Crônicas do Bairro Velho - Me chama de piranha - parte 2

Um conto erótico de Turin Turambar
Categoria: Lésbicas
Contém 2293 palavras
Data: 19/10/2022 09:51:20

Flávia acordou radiante. Estava disposta, como há muito tempo não se sentia, e ostentava um sorriso largo no rosto. Sua felicidade se estendia a Reginaldo, pois ele se achava o responsável por toda aquela alegria. Os dois se separaram, cada um indo ao seu trabalho.

Flávia chegou antes em casa, com a cabeça cheia de ideias. Foi para o quarto tirar as roupas. Nunca ficara nua por ficar. Apenas para tomar banho ou quando trocava de roupas. Porém, passou o dia todo com a imagem de Berenice de calcinha na cabeça. Aquela lembrança lhe transmitiu tamanha sensualidade, mas também um senso de liberdade tremendo. Pensava se poderia ser como Berenice e se libertar de suas roupas opressoras quando quisesse. Olhou a gaveta de calcinhas em busca de algo diferente. Eram todas iguais, grandes, se comparadas àquele pequeno pedaço de pano vestido por Berenice. Na verdade, eram peças bem confortáveis e nunca vira motivo para usar algo diferente. A curiosidade corroía Flávia e em suas buscas achou uma peça um pouco menor em relação as outras.

Vestida, Flávia se olhou no espelho, vestindo apenas a calcinha. Nunca se olhara daquela forma, mesmo em seus momentos mais vaidosos. Olhava o seu corpo buscando semelhanças ao de Berenice. Percebeu-se uma mulher bonita. A lembrança de Berenice a provocou a repuxar o tecido da calcinha, enfiando-o lentamente entre as nádegas. Não conseguiu deixar tão enfiado como a calcinha minúscula de Berenice, mas já dava uma outro destaque ao volume de seus quadris. Levanto as mãos para trás, apalpou a própria bunda, sentindo a maciez da própria carne, lembrando-se de quando era apertada ali por Reginaldo. Era realmente gostoso de apertar.

Após tanto admirar a si e ao seu corpo, Flávia olhou para a porta e o resto da casa além dela. A passos bem receosos, ela cruzou o batente, avançando pelo corredor. Espiou atrás da parede para ver se a janela da sala estaria aberta e caminhou com mais folga quando a viu fechada. Com a certeza de todas as cortinas fechadas, caminhou com mais tranquilidade, sentindo a liberdade da própria nudez. A calcinha enfiada na bunda incomodava, pois nunca vestira nada assim, mas gostava da sensação de transgredir, mesmo de forma tão singela.

Tanto Flávia quanto Reginaldo vieram de famílias bem conservadoras. O namoro entre os dois fora tão estimulado pelas famílias a ponto dela nunca ter se sentido apaixonada, como suas amigas sempre falavam. O casamento fora uma consequência. A vida a dois e a diminuição das interferências das famílias permitiu nascer o amor e respeito entre os dois. Reginaldo era um bom homem e na convivência dos dois, não havia que reclamar. Lá no fundo, Flávia sentia falta de algo mas enterrava esse sentimento, se culpando por aquilo. Nos últimos dias, ouvindo e depois conhecendo Berenice, tais pensamentos voltaram a e ter presença em sua mente. Desta vez, certos desejos ela podia resolver sozinha.

Sentada no sofá da sala, de calcinha, Flávia voltou a sentir aquele formigamento entre as pernas. Era o momento perfeito para ir ao criado mudo e pegar mais uma vez aquele brinquedo. O clitóris já se endurecera, desesperado por uma nova vibração. Assim ela abriu as pernas no sofá e mergulhou a mão segurando o bullet na calcinha. Se contorceu no sofá, explorando sua própria intimidade. Foi quando ouviu passos vindo do corredor.

