A superfície macia parecia algodão-doce. Reginaldo permanecia ali, deitado, observando o céu azul acima dele. Estava pleno, não sentia dor, nenhum incômodo, nada naquele momento o incomodava. Não havia problemas, não havia trabalho, nem stress, nem nada. Isso tudo lhe proporciona um perfeito estado de plenitude, porém havia mais sensações e Reginaldo não conseguia identificar. Era estranho por não conseguir identificar, mas era prazeroso. Havia algo quente e ao mesmo tempo úmido. Parecia um corpo, mole o bastante para envolvê- lo e ao mesmo tempo rígido para lhe proporcionar uma certa pressão. Não uma pressão sufocante, mas sim na medida certa para tornar tudo aquilo prazeroso. Tal forma também se movia, seguindo um ritmo lento, se esfregando nele. Por ser úmido, aquilo não lhe machucava. Pelo contrário, lhe proporcionava um prazer imenso. Reginaldo se esforçava para entender quem lhe faria uma coisa daquelas. Foi quando ele abriu os olhos.
Reginaldo acordou deitado em sua cama, com seu short abaixado e seu pau duro, escondido na boca de Flávia. Sua esposa estava de quatro, com a calcinha abaixada e uma mão entre as pernas. Recém-acordado, demorou um tempo para entender tudo à sua frente. Levou tempo para perceber a origem daquela sensação tão prazerosa: a boca de Flávia. Lentamente, passou a gemer, como nunca fizera antes. Não apenas o toque da boca em seu pênis era prazeroso, mas também a visão do corpo de sua mulher. De quatro, ela empinou a bunda deixando seu quadril em evidência. A bunda, a parte do corpo favorita para ser apertada, estava ali, para o alto, se exibindo e ao mesmo tempo longe de seu alcance.
Ainda confuso pela mistura de despertar e prazer, olhou o rosto de Flávia e viu expressões muito estranhas à sua esposa. Mesmo assim, olhar ela fazendo aquilo, daquele jeito, deixava o seu pau ainda mais duro. Os lábios subiam e desciam com carinho, aquecendo e umedecendo sua rola lentamente até ser impossível de segurar. Reginaldo esguichou na boca de Flávia. Ela arregalou os olhos, surpresa, mas aceitou tudo. Ao tirar o pau da boca, foi surpreendida com um último jato, disparado em seu rosto. Reginaldo nunca imaginaria aquela cena, de Flávia com um sorriso extremamente malicioso e o rosto coberto de porra. Sua mulher se levantou e caminhou nua até o banheiro. Reginaldo adormeceu.
Voltando ao quarto, Flávia viu o marido dormindo. Feliz da vida em ter conseguido executar os ensinamentos de Berenice, ela decidiu preparar um café da manhã mais especial para ele ao acordar. Se sentia feliz por dar prazer ao seu homem, sendo aquele o primeiro passo para voos mais altos. Quando o esposo despertou de novo, levou o café em sua cama.
— Dormiu bem, amor?
— Acho que sim, não sei.
— O que foi? Aconteceu algo.
— Não sei, tive um sonho estranho.
— Que tipo de sonho?
— Coisas esquisitas, não sei explicar. Acho que essa piranha gritando no andar de cima fez meu subconsciente pirar. Ela me incomoda muito com a vadiagem dela e isso está perturbando o meu sono.
Flávia estava desolada. Fez tudo para criar uma surpresa agradável e seu marido recebeu tudo como se fosse um pesadelo. Ouvir ele ofender Berenice doía cada vez mais. Não só por ser sua amiga, mas também por se sentir ofendida. — É vadiagem fazer sexo oral no meu marido? — pensou. Se sentia perdida, sem saber para onde ir. Queria apimentar o casamento sem saber como, pois sua melhor tentativa foi um fracasso.
Decidiu recorrer a Berenice mais uma vez. Indo a seu apartamento, foi recebida por Paulo. O rapaz magro com o cabelo baixo e um sorriso tímido a recebeu. Flávia não acreditava naquele homem ser dono dos gemidos ouvidos de seu banheiro. Ele gentilmente a convidou a entrar, lhe ofereceu algo para beber e se dispôs a chamar a esposa no quarto. Tudo com o mínimo de palavras, chegando a dar impressão dele estar com vergonha na própria casa.
