Domingo, 13h. Acordei com muita dor de cabeça, e a casa estava um inteiro silêncio. Eu levantei e fui ao banheiro pra fazer a minha higiene matinal, e aproveitar pra tomar um banho. Pensei muito no que fazer, no que falar, mas era difícil a minha situação. Qualquer saída que eu pudesse imaginar, parecia quase impossível.
Depois do banho, eu precisava entrar no quarto, pra pegar roupas, mas a porta estava fechada. Abri a porta, sem fazer barulho e vi Armando na cama, com Sara e Regina, abraçadas a ele, uma em cada lado. Abri o armário pra pegar uma roupa, mas estava meio perdida ainda, e a visão de minhas filhas com meu marido deitados ali quietos e em paz, estava me deixando anestesiada, sendo que eu sabia que quando eles acordassem, seria o inferno.
Decidi sair dali e fui até o quarto da Sara. Além de não incomodar minha família, pensei numa forma de quebrar o gelo. Comecei a mexer no armário dela e escolhi uma roupa que desse em mim. Era difícil, pois apesar de embaixo termos o corpo similar, devido a academia eu tinha um pouco mais de quadril, e por causa do silicone eu tinha mais peito. Escolhi um short bem molinho de ficar em casa que nela fica um pouquinho largo, mas em mim ficou bem justo, destacando a minha bunda. E em cima escolhi uma camisa branca de algodão que em mim ficou quase babylook.
Fui até a cozinha fazer o café da manhã, e fiz questão de preparar a mesa. Espremi laranja, cortei abacaxi, mamão, fiz torradas, peguei polenguinho que elas adoram, e comecei a fazer misto quente, que Armando tanto adora. Fui até o quarto abrir a porta, pro cheiro invadir o ambiente e fiz um barulho na maçaneta pra acelerar o processo.
Peguei o celular, e o grupo estava em silêncio. Mandei a seguinte mensagem.
Grazi - Estão todas vivas?
Paty - Grazi, você está bem?
Fabi - Meu Deus, Grazi, que loucura!
Kelly - Estou aqui aflita por você, querendo saber como você está, mas não quis te chamar, pois não sabia como estavam as coisas…
Grazi - Acho que meu casamento acabou. Armando está muito magoado e com ódio de mim. Ainda nem conversamos. Ele foi encher a cara depois da festa e acho que até em puteiro ele foi.
Kelly - Sinto muito, amiga!
Fabi - Pior, vocês não sabem, aqui em casa também as coisas ficaram estranhas. Vocês se lembram quando a Kelly me enviou a foto do Abel quando era criança tomando banho?
Grazi - Lembro. Eu até falei, olha esse pintinho pequenininho!
Fabi - Pois é, o Gabriel acha que eu mostrei uma foto dele pelado pra vocês. Ainda mais porque vocês ficaram olhando pra ele…
Paty - Foi mal...mas é que você comentou naquele dia e quando falaram pintinho, eu lembrei da conversa e olhei pra ele. Eu já estava meio alterada também…
Kelly - Todas estávamos…inclusive a Paty suspeita que tinha maconha naquele brownie.
Grazi - O que?
Paty - Isso. Eu não tenho certeza, porque nunca comi, mas eu fumei muito, e o cheiro era muito parecido. Na hora não me liguei, porque ouvi dizer que quando ingerida leva mais tempo pra fazer o efeito, mas a intensidade pode ser maior, ainda mais bebendo do jeito que a gente tava.
Coringa - Boa tarde, damas! Festão ontem! Foi muito bom! Valeu cada centavo gasto!
Grazi - Você destruiu a minha vida!
Coringa - Não, Grazi. Eu só arranhei a sua imagem e mostrei a todos quem você realmente é. Nem cheguei perto de te destruir, mas eu confesso que exagerei um pouco. Se vocês tivessem entendido o quão importante é seguir as minhas regras, penalidades poderiam ter sido evitadas.
Fabi - Mas nós seguimos todas as regras!
Coringa - Vocês se recusaram a jogar o jogo que eu preparei. Bastava não ter entrado no salão, e seria desclassificada, indo direto para a prenda. Sinto muito que suas filhas tenham presenciado aquilo. Não gosto de envolver pessoas inocentes.
Grazi - Você tem muita sorte em se esconder atrás de uma vídeo-chamada e modificador de voz.
Coringa - Grazi, eu vou relevar suas palavras, porque sei que você teve uma noite péssima, e quase não dormiu.
Kelly - Você vai pagar caro por isso!
