***CAPÍTULO QUINZE***
Chegamos à casa da mãe de Gabriel.
— Fiquem atentos — ordena. — E minha irmã?
— Já está na casa, senhor — responde. É aquele mesmo segurança, acho que o nome é Dennis.
Gabriel solta o ar aliviado.
— Ok.
Por que ele nunca agradece? Me irrita um pouco essa falta de educação.
— Obrigado — digo, assim que o segurança se vira para sair. Não acho justo que vá embora sem ouvir o meu agradecimento. Depois de tudo o que fez para nos proteger, ele merece um pouquinho de cordialidade.
— Estou às ordens, senhor.
Abro um leve sorriso para ele.
Gabriel me olha feio, porém não diz nada, apenas me conduz para dentro. Ele parece tenso, entretanto, assim que entramos na casa, relaxa um pouco.
— Está com fome? — Seu tom de voz ainda é frio, só que seu olhar permanece em chamas.
Estou morrendo de fome, talvez eu não consiga comer nada, não com essa agitação toda no meu estômago.
— Não.
— Beber? — Parece nervoso.
— Água... Gelada.
Ele me serve o copo com água e bebe um também.
— Aconteceu alguma coisa? — pergunto, porque não suporto mais o silêncio nem seus olhares furtivos.
Ele me encara, com aqueles olhos escuros, uma mistura de desejo e raiva. Gabriel se aproxima em passos lentos e precisos.
— Você não pode ser legal demais com meus seguranças, está passando por cima de mim e não quero punir você por isso, nem mesmo punir os meus seguranças. Posso dizer que com eles serei um pouco pior — sussurra no meu ouvido.
Apesar das palavras duras, meu corpo corresponde de outra forma. Principalmente quando agarra a minha cintura e me aperta contra seu peito.
— Só achei que devia agradecer, ele nos salvou. — Tento explicar, mesmo com a voz falhando um pouco.
— Pago eles para isso, e são muito bem pagos. Quem te salvou fui eu, eles só fizeram o trabalho deles. — Ele cheira meu pescoço e deposita beijos abaixo da minha orelha, me arrancando suspiros. — Estamos entendidos?
— Sim. — Gemo em resposta.
Ele me solta e se afasta, indo para as escadas. Sigo-o da melhor forma que posso para não cair. Minhas pernas tremem tanto, assim como meu corpo. Que droga!
Preciso redobrar a atenção para subir degrau por degrau.
Quando fecho a porta do quarto, meu cérebro dá pane, não envia mais comandos ao meu corpo, ele agora enraíza meus pés no lugar.
O quarto parece pequeno demais, seu cheiro está sufocante, e um desejo se apossa do meu corpo, que ainda treme que nem vara verde.
Como vou fazer isso?
— Por que está parado aí? — Gabriel pergunta, se jogando na cama.
Engulo em seco.
Mal consigo respirar, muito menos parar de olhar para ele. Qual é o meu problema? Não deve ser tão ruim.
Ele é o Gabriel Miller, não é gentil nem piedoso, meu subconsciente me lembra, me fazendo suar frio.
Estou com medo? Não. Ansioso? Um pouco. Eu quero isso? Sim, muito.
Então por que estou travado no lugar?
Merda, Samuel, pare de ser covarde, meu “demoniozinho” me dá uma força.
Tomo coragem e caminho pelo quarto, indo em direção a ele. Gabriel senta na cama me encarando.
— O que está fazendo? — Sem responder nada, tiro a roupa toda. — Porra, anjo...
Gabriel fica em pé, se elevando sobre mim, abrindo ligeiramente a boca. Coloca a mão no meu ombro e escorrega pelo meu braço, queimando a minha pele até os ossos.
— Tire a camisa — peço, querendo tocar sua pele como ele toca a minha.
Ele tira, deixando o peito à mostra e, ainda com a calça de cintura baixa, revela um caminho de pelos para baixo.
Santo inferno! Gabriel é completamente lindo, a personificação masculina.
Seus olhos negros se dilatam quando passo minhas mãos por seu peito e, sem conseguir tirar os olhos dos dele, escorrego as mãos por sua barriga. Ele fecha os olhos e ofega. Quando os abre, vejo fogo puro, ousadia e desejo.