Berenice apareceu na porta do quarto, vestindo um shortinho bem curto e uma camiseta. Chamou Flávia para dentro e mandou um recado ao marido para não entrar. Flávia contou a ela sobre como sua surpresa gostosa da manhã fora interpretada como um pesadelo. Foi obrigada a assistir um longo ataque de risos de Berenice. Segundo ela, nem mesmo Paulo, no início do relacionamento, era tão devagar e esse cenário precisaria de uma abordagem um pouco mais radical.
Se seduzir seu homem de forma sutil acordando-o com sexo oral, Berenice entendia ser necessária uma abordagem mais direta. Flávia temia isso, pois nunca contara a Berenice sobre o preconceito de Reginaldo com mulheres mais livres sexualmente. Sempre evitou dizer-lhe como era xingada pelo marido ao ouvi-la. Provavelmente, uma abordagem mais radical a aproximaria da visão dele de "piranha", afastando-o dela ao invés de aproximá-los.
Sem saber exatamente o quão fechada era a mente do seu vizinho, Berenice convenceu Flávia a tirar a roupa em sua frente e ela mesma tirou a sua. As duas mulheres se olharam em frente ao espelho. Sem seus tradicionais olhares maliciosos, Berenice analisava seus corpos com atenção. Flávia mantinha o silêncio enquanto procurava entender o que estaria acontecendo. Se olharam de frente para o espelho e depois de costas. Berenice abriu um sorriso concluído sobre as duas terem o mesmo tamanho. Brincou apalpando a bunda de Flávia, dizendo sobre até mesmo a bunda ser parecida. O calor do toque fez sua respiração mudar de ritmo, provocando a volta dos sorrisos maliciosos de Berenice.
A vizinha de Flávia pegou um conjunto rendado de lingerie preto e deu para ela experimentar. O sutiã realça seus seios enquanto a calcinha deu o mesmo efeito em seus quadris ao dado em Berenice. Suas curvas se evidenciaram, mas o pouco tecido se escondendo entre suas nádegas a incomodou. Berenice disse para relaxar, pois só precisaria usar isso para seduzir o marido e não no dia a dia. Berenice também ofereceu um par de meia e uma cinta liga. Depois disso, lhe emprestou um par de sandálias de salto alto. Flávia vestiu tudo e se olhou no espelho. Nunca se sentiu tão sexy em sua vida. Se virou de costas e ficou impressionada com o próprio corpo, valorizado pela lingerie e o salto alto. Flávia olhou o próprio corpo, admirada e orgulhosa de si e depois percebeu olhares descaradamente desejosos de Berenice. Sua vizinha não se segurou por muito tempo para tocá-la mais uma vez.
— Quem diria. Tem um mulherão debaixo daquela vestidos compridos.
A mão de Berenice apertava as carnes de Flávia sem o menor pudor. Era estranho se tocada ali por outro além do seu marido e mais ainda sendo outra mulher. O mais estranho de tudo era gostar. Berenice percebeu isso na falta de protestos e no sorriso de sua vizinha. Se sentia autorizada a explorar, mesmo um pouco, o corpo de sua amiga. Naquelas carnes fartas ela deu o primeiro tapa.
— Que isso, Berenice!
— Isso é desejo. Você tem um corpo lindo e essa lingerie te deixa ainda mais linda. Seu corpo provoca desejo e isso às vezes se manifesta dessa forma.
— Ai, mas isso ardeu.
— Arder faz parte. O importante é se você gostou.
O rosto de Flávia queima com seu sorriso sem jeito. Não consegue responder e nem mesmo disfarçar. Berenice sorri.
— Não se acanhe. Eu mesma adoro. E olha que o Paulo é magro, mas tem a mão pesada.
As duas riem.
— Flávia, você está muito gostosa. Deixa eu dar mais um?
Não esperava ouvir aquilo de Berenice. Tal frase, além de surpreendentes aumentou sua autoestima, provocando-lhe um sorriso incontrolável. Não precisou dizer mais nada. Berenice deu mais um tapa.
— Está gostando?— provocou Berenice.
Flávia nada disse. Apenas empinou ainda mais o corpo. O tapa seguinte veio mais forte.
— Isso! Tira essa piranha de dentro de você!
Flávia sempre ouvia Reginaldo dizer a palavra "piranha" como ofensa. Pela primeira vez, percebeu em Berenice uma conotação diferente para a palavra. Ela não estava sendo ofendida ali. Pelo contrário, era encorajada a se soltar, se exibir e se divertir com tudo aquilo. A brincadeira de dar tapas na bunda a estimulava, umedecia. Isso era ser piranha? Se sim, Flávia estava gostando. Queria ser piranha o tempo todo.
