Tentei disfarçar, mas ela mantinha o olhar fixo no meu. Achei que era melhor ser honesto:
- Desculpa! Só queria trazê-la para a cama, mas quando fui ajeitar o seu corpo, aconteceu isso.
Eu me sentia um assediador, um canalha aproveitando de uma mulher que dormia. O sorriso malicioso de Clara me dizia para ir com tudo, mas o meu bom senso me impedia. Ela voltou a ofensiva:
- Você não tem porque se desculpar, apenas aconteceu. Você não respondeu a minha pergunta: gosta do que vê?
Senti meu pau, duro feito rocha, dar um tranco. Uma onda de desejo percorreu todas as terminações nervosas do meu corpo. "Ela realmente está me dando mole ou brincando comigo?" Pensei, sabendo que precisava tomar uma decisão. Resolvi arriscar:
- Como não gostar? Você está linda! Muito mais linda do que quando fui embora.
Clara sorriu e se levantou, sentando ao meu lado em seguida. Ela pegou em minha mão e disse:
- Eu sei que você pensa em Savana. Tudo isso ainda é muito recente. Mas eu não consigo mais esconder os meus sentimentos. Eu quero você, Fê! Desde aquele dia na padaria, eu não consigo parar de pensar em nós dois. Essa semana, estar ao seu lado, foi mágica. Fica comigo essa noite? Sem compromisso, sem cobrança… se depois você não quiser mais, eu prometo deixar você em paz.
A tomei em meus braços e beijei sua boca, dando vazão a todo o desejo que tomava conta do meu corpo. Sentir a entrega de Clara, o quanto ela queria ser minha, me fazia querer ser dela também. O beijo saudoso, que com o tempo foi virando lembrança, e que agora, parecia ser perfeito. Não sei se era a mágoa por Savana ou o sentimento por Clara que renascia, só sei que me senti em casa, senti que os braços de Clara eram a minha verdadeira morada.
Comecei a explorar o corpo de Clara com as mãos, sem parar de beijá-la, sentindo que aquele corpo, antes delgado, agora era voluptuoso, cheio de curvas. Desci beijando seu pescoço, dei uma mordidinha no lóbulo da orelha e ela gemeu:
- Delícia, como eu esperei por isso.
Delicadamente, com a boca, puxei as alças da blusa e beijei cada centímetro do colo dos seios. Sem apoio, a blusinha desceu, revelando de vez os lindos seios, me fazendo admirar, com olhos vidrados, aqueles dois montes ainda tão firmes e belos.
Clara me abraçou mais forte, com uma mão acariciando meu cabelo e forçando minha cabeça contra o corpo dela. Suguei cada seio com igual atenção, sentindo na língua o intumescer dos biquinhos. Com a pontinha da língua, brinquei com eles, ouvindo o quanto Clara desejava aquilo:
- Me faz sua outra vez. Como eu sonhei com esse momento…
Abocanhei o seio esquerdo com voracidade, arrancando gemidos mais altos:
- Ai, Cacete! Não para!
Mamei aqueles seios com desejo, revezando entre eles e sendo puxado para a cama, me enfiando entre as pernas de Clara em um sarro muito gostoso. Suas mãos encontraram meu pau e ela me olhou feliz:
- Nosso garoto cresceu. Que saudade!
Ela me fez virar e com urgência, começou a me livrar das roupas. Arrancou minha camisa e desceu beijando meu peito:
- Que cheiro bom, cheiro de macho.
Deu uma mordida leve em meu mamilo e quando eu tentei protestar, ela jogou o peso do corpo sobre mim:
- Relaxa!
Abriu meu cinto e tirou as calças, me deixando apenas com a cueca. Ela se sentou em meus joelhos e ficou acariciando a rola, por cima do tecido e me olhando com aquela carinha de safada iluminada pela luz fraca que vinha do corredor. Aquele cabelo loiro dava um toque especial, um toque devasso.
Clara brincou com a língua em meu umbigo e depois deu a mesma mordidinha leve no meu pau, que latejou em sua boca. Louco de tesão, eu a puxei para um beijo safado, lascivo, com nossas línguas duelando.
