Não é segredo para ninguém que um dos nossos maiores problemas, enquanto seres humanos, é o preconceito, a visão pré-concebida ou os conceitos ditos como certos e relacionados a determinadas situações. Um grande exemplo disto é o conceito de que mulher é um ser doce, certinho e de gestos delicados, enquanto que o homem é o ser forte, determinado, quase sem sentimentos. Um ser que não chora.
Pura balela! Somos todos iguais, com defeitos e sentimentos que variam de acordo com a situação, agora uma coisa é certa: a sociedade, às vezes, nos impõe certas posturas que, muitas vezes, nos levam a sofrimentos desnecessários.
Jaiminho era assim, um menino delicado desde muito cedo, filho único, cheio de tias amorosas que o mimavam em demasia. Sempre foi cheinho, cheio de dobrinhas, coxas grossas e bundudo. Conforme foi crescendo, ficou claro que os seus trejeitos delicados traria para ele grandes problemas. Ele tentava ao máximo disfarçar para não sofrer com as brincadeiras maldosas a que era submetido, principalmente na escola e entre seus primos, que faziam o padrão mais estabelecido socialmente e, muitas vezes, o discriminavam.
Seus primos, algumas vezes, durante as brincadeiras de adolescentes ou durante festas de família, passavam a mão em sua bunda carnuda e alguns até tentaram ir mais além das brincadeiras, mas ele sempre se manteve firme, disfarçando e escondendo seus desejos.
Muitas vezes teve vontade de se deixar levar pelo desejo e se entregar às brincadeiras mais afoitas de alguns primos mais velhos, muitas vezes teve vontade de se entregar e se deixar foder por alguns primos e ou colegas, que eram mais másculos e mais interessantes.
Conforme foi crescendo, Jaiminho se descobriu um romântico inveterado e decidiu que algum dia teria um encontro perfeito com um homem que o tomaria nos braços e o faria feliz para sempre.
De todos os caras que conviviam com ele, o que mais alimentava os sonhos românticos de Jaiminho era seu vizinho Alfredo. Um jovem moreno, alto, atlético, independente e rebelde, 4 anos mais velho do que ele. Alfredo também era filho único e morava na casa ao lado da casa dos pais de Jaiminho. Era um jovem aos padrões mais aceitos pela sociedade machista. Fumava desde adolescente, andava de moto, estava sempre rodeado de meninas, bebia e falava muito palavrão, mas era o homem dos sonhos de Jaiminho.
Era tão clara e evidente a atração que sentia por Alfredo que, muitas vezes, ele tinha certeza de que o vizinho sabia e, quando era conveniente, até se aproveitava do fato, quando como fazia charme para convencer Jaiminho a fazer seus trabalhos escolares.
Jaiminho estava agora com 18 anos, seu vizinho com 22 e era gritante a diferença de temperamento entre os dois. Jaiminho crescera bastante, mas ainda mantinha uns traços delicados, pele muita branca, coxas grossas, bunda carnuda e bem arrebitada. Ele até percebia alguns olhares gulosos, dos amigos de escola e também dos primos.
Certo dia estava no portão de casa, numa tarde de calor e ficou observando o vizinho Alfredo lavando a moto. Alfredo estava sem camisa, com um short desses de futebol e seu corpo musculoso brilhava de suor devido ao sol quente. Ele cumprimentou Jaiminho e jogou um pouco de água no próprio corpo para aliviar o calor.
- E aí moleque tudo bem? Tá de boa em casa? – Falou Alfredo com sua voz rouca e provocante.
- Está tudo bem sim! Estou aqui tentando suportar esse calorão. – Respondeu Jaiminho gaguejando e sem conseguir tirar os olhos do corpo do seu homem dos sonhos. A água escorreu pelo corpo do vizinho, molhou seu short e deixou o volume do seu pau bem marcado.
Jaiminho tentou disfarçar e até pensou em entrar em casa, mas se sentia preso àquela imagem de seu objeto de desejo e, assim, ficou ali parado só observando.
Alfredo terminou de lavar a moto e resolveu empurrá-la pra guardar na garagem. Olhou para Jaiminho ali parado, babando e olhando para ele e resolveu pedir ajuda.
- Chega aí moleque! – Era assim que sempre o chamava, desde quando brincavam juntos. “Me ajuda aqui. Abre o portão pra mim!”
