Pare aqui antes de ler este relato caso essa seja a primeira vez que está lendo algo escrito por mim. Para entender melhor sugiro que leiam meu texto anterior "Marcelo: o segurança do supermercado".
Olá, sou o Luan e o relato que contarei hoje aconteceu em Dezembro de 2021. Falando um pouco sobre mim, sou baiano, tenho 30 anos, meço 1,75, peso 84KG, sou pardo, cabelo atualmente um pouco maior do que costumo deixar, sou forte, gosto de praticar exercícios, tenho olhos e cabelos escuros. Estou dando esses detalhes para que vocês que estão lendo possam tentar criar uma imagem de meu "personagem". Por questão de preservação dos envolvidos todos os nomes que usarei aqui serão fictícios.
Como prometido ao Marcelo, eu iria avaliar o currículo do seu irmão Thiago e marcar uma entrevista com o mesmo. Algo que acabou acontecendo na quarta-feira, 30 de junho de 2021, com o contato disponível no currículo do jovem, enviei uma mensagem a seu WhatsApp confirmando a oportunidade para este dia citado no horário das 18:00, pois o restaurante estaria vazio, já haveria liberado os funcionários e teria tranquilidade em avalia-lo.
No dia marcado, com quinze minutos de antecedência lá estava ele no meu estabelecimento, a porta de entrada principal já estava fechada, nem haviam mais funcionários além dos seguranças, sou o último a sair porque deixo alguns pré-preparo organizados para o dia posterior, fui até o acesso que ele estava, abri a porta, o cumprimentei com um aperto de mãos que foi prontamente retribuído e o convidei para entrar.
Apesar de irmãos, o Thiago é bem diferente do mais velho, tem cabelos escuros e cortado baixo, olhos claros como a tonalidade do mel, usa óculos e mantém um padrão de barba bem baixinha, por fazer, ele deve ter certa de 1,80 de altura, é mais alto que eu e do que o irmão também, na época em que eu o entrevistei ele tinha 18 anos, mas fez aniversário em setembro.
Agora dentro do salão principal do restaurante, tranquei a porta frontal e fomos conversando até que nos sentamos em cadeiras aleatórias de algumas das mesas ali da área.
Era o primeiro emprego dele, não havia muito o que ser perguntado, foi uma entrevista bem básica, uma conversa na verdade, perguntei o porquê de escolher a gastronomia, quais tipos de preparos favoritos, pratos prediletos, experiência em quais alimentos, proteínas, etc.
Ficamos mais ou menos conversando por uns trinta minutos, até que o convidei para ir a nossa cozinha. Ele se levantou e pude perceber o que havia deixado passar antes, que era o quanto ele estava bem vestido, atraente, com uma calça tipo skinny jeans azul escuro, uma camisa social de botões, slim fit, preta e um par de tênis brancos, além de tudo, levemente perfumado.
Ele ficou fascinado com a cozinha, curioso, fazia algumas perguntas, parecia estar mais seguro, porque antes eu podia senti-lo um pouco nervoso.
- Thiago, eu gostei de você, mas não se contrata um cozinheiro sem antes conhecer suas habilidades, concorda comigo? - Comentei em meio ao assunto que conversávamos. - Sim senhor, com certeza, Chef. - Ele me respondeu prontamente.
Confesso que sempre me dá o sentimento de "estou ficando velho" quando alguém me chama de senhor, porém amo ser chamado de Chef, pelo o que eu faço, pelo o que eu passo aos meus funcionários, parceiros de trabalho, pelo o que fazemos todos os dias na cozinha.
Eu já havia preparado algo pra ele, naquele momento eu me sentia jurado do meu próprio reality culinário, porém era algo que eu sempre fazia com todo funcionário que contratava para a cozinha.
Apontei para a bancada e nela tinha um pacote de macarrão, farinha de trigo, ovos e alguns bowls com filé mignon, camarão, carne de porco, frango e bacon, todas as proteínas já limpas e prontas para algum tipo de preparo. Comentei com ele que todo material, temperos, complementos que ele quisesse usar no preparo do prato estaria na geladeira ou dependendo do tipo de insumo que ele procurava, no depósito ou embaixo do balcão.
- Você decide o que preparar. Não querendo insinuar que irá “pescar”, mas não pode usar o celular, nem pesquisar nenhuma receita, faça o que sabe, cozinhe, prepare um prato para duas pessoas, pode usar as panelas que quiser, os utensílios, tudo que aqui dentro está ao seu alcance. - Expliquei. - Certo! - Me respondeu.