Conhecendo aquele som e o jeito de andar, Flávia correu para o quarto, escondendo o vibrador e vestindo seu vestido longo mais uma vez. Saiu do quarto para receber o marido e o abraçou dando-lhe um beijo apaixonado. Tinha fogo e queria apagar com Reginaldo. Ele, entretanto, parecia cansado demais para retribuir aqueles carinhos e se preocupava mais com sua janta. Frustrada, Flávia foi cuidar do jantar enquanto Reginaldo tomava o seu banho. O marido saiu do banheiro esbravejando.

— Se eu soubesse ter uma vagabunda morando aqui em cima, não teria vindo para cá.

Se em algum momento o jeito nervoso de seu marido falar a provocava emoções novas, naquele momento Flávia sentiu tristeza. Berenice não era mais uma desconhecida, era sua amiga. Uma responsável por lhe mostrar coisas novas. A voz grave e o jeito bravo daquele homem falar ainda era estimulante, mas não quando desprezavam sua amiga querida. Flávia se sentia pior ao perceber não poder contar ao marido sobre sua nova amiga. Precisava esconder isso dele e também não dizer sobre suas novas experiências. Uma agonia profunda a impactou ao perceber se impossibilitada de compartilhar com seu amado marido, seus novos prazeres. Naquela noite, não transou com Reginaldo, mas brincou com o vibrador no banheiro, onde não precisaria se segurar tanto. Se sentiu culpada depois por fazer isso sozinha e decidiu pedir ajuda.

Sábados eram dias perfeitos para sair de casa sem precisar dar satisfação ao marido. Berenice a recebeu em casa, de calcinha. Flávia lembrou se de quando fez o mesmo em casa. Depois do primeiro dia, fez isso outras vezes, sempre com as cortinas fechadas. Às vezes imaginava ter alguém olhando e isso a excitava, mas nunca teve coragem de abrir as cortinas. Berenice, por sua vez, andava em casa de calcinha e sutiã com as cortinas abertas sem nenhum pudor. A desinibição de sua vizinha era ao mesmo tempo impressionante e assustadora.

Paulo não estava, pois tinha ido ao seu tradicional futebol de sábado de manhã. Flávia e Berenice tinham todo o tempo para conversar sem problemas no quarto da anfitriã.

— Muito obrigada! Eu não fazia ideia de quanto usar isso era bom. — disse Flávia ao devolver o vibrador.

— Era para experimentar só por uma noite. Pensei que nem ia devolver mais.

Flávia, enrubesceu, desviando os olhos.

— Me desculpa, Berenice…

— me devolveu hoje só por acabar a bateria, né?

Flávia se calou, sem saber o que responder. Berenice gargalhou.

— Sua boba! Estou brincando com você. Te emprestei ele para usar quanto tempo quisesse. Olha só— Berenice volta a pegar a sua caixa— Pega o carregador dele. Agora é seu.

— Você não vai sentir falta dele?

— Comprei um novo.

Agradecida, Flávia dá uma braço em Berenice, surpreendendo sua vizinha. A ela, contou como foram seus últimos dias usando o brinquedo, de como foi transformador sentir um prazer antes desconhecido. Se abrindo com ela, falou de sua angústia em não conseguir compartilhar com o esposo. Flávia contou toda a sua história, de como se conheceram, das suas origens e como era seu casamento. Apenas omitiu o desprezo de seu marido por Berenice, sem nem ao menos conhecê-la. Contou tudo para dizer não saber como quebrar o gelo do marido.

Berenice ouviu tudo bem atentamente. Não era a primeira vez ouvindo essa história. Fez questão de contar a Flávia sobre si mesma e Paulo. O marido, apesar de não ser a mente tão fechada, era um homem muito tímido, difícil de quebrar o gelo. Contou a sua amiga sobre como conseguiu transformar o recatado rapaz em um sem vergonha.

— Ouvindo vocês do banheiro, eu não imagino sendo tímido.