Coringa - Pelo que, Kelly? Você adorou a festa. Fiquei sabendo até que teve uma rapidinha com um dos garçons.
Kelly - Como foi que…
Coringa - Eu tenho olhos e ouvidos em todos os lugares.
Grazi - Não pode ser…
Coringa - Acho que agora vocês entenderam a gravidade da situação.
Fabi - Por quê você está fazendo isso com a gente? Nós nunca fizemos mal a ninguém.
Coringa - Tem certeza disso? Acho difícil acreditar. Pensem em cada homem que vocês traíram, esnobaram, ou tiraram proveito de alguma forma. Pensem em cada mulher que vocês hostilizaram, fofocaram, ou coisa pior. Quanta dor vocês causaram? Quantas pessoas vocês trataram como lixo? Quantas pessoas foram ofendidas por vocês, simplesmente pra mostrar que vocês são superiores a ela?
Kelly - Isso é um absurdo sem tamanho!
Paty - Quem é você pra nos julgar? Ninguém é perfeito.
Coringa - Eu sou uma pessoa que teve uma infância difícil. Tive que fazer coisas para sobreviver. Coisas que eu nunca vou esquecer. Sabem o que é ter pesadelo quase todos os dias? Sabem o que é não ter uma família? Eu não tive ninguém pra me proteger de pessoas malvadas e perversas, enquanto vocês têm tudo do bom e do melhor. E mesmo se não tivessem, ainda teriam uma família, um marido que ama, filho e filhas que amam e uma casa feliz. Um verdadeiro lar. Todas vocês têm isso, e não dão valor, e eu não tenho nada. Como eu queria dar um abraço nos meus pais, mas infelizmente estão mortos. Minha família morreu por causa de uma irresponsabilidade cometida por pessoas que levam uma aventura ao extremo. Enfim, me desculpem o desabafo, mas ouvir que vocês nunca fizeram mal, foi a gota d'água. Eu ia pegar leve com vocês, mas mudei de idéia. Todas terão que pagar a prenda, e isso vai mudar a vida de vocês, mas Grazi, eu realmente quero pedir desculpas pelas suas filhas, e irei te mandar uma ajuda daqui a pouco, mas saibam que a partir de amanhã, é bom seguir as minhas regras. Adeus damas!
Grazi - Eu vou agitar as coisas aqui. Regina já se levantou pra ir ao banheiro. Depois eu conto.
Kelly - Amanhã temos que ir à praia. Um banho de mar pra lavar a alma. Combinado?
Paty - OK
Fabi - OK
Grazi - Eu ainda não sei, mas vou tentar.
Larguei o celular, e fiquei esperando na sala a minha família pra tomar o café da manhã, que já era um almoço pela hora. Regina foi a primeira a chegar.
Regina - Mãe, por quê você fez aquilo?
Grazi - Boa tarde, filha!
Regina - Boa tarde, mãe! Por que você fez aquilo?
Grazi - Mais tarde eu falo! Posso ganhar um abraço?
Regina veio e se sentou ao meu lado. Ela estava com a cara emburrada, mas me deu um abraço.
Grazi - Obrigado, filha. Saiba que o que acontecer, eu te amo, tá?
Regina - Vocês vão se separar?
Grazi - Não sei, filha! Seu pai ficou muito magoado comigo.
Escutei barulhos pela casa, e pela respiração era o meu marido. Tenho que me controlar, e deixar ele botar pra fora.
Armando - Regina, sua traidora! Já está do lado inimigo, né?
Grazi - Ela está abraçando a mãe dela!
Sara - Cheguei a tempo do barraco…
Grazi - Não vai ter barraco nenhum! Seremos civilizados.
Armando - Grazi, o que você tem a dizer?
Grazi - Não seria melhor termos essa conversa sem elas?
Sara - Nada disso!
Regina - É isso mesmo! Nada disso!
Grazi - Pelo visto eu serei executada em praça pública por todos! Será que tenho direito a uma última refeição?
Falei de forma meio debochada, e Regina deu um sorriso. Me levantei e fui até a cozinha.
Sara - Mãe, agora que eu vi! Sacanagem você usar minha roupa. Tá alargando minha camisa, e o short parece que vai explodir!
Regina - Vou te chamar de irmãzona agora hahahaha
Na cozinha, Sara chegou do meu lado e disse que eu era muito esperta.
Grazi - Por que?
Sara - Botou a minha roupa pra provocar o papai, né?
Grazi - Não quis acordar vocês. Foi só por isso.