- Você tem 30 minutos para preparar isso aí, beleza? Não se sinta pressionado, nem intimidado, estarei lá no salão finalizando algumas contas e apesar das câmeras aqui na cozinha, eu não estarei olhando-as. No dia a dia eu não as observo, então preciso confiar nas pessoas que estão cozinhando aqui dentro. - Finalizei. - Tudo bem, Chef, irei pensar em algo, pode deixar. - Afirmou.
Após esse curto papo eu me retirei da cozinha, voltei ao salão e fui fechar alguns pedidos, relatórios de despesas, entre outras coisas no notebook.
A ideia era testar criatividade, as vezes o muito custa caro e o pouco bem feito é totalmente melhor. Eu sabia o que queria avaliar. Passaram-se quase trinta minutos e ele já havia finalizado seu preparo, vindo com um prato em mãos, de forma bem elegante, caminhando, pediu permissão e serviu a refeição.
No prato havia macarrão, era óbvio. - Antes de te perguntar o que é esse prato, eu te pedi para que você preparasse para duas pessoas, o segundo é o seu, monte seu prato e volte, prove comigo. - O pedi gentilmente.
Ele confirmou com o rosto e voltou a cozinha, não demorou muito até que retornasse com seu próprio prato e se sentasse na cadeira a minha frente.
Estávamos ali, quase que às 19:15, praticamente jantando. Ele tinha preparado uma Massa com molho Alfredo, padrão americano. Não irei entrar em detalhes tão aprofundados para não prolongar ainda mais, mas estava perfeito, sabor, ponto, tudo. Eu o elogiei e conversamos sobre o preparo, métodos, história do prato, ele realmente sabia o que falar, era nítido que gostava do que fazia.
Foi contratado! Não tinha como a resposta ser negativa, ali mesmo o informei carga horária, rotina, salário, benefícios e o mesmo aceitou sem excitação. Marquei alguns exames para que ele pudesse fazer e ainda naquela primeira semana de julho ele já estava efetivamente trabalhando conosco.
Se tornou um funcionário excelente, excepcional, não demorou que de ajudante de cozinha se tornasse cozinheiro, fora a simpatia e a forma com que cativava clientes, recebi muitos elogios sobre ele.
Bom, me perdoem por esse começo parecer a descrição de um reality gastronômico, mas eu quis que soubessem um pouco mais sobre nossa relação.
Durante todo esse tempo lá, acabamos criando um vínculo de amizade, como criava com todos os meus colaboradores.
Enfim, vamos ao momento onde tudo começou. Era dezembro, 23 para ser mais exato, todos os anos sempre organizo uma comemoração de fim de ano para meus colaboradores, contrato buffet de outro restaurante e o dia é regado a comes e bebes, neste dia tanto o restaurante quanto as lojas de produtos naturais fecham mais cedo para que o pessoal possa se organizar para ir ao evento ou afazeres pessoais que antecedem o Natal.
Naquela data meu comércio encerrou às 14:00 e a comemoração iniciava-se às 18:00, ali mesmo em meu restaurante.
Foi um dia corrido, organizando o pessoal terceirizado do buffet, garçons, tudo mais, deixei o restante dos afazeres com o encarregado da equipe contratada, já o conhecia de longa data, então fui para casa me ajeitar.
As horas passavam rapidamente, anoitecia e eu estava a caminho da comemoração, cheguei por volta de 18:10 e já estava cheio, o pessoal levava namorada, namorado, amigos, familiares e tudo bem, não me importava. Já tocava uma música em som ambiente, tinham pessoas bebendo, conversando e tudo mais, a medida em que ia passando, cumprimentava e era cumprimentado por todos, tocava mãos, acenava, sorria. É um momento muito descontraído, até que olhei em direção ao balcão, no bar e sentado em um dos bancos altos estava o Thiago, parecia se vestir quase como a primeira vez que esteve ali para uma entrevista, um tênis branco, uma calça skinny preta, com uma camisa de botão branca, um pouco aberta no peito, o perfume eu não reconhecia, mas era extremamente agradável. Aquela barba bem baixinha junto a aqueles óculos com uma armação de acetato preto que ele usava. Que cara bonito, sinceramente, até mais do que seu irmão mais velho, certamente eu já o admirei algumas vezes discretamente, mas não gostava de cruzar essa linha com funcionário primeiro por questão ética, segundo porque eu nunca tenho certeza se serei correspondido. E eu? Bom, como um amigo costuma me falar sou "inimigo da formalidade", estava de bermuda moletom preta, chinelo havaiana branca e uma camisa de algodão na cor verde bem escura.
