Conta-se que há muito tempo atrás que uma cigana solitária veio a procura de moradia em um pequeno e pacato vilarejo; cansada da vida nômade de sua tribo decidiu fixar residência desgarrando-se dos demais de sua raça com o firme propósito de não mais dormir sob o manto escuro da noite privada de um mínimo conforto; em princípio, ninguém sentiu-se confortável com sua presença e quando ela procurava por moradia era rechaçada com rude indiferença; assim, mesmo tendo dinheiro suficiente, Amapola não conseguia realizar seu sonho pensando que lhe restaria apenas a resignação de retornar para junto dos seus.
Pronta para partir, ela foi abordada por Amadeu um oleiro idoso que de bom grado ofereceu-lhe guarida na pequena construção de pedra que ele próprio edificara ao lado de sua morada onde também funcionava sua oficina; Amapola sentiu-se em júbilo e ao propor a paga pelo imóvel foi surpreendida pela proposta do oleiro. “Ficaria grato se, ao invés de moedas, tu me recompensasse com uma boa refeição …, isto é, se assim concordares!”, disse ele com tom moderado. A cigana sorriu afável e aquiesceu com o pedido do seu senhorio.
Durante a tarde, após acomodar-se em sua nova residência, Amapola pôs-se a preparar um guisado pedindo que Amadeu providenciasse os ingredientes necessários; a bem da verdade o perfume da iguaria transbordou o ambiente inebriando as narinas de quem passasse pela estreita calçada de pedras romanas deleitando-se em imaginar o sabor daquele preparado divinal; pouco depois que o sol deitou-se no poente, Amapola preparou a mesa e convidou Amadeu para desfrutar da refeição. Logo na primeira colherada, o sujeito viu-se tomado por êxtase com o sabor daquele guisado preparado com extremo carinho.
-Há algo mais que eu possa lhe oferecer em retribuição ao meu acolhimento? – perguntou a cigana enquanto oferecia uma caneca de vinho ao oleiro.
-O que mais poderia um velho como eu almejar após um repasto tão delicioso? – respondeu ele sorvendo alguns goles da bebida – Ante a tua formosura …, o único desejo que me resta em vida seria pedir-lhe um elixir do amor para que pudesse eu propiciar-lhe uma noite digna de uma rainha! …, me perdoe pelo arroubo desatinado!
-Não se desculpe por tua sinceridade – disse a cigana abrindo largo sorriso – E olhando com atenção vejo que és um homem ainda charmoso e também sedutor …, aliás, talvez eu tenha algo apropriado para a ocasião …, espere um momento …
Amapola retornou ao fogão de lenha e minutos depois colocou sobre a mesa uma cuia de barro onde jazia uma bebida fumegante de odor adocicado. “Isto é um preparado de chocolate, pimenta e especiarias …, beba …, tenho certeza que lhe dará um ânimo renovado!”. Surpreso, porém também ansioso, Amadeu não perdeu tempo em sorver o preparado tomando cuidado pois estava fervendo. Ao terminar a bebida, o oleiro sentiu uma efervescência nascer e crescer em suas entranhas provocando leves espasmos e alguns arrepios. Ainda sorridente, Amapola sugeriu-lhe um pequeno espetáculo particular pondo-se a dançar com movimentos repletos de sensualidade exacerbada.
Amadeo ao ver aquela silhueta sinuosa em uma dança inquietante sentiu a efervescência tornar-se algo mais robusto e quando deu por si notou que seu apêndice viril erigia-se como a Fênix renascendo das cinzas. A cigana percebendo o estado de excitação de seu conviva abriu uma expressão de fêmea endiabrada e começou a despir-se lentamente ante o olhar estupefato do oleiro que experimentava as mesmas sensações de sua adolescência quando os hormônios falavam mais alto! Sentindo-se embriagado pelas formas curvilíneas e generosas de sua inquilina, Amadeo controlava o ímpeto de tomá-la nos braços para que copulassem como se não houvesse amanhã. "Estás no ápice de tua excitação meu amado Amadeo ..., vem, vamos para tua alcova que quero te dar um mimo que jamais esquecerás!", convidou Amapola estendendo a mão para o oleiro que sentindo-se hipnotizado pela cigana segurou-a e juntos foram para seu humilde recinto de dormir onde havia apenas uma cama feita de pedras e madeira coberta com peles de animais.
