orgasmos desfrutados proporcionados pela oralidade perspicaz do macho que deliciava-se em fazê-lo imputando ainda mais ênfase no ato demonstrando o quanto desejava ver aquela fêmea submetida ao seu domínio viril.
-Venha! Traga teu instrumento para dentro de mim! Eu preciso muito disso! – pediu Loreta em tom de súplica impaciente segurando o rosto do sogro e puxando-o para si.
Teodoro cobriu Lorena e enquanto trocavam beijos fogosos cuidou para que sua vara encontrasse o caminho para a greta quente e molhada de sua parceira aplicando movimentos pélvicos contundentes até obter o êxito almejado enterrando o bruto por inteiro preenchendo as entranhas de Lorena impondo que ela soltasse um gemido prolongado que foi prontamente abafado pela boca ávida do rei; enquanto seguia com movimentos contundentes enfiando e sacando de membro tornando-os mais veementes, Teodoro apreciava os mamilos intumescidos de Lorena ora lambendo, ora sugando mas sempre apertando as tetas encantado com seu volume e firmeza delirantes.
A cópula prosseguia envolta em um clima alucinante que embriagava corpos e almas do casal que entregava-se sem pudores à doce selvageria do sexo irrestrito e desconhecedor e limites; Teodoro surpreendia-se com seu desempenho ao mesmo tempo em que regozijava-se com os gemidos e suspiros da parceira que abria as pernas projetando sua pélvis de encontro ao volumoso invasor que não se cansava de penetrá-la acelerando os movimentos e elevando-os a um ápice inexorável que se deu sem que o macho pudesse evitar. Com um grunhido rouco explodindo em sua garganta e espasmos sacudindo seu corpo, Teodoro eclodiu em um gozo profuso e caudaloso que inundou as entranhas de Lorena cuja reação era de absoluto frenesi.
-Ahhh! Ahhh! Goza, meu macho impoluto! Enche minha entranhas com teu sêmen! – murmurava ela contorcendo-se em total descontrole – Faz um filho em mim! Deixe-me prenha de ti! Ahhh!
O rei debulhou-se em um orgasmo tão intenso que sentiu seus músculos arderem contraindo e dilatando com ferocidade; e ao término desse périplo Teodoro despencou sobre o corpo ofegante, suado e exaurido de sua parceira, sentindo a troca de suores e desfrutando de mais beijos repletos de eloquência. E a noite deixara de ser uma criança atingindo a maioridade com a madrugada que veio encontrar o casal retomando o doce embate com a fêmea cavalgando seu parceiro subindo e descendo sobre o membro tomado por uma ereção renovada e inesperada.
Teodoro segurava as mamas firmes de Lorena apertando-as e também beliscando os mamilos provocando gritinhos histéricos na fêmea que não se contentava apenas com isso inclinando-se sobre o macho oferecendo-lhe os mamilos para que fossem saboreados por sua boca ávida. Lorena já perdera a noção de quantos orgasmos tivera, mas ainda assim queria mais! Ela cavalgou seu macho por um tempo que parecia não ter fim assim como a noite também parecia prolongar-se de um modo inexplicável. E por mais uma vez, Teodoro atingiu seu clímax ejaculando em golfadas que projetavam-se para dentro do corpo de Lorena que o beijava em agradecimento pelo prazer alcançado por ambos.
Pouco depois estavam eles abraçados trocando beijos e mais carícias em um breve momento de merecido descanso. Todavia em certo momento, Lorena mirou os olhos de Teodoro que temeu pela possibilidade de que ela estivesse a reconhecê-lo o que poderia redundar em um desastre sem dimensões e cujas consequências seriam tão danosas que o próprio reino estaria em risco.
-Jamais desfrutei de tanto prazer nos braços de um homem! – sussurrou ela em seu ouvido num tom lânguido e sensual – Desconhecia o prazer até este momento e fico imensamente grata por tê-lo me concedido como uma graça divina! …, mas há algo que quero! Algo que preciso!
Com essas palavras, Lorena esgueirou-se até que o membro ainda flácido estivesse ao alcance de sua boca; com lambidas ousadas a fêmea provocou o macho o que resultou em uma nova ereção como uma fênix renascendo das cinzas.