- Caramba, isso aqui tá cheio, o senhor faz isso todos os anos? - Ele comentava naquele instante em que estávamos frente a frente e ligados a um forte aperto de mãos. - Primeiro, não me chama de senhor, nem de Chef, é só Luan hoje. - Respondi sorridente. - É, faço, todos os meses separo um valor para dedicar a essa confraternização de fim de ano, chegar ao fim do ano depois de tantos acontecimentos, acho que vocês merecem, nós merecemos, é meu jeito de agradecer o suporte que vocês me dão o ano inteiro. - Concluí.
- Diferenciado, não vou elogiar o sen... você pra não parecer que tô puxando saco, mas é foda a forma que trata a galera, o tempo que tô aqui eu nunca vi alguém falar que não gosta de trabalhar aqui, isso é reconhecimento pelo o que cê faz. - Comentou.
A essa altura já havíamos desfeito o aperto de mãos, conversávamos aleatoriamente sobre alguns assuntos rotineiros, então percebi que ele estava só, tipo, havia ido sozinho. Ele já era bem próximo dos demais funcionários se dava bem com todos, conversava, mas sempre foi um pouco reservado. - Veio só? Por que não trouxe sua namorada e amigos? - Questionei em meio ao papo. - Namorada não posso porque estou solteiro, já amigos, bom, confesso não ter pensado nessa possibilidade, mas eu tô de boa, tá dando pra curtir e você tá me fazendo companhia, aqui. - Respondeu com um sorriso.
Eu não quis parecer invasivo e perguntar sobre o motivo do término, então levei o assunto para um outro lado.
Depois de conversamos por um longo tempo, degustando alguns drinks e outras bebidas, me despedi temporariamente dele e fui olhar como estavam outros pontos do restaurante.
Que noite, todos pareciam muito felizes, aproveitando ao máximo tudo, eu olhava no celular e já eram mais de 22:00, como havia passado rápido. Estava embriagado, nada extremo, mas bebi demais, com todos eles, recebi muita declaração do tipo "melhor chefe do mundo", até os citei como parte da minha família, alguns amigos estiveram presentes. O restaurante parecia ter virado uma rave, música tocando, pessoal afastaram as mesas, estavam curtindo de verdade e aquilo me deixava muito feliz.
Olhei em volta, novamente vi o bar, então fui em direção do mesmo, passando para o lado interno do balcão busquei uma água mineral, me sentia meio tonto, já estava em meu limite, sempre soube reconhecer isso, ali de costas pro público, pude sentir uma mão em meu ombro, me puxando para um abraço de lado.
- Eiiiiita, meu chefe, tomou todas, moço! - Dizia uma voz, suave, mas em alto tom. Era Thiago, bastante sorridente, visivelmente animado, talvez alcoolizado, também. - Cê tá bem? - Ele questionava. - Nossa, sim... acho que sim, já estou indo embora, vim só tomar uma água. - Respondi meio desajeitado. - Desculpa se é me meter demais, mas você não vai dirigindo, né? - Perguntava. - Então... acho que não estou em condições. - Afirmei meio constrangido. - Pega um Uber, amanhã você vem buscar o carro, vai estar no estacionamento, mesmo. - Sugeriu. - É, realmente... - Concordei.
- Tá geral curtindo, essa é minha primeira vez nessa confraternização, eu achei foda demais, espero estar na próxima. - Comentava rindo.
Era meio incomum vê-lo daquela forma, parecia estar mesmo bem animado. - Isso depende de você... Chegou como ajudante de cozinha, hoje é um cozinheiro e nem demorou tanto, você é sensacional, rapaz, tenho orgulho de que trabalhe aqui comigo e não quero perder você não, só sai daqui no dia que for pra montar seu próprio negócio, aí já será meu concorrente. - Respondi sorridente e dando um abraço nele. Por que eu o abracei? Não sei, álcool é foda, quando não transforma todos em seus amigos de infância, ele te deixa emocionado.
Pelo menos tive o abraço retribuído, mesmo passando todas aquelas horas, ele ainda estava perfumado, até senti aquela leve sensação de tesão, mas logo nos afastamos, sorrindo. - O que foi isso? - Ele questionava rindo. - Desculpa, nem eu sei, perdoe a ousadia. - Respondi completamente sem graça. - Não, não, tá tudo bem, só foi repentino. E caralho... cheiroso, hein? Perfume top. - Disse mantendo o sorriso. - Vai embora agora? - Indagou. - Sim, só tinha vindo pegar uma água. - Tranquilo, pede um Uber aí, eu vou contigo, não quero deixar você ir assim, sozinho. Não me leve a mal, mas você tá um pouco bêbado. - Afirmava, sempre mantendo um bom semblante e tranquilidade nas palavras.
- Assim você me ofende... - Respondi, sem nem perceber qual era meu tom no momento. - Não, só me preocupo contigo e também já está na minha hora de ir. - Respondeu.