Comecei a fazer misto quente, com polenguinho, queijo e presunto pras minhas filhas. Pro Armando eu fiz com manteiga, queijo e presunto. E eu fiquei só na torrada, sem nada. Estávamos todos comendo, e ninguém falava nada. Percebi alguns olhares do meu marido pra mim, mas fiquei na minha. Terminamos de comer e fui lavar a louça, as meninas foram pra sala e ligaram a TV, e Armando foi levando algumas coisas pra eu lavar. Quando ele foi colocar um prato na pia, ele se chegou por trás de mim e me encoxou, eu instintivamente dei uma bundada pra trás e rebolei.
Armando - Você não tem noção mesmo, né?
Grazi - Desculpa!…Fiz sem querer!
O interfone toca, e Armando atende e fica conversando com alguém, e logo em seguida ele autoriza a entrada. Dois minutos depois, a nossa campainha toca, e Armando abre a porta, convidando Sandra a entrar.
Sandra - Boa tarde a todos. Minha equipe está finalizando a limpeza e arrumação da área de lazer do condomínio, e guardando alguns equipamentos que deixamos para trás.
Armando - A festa estava muito boa, tirando algumas coisas que aconteceram, aliás gostaria de saber como foi o critério pra esse tipo de escolha de festa.
Sandra - Essa festa que fizemos, é uma promoção que nós fazemos duas vezes por ano, através de pesquisas na internet. A Grazi preencheu um formulário com algumas informações sobre festas, e esses dados coletados resultaram na festa.
Armando - Eu só não entendi aquela exibição pornográfica no fim da festa. Minha filhas viram tudo pelo telão.
Sandra - Então, Sr. Armando. Eu, como gerente da empresa A vida é uma Festa, vim aqui pedir desculpas à Grazi e família pelo ocorrido ontem. Uma sucessão de erros e sabotagens aconteceram na festa, e que acarretou naquele desastre. Eu não estava presente nesta hora, pois eu estava cuidando de outra festa que estava acontecendo, mas posso adiantar que providências já foram tomadas, e outras ainda serão.
Grazi - Como assim? Não entendi.
Sandra - Primeiramente, Dona Grazi, gostaria de lhe pedir desculpas pela situação vexatória e pelo constrangimento que você passou ontem. Nunca foi a intenção fazê-la passar por isso. Nós tínhamos alguns funcionários que estavam descontentes com salário, e outros problemas da empresa, e resolveram nos sabotar ontem. Após averiguações, constatamos que a nossa cozinheira responsável pelo bolo, batizou o brownie usando cannabis na composição da massa, e também na cobertura do brownie.
Armando - Meu Deus! Que absurdo! Esta mulher deveria ser presa!
Sandra - Já estamos tomando providências quanto a isso.
Grazi - Por isso eu estava me sentindo estranha…
Sara - Pai, o Abel provou o brownie, e realmente ele sentiu gosto de maconha nele. Íamos falar isso hoje, mas não deu tempo.
Sandra - Outra coisa, durante a performance, parece que um dos dançarinos se excedeu, tentando realmente fazer sexo oral com a Senhora, Dona Grazi. Isto é inadmissível, pois era uma simulação que foi até exagerada pelo que falaram, mas o nosso dançarino principal estava acamado, e contratamos esse de última hora, que foi indicado por um outro dançarino. Ele não estava bem, devido a problemas pessoais, e acabou se excedendo por não saber direito sobre os limites durante a performance, e o outro erro, foi o rapaz que fica responsável pelo audiovisual, que ligou o telão na hora da performance, coisa que nunca fazemos, justamente para os maridos não verem o que acontece na hora e ficar no campo da imaginação o que se passou durante o show.
Armando - E aquela foto da minha mulher no final dando um beijo numa outra mulher?
Sandra - Ainda estamos investigando isso, mas parece que esse rapaz do audiovisual era frequentador da mesma academia que a Dona Grazi, e parece que após ser rejeitado por ela algumas vezes, quando viu que estaria à trabalho numa festa da Dona Grazi, resolveu se vingar.
Armando - Porra!!! Desculpem-me...
Sandra - Por isso que eu vim pessoalmente me desculpar, e oferecer alguns brindes. Sei que não vai resolver e apagar o ocorrido, mas é o mínimo que podemos fazer para compensar essa falha.
Armando - Foi uma situação vexatória pra mim, e pra minha esposa, família e amigos, e eu ainda não sei o tamanho do constrangimento que passamos.
Sandra - Nós fizemos essa carta explicando resumidamente o que houve, e iremos distribuir aos seus vizinhos juntamente com um kit de salgadinho e doces da festa, caso vocês concordem.