Jaiminho foi despertado de seu devaneio e correu para ajudá-lo, ficando feliz em poder colaborar com seu amado platônico. Segurou o portão, enquanto Alfredo empurrava a moto para dentro, depois correu e abriu a pequena porta da garagem, onde ele colocava a moto. Ficou ali em pé, olhando o movimentar do jovem másculo, que agora estava mais suado e com um cheiro forte, pelo esforço feito. Alfredo olhou pra ele e veio em sua direção. Ficou em pé ao seu lado, quase roçando seu corpo no dele e falou bem próximo de seu ouvido:
- Obrigado pela ajuda moleque! Qualquer dia você precisa dar uma volta de moto comigo. Eu sei que você tem medo, mas eu prometo que não te derrubo. – Disse Alfredo sorrindo e aproximando, ainda mais, seu corpo suado do corpo branquinho de Jaiminho que, agora, estava vermelho e sentia um arrepio na espinha com a proximidade dos dois.
- Chega aí moleque! Vamos lá no quintal. Vou tomar banho de mangueira e a gente troca uma ideia. – Jaiminho, ainda excitado e envergonhado, resolveu acompanhá-lo, era uma oportunidade de ficar mais um pouco em sua companhia.
No quintal, Alfredo pegou a mangueira e ligou a torneira jogando água no próprio corpo, com isso seu short grudou em seu corpo e seu pau ficou bem definido e era um belo exemplar de cacete. Jaiminho era virgem, mas sabia muito bem apreciar a anatomia de um homem. Ainda mais quando o homem era a sua grande paixão. Estava assim admirando o corpo do outro, quando foi despertado pela sua voz grossa:
- Moleque tem como você me ajudar numas coisas do colégio? Tenho que passar no vestibular cara. Estou atrasadão e meus pais não vão me perdoar se eu não entrar na faculdade este ano.
- Claro Alfredo! Eu estou meio sem tempo, pois estou estudando também para o vestibular, mas a gente tenta dar um jeito.
- Valeu moleque! Tenho certeza que eu vou ficar bem agradecido com a sua ajuda. Pode crer que eu vou de recompensar. – Alfredo disse isso de um jeito provocante e tirou o short, ficando pelado na frente do vizinho que quase desmaiou de emoção. Era a primeira vez que via seu amado pelado e não sabia como agir. Ficou paralisado olhando a cena e pode ver que o pau de Alfredo estava quase que totalmente duro.
- Pega ali a toalha pra mim moleque! Tá no outro varal. – Alfredo disse isso e ficou olhando para a cara de Jaiminho, ele sabia que com aquele gesto podia conseguir tudo o que quisesse do vizinho. Sabia do desejo que Jaiminho sentia e alimentava por ele.
Jaiminho entregou a toalha para Alfredo e ficou ali em pé, olhando ele se enxugar provocantemente, passando a toalha lentamente por todo o corpo, demorando bastante no pau que ficava mais duro com o movimento.
- Você curte moleque? Gosta de pau de macho? – Perguntou Alfredo, deixando Jaiminho assustado. “Pode pegar moleque. Se você não contar pra ninguém eu deixo você pegar um pouquinho”. – Jaiminho não sabia o que fazer e ficou olhando pra cara do amigo.
- Você é virgem carinha? Não sabe como fazer? Eu te ensino. – Disse Alfredo se aproximando mais de Jaiminho que saiu correndo, meio assustado com tudo o que aconteceu.
Durante vários dias Jaiminho fugiu e evitou encontrar o vizinho. Se arrependeu muito de sua atitude, mas não sabia como resolver a situação. Na semana seguinte tinha um feriado prolongado e seus pais resolveram viajar para um encontro de casais promovido pela igreja do bairro. Vários vizinhos iriam, inclusive os pais de Alfredo. Não era a primeira vez que Jaiminho ficava em casa sozinho, seu pais confiavam muito em sua responsabilidade.
Eles viajaram na sexta à tarde e Jaiminho aproveitou para estudar um pouco, já que estava sozinho. Não conseguia se concentrar nos estudos. Seus pensamentos não se desligavam das lembranças de seu vizinho nu e de tudo o que tinha acontecido. Será que aquilo tudo foi um sinal de que seu grande amor também gostava dele? Dias antes tinha sabido, através de amigos, que ele tinha brigado feio com a namoradinha do bairro.