Decidi aceitar a companhia, então o chamei para vir junto comigo, mas informei que antes precisava pegar minhas chaves e carteira no carro, parado lá no estacionamento, fomos andando passando entre os nossos parceiros de trabalho e alguns amigos, o que parecia o começo de uma outra festa, me paravam conversavam, sugeriam bebida, agradeciam, me davam algumas coisas para provar, estava foda.
Na saída do restaurante conversei com o Léo e o Ricardo, seguranças, alinhando o horário de término do evento, o que poderiam fazer, informando que havia separado comidas do buffet para eles, essas coisas, já trabalham comigo há alguns anos, então já sabem como agir.
Dali fomos até o carro, onde peguei as chaves de casa, carteira e o tranquei novamente, com o celular em mãos solicitei um Uber. Enquanto pedia e esperávamos, ficamos encostados ali no carro, conversando alguma coisa sobre o evento e eu ainda tomava os últimos goles de alguma bebida com vodca que me deram no caminho.
- Pra mim deu, não aguento mais, você toma ou posso jogar fora? - Falei oferecendo o copo com a bebida. - Passa pra cá. - Ele dizia aceitando e virando em um único gole. - Pera... já volto. - Informava.
Não demorava até que o outro retornasse, pelo visto ele foi descartar o copo.
O Uber chegou, ambos fomos no banco de trás, confirmei o endereço ao motorista e seguimos viagem, é um trajeto que pode ser feito em torno de 15 a 25 minutos, depende da via, do trânsito, essas coisas, mas isso não seria problema, eram mais de 23:00 e tudo estaria tranquilo.
Apesar do banco traseiro ser grande, sentamos e ficamos bem próximos, eu respirava cansado, talvez mais bêbado do que desgastado, deitava a cabeça sobre o repouso traseiro e fechava os olhos, não estávamos conversando, só tinha aquela vontade de dormir, comum em todo pós cachaça, eu não sei como, mas fui jogando minha cabeça para o lado, repousando no ombro do Thiago, não tinha intenção, na real, não sabia, acho que naquele momento só queria mesmo um descanso e estava tentando ficar confortável. - Tira um cochilo aí, meu chefe, quando chegar eu te acordo. - Era o que eu ouvia a medida em que quase caía no sono. Ainda pude ouvir o motorista perguntar "o parceiro aí tá bem" e ser respondido com um "sim, só bebeu um pouco, um pouco demais na real..."
Eu apaguei, por poucos minutos, mas acabei dormindo, quando fui acordando, tendo consciência, percebi que havia dormido no colo dele, estava com a cabeça literalmente repousada em cima da sua coxa e virilha, nisso minha mão estava por baixo do meu rosto, diretamente na perna dele e eu podia sentir que estava também sobre seu volume, o que me surpreendia ainda mais é que ele parecia estar muito excitado, tendo parte daquele volume preenchendo minha mão e até dando leves pulsadas não sabia o que fazer, estava ficando excitado mas ao mesmo tempo me sentia constrangido, eu notava ele mover as pernas lentamente, então me mantive ali, fingindo não ter percebido nada, me movia lentamente como se estivesse despertando e fui levantando o rosto do seu colo como se não tivesse notado tudo que aconteceu. - Opa, acordou, cochilou aí, foi nem dez minutos. - Comentou. - Caralho, que cachaça errada! É mais pelo cansaço, desculpe por isso. - Expliquei. - Para com isso, tá de boa, só tá cansado, tem besteira não.
Me em silêncio, não sabia o que falar e estava com o pensamento bagunçado com toda aquela situação.
Fiquei calado pelo restante da viagem, apenas ouvia a música que tocava no som do carro e respirava fundo, olhando pela janela fechada e só observando as luzes da cidade através daquele vidro com película, estávamos próximos, ele entrava no bairro em que resido e alguns minutos depois estávamos em frente à minha casa.
Agradeci pela viagem e informei que o pagamento havia sido feito pelo cartão, quando fui oferecer a mão para um aperto ao Thiago, ele recusou e desceu pela outra porta do carro. - Vamos! - Ele convidou, também agradecendo ao motorista.
Pensei que ele iria seguir viagem para casa, por isso tentei me despedir, mas por algum motivo ele ficou comigo.
Estávamos fora do carro, o motorista também agradeceu pela corrida e seguiu estrada, abri o portão da frente para entrar em casa e obviamente o convidei para adentrar comigo.
Fomos conversando enquanto destrancava mais uma porta, dessa vez a principal. Agora estávamos ali, dentro de casa, no meio da sala, eu não sabia o que estava acontecendo, mas tudo se encaminhava para algo muito inesperado. Ele viu o whisky em cima da mesa de centro e perguntou se podia tomar um pouco, dei permissão e o mesmo se serviu com um dos copos que estavam juntos a bebida.