Armando - Por mim, tudo bem! Grazi?
Grazi - O que você quiser, amor!
Sandra - E quanto à sua família, nós daremos um voucher pra vocês, que dará direito a uma viagem para Fernando de Noronha.
Sandra e Regina - Yes!!!
Todos nós rimos.
Sandra - E por último, como forma de um pedido de desculpas pessoal, daremos à Grazi, um dia de princesa num Spa com direito a mais 3 acompanhantes para poder fazer todos os tipos de tratamento que você e suas acompanhantes quiserem.
Armando - Que boa vida, hein?
Grazi - Agradeço imensamente!
Sandra - Nós é que agradecemos a compreensão, e pedimos desculpas mais uma vez pelo ocorrido. Agora devo ir, pra cuidar de outros assuntos. Mais uma vez, peço desculpas, e tenham um bom dia.
Sandra foi embora, e eu não acreditei no que aconteceu ali. O Coringa realmente salvou a minha pele, porque o olhar de Armando já era mais calmo, e minhas filhas estavam mais alegres por causa da viagem.
Armando - Grazi, eu vou tomar banho, depois a gente conversa.
Grazi - Sim, meu bem. Como você quiser…
Armando foi em direção ao banheiro, mas eu vi que ainda teria que lutar muito para que eu voltasse às boas com ele.
Sara - Mãe, vai ficar o dia inteiro com a minha roupa?
Grazi - Estou me sentindo tão bem, pareço até uma dessas novinhas que vão nesses bailes funk…
Regina - Sara, acho que o efeito do brownie ainda não acabou!
Sara - Talvez kkkkkkkk
Grazi - Vou terminar de lavar a louça.
Sara - Mãe!
Grazi - O que foi filha?
Sara - Me desculpa ter gritado contigo ontem! É que ver o meu pai daquele jeito foi muito doloroso.
Grazi - Eu imagino minha filha, mas não sei como vai ser daqui pra frente. Seu pai está muito magoado, e ele tem um temperamento muito nervoso. De onde você acha que herdou esse jeito briguento?
Sara - De você...
Grazi - Seu pai é muito controlado, filha. Espero que você nunca veja ele realmente nervoso.
Fui terminar de lavar a louça, e eu sabia que em parte meu problema estava resolvido, mas ainda teria que responder pelo beijo em Nina. Ainda não entendo, porque uma pessoa teve esse trabalho todo pra me prejudicar. O que será que eu fiz pra deixar uma pessoa assim com tanta raiva?
Escutei uma notificação no celular e fui ver.
Coringa - Gostou do que eu fiz? Agora é contigo… mas lembre-se que eu não fiz isso por sua causa.
Eu não conseguia entender o porquê disso, e decidi tentar obter maiores informações.
Grazi - O que eu fiz pra prejudicar você? Me diga, e eu prometo tentar consertar as coisas.
Coringa - Você consegue voltar no tempo, e impedir que coisas ruins aconteçam?
Grazi - Infelizmente, não.
Coringa - Eu estou fazendo justiça, Grazi! Você se faz de santa, mas é igual às suas amigas. Se você quer viver fazendo essas aventuras, abra o jogo com seu marido, ou separe-se dele. Vou lhe dar um aviso. Seu tempo está acabando, e se você não se decidir logo, eu decidirei por você.
Grazi - Isso não é justiça! Isso é vingança!
Coringa - Vingança seria se eu fizesse a mesma coisa que fizeram comigo. Eu dou a vocês escolhas, e vocês agem como querem.
Grazi - Suas escolhas são impossíveis.
Coringa - Eu não acho. Na verdade é bem simples. Basta você ser sincera consigo e com os outros.
Grazi - Você acha que é simples assim?
Coringa - Adeus, Grazi. Em cinco minutos, seu marido vai sair do banho. Pense bem no que vai falar, Grazi.
Grazi - Você está vigiando a minha casa? Você tem planejado isso há quantos meses?
Coringa - Grazi, querida, eu tenho planejado isso há anos, e ninguém vai me impedir de fazer o que eu planejei pra vocês. Estou te dando uma oportunidade, de se acertar com seu marido e largar suas amigas. Deixe elas comigo e se afaste delas. Você tem filhas, e é relativamente jovem, com muita saúde pra viver bastante ainda. Eu tive muita paciência durante anos, mas esse é o meu último aviso.