— É, mas é ele que me leva para o banheiro, fica me dizendo que o condomínio inteiro precisa conhecer a puta que eu sou.

— Misericórdia! Você aceita isso?

— É o que eu quero. O Paulo é tudo de bom, mas eu achava um saco ele ser tão tímido. Só que eu descobri haver algo nele, lá no fundo que eu consigo trazer a tona. Quando eu o provoco muito, ele faz essas coisas. Eu não só aceito isso, como eu quero. Me dá um tesão enorme quando ele faz essas coisas comigo. Quando ele me xinga então? Nossa… são os melhores orgasmos.

— Realmente, vocês parecem meio descontrolados.

— A gente se solta mesmo. O dia a dia às vezes é um porre, sabe? É trânsito, trabalho, é problema de todo o tipo. A gente descarrega isso transando. E eu provoco ele tanto que ele me vira do avesso.

Berenice ri de si mesma contando sobre sua relação com Paulo. Flávia se sentia mais leve, pois, a sua situação, não era nada rara.

— Você acha possível tirar algo assim de dentro do Reginaldo?

— Claro! Todo mundo tem seu próprio tesão. A questão é saber como estimular. Você não pode impor algo muito diferente com alguém de mente mais fechada que ele se assusta. Me diz uma coisa, você faz boquete nele?

Flávia franze a testa.

— Boquete, por ele na boca, chupar…. Nada disso?

Flávia faz que não com a cabeça. A expressão de Berenice se contorce em uma careta.

— Acho que podemos começar por aí.

Berenice voltou para sua caixa de brinquedos sexuais tirando alguns objetos da mesma forma de um pênis, de variadas formas e tamanhos. Mostrou cada exemplar a sua vizinha até ela escolher qual teria o tamanho adequado.

— Eu vou te mostrar uma coisa mas eu preciso que tire o vestido.

Flávia não esperava aquele pedido. Estava experimentando a nudez em casa sozinha e não se imaginava fazendo o mesmo na frente de alguém além do marido. Ficou receosa por um momento, mas logo entendeu aquilo como um desafio, como parte das novas experiências em sua vida. Se despiu, ficando apenas de calcinha e sutiã, e recebeu de Berenice o pênis de borracha e o pedido de segurá-lo na altura da pelve. Tudo era estranho, principalmente Berenice se ajoelhando à sua frente.

— Chupar o pau do seu homem é um gesto bem…submisso. Os homens adoram. Se o fizer assim, ajoelhada, será melhor ainda. Ele pode achar estranho de início, mas quando sentir os seus lábios no pau dele, não vai querer outra coisa.

Flávia ouvia com atenção toda a explicação de Berenice. Sua vizinha explicou como ela mesma gostava de abordar no sexo oral, engolindo a cabeça devagar, dizendo ser importante o contato da glande com os lábios macios. Berenice demonstrou isso na prática, engolindo a cabeça do pau postiço de sua vizinha. Berenice explicou sobre a glande ser mais sensível e sobre isso ser útil em variar os estímulos e deixar o homem louco na sua boca.

— Eu disse ser um gesto submisso, mas são eles os dominados por nós. Você pode torturar ele, fazê-lo se contorcer enquanto é chupado até implorar para gozar, e só fará isso se você permitir.

Flávia olhava até também os movimentos sensuais de Berenice. Percebia pelas expressões o quanto ela se excitava mesmo aquele pau sendo sintético. Sua respiração ofegava ao ver as idas e voltas dos lábios, abraçando a prótese. Sentia algo a mais, pois a cada movimento de Berenice, o pênis roçava em seu clitóris, cada vez mais duro.

— Se quiser demonstrar mais sua vontade, você pode tocar ele. Se o fizer desta posição, pode puxar o corpo dele contra si enquanto engole o pau dele.

