ROTEIRO DA BISSEXUALIDADE - PARTE 2

Um conto erótico de Paulinho
Categoria: Homossexual
Contém 931 palavras
Data: 20/10/2022 07:50:21
Última revisão: 31/10/2024 00:15:24

Quando Toni chegou, um ano depois, comparamos. O meu pau estava mais comprido, e algo mais grosso que o dele. Ele acariciou, deu uma chupadinha, e me deixou uma interrogação no cérebro, ao comentar:

— Nunca chupei um assim tão grande.

Em seguida:

— A gente podia se chupar ao mesmo tempo.

O famoso “sessenta e nove”, palavra que não fazia parte de nosso vocabulário.

Posicionados, lado a lado, iniciamos. Eu tinha agora a satisfação de mamar e o prazer de ser mamado. Quando gozei, foi um gozo excepcional. Um orgasmo intenso.

Não demorou muito, ele também gozou em minha boca.

Assim se passaram os dias (e principalmente as noites).

Num domingo, após a ida à igreja, deitamo-nos despidos, como sempre. Mas, alegando sono, ele se deitou de costas para mim, puxando-me para ficarmos de conchinha. Nessa posição, minha mão encontrou seu pau, meu pau encontrou o caminho entre suas nádegas. “Ai... ai... ai...” gemia Toni, baixinho, enquanto minha pica entrava lentamente em seu ânus apertado.

— Tá doendo? — perguntei.

Sua resposta desfez a interrogação em meu cérebro:

— Um pouco... é que eu nunca dei pra um tão grande.

Confesso que fiquei decepcionado. Durante todo aquele tempo, eu me resguardara, refreando a vontade de satisfazer meus desejos com outros (o que seria fácil), e ele...

Era uma traição?

De todo modo, as duas frases que ele proferiu não foram momentos de distração. Sua consciência queria me pôr a par de uma realidade que ele confessou momentos depois. Eu havia gozado (pela primeira vez num cuzinho) e retirado a pica.

— Você não fica com mais ninguém? — começou ele.

— Não.

— Quer dizer que é só quando eu estou aqui? Como você aguenta tanto tempo?

Quanto a ele...

Resumindo seu relato, lá em sua cidade ele frequentava um círculo restrito e discreto de rapazes mais ou menos de sua idade, com os quais ele praticava sexo oral e anal.

— Gostou? — perguntou ele.

Concordei.

— Um cuzinho é um cuzinho — disse ele. — Eu também gosto.

E, por gostar, algumas vezes me tentou a ceder o meu. Alisava a minha bunda, elogiava, esfregava a pica. Mas eu não tinha a mínima vontade de provar.

Eu preferia chupar e ser chupado. Na verdade, gostava mais de chupar.

Por isso, nos dias que se seguiram, antes ou após gozar em seu cuzinho, eu chupava seu pau.

Dias depois, fizemos uma caminhada entre trilhas na mata até um igarapé de águas tranquilas, onde vivemos um pequeno incidente, se assim se pode dizer, que acabou por me levar, algum tempo depois, a um desvio em minha tranquila vida sexual.

A água estava deliciosa. Nadamos, brincamos, juntamente com três adultos, até que, um por um, eles foram se retirando.

A sós, em meio a cantos de pássaros e outros ruídos da mata, eu me sentei numa pedra na parte rasa da fraca correnteza, Toni se postou à minha frente, baixou o calção e eu me pus a chupar seu pau. Foi então que, emergindo da trilha, um dos homens que tinham saído nos flagrou. Era Jonas.

— Tranquilos — disse ele. — Só vim procurar o canivete que acho que caiu do bolso da bermuda. Ah, está aqui. Podem continuar, não vou contar pra ninguém o “nosso” segredo.

Dito isso, sumiu na mata.

Algumas semanas após o término das férias, eu retornava da escola, desanimado pela falta do meu cúmplice sexual, quando, tendo tomado um caminho diferente do usual, deparei Jonas. Vinha suado.

— Você tá triste assim porque o primo foi embora? — disse ele.

Envergonhado, não respondi.

— Se é por isso — continuou —, vem comigo lá em casa, que a tristeza passa.

Cheias de intenções evidentes, as palavras agiram sobre a minha vontade, debilitando-a. Seguindo-o como um cãozinho a seu dono, vi-me no quarto da casa onde ele morava sozinho, cujo principal móvel era uma parede forrada de livros.

— Espera aqui, que vou tomar um banho — disse ele.

“Se o Toni pode, eu também posso”, raciocinava eu por desencargo de consciência, quando Jonas retornou, vestindo apenas uma toalha, que encobria o que eu estava curioso e ansioso para ver.

Nervosismo.

Minhas mãos tremeram quando desenlacei a toalha. Branco e duro, o segundo pênis alheio que eu toquei, segurei, acariciei, logo encontrou a maciez úmida de minha boca.

Foram poucas palavras, nem me lembro delas.

Deitado entre suas pernas na cama desarrumada, chupei com gula. “Como é gostoso...”, dizia ele, contorcendo-se e gemendo. A certa altura, seus gemidos eram tão altos, que ele tapou a boca com um travesseiro. Os gemidos foram abafados. Mas seu corpo continuava remexendo e se contorcendo, na ânsia de um orgasmo que, quando veio, encheu minha boca com o creme odorante do qual eu sentia falta.

Após a primeira vez, Jonas e eu desenvolvemos um relacionamento pautado pela discrição e confiança. Ele era grato a mim pelo prazer que eu lhe proporcionava; eu era grato a ele por satisfazer minha sede de oralidade. Porque o pênis em minha boca não me dava apenas a satisfação psicológica. Além dos sabores, havia o excitante deslizar em meus lábios e uma agradável sensação quando em contato com minha língua.

Dado à leitura, Jonas tinha um conhecimento acima da média. Quando lhe contei o que eu sentia no sexo oral, ele falou de zonas erógenas, que, segundo ele, podem se desenvolver praticamente em qualquer lugar do corpo.

— Cada pessoa é diferente nesse aspecto — explicou ele.

Eu acabara de me deliciar em sua pica, que me fascinava, estávamos deitados lado a lado, na edícula onde ninguém nos incomodava. Ele perguntou:

— Você já deu o cuzinho?

— Não.

— Quer dar pra mim?

Recusei; ele passou a insistir; eu passei a evitá-lo.

CONTINUA

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Este relato foi revisado por Érika. Leia seus livros, assinados por L. Nobling, no link:

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