Ouvi o aquecedor desligar, e sabia que Armando tinha acabado o banho. Na hora tive uma ideia louca. Eu iria seguir o conselho do Coringa, mas até certo ponto, pois omitir não é mentir. Essa seria a solução, e já que eu estava lavando louça, molhei a blusa de propósito ficando um pouco transparente e molhei o short também. Peguei um cubo de gelo, e passei nos meus mamilos deixando eles bem durinhos. Agora sim, eu estava pronta pra conversar com meu marido.
Fui até meu quarto, e ele estava se vestindo. Olhei bem pra ele, e pensei em tudo que estava acontecendo. Não posso abandoná-las. Me desculpe, meu amor.
Grazi - Armando, vamos conversar.
Quando ele me viu com aquela roupa molhada e meio transparente, vi que não tirava os olhos dos meus seios.
Grazi - Eu quero me desculpar pelo que eu fiz. As meninas falaram comigo que o pessoal do condomínio pegou pesado contigo, e eu não tenho como desfazer o que ocorreu, mas prometo fazer o que puder, pra que não façam mal à nossa família.
Armando - Grazi, eu estou muito puto ainda com tudo o que houve, mas agora sei que você foi manipulada com drogas e álcool. Só me dá um tempo pra esquecer tudo o que eu vi.
Grazi - Claro, meu amor. Eu te entendo.
Ele não parava de olhar para os meus seios.
Armando - Grazi, você gosta de mulher? Agora entendo porque vive se reunindo com suas amigas… Aquilo lá com a Nina, já rola há quanto tempo? Eu não sei se posso aceitar isso…
Grazi - Armando, meu amor, eu te amo mais do que tudo. Você sabe que eu gosto de outra coisa.
Falei isso e segurei em seu pau que já estava quase duro.
Armando - Calma aí, Grazi! Você não me respondeu.
Grazi - Preciso responder, meu amor, achei que você me conhecia…
Fui pra cima dele, e tirei seu pau pra fora da bermuda, e comecei a mexer nele até ficar duro.
Armando - Grazi, para com isso, e me responda.
Grazi - Eu não tenho nada com minhas amigas. Às vezes a gente brinca…
Armando - Grazi!!!
Grazi - Não da forma que está pensando, seu bobo. A gente brinca como se fosse uma competição, tipo, quem se veste de forma mais ousada, ou então quando vamos a um restaurante, ficamos flertando com alguém, pra depois a gente dar um fora. Coisas assim, só de brincadeira, e isso me deixa excitada e eu depois desconto tudo em você.
Armando - É isso, então?
Grazi - Sim, resumindo, é isso.
Armando - E a Nina?
Grazi - Naquele dia da foto, a Nina me contou tudo. O estupro, a DST, a gravidez, e eu fiquei consolando a pobrezinha no meu carro, e como ela estava muito carente, acabou acontecendo um selinho.
Armando - Aquilo não pareceu um selinho…
Grazi - Pra mim foi um selinho caprichado kkkkk mas agora eu sei porque ela fez aquilo.
Armando - Por que?
Grazi - Aquilo foi uma despedida, porque dois dias depois ela sumiu.
Armando - Então foi isso?
Grazi - Isso o que?
Armando - Um dia antes dela sumir, ela me procurou na clínica, e disse que faria um aborto e precisava de dinheiro pra viajar durante um tempo e cometer o ato. Eu tentei dissuadi-la, mas não consegui, e acabei dando a ela 15 mil reais. Depois disso ela me pediu desculpas por todo o mal entendido que causou, e me deu um beijo meio que na boca. Foi bem no cantinho, mas eu não desviei a tempo.
Grazi - Coitada da Nina! Que bom que você a ajudou. Fico mais tranquila.
Armando - Não diga ao Erick, que eu a ajudei.
Grazi - Posso pegar o meu presente agora?
Falei isso segurando em seu pau, e mordendo os lábios.
Armando - Não estou muito bem pra isso, Grazi.
Grazi - Como não? Olha como está essa tora? Duro que nem pedra.
Armando - Ver você assim desse jeito, é quase impossível não ficar, mas qualquer coisa que parta de mim agora não será amor. Eu ainda estou com muita raiva.
Grazi - Então deixa eu aliviar a sua raiva. Você não precisa fazer nada, só relaxa e deixa que eu faço tudo.
Armando - Você não vai desistir, né?
Fui até a porta do quarto e tranquei-a. Olhei pra ele por cima do ombro e pisquei pra ele. Tirei a minha roupa, fui em sua direção e me joguei por cima dele, fazendo com que ele caísse em cima de nossa cama. Ele reclamou um pouco pra eu pegar leve, mas nem quis saber…
Fui tirando a sua roupa, e fiquei em cima dele, olhos nos olhos, e eu percebi que ele começava a ficar menos chateado. Eu dei uma lambida em seu rosto, e ele se assustou.