Com gestos delicados, a cigana ajudou o oleiro a despir-se que mesmo encabulado deixou-se levar pela situação ditada por ela; em seguida ela se deitou abrindo as pernas. “Venha! Sorve o néctar que verte do meu cálice que assim está por tua causa!”, pediu ela com tom insinuante acariciando a vulva de pouquíssimos pelos; Amadeo aconchegou-se entre as coxas firmes da cigana e pôs-se a saborear a greta quente e muito úmida; dedicou-se com tanto esmero que ficou exultante quando Amapola gemeu baixinho contorcendo-se ante o gozo que eclodia em seu corpo. Por muito tempo, Amadeo sugou e lambeu a vulva sempre ao som dos gemidos exasperados de Amapola que acariciava a cabeça de seu parceiro elogiando seu desempenho.
Algum tempo depois ela o puxou para si e movimentou o corpo com gingados hábeis até que o membro viril encontrasse o caminho da gruta; Amadeo sorriu erguendo e pélvis para em seguida descê-la fazendo com que seu membro irrompesse para dentro dela; Amapola soltou um gritinho alucinado segurando-o pela cintura e passando a controlar a cadência de seus movimentos; por horas a fio, para total estupefação do oleiro ele seguiu com a cópula ardente propiciando à cigana uma onda interminável de orgasmos que ela celebrava em êxtase. E quando finalmente o macho atingiu seu limite ela o incentivou a prosseguir até que este eclodisse em um gozo profuso antecedido por contrações musculares involuntárias, espasmos e arrepios.
A beira do esgotamento Amadeo fitou o rosto de Amapola que levou seus lábios ao encontro dos dele, encerrando um longuíssimo beijo que selava uma noite repleta de prazer e realização. Daquele dia em diante, o oleiro e a cigana viveram uma relação tórrida sempre distante de olhares curiosos e comentários jocosos preservando uma intimidade única e especial que somente seria rompida com a chegada de Vitório, um abastado comerciante da região que ao chegar ao vilarejo tomou ciência do convívio do oleiro com Amapola.
E ao pôr seus olhos sobre a jovem gitana, Vitório quedou-se inebriado pelo desejo desmedido de possuí-la; fez diversas insinuações para o oleiro, chegando ao disparate de oferecer-lhe vultosa soma em moedas para adquiri-la como se fosse ela um objeto negociável; Amadeo controlou-se até o momento em que vociferou ofensas ao comerciante repudiando seu comportamento e ainda exigindo que ele se afastasse de sua casa. Insatisfeito com a recusa e também com a postura ofensiva do oleiro, Vitório tramou sua vingança, contratando um salteador para que desse cabo do oleiro.
O contrato foi cumprido imediatamente, com o salteador preparando uma emboscada quando Amadeo retornava do veio de onde recolhia a argila utilizada em seu trabalho; e sob o olhar vigilante de um corvo o salteador atacou Amadeo golpeando-o diversas vezes com sua espada até estraçalhar seu corpo expondo suas vísceras; ao final decapitou o sujeito guardando a cabeça e um saco de couro para entregá-la ao seu contratante que regozijou-se ao ver a relíquia macabra antegozando a iminente conquista da mulher que tanto cobiçava.
Ainda em conluio com o Alcaide, o comerciante arrendou as terras que antes pertenciam ao oleiro e compareceu diante da cigana dando a ela a opção de entregar-se a ele ou de ser enxotada da propriedade; por meio de um encantamento, Amapola descobriu a tramoia engendrada pelo ricaço vil, assim como também descobrira o crime por meio do olhar profundo do corvo que veio até ela como um funesto mensageiro; controlando sua ira pediu a ele um tempo para meditar sobre o assunto; o que ele não sabia era que Amapola também tramava uma dolorosa vingança.
Naquela noite, nos fundos da casa de pedra, a cigana preparou uma conjuração; sobre o solo escuro ela preparou uma pequena fogueira e desenhou um pentagrama; ajoelhada ela concentrou-se até entrar em profundo transe, entoando um cântico em uma língua desconhecida ela rogou …, e rogou …, subitamente as chamas da fogueira tornaram-se enormes labaredas de tom avermelhado dançando ao ritmo do cântico proferido por Amapola e quando ela estava no limite de sua energia vital, do meio do fogo surgiram duas figuras: uma de aparência feminina e outra masculina; ambos estavam nus e seus corpos de formas exuberantes seriam capazes de enlouquecer até mesmo um eunuco. “Tu nos conjurou desejando vingança, Amapola …, e cá estamos …, diga o que quer de nós!”, perguntaram as figuras em coro, com tom de voz gutural e solene. A cigana abriu um sorriso maléfico e pôs-se a explicar seu estratagema.