À noite ele assistiu um filme romântico e dormiu pensando e sonhando com o que faria caso tivesse um amor com o seu vizinho e objeto de desejo.
No sábado acordou mais tarde do que o costume. Ajeitou algumas coisas em casa, falou com os amigos, trocou alguns arquivos de material escolar e assim o dia foi passando, já era quase noite quando ouviu uns barulhos vindo da casa ao lado, a casa de Alfredo. Foi até à janela e viu dois amigos de Alfredo saindo da casa dele e notou que todos estavam com latinhas de cerveja na mão. Alfredo se despediu dos amigos e olhou para a janela onde ele estava. Jaiminho pensou em fugir, mas achou que não devia e olhou para o vizinho que lhe sorriu e piscou o olho, num gesto de carinho. Jaiminho sentiu seu coração disparar e chegou à conclusão de que seu amado não estava ressentido com ele.
Umas 21:00h Jaiminho tomou um banho se perfumou, passou creme no corpo, vestiu um short folgadão, uma camiseta e ficou no portão de casa na expectativa de ver o vizinho saindo para a balada, como ele fazia todo final de semana. Estava ansioso, quando ouviu o barulho do portão ao lado se abrindo e o vizinho apareceu. Estava, com o cabelo molhado e penteado para cima, cheirando a perfume, com uma calça jeans apertada, mostrando seus músculos torneados na academia, mas estava sem camisa e com uma cerveja na mão. Ao falar com Jaiminho, esse percebeu que a voz de Alfredo estava um pouco diferente, parecia que ele já tinha bebido um pouco além da conta.
- E aí moleque, tudo bem? Vai sair não? – Perguntou se aproximando mais de Jaiminho, enquanto falava.
- Vou não cara! Não sou muito de balada. Prefiro ficar em casa de boa, lendo ou vendo um filme.
-Você está certo moleque! A gente sai e encontra umas vagabundas que só querem aproveitar da gente. Mulher enche o saco e só dá trabalho. – Ao ouvir ele falar isso, Jaiminho percebeu que era verdade a fofoca de que ele tinha brigado com a namoradinha.
- Você também vai ficar em casa? – Perguntou Jaiminho, na torcida para que a resposta fosse sim.
- Tô pensando ainda moleque. Já tomei uma brejas e estou indeciso. Nem coloquei a camisa ainda. Estou indeciso!
- Se você quiser a gente pode assistir um filme juntos cara. – Disse Jaiminho num gesto de coragem.
- Não sou muito de ver filminho não moleque. Gosto de algo mais agitado. Teus pais também viajaram pro mesmo lugar que os meus foram né? – Perguntou Alfredo.
- Foram sim cara! Estou sozinho em casa. – Disse Jaiminho todo excitado e trêmulo.
- Legal ficar sozinho! A gente tem mais liberdade. E aí moleque você vai me ajudar com os assuntos do vestibular? – Relembrou Alfredo.
- Vou sim! Até trouxe uns livros da casa de meu amigo para poder de dar umas aulas. Vem ver! Entra aí! – Disse Jaiminho se afastando para o vizinho passar e fechando o portão à sua passagem. Entraram e Jaiminho foi ao quarto pegar os livros. Ao se abaixar, seu short desceu um pouco e deixou sua bunda aparecer. Quando ele virou, viu os olhos de Alfredo mirando sua bunda e alisando o pau, que dava sinal de vida por baixo da calça. Ele ficou vermelho, mas decidiu que não faria o papelão que fez da última vez.
- Legal moleque! Muito bom essa força que você vai me dar! Vou te recompensar com certeza. - Alfredo disse isso e segurou a cintura de Jaiminho, puxou ele de encontro a seu corpo e roçou com força o pau na bunda dele, que se arrepiou inteiro, gemeu baixinho e empinou a bunda para sentir melhor o pau do outro.
- Você gosta disso né moleque? Eu sei que você curte e deseja meu pau desde que a gente era mais novo.
- Eu sou louco por você Alfredo! Sou apaixonado por você desde muito jovem. Me guardei até agora pra um momento certo. – Alfredo sentiu um tesão imenso ao ver que aquele moleque, novinho e cheirosinho era ainda um cabacinho pronto para ser quebrado. Seu pau ficou duro como ferro no mesmo instante.