Levando o copo até os lábios deu um único gole e bebeu todo conteúdo do mesmo, colocando o recipiente na quina da mesa. Ele agitava o rosto rapidamente e respirava fundo, olhava para os lados e me encarava. - Você está só...? - Questionou. Na hora deu um certo receio, uma aflição, sei lá, eu ainda tentava processar tudo, entender o que estava acontecendo. - Sim, eu moro só... - Respondi. - Eu não consigo falar agora, então vou te mostrar. - Dizia vindo em direção a mim e sem que eu pudesse esboçar qualquer reação, ele me segurou pelo queijo com o polegar e indicador e me beijou. Soltou meu rosto, me abraçou e continuou me beijando, invadindo meus lábios, mordendo-os levemente enquanto apertava minhas costas, tremi como se tivesse sido eletrocutado, um arrepio tomou conta do meu corpo inteiro, o abracei enquanto também o beijava retribuindo todo aquele calor, nossas respirações estavam ofegantes e com aquele odor alcoólico entre nós.
O abraço ia se desfazendo, ele me virava de costas e me abraçava por trás, levando as mãos até meu peitoral, apertando-os, descendo e fixando-as em minha cintura.
Com aquele controle ele pressionou seu volume contra minhas nádegas e pude sentir toda aquela excitação. - No carro... você gostou de deitar no meu colo, sentiu como você me deixou? - Ele dizia sussurrando sobre minha orelha. - Sim... - Eu respondi como se não tivesse força sobre o meu corpo ao mesmo tempo que movia meu rosto positivamente. - Quero empurrar em você, meter muita pica nesse cu... - Dizia. Nesse momento meu pau pulsava, que delicia ouvir aquilo naquele tom vocal. Aquele cara tão reservado, na dele, escondia essa personalidade? Eu me perguntava.
Ele ia me guiando em direção ao sofá, quando próximo me virou novamente de frente, me deu um rápido beijo e me empurrou de forma que me sentasse em sua frente. - Se isso vai rolar... eu quero te falar uma parada antes. - Comentou repentinamente. - O quê...? - Respondi um pouco assustado. - Quando você esteve lá em casa com o Marcelo, ele deu mole, deixou a porta meio aberta achando que não tinha ninguém em casa e eu estava, na real eu ainda iria sair, daí quando passei pela porta ouvi alguns gemidos, pensei que ele estava com uma mulher e tal, não consegui ver o rosto, então puxei a porta e desci pra sala, porque se alguém chegasse eu segurava ali ou dava um toque. Tomei um susto do caralho quando vi vocês descendo pela escada e descobri que era um cara, ainda mais você, só te conhecia de ida no restaurante mesmo... cara, fiquei em choque, porque não imaginava que ele curtia isso, ele tem uns papos bem escrotos quando fala de "veado" e tal.
Mas eu curto, tem essa comigo não, deu mole eu passo a pica e desde aquele dia eu tenho um tesão do caralho pra meter em você. Tô te falando isso, porque se não quiser que role, eu vou pra casa, mas se rolar, quero que fique entre nós, que não comente com o Marcelo, nem com ninguém, tenho uma puta família conservadora e queria que isso fosse nosso segredo. - Finalizou.
Cara, susto é a cura pro álcool no sangue, certeza, porque eu tomei um impacto gigante quando ouvi ele falar que realmente nos viu transando, conforme relatei no conto anterior, que a sanidade parecia ter voltado em instantes. Não sabia o que falar, na real nem tinha o que falar, só que na hora pensei tanta coisa, inclusive que poderia ter sido outra pessoa, os pais, etc, aquelas coisas que usamos para nos sabotar com os diversos "e se". Ele me olhava nos olhos, pude sentir sinceridade e quando olhei a frente e encarei aquele volume, o tesão me trouxe de volta onde eu queria estar.
- Nosso segredo, então. Fica tranquilo que ninguém saberá disso e eu prefiro assim, também. - Respondi.
Ele sorriu maliciosamente, tirou os óculos e colocou no suporte da TV que ficava atrás de nós, voltando a se posicionar em minha frente enquanto massageava o próprio pau. - Puta que pariu, eu quero muito comer você... - Dizia sorrindo. - Antes, dá uma mamada gostosa aqui, vai... - Falava enquanto se encaixava entre minhas pernas.
Eu fui abrindo o botão de sua calça, descendo seu zíper, a puxando para baixo e na minha frente tinha um grande e intenso volume escondido sob uma cueca branca levemente úmida na parte superior do seu pau, ele estava babando de tesão.