Berenice levou as mãos à bunda de Flávia, deslizando-as por dentro da calcinha, apertando suas carnes diretamente na pele. Flávia tinha as mãos lhe apertando e puxando seu quadril para empurrar aquela piroca sintética dentro da boca de Berenice. Fora a primeira vez recebendo um toque tão íntimo de alguém além do esposo.

— Fazer isso nesta posição eu fico excitada. Se eu for sentir um pau de verdade na minha boca, eu fico ainda mais. Você pode se masturbar enquanto chupa também. Dependendo de como estiver, dá para gozar assim.

A calcinha de Berenice desliza, descobrindo seu quadril. A mão se aloja entre as pernas. Berenice geme. Flávia não consegue ver os dedos de sua vizinha, mas imagina eles a acariciando. O seu clitóris quase explode de tão rígido.

— Você é dona dele enquanto estiver fazendo isso. Vai chegar a hora em que ele vai gozar, e provavelmente vai tudo dentro da sua boca. Você pode achar estranho de início, pelo gosto e tal… mas vai se acostumar. Se estiver excitada, então, vai adorar sentir seu homem gozar. Se praticar bastante vai poder controlar o orgasmo e ele só goza se você deixar.

Berenice levantou. Com a calcinha até o meio da coxa, ela alisava o clitóris suavemente.

— Me desculpa ficar assim, mas essa aula me deixou muito molhada.

Berenice esfrega a mão na boceta e levanta, mostrando os dedos melados.

— Eu entendo você.

— Também ficou assim? Me mostra.

Naquele momento, Flávia estava tomada pelo tesão. A demonstração de Berenice fora extremamente erótica e prazerosa, lhe deixando pronta para qualquer obscenidade. Atendeu ao pedido de Berenice sem titubear, enfiando a mão na calcinha e a trazendo de volta, com os dedos melados. Berenice abriu um sorriso malicioso, segurou a mão e chupou o mel em seus dedos. Flavia ofegava, observando aquele gesto provocativo.

Berenice se dirigiu até a cama e lá ficou de quatro, com a bunda totalmente descoberta virada para Flávia.

— Essa brincadeira me deixou com muito tesão. Se você não se importar, eu vou me aliviar aqui.

Estando daquele jeito, Berenice se exibia a Flávia. Era possível ver os dedos abrindo espaço entre os lábios, em um lento vai envolta até entrarem. Flávia, hipnotizada ao observar sua vizinha se tocar em sua frente, afundou a mão em sua calcinha. Seus dedos deslizam fácil nos lábios molhados. Observando Berenice afundar os dedos dentro de si, ela fez o mesmo. Da mesma forma, seguiu sua vizinha quando esta iniciou o balanço de seus quadris. Os gemidos de ambas se tornaram o som dominante no espaço, junto a esfregação úmida dos dedos. Se tocando e olhando Berenice fazer o mesmo naquela posição, Flávia acompanhou o orgasmo de sua vizinha. De pé, o seu corpo tremia até não conseguir mais se manter levantada, apoiou o corpo na parede, descendo ao chão lentamente. Berenice, ainda de quatro, apertava a mão com as coxas até tombar na cama.

Flávia e Berenice se recuperaram do orgasmo se olhando, cada uma jogada em seu canto. Do nada, começaram a rir de si mesmas. A aula tinha sido um sucesso. Restava a Flávia pôr em prática.

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Foto de perfil genéricaTurin TurambarContos: 298Seguidores: 284Seguindo: 116Mensagem Olá, meu nome é Turin Tur, muito prazer. Por aqui eu canalizo as ideias loucas da minha cabeça em contos sensuais. Além destas ideias loucas, as histórias de aqui escrevo são carregadas de minhas próprias fantasias, de histórias de vi ou ouvi falar e podem ser das suas fantasias também. Te convido a ler meus contos, votar e comentar neles. Se quiser ver uma fantasia sua virar um conto, também pode me procurar. contosobscenos@gmail.com linktr.ee/contosobscenos

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