Deu Ruim na Balada Liberal

Um conto erótico de Kamila Teles
Categoria: Heterossexual
Contém 943 palavras
Data: 24/10/2022 20:09:07
Última revisão: 25/10/2022 06:38:01

Início de outubro de 2022.

Pai, vamos fazer algo diferente hoje?

— Safadinha, andou aprendendo posições novas, né?

— Não, doido, vamos num lugar diferente. Vamos à Hot Funs. É uma boate de diversão adulta.

— E o que tem de especial?

— Tem ambiente somente para casais praticarem sexo coletivo, por exemplo; ou ambiente com opções liberais para solteiros; também dispõe de áreas privadas para um casal apenas. Além disso, tem bebidas, música e diversão.

Expliquei resumidamente os detalhes de uma área do meu interesse: ao entrarmos nesse espaço especial, tiramos toda a roupa e deixamos guardada numa ante sala. Só pode entrar nu na sala principal onde todos os casais estão pelados. Podemos interagir ou não com outro casal, ou mais de um, isso durante uns drinks e um papo.

Caso pinte um clima a ponto de deixarmos rolar um lance em grupo, será como faço em nossa massagem erótica: conversamos sobre o que pode ou não pode fazer.

Mas também podemos curtir o lugar, bebendo e batendo papo sem intimidades com os demais. Transamos só nós dois, mas será sob os olhares de todos.

— O que acha?

— Achei show, onde é?

— Em Moema.

— Bora lá, então?

— Demorô!

Ele nem perguntou quanto ficaria a brincadeira, dinheiro não era mais o problema principal. Depois que nossa empresa de massagens para casais (a Sex4Couples) pegou no breu, trocamos a cidra pelo champanhe.

Confesso ser tão promíscua quanto o meu pai. Não sei quantas vezes forcei nossa transa, às escondidas, em casa ou na casa dos outros, em estacionamentos ou em nossa garagem, na praia ou no parque, nem sempre tendo o cuidado de não sermos vistos por mamãe ou outro qualquer.

A sugestão de irmos à boate foi por conta de um comentário que ouvi a respeito em meu último encontro para "massagens". Pode ser divertido, pensei, e pesquisei.

Chegamos ao local. Minutos depois ficamos pelados e entramos em uma sala agradável, pouquíssima luz em um ambiente super sensual, com pessoas descontraídas. Porém, não era bem o tipo físico que eu esperava encontrar. Suponho que nem o papai.

Durante os goles em nossos drinks, proseamos com alguns dos casais presentes. Papai e eu havíamos concordado em recusar todos os convites, para satisfazer nosso desejo sexual somente a dois. Não é porque não havia nenhum casal interessante, foi por uma questão de química, não rolou o "feeling" necessário para uma transa em grupo.

Escolhemos um canto com um tipo de sofá no formato ¼ de círculo. Parecia desconfortável, mas a excitação de ser possuída pelo homem que foi sempre a minha paixão, sendo observada por um público que aparentemente nos desejava, foi combustível para minha fogueira.

As preliminares foram mutuamente intensas. Senti-me uma fera gulosa devorando seu pau em público. Papai parecia delirar com seu membro fodendo minha boca enfiando praticamente até as bolas.

Invertemos a posição, e fui muito puta gemendo exagerado quando gozei com sua língua atingindo seguidamente meu ponto G. Só papai conseguia fazer aquilo, e só com ele expelia litros de líquido de gozo.

Na sua pegada, comigo de quatro, foi algo surreal. Enquanto permanecia de olhos fechados curtindo o prazer de sentir seu membro deslizando suave e preenchendo todo o meu espaço interior, ouvia sussurros e gemidos muito próximos. Quando iniciou as estocadas, abri os olhos e vi dois casais assistindo de pertinho e se masturbando. Deus! Foi muito louco, aquilo me deixou alucinada de tesão e senti-me como uma estrela de filme pornô. Papai bombava gostoso, seu prazer refletia em mim em dobro.