Armando - Grazi, o que é isso?
Grazi - Um lambeijo kkkkkk
Consegui tirar um sorriso dele, e depois disso as coisas ficaram mais fáceis. Eu dei um beijo de tirar o fôlego, e fui correspondida. Nossas línguas se digladiaram com fúria até que ficamos sem fôlego. Eu fiquei sem ar, e comecei a rir, mas não conseguia puxar o ar. Armando riu, e perguntou se estava tudo bem. Fiz sim com a cabeça, e voltei a beijá-lo, só que com mais carinho dessa vez. Fomos nos acariciando, e eu subi um pouco mais pra cima, fazendo com que meus seios ficassem à disposição da sua boca. Meu marido foi quem fez os meus seios, que ficarem perfeitos, e ele os amava, por isso chupou muito os meus seios, deixando-os um pouco avermelhados.
Como era bom sentir a boca do meu marido, e isso tudo estava me dando um tesão, que me fez ficar molhadinha, sem falar nos gemidos que não paravam de sair da minha boca. Já estava vendo a hora que a Sara ou a Regina iria bater na porta reclamando do barulho.
Peguei no pau do meu marido e estava duro que nem pedra. Fui descendo e guiando seu pau até entrar em minha xaninha. Eu estava tão molhada, que o pau dele entrou fácil, me causando uma sensação deliciosa. Ergui meu corpo para trás, montando no meu garanhão, para começar enfim a cavalgada. Fui alojando aquele pau inteiro em mim, e quando senti que estava todo dentro, comecei a cavalgar. Meu tesão era tão grande nesse momento, que em menos de 3 minutos cavalgando, eu gozei. Olhei pra ele, com muito carinho e voltei a cavalgar.
Armando estava com as mãos em meus seios, acariciando, apertando, e torcendo as vezes os meus mamilos que estavam muito duros. Continuei a cavalgar mais um pouco, e novamente outro gozo, mas dessa vez mais intenso e mais barulhento, pois meus gemidos agora estavam mais altos.
A muito tempo eu não gozava assim dessa forma, e essa segunda me deixou um pouco letárgica, mas Armando ainda estava cheio de fogo, e segurou na minha cintura, e a partir de agora, era ele que fazia os movimentos da cavalgada. Eu estava meio fora de mim, e Armando até me disse mais tarde que eu estava revirando os olhinhos…
Ele continuou impulsionando meu corpo pra cima e pra baixo, arrancando mais gemidos e um novo gozo que dessa vez me deixou sem forças, e eu só caí por cima dele, mas Armando ainda não estava satisfeito, e me colocou deitada de costas, e já me preparava pra recebê-lo num papai e mamãe, mas fui surpreendida quando ele foi com sua boca na minha xaninha. Eu já tinha gozado 3 vezes, e meu suco do amor brotava como uma nascente de dentro de mim, e meu marido sorvia tudo que saía, como se fosse o suco mais saboroso do mundo. O cheiro que emanava de nossos corpos era puro sexo, e meu marido não parava de me chupar. Eu já estava gozando novamente, e era a quinta vez, ou seria a quarta? Eu já tinha perdido a conta, pois eles vinham um atrás do outro, e Armando estava insaciável.
Grazi - Amoooor, p..por favooooor, eu n…não ag...aguento maaaais, para uuuuum pouquiiiiiinho, meu amooooor.
Minhas pernas tremiam, e meu corpo tremia junto, mas Armando segurava as minhas pernas e não deixava eu fechá-las. Quando Armando colocou um dedo no meu cuzinho, e outro na minha xaninha, uma contagem de 10 segundos se iniciou e eu tive simplesmente o maior orgasmo da minha vida. Foi tão intenso que eu chorava e ria ao mesmo tempo. Me deu falta de ar, e eu olhava para o teto e não haviam paredes, somente estrelas que explodiam em diversas cores. Eu estava em êxtase e era tudo perfeito.
Armando - Tudo bem aí, Grazi?
Grazi - Não! Eu não estou bem!
Armando - Hahahahaha meu rosto está todo melado hahahaha parece que eu enfiei a minha cara numa melancia.
Grazi - Tava gostoso, meu amor?
Armando - Muito! Vamos tomar um banho?
Grazi - Melhor abrirmos a janela. Nosso quarto tá cheirando a sexo.
Armando - Nosso quarto está com o cheiro da sua buceta.