Berenice interrompeu a deliciosa brincadeira para mostrar alguns vestidos para ela usar. Não tinha nada contra os vestidos longos e o gosto individual em vestir algo confortável, mas se a intenção era balançar o seu marido, precisava valorizar a beleza do próprio corpo. Exibiu alguns vestidos, deixando Flávia ressabiada por todos serem tão curtos. Berenice buscou um meio-termo e procurou um pouco mais longo e deu a Flávia. A peça cobria as pernas até os joelhos, curto para os padrões de Flávia, e comprido para os de Berenice. O decote era discreto, mas ainda sim exibia parte dos seus seios, espremidos entre si pelo sutiã. Todo o vestido era bem justo, entregando todas as formas do seu corpo.
— É estranho. Sinto-me pelada vestindo isso.
— Você se acostumou a ter vergonha do seu corpo. Devia ter orgulho.
— Parece que se eu sair na rua, todos vão olhar para mim.
— E vão mesmo. Mas você não está só sensual. Você está elegante também. Não há nada vulgar na sua roupa. É só a sua beleza chamando a atenção. Você se sente assim porque se acostumou a esconder isso.
— Será que o Reginaldo vai gostar?
— Eu acho que ele vai ter um choque.
— Eu não sei, Berenice.
— Quer fazer um teste?
Berenice rapidamente vestiu sua roupa e levou Flávia para a sala. Sua vizinha estava relutante e precisou ser puxada com alguma força. No outro cômodo, estava Paulo, assistindo televisão.
— Querido, olha a nossa vizinha como está bonita.
Paulo virou o rosto e arregalou os olhos ao ver Flávia tão produzida.
— Nossa está bonita mesmo. Emprestou suas roupas para ela.
— Sim, ela tem o meu tamanho e ficou ótimo nela — Berenice se volta para Flávia— Dá uma viradinha, querida.
Flávia dá uma volta, interrompida para ficar de costas para o vizinho. Exibir o bumbum para outro homem era um tanto constrangedor.
— Olha como ela tem uma bunda linda.
— O vestido e o salto alto ficam ótimos nela.
— Ela está gostosa, não está.
Paulo não diz nada, constrangido. Apesar disso, acena positivamente com a cabeça, aproveitando-se da vizinha estar de costas.
— Acho bom, porque o corpo dela é igual ao meu, se não achasse, você estava ferrado.
Berenice arrancou risos dos dois, deixando o clima leve.
— Paulo, pode nos dar licença? Eu preciso conversar com nossa amiga aqui. Se quiser faça uma visitinha a Mariana. Diz que eu mandei um beijão para ela.
Paulo obedece prontamente, e se despede das duas, deixando as mulheres sozinhas.
— Tadinho, Berenice. Não precisava mandar ele embora.
— Tadinho nada. Não é qualquer homem cuja esposa manda ele ir comer a vizinha.
— Vizinha?
— Isso mesmo, a Mariana daqui do prédio.
— Ele? Quietinho assim? Não acredito.
— Vai acreditando, esses quietinhos são os piores.
— E você aceita?
— Nós abrimos o casamento. Eu tenho fogo demais só para ele. Quando ele ficou mais solto e mais confiante, também começou a ter seus próprios rolos. Cada um tem suas aventuras.
— Acho isso estranho.
— Sim, não é para qualquer um. Até hoje tem funcionado, às vezes ele traz alguma moça para casa e nos divertimos os três.
— Como assim?
— Às vezes nos divertimos a três. Se um dia ficar curiosa, pode vir aqui em casa, pois notei que o Paulo gostou de você.
— Melhor não, é muita novidade para mim.
Flávia respondeu com o rosto ardendo de tão envergonhada.
— Então, você viu como consegue deixar um homem tímido bobo. Vai aceitar meu empréstimo e levar essas roupas.
— Sim, Berenice. Muito obrigada! Flávia relutou e respirou fundo antes de continuar — do jeito que estou, precisaria lavar a calcinha antes de devolver, de qualquer forma.
Berenice riu.
— Eu te entendo, estou igual a você — disse Berenice se abanando — Já tem uma ideia para usar esse vestido?
— Não pensei em nada ainda. Acho que só vou aparecer para ele e ver como ele vai reagir.
Berenice faz uma careta.
— Não sei. Ele pode se assustar. Não deve estar acostumado a ver você tão bem produzida. Você não pode deixar ele pensar, precisa ser a dona da situação.