- Nossa moleque! Você guardou o cabacinho pra mim? Esse é o momento certo. Só estamos os dois aqui. – Ele disse isso e já foi metendo a mão por dentro do short de Jaiminho, tentando encontrar aquele rabinho inexperiente.
- Não sei se devo Alfredo. A gente não tem nenhum compromisso. Você promete ficar comigo? – Alfredo não respondeu. Apenas cheirou o pescoço e meteu a língua na orelha de Jaiminho, ouvindo os gemidos do parceiro e sabendo que ele estava entregue. Aos poucos foi abaixando o short juntamente com a cueca de Jaiminho e logo ele estava completamente nu e de quatro no sofá. Alfredo olhava extasiado as formas arredondadas de Jaiminho, aquela bundinha branca e empinada não ficava nada a dever a uma bunda feminina, tamanha era a formosura. Abriu as bandas da bunda do parceiro e viu o cuzinho rosado e bem apertadinho, mostrando a virgindade do moleque. Ele nem tirou a calça, apenas abriu o zíper, botou o pauzão para fora e começou a roçar na bunda carnuda de Jaiminho, que gemia alto e rebolava sem muito jeito.
- Vai devagar cara! Eu sou virgem. Só estou fazendo isso porque te amo e quero ficar com você.
- Relaxa moleque! Empina o rabo e deixa comigo. Confia em seu macho. – Alfredo deu uma cuspida no cuzinho de Jaiminho e passou uma saliva no próprio pau e começou a forçar na portinha do parceiro. Jaiminho gemeu de dor e se retraiu. Alfredo viu que seria muito difícil tirar aquele cabacinho a seco. Não queria perder a oportunidade de comer um virgenzinho.
- Tem um creme aí moleque? Fica mais fácil se tiver um creminho. – Jaiminho se levantou e foi rapidamente ao quarto, pegou o hidratante que usara no rosto, tirou uma grande quantidade e passou no cuzinho, deixando bem lubrificado. Logo se colocou de quatro no sofá. Não queria desapontar o seu grande amor.
- Isso moleque! Agora relaxa o cuzinho e empina a bunda pra levar rola de seu homem. – Para Jaiminho era um sonho ouvir Alfredo dizer que era seu homem. Ele empinou o rabo, se abriu inteiro e logo sentiu suas preguinhas sendo esticadas e a cabeça do pauzão de Alfredo sendo forçada pra dentro. Alfredo segurou sua cintura e deu um tranco, a cabeça do pau entrou rasgando seu cuzinho e ele deu um grito de dor, mordeu a almofada para aguentar e não decepcionar seu homem. Aos poucos sentiu o pau se alojar todo dentro de seu rabinho virgem e logo sentiu as estocadas fortes de Alfredo. Ele entrava, saía e gemia forte, mostrando que estava realmente vibrando com aquele momento. Doía muito, mas Jaiminho estava feliz em agradar seu homem.
Alfredo meteu forte naquele cuzinho, sentia as pregas do moleque se rompendo e apertando seu pau, era um prazer tão grande que ele percebeu que gozaria logo. Pensou no gozo do parceiro, mas logo se concentrou em seu próprio prazer, lembrou da briga com sua namorada, justamente porque ela não liberava o cuzinho e resolveu castigar aquele rabo que estava sua disposição. Meteu com força sem se importar muito com os gemidos de dor de Jaiminho. Arregaçou muito o rabo do parceiro e logo sentiu o gozo se aproximar.
- Vou gozar moleque! Vou encher teu cuzinho de leite. – Ele disse isso e sentiu seu corpo estremecer num gozo imenso, como nunca tinha sentido antes.
Jaiminho estava sentindo muita dor, seu rosto estava molhado de lágrimas, mas estava satisfeito, tinha dado um prazer imenso para seu homem. Ele vestiu seu short e foi em direção à Alfredo que se recuperava sentado no sofá, fechando o zíper da calça. Segurou no pescoço dele e foi em direção à sua boca para beijá-lo, quando sentiu um empurrão e Alfredo se levantou bruscamente.
- Tá louco moleque? Não beijo homem na boca não! – Ele disse indo em direção à porta.
- Como a gente vai namorar então? – Perguntou Jaiminho numa voz doce e confusa.
- Que namorar o quê moleque! Foi uma delícia quebrar teu cabacinho, a gente pode meter de vez em quando, mas eu não sou veado não. Nunca vou namorar com macho!