Fomos tomar banho, mas sem safadezas, só com alguns beijos e alguns carinhos. Armando ainda estava duro, mas eu não aguentava mais nada. Sei que era chato pra ele, mas ele entendeu e fomos dormir. Nossas filhas nem em casa estavam. Nem me preocupei com isso, pois na certa deveriam ter saído de casa pra não ouvir os pais transando.
Antes de fechar os olhos, percebi que ele olhava o teto, e a cara de preocupação estava lá novamente. Sei que ainda não tínhamos nos resolvido, mas entendi que ele deu uma trégua em sinal de respeito a mim, e ao relato que Sandra fez.
Quando eu acordei, já era segunda, e minha filha estava me cutucando.
Regina - Mãe, tudo bem contigo?
Grazi - Tudo filha! Tudo ótimo!
Regina - O papai já foi trabalhar, e levou a maninha pra escola. Eu hoje não tenho aula, porque tem conselho de classe.
Grazi - Filha, a mamãe combinou de sair com a Tia Kelly. Será que você se incomoda de ficar sozinha em casa hoje?
Regina - Sozinha, sem a Sara?
Grazi - Pelo menos até ela voltar, sim.
Regina - Yes!
Grazi - Hahaha Só não pode aprontar, filha. Eu vou confiar em você.
Regina - Eu vou ficar aqui bem quietinha, assitindo séries. Vou maratonar Stranger Things e Mr. Robot.
Grazi - Ok! Eu vou deixar um dinheiro pra você pedir comida quando a Sara chegar. Deixa eu me arrumar que estou atrasada. Vou mandar mensagem pro seu pai avisando.
Mandei mensagem pro Armando dizendo que iria na praia, e que depois o encontraria no trabalho. Fiz tudo correndo, e fui para o predio da Kelly, na Tijuca. Eu estava um pouco atrasada, e todas já estavam lá me aguardando. Guardei meu carro na vaga da Kelly, e fomos pra praia. Kelly foi na frente e eu fui ao seu lado. Paty sempre atrás, e Fabi ao seu lado.
Achei estranho, que a Kelly começou a fazer sinais pra mim, pedindo pra abrir a gaveta do carro. Abri e tinha uma folha dobrada, escrito abra. Olhei pra ela tentando entender, e ela fez sinal com a cabeça pra eu abrir. Estava escrito, quando entrarmos no túnel, desliguem os celulares. Mostrei pra Paty e para Fabi que também acharam estranho.
Chegando no túnel, desligamos. Kelly me deu outro papel, que tirou debaixo do banco. Estava escrito, iremos ao shopping Rio Sul antes da praia. Mostrei às meninas atrás, e elas acenaram com a cabeça. Um tempo depois, chegamos ao Rio Sul, e fomos para o estacionamento. Kelly parou ao lado de um outro carro, pegou a chave que estava em seu bolso e abriu, chamando a gente pra entrar. Saímos rapidamente do shopping, e fomos rumo à praia. Depois disso tudo, Kelly ligou o rádio e começou a falar.
Kelly - Gente, observem se seus celulares ainda estão desligados?
Todas verificamos, e estava tudo ok.
Kelly - Este carro é do Daniel, e está sem grampo. A partir de agora, tomem muito cuidado ao falar perto do celular ou próximo de janelas, e sempre que forem falar algo muito importante, falem de dentro do banheiro, de preferência com chuveiro ligado e torneiras ligadas. Meu carro estava grampeado, e com GPS grampeado também. Provavelmente, os carros de vocês estão e nossos celulares também. Temos que arrumar um celular, nem precisa ser smartphone. Pode ser o mais baratinho pra mandar sms ou fazer ligação mesmo.
Paty - O celular eu tinha praticamente certeza, mas o carro eu não imaginava…
Grazi - Pode ser também que tenhamos outras coisas em casa com escuta porque falei com o Coringa ontem, e por tudo que ele disse, a coisa é muito mais séria do que imaginamos. Acho que é pessoal.
Fabi - Era só o que me faltava! Gente, o Gabriel está muito desconfiado do dinheiro que estou botando em casa. E agora, tenho que me preocupar com isso?
Grazi - O que foi Kelly?
Kelly - Estou vendo se estamos sendo seguidas.
Paty - Isso tá muito 007, gente! Esse Coringa, deve ser alguma esposa que a gente chifrou, ou algum cara maluco que quer transar com a gente.
Grazi - Paty, você está muito enganada. O Coringa me disse, que está planejando isso há anos. Por isso ele está bem preparado, e sabe todos os nossos passos. Vocês nem imaginam o que ele fez ontem?