Na manhã do dia seguinte, Vitório compareceu diante de Amapola que curvou-se em reverência cerimoniosa. “Não tenho escolha, senão aceitar tuas condições, mas também tenho as minhas!”, disse ela em tom sério sem encarar o rosto do comerciante expondo logo em seguida suas condições que foram prontamente aceitas por ele que não conseguia esconder o ar vitorioso da conquista, saboreando a subserviência indefesa da cigana. Despediram-se com o acerto de que ele retornaria naquela mesma noite para submetê-la ao seu ímpeto carnal. E quando a noite chegou, Vitório compareceu na casa de pedra onde Amapola o aguardava usando apenas um véu translúcido que cobria seus longos cabelos negros.
O comerciante quedou-se inerte extasiado com a nudez de formas avassaladoras da cigana que trazia no rosto um sorriso misterioso; sem rodeios ela avançou sobre ele e com gestos quase beirando a fúria arrancou suas roupas atirando-o sobre a cama coberta de palha e peles de animais; Amapola subiu sobre ele e cuidou de encaixar-se de tal modo que o membro rijo do macho foi prontamente enluvado por sua gruta ardente que parecia mordê-lo raivosamente; Vitório ainda tomado pela surpresa não conseguiu conter os gemidos delirantes quando ela deu início aos movimentos combinados de ancas e quadris que golpeavam com vigor contra o membro subindo e descendo, sempre com um ritmo acentuado.
Vitório surpreendia-se com a voracidade da fêmea sem perceber que não era ele quem conduzia a cópula, mas era Amapola que ditava a cadência alucinante; vez por outra ela quase o sufocava metendo seus mamilos intumescidos dentro de sua boca impondo que ele os sugasse sem parar; por diversas vezes em que ele pressentiu seu orgasmo avizinhar-se, também assustou-se com a gruta contraindo-se como uma boca a morder o membro impedindo que ele atingisse o ansiado clímax. As horas passavam e Vitório via-se enredado pelo delírio sexual imposto por Amapola cujo olhar fogoso parecia arder em uma chama que jamais se apaga. E tal foi a impetuosidade da cigana que muito tempo depois era o comerciante que implorava por um merecido orgasmo que pusesse fim à sua submissão quase humilhante por uma fêmea insaciável.
O derradeiro movimento de Amapola pôs fim ao sofrimento carnal do comerciante que exultou-se em grunhidos roucos enquanto ejaculava e profusão nas entranhas da sua parceira; logo depois ela saltou para o lado desvencilhando-se dele e pondo de joelhos ao lado da cama. Com o suor lavando sua pele, a respiração ofegante e um olhar estupefato Vitório exibiu uma expressão desconcertante ao ver uma outra Amapola adentrando no quarto. E quando deu por si viu que ao lado da cama havia sim outra mulher de pele branca e olhos de profundo negror que exibia um sorriso maledicente.
-Estou exultante, pois finalmente vinguei meu Amadeo! – bradou Amapola após uma risada cheia de prazer pela vingança – Ela é um Súcubus que eu conjurei para extirpar sua masculinidade …, de agora em diante serás um ser destituído de vigor viril e jamais conseguirás possuir outra mulher!
-Maldita sejas! – vociferou o comerciante rangendo os dentes – Reverte isso! Dou-te o que quiseres! Peça!
-Em breve descobrirás como tornar nula a minha maldição – respondeu ela com tom de puro sarcasmo e olhar raivoso – Agora vá! Volte para o seio de tua família..., tua esposa e filha te esperam ...
-Como sabes de tudo isso, sua maldita? – questionou Vitório com tom temeroso.
-Sei de ti tudo que é necessário! – respondeu ela ainda irônica - Em breve receberás uma visita que lhe trará a solução para tua impotência ..., mas fique atento, pois tudo tem um preço!
E sem esperar por mais perguntas, Amapola começou a recuar sem tirar os olhos do rosto atormentado de Vitório desaparecendo em meio a uma bruma densa e esbranquiçada; inconformado o comerciante retornou para sua casa escondendo de todos seu sofrimento; nas noites que se seguiram ele viu-se obrigado a evitar a procura sequiosa da esposa cheia de desejo sempre com desculpas esfarrapadas e até mesmo sem sentido. Por dentro, Vitório se consumia de ódio de si mesmo, amaldiçoando o dia em que cobiçou Amapola.