Agora era eu quem o segurava pela cintura e o puxava ainda mais para frente, como se o abraçasse por ali enquanto esfregava meu rosto em seu volume, passando a ponta do nariz, indo com os lábios dando pequenas beliscadas e o mordendo, podendo ter noção da espessura daquela delícia.
Não havia tempo para ser perdido, puxei sua calça um pouco mais para baixo e sua boxer em seguida, finalmente revelando um pau robusto, volumoso, grande, com uma cabeça brilhante devido ao líquido pré ejaculatório, eu já queria cair de boca, mas o outro pensava em brincar um pouco mais, com uma de suas mãos ergueu meu queixo de maneira que o olhasse de cima para baixo, então golpeou minha face com seu membro pesado, batia de um lado, do outro, contornava meus lábios como se fosse um batom e sorria satisfatoriamente com o que fazia, minha boca já estava aberta esperando pelo momento em que o outro encaixaria o pau e assim aconteceu, com uma mão ele segurava o próprio membro enquanto com a outra me prendia por trás do pescoço, subindo lentamente, acariciando, passeando com os dedos entre meus cabelos ao mesmo tempo em que lentamente invadia meus lábios com seu volume. Eu o abocanhava com vontade, enquanto suas duas mãos estavam apoiadas em minha cabeça, como se buscassem fixação. Ele queria foder meus lábios e fez, movia o quadril rapidamente ao mesmo tempo que controlava meu rosto, aquele volume invadia minha boca e parecia querer rasgar minha garganta em busca de um espaço que era impossível ocupar, eu engasgava, babava, tentava buscar ar, queria engolir por inteiro, mas era impossível e ele se excitava cada vez mais, podia sentir pelo pulsar em minha boca daquela rigidez que balançava enquanto era mamado.
Era tudo insano e eu estava me deliciando com tudo aquilo, ele não média esforços para demonstrar o quão satisfeito estava, sabia disso pelos suspiros, curtos gemidos e o vasto vocabulário devasso com o qual se referia a mim e ao momento, fiquei tão excitado que a sensação era de que meu membro iria destruir minha bermuda, o massageava por cima das vestes, apertando com força, vontade, tudo isso enquanto me desafiava a engolir o máximo do seu pau.
- Caralho, quero muito comer você, empurrar nesse cu, dá pra mim, dá... Fica de quatro no sofá. - Ele dizia se distanciando de mim, encerrando contra minha vontade o sexo oral, poderia chupá-lo a noite inteira, mas seu pedido soava como uma ordem, me levantei e ainda vestido fiquei de joelhos no sofá, de costas para ele, apoiando minhas mãos sobre o encosto do estofado. Queria que o maior tirasse minha bermuda e ele entendeu isso, puxou minha veste para baixo na altura das coxas, me deixando apenas de cueca, então aquele forte som de estalo ecoou, era ele dando um tapa em minha nádega antes de tirar minha boxer e me despir parcialmente. Eu tremia, era o tesão, podia sentir suas mãos em minha cintura me puxando um pouco mais para trás, ficando mais empinado a sua vontade e não demorou muito até que pudesse sentir aquele membro forçando entrada entre minha bunda, querendo me invadir, o toque da cabeça querendo abrir caminho em meu cuzinho arrancava pequenos gritos de dor, entre alguns gemidos, ele estava sendo carinhoso, indo devagar, paciente, mas sempre tive dificuldade em encarar dotados.
Reclamei de dor e foram algumas tentativas até ser penetrado, o único lubrificante utilizado foi sua própria saliva. Lentamente ia sendo preenchido, milímetro por milímetro ao fim todo aqueles centímetros estavam dentro de mim, imóvel. Pude ouvir aquela respiração funda, seguida da expiração grave. - Que delícia... que apertado, caralho, quis muito isso aqui, bati muita punheta imaginando você assim, empinado com meu pau enterrado no seu cuzinho, porra... pisca na minha pica vai, pisca que eu quero te ver gozando com meu pau em você. - Ele dizia, já começando a se movimentar lentamente.
Claro que eu contraía minhas nádegas, pressionando seu membro em meu ânus, o que me causava dor e ao outro um prazer que não conseguia dimensionar, ele gemia, grosso, gostoso e em troca eu sentia o peso da sua mão em minhas nádegas como tapas.
Já estava louco, afundado no tesão, aquele pau parecia me rasgar, agredir por dentro, mas ele sabia dominar, me excitar, suas palavras incentivavam a dar o melhor de mim para dar prazer a ele e eu estava entregue a tudo aquilo.