Sua mão entrou por dentro da cueca e começou uma punheta calma, sem que nosso beijo fosse interrompido. Estávamos em um universo paralelo, só nosso, longe de tudo. Um universo de luxúria e prazer. Eu era dela e ela era minha.
Clara mesmo se livrou da calça e da blusa, e se sentou em meu colo. Nos beijamos outra vez, sentindo a intensidade aumentar. Clara, sentada sobre mim, se esfregava gostoso, jogando o quadril para a frente e para trás, esfregando a xoxota protegida pelo fino tecido, já bastante úmido pela sua excitação, como proteção.
Eu não aguentei mais esperar. Levei a mão à sua xaninha e senti o calor. A lubrificação era intensa. Não encontrando resistência, afastei o tecido da calcinha e deixei o pau achar o caminho. Clara acertou o corpo, levantando levemente o quadril e sentou com tudo. Meu pau parecia ter sido feito para estar ali, entrando sem dificuldade e a preenchendo de forma anatômica, perfeita.
- Até que enfim! Fode sua Clara, fode. Me faz sua mulher.
Virei com Clara no colo, sem deixar o pau escapar e a deitei de costas na cama, em um papai-e-mamãe perfeito. Enquanto eu estocava, nossos beijos eram demorados. Soquei forte, fazendo Clara gemer cada vez mais:
- Ah, meu Deus! É você, sempre foi você…
Descolei um pouco o meu corpo do dela, ganhando mais ângulo, ajeitando o quadril e fazendo com que cada estocada fosse uma massagem em seu grelo. Soquei forte, com ritmo, fazendo Clara delirar:
- Puta que pariu! Você está me comendo muito gostoso. Quem é você? Cadê aquele nerd tímido? Fode! Fode a sua putinha que eu vou gozar.
Ciente de que eu estava no auge da minha virilidade, e sentindo o momento chegar, sabendo que eu aguentaria quantas vezes fossem necessárias durante aquela noite, me concentrei em gozar junto com ela. Aumentei a potência das estocadas e senti a boceta contraindo e apertando meu pau. Chegamos juntos:
- Não para! Estou gozando, meu amor! Macho gostoso…
Enquanto gozamos, Clara me apertou em um abraço forte, seu corpo tremia por inteiro. Ela entrelaçou as pernas em minha costas, tentando extrair o máximo de prazer do momento, me fazendo gozar fundo dentro dela.
Por um breve momento, um ínfimo espaço de tempo, Savana me veio à cabeça. Foi inevitável a comparação. Savana e eu tivemos três anos de relação e prática juntos. Era injusto querer que Clara me fizesse sentir como ela fazia. Para um reencontro, um sexo de puro desejo, Clara se mostrou uma amante maravilhosa. Durante aquela noite, ainda a fodi de quatro, de ladinho e para finalizar, debaixo do chuveiro. A cada nova relação, mais ficávamos entrosados e o sexo se tornava muito mais completo. Clara sabia chupar uma pica tão bem quanto Savana. Gemia de forma escandalosa ao ser chupada. Cavalgava a rola como uma amazona profissional e sentia um enorme prazer no sexo anal. Foder aquele cuzinho rosa foi uma das melhores sensações da minha vida.
No meio daquela madrugada, enquanto Clara dormia satisfeita, um sono pesado, comecei a pensar melhor em tudo o que estava acontecendo. Apesar do passado difícil e de algumas situações que eu não concordava, eu começava a enxergar a possibilidade de dar uma chance a ela. Senti muita sinceridade na forma que ela se declarou a mim sem perceber. "Quem nunca passou por um momento ruim na vida? Quantas pessoas podem dizer que nunca desabaram? E o mais importante, quantas conseguiram se recuperar, assim como Clara?" Pensei muito nas respostas para aquelas perguntas. E ainda tinha Miguel, o meu muito provável filho.
Sentindo o sono chegar e me entregando a ele, resolvi que iria deixar as coisas acontecerem naturalmente. Ia me manter próximo a Clara e quem sabe, com o tempo, ela resolvesse ser honesta e revelar a verdade sobre Miguel. Como diz o ditado, apenas um novo amor tem o poder de curar um antigo. Coração partido se cura com uma nova paixão. Adormeci feliz, sentindo Clara vindo buscar abrigo em meu peito.