Muito tempo depois, em uma noite durante a travessia de um trecho de floresta próximo de sua casa, o comerciante foi abordado por um estranho forasteiro de corpo musculoso e olhar rude. “O que eu quero, tu perguntas? Creio que bem sabe porque estou aqui …, sou enviado de Amapola!”, respondeu o sujeito ao ser indagado por Vitório que sentiu o sangue gelar nas veias ao ouvir aquelas palavras. Mesmo temeroso ele pediu maiores explicações. “Irei desonerá-lo de tua sina maldita, porém há duas condições: a primeira é que me entregue tua filha para que me sirva …”, começou a entidade sendo imediatamente interrompida pelo interlocutor.
-Isso nunca! Jamais! – bradou o comerciante tomado por repentina fúria – Prefiro a morte!
-Tu já és um morto-vivo, seu tolo! – redarguiu o estranho com ironia – E eu bem sei o quanto almejas o retorno de tua virilidade! …, agora, vamos! Não percamos mais tempo!
-Mas, em minha casa? E minha mulher? – argumentou Vitório esperando ganhar tempo para pensar.
-Deixa que disso cuido eu – respondeu o desconhecido – E não te esqueças que deves assistir a tudo que está por acontecer.
Em marcha resoluta o indivíduo soturno avançou pelo estreito caminho sendo seguido pelo comerciante ainda irresignado por sua sina. Assim que entraram na residência de Vitório o tal sujeito despiu-se exibindo sua nudez escultural dotado de um membro descomunal em riste seguindo na direção do quarto de Yelena a jovem filha do comerciante acenando para que Vitório o acompanhasse. Assim que entraram Vitório viu estupefato a filha nua sentada na beirada da cama parecendo encontrar-se imersa em algum tipo de transe.
O desconhecido aproximou-se dela, acariciou seu rosto e depois inclinou-se para que se beijassem um beijo torpe e ao mesmo tempo libidinoso; ao ver aquela cena insólita e inaceitável, Vitório viu-se enredado por uma sensação inexplicável de comoção sexual que parecia causar enorme alvoroço em suas entranhas lentamente germinando uma ereção! Na medida em que os beijos do desconhecido e sua filha ganhavam intensidade, Vitório via-se tomado por uma ereção pujante que o deixava chocado e ao mesmo tempo extasiado. O clima ganhou ares de inarredável devassidão no instante em que Yelena ajoelhou-se cingindo o mastro rijo de seu parceiro e tomando-o em sua boca lambendo e sugando com a voracidade de uma fêmea em pleno cio.
Yelena saboreava o volumoso membro com uma expressão submissa usando as mãos para acariciar o corpo de seu parceiro vibrando com a enormidade que tinha para si. Decorrido algum tempo, o estranho tomou a jovem em seus braços colocando-a sobre a cama elevando seu traseiro e passando a estapeá-lo com tanta ênfase que o próprio pai podia sentir o vigor dos golpes, enquanto sua filha gemia alucinada demonstrando que desfrutava de enorme prazer com o impoluto castigo que seguiu em um crescente sem fim. Satisfeito pela submissão de sua parceira, o sujeito preparou-se para currá-la ordenando que a própria Yelena se incumbisse de separar suas nádegas deixando à mostra o rego onde o diminuto orifício pestanejava ansioso.
Sem cerimônia o sujeito tomou posição e com estocadas resolutas golpeou até conseguir seu intento, rasgando dolorosamente o pequenino impondo o avanço do membro colossal para dentro das entranhas de Yelena que gritava, resfolegava, gemia porém não cedia entregando-se ao assédio anal que seguia inexorável; Vitório já não sabia mais o que pensar, pois olhando aquela cena insólita com seu membro já ereto e pulsante sentia o ímpeto revigorado pôr de lado todo e qualquer falso moralismo sentindo-se excitado pela própria filha.
A sevícia correu solta ante os olhos estupefatos do comerciante que resistia à vontade de compartilhar sua filha com o estranho que vez por outra o encarava exibindo um sorriso de puro escárnio.
-Sei bem o que queres, maldito! – rosnou o sujeito com tom sarcástico – Pois então, venha! Tenho certeza de que tua filha não recusaria de desfrutar o mastro paterno em sua boquinha petulante! Aproveita teu renascimento enquanto persista!