Seu Flávio não segurou a emoção, teria que tirar antes, mas entusiasmado com a plateia, ejaculou tudo que NÃO tinha direito, tudinho dentro de mim. Óbvio que na hora também fui na onda e só fiz mexer e gemer feito uma devassa despudorada. Recebemos até aplausos de incentivo para continuarmos.

Durante nosso retorno, nos divertimos comentando a respeito do ponto de vista de cada um sobre o ocorrido minutos antes. Combinamos que voltaríamos ao local muito em breve.

A propósito: lá conseguimos alguns clientes para o nosso negócio.

Três semanas depois:

Acabara de acordar e já fiquei atormentada; era minha segunda semana de atraso menstrual. Fiz o teste de farmácia e deu positivo.

Liguei para o seu Flávio para compartilhar as más notícias:

— Pai?

— Oi, filha! O que manda, meu anjo?

— Tenho três novidades pra você.

— Espero que sejam boas.

— Uma boa, uma ruim e uma muito ruim.

— Jesus! Já estou com medo.

— Então, você vai ser avô. Estou grávida.

— Caralho! Você ainda é muito nova pra isso, filha. E Justo agora que nosso negócio está bombando? Isso é péssimo.

— Essa, era a notícia boa, ser vovô é legal.

— Não penso assim e imagino que sua mãe também não.

— Ela não sabe ainda. — A outra novidade é que a pensão vai aumentar.

— Puta que pariu! Mal estou conseguindo pagar a atual. Essa aí é o caos.

— Não, esta é só ruim. A muito ruim é que você me comeu sem camisinha naquela balada na Hot Funs. Ejaculou dentro até enjoar. — Lembra, seu Flávio?

— Pô, Nicole! Você não tomou a pílula que compramos?

— Tomei, mas suponho que falhou. Estou com quinze dias de atraso e foi com você a minha última relação desprotegida. Resumindo, você vai ser papai e vovô ao mesmo tempo.

— Vai tomá no cu! — Esse palavrão foi a sua reação de desespero, porém, o som do "cu" chegou bem fraquinho, como se ele estivesse distante do aparelho. De imediato ouvi algo batendo e se quebrando. Depois só restou o silêncio.

Papai deve ter espatifado seu celular jogando o bagulho contra a parede.

Fim… por enquanto.

Agradeço a atenção de todos vocês!

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Foto de perfil de KamilaTelesKamilaTelesContos: 174Seguidores: 112Seguindo: 0Mensagem É prazeroso ter você aqui, a sua presença é o mais importante e será sempre muito bem-vinda. Meu nome é Kamila, e para os mais próximos apenas Mila, 26 anos. Sobrevivi a uma relação complicada e vivo cada dia como se fosse o último e sem ficar pensando no futuro, apesar de ter alguns sonhos. Mais de duas décadas de emoções com recordações boas e ruins vividas em períodos de ebulição em quase sua totalidade, visto que pessoas passaram por minha vida causando estragos e tiveram papéis marcantes como antagonistas: meu pai e meu padrasto, por exemplo. Travei com eles batalhas de paixão e de ódio onde não houve vencedores e nem vencidos. Fiz coisas que hoje eu não faria e arrependo-me de algumas delas. Trago em minhas lembranças, primeiramente os momentos de curtição, já os dissabores serviram como aprendizado e de maneira alguma considero-me uma vítima, pois desde cedo tinha a consciência de que não era um anjo e entrei no jogo porque quis e já conhecendo as regras. Algumas outras pessoas estiveram envolvidas em minha vida nos últimos anos, e tiveram um maior ou menor grau de relevância ensinando-me as artimanhas de uma relação a dois e a portar-me como uma dama, contudo, sem exigirem que perdesse o meu lado moleca e a minha irreverência. Então gente, é isso aí, vivi anos agitados da puberdade até agora, não lembro de nenhum período de calmaria que possa ser considerado como significativo. Bola pra frente que ainda há muito que viver.

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