Alfredo disse isso e saiu pela porta deixando Jaiminho atônito e com o coração despedaçado. Era uma dor tão grande que ele achou que não iria suportar.
A noite foi passando e por volta das três horas da madrugada a moto de Alfredo entrou na rua onde ele morava. Ele tinha saído logo após à foda que tivera com Jaiminho, foi beber com os amigos e tentar pegar umas minas. Bebeu bastante, mas não conseguiu ficar com ninguém, não conseguia tirar da cabeça a imagem da cara de Jaiminho ao ouvir o que ele dissera. Teve um certo remorso com o fato, mas era apenas um gayzinho romântico e com certeza ele daria um jeito em tudo, talvez até ainda voltasse a meter nele novamente.
Ao se aproximar da casa, ele viu a imagem de Jaiminho encostado ao portão, talvez ele conseguisse conversar com ele ainda nessa madrugada, estava meio bêbado, mas conseguiria ainda conversar, talvez até fodesse novamente com ele.
Parou a moto em seu portão, desceu e foi em direção ao portão do vizinho, olhou para a cara triste de Jaiminho e falou, tentando ser suave:
- E aí moleque você tá bem? Vamos conversar um pouco? – Jaiminho olhou pra ele e nada respondeu, apenas virou as costas e saiu andando em direção à porta. Ele entendeu a mensagem, abriu o portão e seguiu o vizinho. Jaiminho entrou e foi em direção ao banheiro que ficava no final do corredor.
Alfredo ouviu um barulho de água caindo e percebeu que alguém tomava banho.
- Tem alguém aí moleque? Então é isso? Você gostou tanto de levar rola que já arranjou um macho e agora quer foder à três? Eu topo! – Jaiminho nada respondeu. Alfredo aumentou o passo, passou por Jaiminho, entrou no banheiro e viu um vulto no box em meio ao vapor que tornava tudo meio turvo. Abriu o box e um frio imenso tomou conta de seu corpo, sua boca se abriu num grito que ficou parado na garganta. No chão do box ele viu o corpo branco de Jaiminho e um vidro de comprimidos vazio ao lado. Ele olhou para a porta e pôde ver a imagem triste de Jaiminho se esvair e desaparecer no ar. Ao constatar que o vizinho estava morto, um desespero tomou conta de seu ser e ele saiu correndo, subiu na moto e saiu a toda velocidade sem saber o que fazer. Ao se aproximar do bosque que ficava próximo ao bairro, ele perdeu o controle da moto numa curva e bateu, a toda velocidade, numa árvore imensa.
O bairro inteiro se solidarizou com aquelas duas famílias vizinhas que perderam seus filhos únicos no mesmo final de semana. Um morreu bêbado num acidente de moto horrível, o outro cometeu um suicídio sem explicação e sem motivo. Era essa a argumentação da vizinhança que nada sabia dos detalhes.
As duas famílias, muito entristecidas, mudaram-se do bairro, na tentativa de esquecerem a tragédia. Um ano depois do acontecido, as duas mães se encontraram na porta do cemitério para fazerem um visita aos túmulos dos filhos. Ao se aproximar da sepultara de Jaiminho, sua mãe observou uma rosa muito grande e branca brotada bem ao centro da cova, um cheiro doce tomava conta do ar. Ela se emocionou e ficou sem saber quem plantara aquela rosa. De repente ouviu o choro da mãe de Alfredo que estava ajoelhada no túmulo do filho. Ao se aproximar, ela viu uma rosa exatamente igual à rosa que estava no túmulo de Jaiminho, o mesmo tamanho, o mesmo perfume e até o mesmo local onde a outra havia sido plantada, só que era muito vermelha, quase úmida, era quase como se a rosa fosse feita de sangue. As duas se abraçaram e choraram juntas.
A partir daquele dia, todos os anos, na mesma data as duas rosas brotavam, sem que ninguém soubesse como aquilo ocorria.
Algumas pessoas também relataram, que ao passarem pela madrugada em frente ao bosque do bairro, era possível ver os vultos de dois rapazes que conversavam tranquilamente. Ao se aproximarem, os curiosos sentiam um vento frio balançar as folhagens e os vultos desapareciam.
Tentei fazer um texto menor, mas o tema é tão envolvente que não deu. Espero que gostem, votem e comentem.
Um dos maiores prazeres para quem escreve é saber e ouvir a manifestação do leitor.
Abraços a todos!
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