No momento seguinte, Lorena o tinha em sua boca deliciando-se em sugá-lo com indescritível avidez, engolindo e cuspindo o bruto com momentos em que também lambia e sugava o saco escrotal que parecia inchar denunciando que uma nova carga estava por vir; Sem perda de tempo, Lorena se pôs de quatro usando sua mão salivada para untar o selo anal que se contraía de modo provocante. “Venha! Venha aqui e me deflore! Curra tua fêmea selando para sempre meu pertencimento a ti!”, pediu ela com tom embargado alisando o pequeno orifício a espera de seu fogoso algoz.
Mesmo surpreso com o pedido de Lorena, Teodoro não se esquivou de atendê-lo deitando sua língua no rego até que ele estivesse totalmente lambuzado; fez com que ela empinasse o traseiro roliço de formas perfeitas e ajudou-a a separar as nádegas deixando o intocado à mostra; tomando posição, o monarca pincelou e logo estocou com movimento veemente; fê-lo por algumas vezes antes de obter o êxito almejado que se deu de forma estrondosa com a glande rasgando o orifício e projetando-se fazendo a fêmea soltar gritinhos sem no entanto demonstrar recuo em sua decisão.
Com golpes contundentes, Teodoro seguiu enterrando seu membro por inteiro no selo rompido e tão logo foi possível deu início a uma sucessão de golpes intensos cujo impacto era correspondido pela parceira com gritos e gemidos que pareciam dolorosos, porém de modo surpreendente transformaram-se em doces reclamos de prazer e luxúria. Teodoro impunha um ritmo cada vez mais célere e aproveitou para inclinar-se sobre ela a fim de alcançar sua gruta presenteando-a com um doce e eloquente dedilhado que também surtiu o efeito almejado irrompendo em mais orgasmos profusos.
E mais uma vez, ante a estupefação do monarca o gozo avizinhou-se irreverente dando mostras de que o comando daquela noite insana não pertencia a nenhum dos dois envolvidos que apenas desfrutavam de um momento de plena luxúria; com um golpe intempestivo projetando todo o seu corpo para frente, Teodoro atingiu mais um clímax caudaloso que verteu para dentro da fêmea que mesmo ofegante e beirando a perda do sentidos usufruiu de um derradeiro gozo provocado por um arrebatamento que a deixava submissa apenas ao prazer.
Exaustos e esvaídos o casal quedou-se em profundo sono que era a prova inequívoca de que aquela noite de prazer chegara ao seu delicioso término; e quando entreabriu os olhos poucas horas depois, Teodoro viu um brilho cristalino surgindo no horizonte; imediatamente, saltou da cama e Lorena, tomou as roupas nas mãos e correu de volta ao seu aposento; mal chegara próximo de sua cama ao sentir os efeitos da poção desaparecerem devolvendo-o ao estado de decrepitude anterior com o corpo fraco, esquálido e indefeso. E quando a nova noite sobreveio com ela surgiu a estranha visitante saindo do mesmo halo avermelhado. “É chegada a hora, majestade! Venha! Me acompanhe!”, disse ela gesticulando com as mãos para que Teodoro flutuasse em sua direção. “Mas, e meu filho? E meu reino? O que serão deles?”, questionou ele com tom apreensivo.
-Não se preocupe com vosso filho! – respondeu ela com tom irônico – Em breve ele nos fará companhia no reino da minha senhora …
-Mas, quem é a tua senhora – insistiu ele enquanto flutuava na direção do halo.
-Sou Pontianak, um Súcubos a serviço de Lillith a Dama dos Infernos – respondeu ela com tom enfático – Tu e teu filho passarão a eternidade e serviço dela e teu reino …, bem este também será dela, já que na noite anterior tu copulaste com a Dama investida no corpo de Lorena depositando sua semente …, gerando um novo rei que dominará tudo que é conhecido.
Naquele momento, Alepo era surpreendido por um ataque de mercenários que puseram fim a sua vida, enquanto Lorena acariciava o ventre sentindo uma vida pulsar em seu interior!