Ele coloca as duas mãos em cada lado do meu quadril, subindo lentamente até a minha cintura.
— Você é extremamente lindo. — Me puxa para ele, fazendo meus seios tocarem seu peito, pele com pele. — O que você quer, anjo?
Um desejo intenso se aglomera entre as minhas pernas. Eu gemo.
Gabriel me olha tão seguro de si que me derreto por dentro.
— Me beije. — As palavras mal saem, e ele já está me beijando.
Com sua mão esquerda, me segura pela cintura; a outra, ele sobe me tocando. Meus mamilos ficam sensíveis ao toque, ao seu aperto, causando em mim sensações incríveis.
Como isso é possível?
Sua boca se solta da minha e começa a me torturar com beijos e lambidas, descendo pelo queixo, lentamente pelo pescoço, mordiscando o meu ombro.
Ele se afasta apenas para me olhar e, sob seu olhar diligente, viro uma tocha de fogo, derretendo tudo por dentro. Minhas entranhas se entrelaçam com a outra.
— Eu te quero tanto, Samuel, que sinto que vou explodir a qualquer momento. — Sua ereção pulsa na minha barriga. — Quero beijar seu corpo todo.
No meu mais profundo ser, sinto que vou gostar de cada beijo. Me contorço, tentando diminuir o aperto dolorido no meu pau. Desejo-o com loucura, volúpia, intensidade. Quero esse homem mais do que qualquer coisa que já quis na vida.
— Gabriel. — Fecho os olhos e imploro.
— Diga o que quer, anjo, que te darei com maior prazer.
Se não estivesse me segurando, cairia aos seus pés igual a uma fruta madura.
— Quero você. — Gemo.
— Não sabe como desejei ouvir isso, desde que te vi pela primeira vez.
Oh, Céus! Ele me deseja tanto quanto eu o desejo.
Se inclina para mim e beija o meu pescoço enquanto jogo a cabeça para trás, gemendo seu nome. Seus lábios descem até meus mamilos, escolhendo um deles para tomar em sua boca.
Ah, como isso é bom!
— Delicioso — sussurra em minha pele.
Descendo, distribui beijos na minha barriga. Ele se abaixa.
— Caralho, como você é maravilhoso.
Não me sinto mais com vergonha, me sinto quente, com o desejo fervendo todo o meu sangue, me deixando ligeiramente tonta.
Ele beija a minha coxa.
Óh, pelos deuses. O que ele vai fazer? Gabriel se levanta e me conduz até a cama. Me deita de barriga pra baixo e observa por um momento.
— Está tudo bem?
Assinto, nem se eu tentasse conseguiria falar agora.
— Se empine para mim, anjo — pede, levantando meu quadril e se colocando entre minha bunda. — Você é gostoso demais, não estou mais aguentando apenas te olhar, preciso provar o seu sabor.
Tento abaixar a bunda para aplacar o prazer que me envolve, que me dilacera por dentro e se aglomera tudo em um só lugar, mas ele não deixa.
Mais uma vez se inclina e beija minhas nádegas, me segurando, me apertando, me torturando. Ele segue até o meu cuzinho e, quando sinto sua língua me tocar, gemo alto e me empino para ele.
Santa Mãe! Como não fiz isso antes? Se soubesse qual era o prazer, jamais teria esperado tanto.
— Tão doce — sussurra, enquanto me contorço em suas mãos e língua. Quando volta a me dedar, no meu ponto sensível, me agarro à colcha da cama, sentindo o prazer se acumular, como no beco escuro, só que muito mais intenso.
— Por favor, Gabriel, Ah... — Minhas palavras não saem nada coerentes.
— Calma, anjo, ainda não. — Ele sobe beijando minhas costas.
Ele se ajoelha na cama, olho para ele, o cabelo desgrenhado o deixa sexy; porém, o movimento que ele faz de abrir o botão e descer o zíper do jeans é duas vezes, talvez três vezes mais sexy e perfeito.
Porra, ele sabe como seduzir um homem com apenas um ato simples de abrir a calça.