Ele estava confiante, sentia a liberdade que tinha e começava a socar com força, velocidade, muita intensidade, eu percebia meu sofá se mover ao tempo em que tentava abafar meus gemidos nas almofadas do encosto, apertando-as. Ficamos por tanto tempo daquela forma que comecei a sentir dor, o gozo não vinha, talvez por termos bebido tanto.
Mesmo doloroso era tão gostoso, que não queria parar, mas o pedi, coloquei uma das mãos para trás em direção a sua cintura como se tentasse diminuir seu ritmo, ele entendeu e foi diminuindo, até que movi meu corpo para frente como se fugisse de seu pau. - Que foi? Não quer mais...? - Ele questionava em um tom um pouco indignado. - Não, não é isso, eu quero, quero demais... Passa a noite aqui comigo? Só estou sentindo um pouco de dor, vamos tomar um banho, ficarmos mais à vontade. - Comentei. Só depois eu havia pensado na possibilidade de parecer um emocionado em convidá-lo para dormir comigo, mas enfim.
Ele sorriu, visivelmente feliz e foi tirando toda roupa ali mesmo na sala, desabotoando todos os botões da camisa, tirando-a e jogando em cima do sofá. Já estava de frente pra ele, completamente vestido, sentado no sofá e pude admirar aquele corpo, ele é magro, mas um magro bem definido, com um peitoral e abdômen que eu beijaria e passaria a língua sem hesitar. - Então vamos tomar um banho juntos. - Dizia sorridente enquanto ia tirando a calça junto a cueca, ali mesmo de pé.
Que cara gostoso, seu pau parecia um mastro com uma excitação que não cessava.
Levantei, peguei uma toalha e o convidei para o banheiro, ele veio logo atrás. Ali dentro eu tirava minha roupa por completo enquanto ele já estava pelado, entramos no box para tomar banho e antes que eu sequer pensasse em ligar o chuveiro, ele me pressionou contra a parede, de costas para ele mal pude reagir e mais uma vez era invadido por aquele pau que entrou todo de uma única vez. Só pude gemer com aquela sensação, doeu, então ele começou a beijar meu pescoço, morder minha orelha. - Caralho, Luan, ficaria a noite toda comendo você fácil. - Dizia sussuradamente. - Então come, me fode, vai... - Respondi completamente entregue.
Ele novamente começou a empurrar, me pegando por trás, de pé, eu tinha meu peito, abdômen e membro contra o piso frio enquanto minhas costas estavam aquecidas com o corpo do maior que voltava a beijar minha nuca enquanto me penetrava.
Que gostoso, que insano, eu gemia com desejo, tesão e um pouco de dor, mas definitivamente estava adorando aquilo. Dessa vez ele quem se afastou de mim, encerrando temporariamente a penetração, me segurando pelos ombros e virando de frente pra ele, me beijou sem precisar de permissão, era um beijo intenso, repleto de desejo, calor, ele ligou o chuveiro que estava com a água morna e a medida em que íamos ficando nos molhando ele continuava a me beijar, nossos lábios se cruzavam ao mesmo tempo em que nossas línguas pareciam que dariam um nó.
Nossos beijos cessaram e nesse curto momento nos ensaboamos, não falávamos nada, éramos dois apenas curtindo todo o momento. A água lavava o sabão de nossos corpos e foi quando eu voltei a beijá-lo, passei meu pescoço sobre sua barba bem baixinha e fui beijando seu peitoral, percorrendo com a língua por todo seu abdômen, até ficar de joelho no chão, colocando seu pau em minha boca, voltando a mamá-lo, ele desligou o chuveiro e sua respiração quente, ofegante se misturava ao vapor da água morna dentro do box, dessa vez era eu que batia com seu pau em meu rosto, passava a língua por todo seu comprimento, seus testículos, subia e o abocanhava novamente, ele enlouquecia e eu adorava o quanto se excitava. Olhando para cima eu tinha a visão de um homem lindo, com os olhos claros como o mel e um sorriso extremamente safado nos lábios, ele acariciava meu rosto, subia até meus cabelos curtos e depois apoiava-se com as duas mãos na parede do banheiro, movendo o quadril como se fodesse minha boca.
Comecei a punheta-lo a medida em que o chupava, como recompensa ouvia incentivos eróticos que me excitavam ainda mais, tanto que com uma das mãos livres comecei a me masturbar freneticamente, enquanto tinha meus suspiros abafados por aquele membro preenchendo minha boca.
Em um ato rápido, ele se afastou de mim, levou uma mão até meu queixo erguendo meu rosto, enquanto usava a outra para punhetar o próprio pau. - Vou gozar... - Anunciava. Antes mesmo de concluir pude sentir aquele jato espesso em meu rosto, fechei os olhos e fui sendo atingido por aqueles pulsos leitosos que jorravam em minha testa e escorriam pelo meu rosto, lábios, como se não fossem acabar. Ele urrava de tesão a cada jato expelido e continuava a se tocar levando o pau novamente a meus lábios, eu abria a boca para recebê-lo e chupá-lo mais uma vez, enquanto ainda me masturbava.