— Como eu faço isso?
— joga ele em cima desse sofá e monta em cima dele.
— Eu faço aquele oral nele antes?
— Se quiser, pode fazer, mas nem vai precisar. Ele vai ficar de pau duro só de te olhar assim.
Flávia fica pensativa. Era notável a vergonha dela em assumir não ter entendido bem a ideia de sua amiga. Berenice sorri e corre para o quarto voltando com o mesmo pênis postiço do outro dia e pede a Flávia a devolução do vestido. Berenice tira sua roupa colocando o vestido, deixando Flávia apenas com a lingerie.
— Você está no controle das ações. É você quem decide onde e quando vai fazer algo.
Berenice empurra Flávia para o sofá, em seguida montando em cima dela.
— Eu nunca tive essa atitude com ele. Não sei se vai gostar.
Berenice sobre o vestido até a cintura.
— Ele pode ser careta o quanto quiser, mas não vai resistir a você.
Berenice tira o vestido, ficando apenas de calcinha. Rebola no colo de sua vizinha, acariciando o seu rosto.
— Essa posição é ótima para manter o contato visual— Berenice se aproxima da orelha de Flávia.— você pode provocar ele enquanto está em cima. Duvido ele reclamar— Berenice passa a língua pela orelha Flávia, arrepiando sua vizinha. Ao recuar, volta com o sutiã dela na mão. Flávia cobre os seios e Berenice tira as mãos de cima.
Berenice se inclina sobre sua vizinha mais uma vez, agora com seios se espremendo. Os bicos roçavam e o olhar de Berenice hipnotizava Flávia.
— Assim também é ótimo para beijar ele na boca.
Com o rosto de Berenice tão próximo, Flávia se entregou e avançou para um beijo. Berenice recusou, com um sorriso malicioso nos lábios, mostrando a sua aluna, como era possível enlouquecer qualquer pessoa, seja homem ou mulher.
— Segura aqui.— Pediu, Berenice. Flávia segurou o pênis falso como se fosse seu próprio membro.— Nem precisa tirar a calcinha.— Berenice pôs a calcinha de lado e se sentou sobre a piroca postiça. Desceu seu quadril lentamente, engolindo cada centímetro daquela pica sintética. O corpo de Flávia pegava fogo, pois olhava sua vizinha gemer manhosa. Era como ouvia da janela, mas agora era bem perto. Os seios ainda roçavam, mas desta vez pareciam mais quentes, com os bicos mais endurecidos. O gemido longo de Berenice terminou coroado com um morder de lábio sensual, dirigido a Flávia.
Berenice, agora preenchida, se debruçou sobre sua vizinha e rebolou. — Se mexendo assim, você esfrega o grelinho no corpo dele e fica ainda mais gostoso.— Sussurrou Berenice. Flávia tinha a pélvis de sua amiga esfregada contra seu corpo cada vez mais forte. Pressentia o orgasmo chegando, mas Berenice cessou os movimentos.
— Não quero gozar agora, quero foder mais. Lembre-se, aqui você controla o seu gozo, e o dele.
Flávia respirava ofegante, e apenas assentia a cada dica de Berenice. Com o falo postiço enterrado na boceta, sua vizinha rebolava sensualmente no seu colo. Seu corpo esquentava cada vez mais e brotava um sentimento gostoso entre suas pernas. Com quele show de sensualidade sobre seu colo, suas mãos não se contiveram, passeando pelo corpo de Berenice. Das coxas, foram para a cintura, barriga e seios. Berenice se debruçou mais uma vez, oferecendo o seio. Os lábios de Flávia se abriram e sentiram sua maciez. A língua testava a rigidez o bico provocando novos gemidos em Berenice. As mãos seguiam percorrendo o corpo e chegaram a bunda. Com apertões firmes, Flávia provava daquelas carnes fartas até sentir um desejo incontrolável de lhe dar um tapa.
— Isso! Bate na sua piranha!
Berenice provocou e Flávia e recebeu novos tapas. — Bate! Bate, pois ele fará a mesma coisa com você. Flávia batia e apertava a bunda de Berenice com força. Sentiu o rebolado de sua vizinha mais intenso até ela começar a tremer em seu colo. Berenice abraçou Flávia enquanto gemia descontrolada. Flávia retribuiu o abraço, fazendo um carinho em suas costas enquanto ela se recuperava.
Berenice tirou a prótese de dentro de si e deu um selinho carinhoso em Flávia.
— Agora você já sabe o que fazer.