Sabendo que ela estava comigo, achando que ela estava me ajudando na mudança, os pais de Clara não se importaram dela passar também o domingo. Mais um dia de sexo maravilhoso, intenso, onde só saíamos da cama para comer e tomar banho. Clara e eu estávamos cada vez mais próximos, curtindo um ao outro. Savana começava a se tornar passado, apenas uma lembrança. E nem era uma lembrança totalmente especial, pois as dúvidas sobre seu caráter e sua conduta, começavam a se tornar irrelevantes, problemas que não me diziam respeito mais.
Acordei assustado na manhã seguinte, segunda-feira, com o toque do despertador do celular. A primeira coisa que senti, foi o cheiro de café fresco e alguém cantarolando na cozinha uma música conhecida. Senti o perfume de Clara impregnado no meu corpo. Um cheiro doce, floral. Lembrei da música, pois Clara ouvia repetidamente quando éramos adolescentes:
“Ainda tem o seu perfume pela casa
Ainda tem você na sala
Porque meu coração dispara
Quando tem o seu cheiro dentro de um livro
Dentro da noite veloz…”
Levantei e fiz a minha higiene matinal. Caminhei sorridente até a cozinha e o que encontrei foi uma das cenas mais sensuais que vi na vida: Clara de costas, bailando de um lado para outro aquela música lenta que ela mesmo cantarolava, vestida apenas com uma camiseta minha. A camiseta não era grande, deixando as polpinhas da bunda de fora.
Me encostei no batente da porta, ainda estava com tempo sobrando e fiquei admirando. Vê-la assim, tão alegre, me aquecia o coração e me dava a certeza de que eu estava fazendo o certo ao dar uma nova chance.
Era impossível resistir. Caminhei silenciosamente até ela e a abracei por trás. Clara não se assustou, apenas se virou para mim, colocando um morango na boca e me oferecendo. Beijo de morango para começar bem o dia.
Ela pediu para eu sentar e me serviu o café. Ela realmente caprichou para me agradar. Café fresco, leite, pão francês, requeijão… comemos muito bem, conversando amenidades e sem conseguir parar de nos tocar. Nossas mãos se procuravam, nossos braços se tocavam a todo instante. Clara veio e sentou no meu colo, de frente para mim, já esfregando a xoxota em meu pau que rapidamente começou a responder.
Com uma força de vontade que eu nem sabia que tinha, fui obrigado a recusar seus carinhos:
- Assim você acaba comigo, preciso ir trabalhar.
Ela não se fez de rogada e continuou se esfregando em mim:
- Tá bom! Mas promete que volta para mim? Não sei se consigo ficar sem você de novo.
Juntado todo o resto das minha forças, a tirei de meu colo:
- Eu volto! O que quer fazer? Quer que eu te deixe em casa?
Clara me deu mais um beijo:
- Vai se arrumar. Eu vou dar um jeito na bagunça da casa e depois me viro para ir embora.
Lembrei que o condomínio já fornecia diaristas cadastradas:
- Pode deixar tudo isso aí. Eu tenho uma diarista. Vem, eu te levo em casa.
Nos arrumamos juntos e como eu ainda não sabia onde pegar o ônibus no novo bairro, precisei ir trabalhar de carro aquele dia. Deixando Clara em casa no caminho. Ganhei mais um beijo maravilhoso de despedida.
Começamos a nos ver com frequência e Clara parecia uma nova pessoa. Aquela Clara afoita com bebida não existia mais. Até sua vontade de sair era menor. Sempre preferindo um programa a dois. Uma ida ao cinema, um restaurante, uma lanchonete. Foram dois meses muito bons, onde eu também consegui me aproximar de Miguel e ver o quanto ele era parecido comigo em tudo. Os programas a dois, começaram a se transformar em programas a três. Ao invés de saídas noturnas sozinho com Clara ou encontros com os amigos, íamos ao zoológico com Miguel durante o dia, ou descíamos a serra para visitar o aquário de Ubatuba no fim de semana.