Gabriel fica em pé do lado da cama e desliza a calça pelas pernas. Ficando apenas com uma cueca Box acinzentada. Parece um daqueles modelos de revista. Muito melhor que aqueles modelos pra falar a verdade...
Olho para o volume enorme em sua cueca e todo sangue some do meu corpo.
Pela Santa Mãe de Misericórdia! Ele vai me matar, não vai dar certo.
— Não fique com medo, anjo. Se achar que devo parar, eu paro, é só me pedir, mesmo que isso me mate depois. Eu paro.
À merda que vou parar agora, já fui longe demais, ele me fez sentir demais.
Concordo com um aceno de cabeça, vendo seu sorriso malicioso se abrir nos lábios.
Gabriel tira a cueca e volta para cama, se colocando atrás de mim. Eu não consigo tirar os olhos da sua ereção enorme.
Um pensamento vem em minha mente: isso não pode caber dentro de mim. Mesmo assim, me contorço de prazer, apertando mais as minhas mãos na colcha macia.
Ele deita em cima do meu corpo sem soltar o peso, sinto seu comprimento tocar minha bunda.
Uma das suas mãos desliza entre meu peito, descendo pela barriga e parando mais uma vez no meu pau. Começa um movimento tortuoso, me enlouquecendo, fazendo meu quadril ganhar vida própria. Ele me olha, vendo as minhas expressões de prazer.
— Está tão pronto pra mim, anjo, tão duro e apertado.
Como ele consegue dizer essas coisas e causar uma avalanche de sensações em meu corpo?
Ele enfia dois dedos dentro do meu cuzinho.
Eu me retraio sentindo um pouco de dor, mas uma dor deliciosa. Os movimentos circulares continuam pressionando, estou me sentindo perto de novo. Ele tira os dedos e eu choramingo, gemendo seu nome. Logo a pressão volta, mas agora está usando a ponta do seu membro, extremamente rígido.
— Porra, Samuel! — Geme, ainda se esfregando em mim. — Isso, anjo, goza pra mim. — Ele aumenta a pressão e a velocidade no meu pau, chego a me curvar com as fortes sensações que me atingem, feito uma bola de canhão. Meu corpo começa a convulsionar, ele cobre a minha boca com a mão para abafar meus gritos. Explodo em mil pedaços, como se meus sentidos sumissem por um momento. Vou e volto do céu, praticamente vendo estrelas. Imediatamente me sinto cansado, mole, nem consigo me mexer.
Gabriel tira a mão e me beija, um beijo avassalador, destruindo qualquer barreira que impedia de me entregar a ele.
Meu Deus! Ele sabe o que faz. E, com o beijo, meu corpo volta à ativa. Como ainda estou inteiro, pronto para mais? Não tem explicação.
Minha respiração é irregular, fora do contexto, mal posso manter o beijo intacto, preciso de ar. Mais uma vez sinto seus dedos me penetrarem, lentamente, num movimento de vai e vem.
Ergo a bunda buscando por mais.
— Deus, Samuel, não sabe como eu te quero — Ele grunhe se endireitando, me olhando estirado na cama enquanto rasga um pacotinho prateado, o qual nem sei de onde tirou, e desliza a camisinha em seu pau pulsante. Pega um vidro de uma coisa que parece um gel e passar em seu pau e na minha bunda.
— Gabriel... — imploro, já não aguentando a espera.
Ele se ajeita entre minhas nádegas e coloca seu pau na entrada, e me olha.
— Se eu continuar, não terá mais volta. Tem certeza disso, anjo?
Sinto que ele não queria me fazer essa pergunta, posso ver em seus olhos o quanto está me implorando para aceitá-lo.
— Por favor, Gabriel! Por favor!
Vou ao encontro dele, sentindo seu membro entrar mais em mim; agora é a sua vez de gemer.
— Ah, caralho, não sei se vou... Eu... Minha nossa!
Continua devagar, me fazendo gemer de dor, quase implorando para parar, Gabriel pisca algumas vezes, buscando concentração.
— Vou ter que ser bruto, anjo. — Ele fala de uma forma perigosa que quase me faz ter outro orgasmo.
Concordo com a cabeça, esperando a dor chegar.