Cegado pelo desejo e também pela ansiedade, Vitório arrancou suas vestes e rodeou a cama até que pudesse ver o rosto da filha que sorriu mordiscando os lábios em um gesto de pura provocação; e ante sua hesitação, ela própria tomou a dianteira segurando o membro rijo do pai e puxando-o para sua boca ávida que logo o sugava com merecido esmero; e lá estavam eles envoltos em uma aura de luxúria sem perceberem que estava sendo observados por uma ave agourenta empoleirada na viga mestra do teto feito de telhas romanas.
O desempenho do desconhecido era tão surpreendente quanto imprudente, posto que sacava e tornava a enterrar seu membro com movimentos embrutecidos alargando dolorosamente o selo anal de Yelena que ora gritava, ora gemia, ora suspirava, porém sem qualquer sinal de recuo entregando-se de tal maneira que homem algum poderia imaginar; ainda a saborear o membro paterno ela o mirava com a mesma expressão de alucinado êxtase que uma fêmea destina ao seu macho! Vitório não sabia mais se tudo aquilo era real ou apenas fruto de sua imaginação dominada pelo anseio de ver sua virilidade recuperada, e procurava deixar de lado a razão entregando-se apenas à emoção.
Por fim, após um decurso de tempo inacreditável, tanto o pai como o estranho atingiram seus ápices, ejaculando em profusão no traseiro e na boca da jovem Yelena que acabou sucumbindo ao esforço enquanto os machos sacavam seus instrumentos lambuzados apreciando a cena do sêmen escorrendo do selo rompido e laceado. Com uma das mãos, o sujeito fez com que a jovem se deitasse sobre a cama de pernas abertas exibindo sua grutinha coberta por fina penugem para que ele pudesse explorá-la com os dedos.
-Venha aqui, Vitório! – ordenou ele com tom gutural – Cabe a ti terminar o que foi iniciado ..., deflore tua filha! Faça que ela revele a verdadeira rameira que adormece em suas entranhas! Somente assim serás capaz de recuperar aquilo de que foi privado!
O comerciante hesitou fosse por conta do resto de dignidade que lhe restava, fosse porque supunha ser incapaz de realizar o intento; todavia, para sua surpresa viu-se tomado por uma nova e contundente ereção provocada de modo involuntário e acima de seu controle. Cheio de vergonha ele cobriu sua filha que exibia um doce sorriso entre os lábios. "Tudo bem, meu pai! Faça o que deve e precisa ser feito!", pediu ela em tom de súplica. Ao farrapo de homem restou cumprir o desígnio maldito golpeando com vigor e penetrando a vulva apertada da filha que soltou um gemido de dor abrindo-se ainda mais para receber o membro rijo de seu pai. Deu-se assim uma cópula insana e frenética que culminou com mais um gozo caudaloso inundando as entranhas da jovem que também experimentara um gozo alucinante.
Sem aviso o forasteiro tomou Vitório à força colocando-o em decúbito e esmagando as carnes de suas nádegas pouco antes de currá-lo impiedosamente da forma mais humilhante possível e ainda diante do olhar estupefato de Yelena que mostrava-se assombrada com a cena dantesca. Vitório via-se incapaz de esboçar uma reação qualquer que fosse sua intenção, sentindo-se usado e abusado por um desconhecido que o dominava e o submetia a uma sevícia que jamais experimentara em sua vida, posto com a mesma sensação que ele próprio já impusera a várias mulheres ao longo de sua vida.
Grunhindo rouco enquanto sentia os jatos quentes e viscosos de sêmen encharcarem suas entranhas, o comerciante não tinha uma gota sequer de dignidade seja em seu corpo, seja em sua alma ultrajada até o fim de seus dias. Naquele momento, o corvo que até então apenas observara tudo que acontecera, fez um sobrevoo até pousar sobre o piso do recinto chacoalhando suas asas operando uma insólita transmutação de ave para a forma humana, apresentando-se diante de todos sob sua versão original de Amapola, a cigana que imediatamente caiu em uma tétrica gargalhada.
"Estou exultante! Minha vingança está completa! Agora posso seguir meu caminho e quem sabe, um dia, reencontrar meu Amadeo!", bradou ela em tom sarcástico. Surgindo de uma bruma enegrecida a outra entidade surgiu ao lado de seu parceiro; ambos se entreolharam e tomaram suas formas originais de demônios do submundo. Ante o olhar irônico da cigana eles tomaram pai e filha preparando-se para conduzi-los para uma dimensão onde suas almas serviriam aos interesses sempre escusos daquele que lá reina absoluto. Amapola deu as costas e seguiu seu caminho experimentando um alívio reconfortante.