Tirando o pau da minha boca, o outro passava seu polegar em minha face, levando seu gozo da minha bochecha aos meus lábios. - Delícia... - Ele dizia enquanto eu beijava seu dedo. - Levanta... - Continuava enquanto me ajudava a ficar de pé.
Ele ligou o chuveiro entre nós e começou a lavar meu rosto, limpando seu gozo da minha face. - Caralho, você é muito gostoso... - Comentava enquanto me segurava pela cintura me virando de costas pra ele. - Quero que você goze também... - Pedia enquanto me penetrava, novamente, lentamente adentrando meu cuzinho. Ele havia acabado de gozar, mas seu pau se mantinha com uma ereção firme e ele queria me fazer chegar ao ápice, também. Metia como se fosse a primeira da noite, eu estava ensandecido de desejo, tesão, mexia meu quadril, piscava o cuzinho no pau dele e não parava de tocar uma, até que gozei, foi insano pra mim, esporrei jatos na parede, ele me segurou com força pela cintura e se manteve dentro de mim enquanto fui perdendo a força das pernas e jogando minha cabeça para trás repousando sobre seu peito, gemendo, suspirando e ofegante pouco a pouco eu ia cessando meu gozo e vagarosamente ele ia saindo de dentro de mim. Me virei de frente pra ele cansado e de repente fui abraçado, nossos corpos estavam colados frente a frente e nossos membros se tocavam. - Eu nunca senti tanto tesão em comer alguém, como senti quando quis meter em você... e puta que pariu, que delicia, você é gostoso pra caralho, se deixar eu te como de novo, agora! - Dizia em meu ouvido, afastando e me roubando um beijo.
Nem sabia o que falar, apenas sorri e retribui aquele elogio de forma sincera, falando o quando adorei aquela foda, o quanto ele era lindo. - Então, fez aquele convite no calor do momento ou eu posso passar a noite aqui com você? - Questionou sorrindo. - Eu fiquei com medo de me achar um emocionado, você quer ficar? - Respondi. - Caralho, isso nem é pergunta que se faça, com certeza eu fico. - Me respondeu.
Sorrimos e trocamos alguns beijos, terminamos nosso banho e saímos do banheiro.
Bom, o restante da noite foi como vocês podem imaginar, transamos mais algumas vezes e foi além das expectativas, já tive muitas transas boas, mas desde o Flávio fazia tempo que não sentia tanto tesão por alguém, sendo bem sincero, o Thiago me fez chegar ao limite.
Para vocês que sempre pensam no "e depois?"
Bom, ele dormiu lá em casa naquela noite, avisou a mãe que iria dormir na casa do "chefe" porque saiu tarde da festa e veio comigo. No outro dia ele ainda me acompanhou para buscar o carro, daí sim eu o deixei em casa.
Nesse dia posterior, ambos sãs, conversamos sobre o ocorrido, sobre ser um segredo nosso e apesar da idade, foi um cara extremamente maduro, sério e me pediu para ficar tranquilo que nada mudaria no trabalho e não mudou mesmo, ele mostrava um respeito como sempre demonstrou, ficou tudo bem.
Naquele fim de semana eu dei folga a todos, do dia da festa eles só iriam retornar na segunda, dia 27.
E o Marcelo? Bom, ele ficou cismado, na verdade, bem enciumado e desconfiado, me perguntou diversas vezes o porquê d'eu ter deixado o irmão dele dormir lá, se tínhamos tido algo, se eu comentei sobre ele, essas coisas.
Na real, esse foi um pontapé para que nos afastássemos porque comentei que não tínhamos nada sério, que ele não tinha direito algum de me cobrar nada, mas também afirmei que nada havia acontecido entre o irmão dele e eu.
Realmente, eu escrevo demais, não acham? Sempre penso que as pessoas não irão gostar dos meus relatos por serem imensos.
Eu contei sobre o Thiago, porque por muito tempo mantivemos esse clima entre nós e quando comecei a ter algo mais a sério com o Igor, ele comentou comigo sobre uma fantasia de sexo a três e se eu confiava em alguém pra isso...
O resto vocês conseguem imaginar, certo?
Qualquer dia contarei para vocês.
Obrigado por serem meus leitores, por comentarem, darem estrelas, isso me incentiva demais a contar minhas aventuras para vocês, não me dá retorno algum, mas me faz saber que tem alguém gostando das minhas histórias. Forte abraço!