Ele abre aquele sorriso diabólico e envolve a minha cintura com um braço, me sustentando. Vejo seus músculos aumentarem, junto com meu prazer. Com a outra mão, cobre a minha boca — não protesto. Melhor não acordar a casa inteira.
Gabriel faz um movimento forte, entrando em mim.
Solto um grito de dor, que é abafado pela sua mão, e me seguro a ele, ofegante. Nem me mexo. É tudo tão intenso, resistente. Quase imploro para ele sair de cima de mim, só não faço isso porque tenho um bom motivo: se ele se mexer, eu choro.
— Oh, caralho! — Gabriel xinga, controlando sua respiração irregular. — É tão apertado. — Ele mal consegue falar. — Você está bem?
— Sim. — Minto, porque não sei como desfazer isso nesse momento, porém, a sensação de tê-lo inteiramente dentro de mim é deliciosa.
Depois de um tempo, ele começa a se mover devagar, saindo e entrando. A dor é boa, o prazer começa a circular meu corpo novamente. As sensações dele dentro de mim vão aumentando, como o seu ritmo. A dor diminui, estimulando meu quadril a se mexer ao encontro dele.
É doloroso, mas de um jeito prazeroso.
— Ah, Gabriel!
— Quer mais? — Ele aumenta a velocidade, entrando e saindo com mais força — Gosta assim? — Investe mais forte. Grito, e ele cobre a minha boca com a dele em um beijo totalmente devastador. Estou tremendo, meu corpo arqueia contra o seu. Sinto toda aquela sensação se aglomerar novamente, escorrendo como lava pelas minhas costas, parando no meu ventre, me fazendo entrar em combustão. — Puta que pariu... — diz ele, aumentando os movimentos bruscamente, tornando-os irregulares.
Solto gemidos abafados por seus lábios e balbucio palavras sem compreensão. Os movimentos são profundos, até seu corpo começa a tremer.
É a sua vez de gemer em meus lábios.
Ele relaxa, soltando o peso sobre meu corpo e enterrando a cabeça em meu pescoço, tentando acalmar a respiração.
— Porra... Samuel... — Ele mal consegue dizer as palavras.
Ele rola ao meu lado, ainda ofegando. Estou esgotado, com o corpo pesado e bastante sonolento.
Assim que viro e me encaixo em seus braços, adormeço.
**********
Acordo com a luz entrando pela janela do quarto.
Na tentativa de espreguiçar, me sinto dolorido, e os acontecimentos da noite anterior voltam à minha mente.
Gabriel me tocando com carinho, desejando meu corpo para ele, me possuindo de uma forma que nunca imaginei. Sinto-me bem, tranquilo e relaxado.
Viro para o lado, e a cama está vazia.
Para onde ele foi?
Ouço o barulho da porta, e automaticamente puxo os lençóis para cobrir o meu corpo nu.
— Bom dia! — Isabel se joga na cama. — Está sem roupa? Isso é um bom sinal — admite, rindo e tentando puxar o lençol, mas seguro firme.
— O que faz aqui, Isabel?
— Nossa, pegou a doença do meu irmão? — Revira os olhos e sorri. — Anda, me conte. Como foi?
— Ah! — suspiro, me jogando no travesseiro. — Foi perfeito, sensacional. Gabriel é...
— Chega! Não quero ouvir o restante, senão vou vomitar. — Ela faz cara de nojo e se senta.
— Então me fale sobre a sua noite. Sei que saiu acompanhada. — Bato com o travesseiro nela.
— Ai! — Ela dá aquele gritinho de felicidade. — Nem te conto, o cara é uma fera na cama, me fez ver estrelas com orgasmos múltiplos.
— Uau — digo envergonhado, sei bem o que ela está sentindo. — Mas não dormiu com ele?
Sei que não, mas quero entendê-la melhor.
— Não durmo fora, gosto de estar aqui quando minha filha acorda. — Assinto. — Mas me diz uma coisa: meu irmão é tudo isso mesmo que dizem?
— Você disse que não queria saber.
— Ai, Samuel, anda, desembucha logo.
Ela é louca.
Ficamos conversando por um bom tempo até que me deixou tomar um banho e colocar uma roupa.
Onde está o Gabriel?