Estar com Clara era tão simples. Ela fazia questão de me contar tudo sobre seu dia. Falava durante horas sem parar, contando cada detalhe de sua rotina. Atendia o telefone sempre ao meu lado, falando sem se importar com a minha presença ou tentando esconder qualquer coisa. Cada dia ao lado dela me dava a certeza de que ela era a escolha perfeita. Seu passado não era um empecilho para o nosso futuro. O que me importava, era a forma que ela agia estando do meu lado. Aquela Clara promíscua, com vício em drogas e bebida não existia mais. A Clara ao meu lado era a companheira ideal. Agia como tal, fazia por merecer a minha confiança e o sentimento forte que eu voltava a ter por ela.
Savana ia se esvaindo do meu coração, eu pensava nela cada dia menos. Em três meses juntos, Clara já era mais presente do que os três anos de Savana. Costumes diferentes é o caralho, quem quer, dá um jeito.
Como tudo na vida é temporário, e aqueles três meses pareciam ter sido um sonho, comecei a sentir Clara muito preocupada. Algo estava diferente. Tentei respeitar o seu espaço, mas eu não era mais apenas um adolescente indo embora. Achei que merecia saber o que estava acontecendo.
Era uma sexta-feira, o meu dia tinha sido bastante corrido e eu não estava com muita paciência. Levamos o Miguel para fazer um lanche e Clara se mantinha pensativa, calada. Deixamos ele na casa de seus pais e eu perguntei se ela viria comigo para casa. Não senti muita convicção, achei que ela estava até bastante aérea. Resolvi me impor:
- Eu não sei o que está acontecendo com você. Há alguns dias senti que você mudou comigo. Por acaso, se arrependeu? Estar comigo não era o que você esperava?
Clara me olhou com os olhos chorosos, lágrimas já escorriam por seu rosto. Ela pediu:
- Me desculpe! Não é nada disso. Podemos conversar no seu apartamento? Eu vou contar o que está acontecendo e você decide o que vai fazer.
Dei partida no carro e acelerei. Tentei acalmá-la no caminho:
- Por que o choro? Eu fiz alguma coisa? Tenho sentido você distante, infeliz. - Clara chorava baixinho, me deixando preocupado.
Cheguei em casa rapidamente, e subi abraçado a ela no elevador, tentando buscar na memória qualquer coisa que eu tenha feito de errado, algo que eu tenha feito para magoá-la, mas eu tinha a certeza de que agi corretamente durante todo os nossos pouco meses de namoro, estávamos indo para o quarto mês.
Entramos no apartamento e Clara me pediu que sentasse. A cada momento eu ficava mais tenso. Ela disse:
- Por favor, ouça tudo o que eu tenho a falar. Sei que é possível que você fique com raiva de mim, mas eu não posso mais esconder isso de você…
Naquele momento, já bastante tenso, eu tentei interromper:
- Eu não estou entendendo. Estávamos bem, você parecia feliz…
Impaciente, e tentando resolver logo, Clara confessou:
- Miguel é seu! Me desculpe por esconder, mas eu achei melhor assim…
Eu não aguentei segurar a risada. Clara me olhava sem entender:
- Você está rindo de que? É sério! Miguel é seu filho.
Eu levantei do sofá, caminhei até ela e a abracei:
- É claro que é meu. Todo mundo sabe disso. Até os seus amigos já confirmaram, mesmo que sem querer.
Clara me encarava com aqueles lindos olhos arregalados. Eu continuei:
- Alice disse isso para Bárbara na choperia e eu ouvi. César confirmou e disse que todos pensam o mesmo. Minha mãe está me cobrando para pressionar você. Meu pai é só sorrisos depois que ficou sabendo da possibilidade. Por que você acha que eu pressionei você daquela vez?
- E por que você não disse nada? - Clara, um pouco mais calma, continuava me encarando.
Eu não tinha porque mentir:
- Achei que você faria no seu tempo. Lhe dei espaço e esperei. Pelo jeito, eu estava certo, já que estamos aqui tendo essa conversa.
Clara se afastou de mim e pareceu ficar ainda mais tensa. Ela andava de um lado para o outro da sala, colocando as mãos na cabeça e criando coragem para me dizer alguma coisa. Tentei encorajá-la:
- Você está brincando, né? Você já soltou a bomba, mesmo que ela tenha sido apenas um estalinho. Por que você continua com essa cara?
- Porque eu estou grávida de novo.
Continua.