Kelly - O que foi dessa vez?
Contei a elas tudo o que aconteceu, e a história que a Sandra contou ao Armando e às minhas filhas.
Fabi - Cho-ca-da!!!
Grazi - Esse Coringa tem muito dinheiro e tempo pra se dedicar a essa vingança. Eu só consigo pensar que em algum momento, uma de nós fez alguma coisa pra ele, ou algumas de nós, já que Paty e Kelly se conhecem a muito tempo. Eu e Kelly também. Somente a Fabi que não temos muita referência.
Fabi - Eu estive pensando numa coisa. Sabem aquele cara milionário que teve o pênis amputado?
Kelly - Eu lembro disso.
Fabi - Eu transei com ele, e acabei sacaneando outras pessoas porque ele me fez chantagem.
Grazi - E o que tem isso a ver?
Fabi - Esse cara é muito rico! E tem o casal que eu acabei ferrando… Talvez um deles seja o Coringa.
Paty - Isso tem meses. A Grazi disse que esse doido prepara isso há anos.
Kelly - Pode ser mentira também. O caso é que temos que tomar cuidado.
Grazi - Lá na festa, deixamos ele com muita raiva, porque o planejamento dele deu errado. Era pra uma de nós se ferrar, e pagar a prenda, mas nenhuma de nós entrou no jogo.
Fabi - Então a chave é sermos unidas.
Kelly - Chegamos!
Paty - Forte Copacabana?
Kelly - Eu conheço um major, que vai liberar a gente pra irmos até a praia do diabo.
Paty - Cruzes!!!
Kelly - É uma praia particular do exército, que fica dentro do Forte.
Grazi - Vai ter que pagar um boquete?
Kelly - Bem que ele gostaria…mas sou amiga da filha dele. Amigas de faculdade.
Fomos até a praia, e aproveitamos pra continuar a falar sobre nossas desconfianças. Pensamos sobre os nossos maridos, mas era difícil acreditar que o.Coringa fosse um deles. Pensamos em fazer uma lista com nossos possíveis inimigos, mas era muito improvável qualquer um que a gente suspeitava.
Até que a Kelly se lembrou de um professor na faculdade que sempre a importunava e ela sempre o rejeitou. Mesmo ele dando notas baixas, ela não aceitou e conseguiu junto com um amigo denunciá-lo ao Chefe de Departamento, que o demitiu após investigação, pois ele fazia isso com várias estudantes.
Enfim, uma suspeita. Decidimos contratar um investigador particular pra saber o que aconteceu com o Professor Galhardo. Ficamos pensando em outras possibilidades, mas no momento não pensamos em nada, e decidimos voltar pras nossas casas. Kelly nos lembrou daquelas recomendações, e fomos embora.
Após pegar o carro, no prédio da Kelly, fui até a Clínica do meu marido. Chegando lá, estava aquela chatinha da Luara…
Luara - Dona Grazi, que surpresa!
Grazi - Meu marido está atendendo alguém?
Luara - Está sim. É o último paciente de hoje.
Grazi - Luara, tem notícias da Sabrina?
Luara - A Sabrina está curtindo a maternidade. Infelizmente a gente agora quase não se vê, porque a gente se conheceu na academia, e ela não tem ido lá faz algum tempo.
Grazi - Se um dia você falar com ela, diga que eu mandei lembranças.
Luara - Pode deixar. Quer que eu avise ao Dr. Zimmerman, que a Senhora chegou?
Grazi - Eu aguardo.
Luara - Tudo bem, então.
Grazi - Não precisa ser tão formal comigo, afinal você namora o Abel, e ele é como se fosse o meu sobrinho. Sou quase sua tia também, mas não precisa me chamar de Tia.
Luara - No ambiente de trabalho, prefiro seguir os protocolos. Não me leve a mal, Dona Grazi. Chega de mal entendidos. Não posso perder esse emprego, e sei que aquela foto causou aborrecimento.
Grazi - Já passou! Deixa isso pra lá.
Luara - Obrigada!
Grazi - Gostou da festa? Que baixaria, né? Que vergonha!
Luara - Eu adorei. Fiz novas amizades, e eu adorei conhecer suas filhas. Elas são incríveis!
Grazi - Elas são mesmo. São tudo o que importa pra mim, além do meu marido, é claro. Família é tudo!
Luara - É sim. Estou adorando namorar o Abel, e conviver um pouco com a Kelly e o Daniel. Eles me tratam tão bem que eu sinto como se tivesse uma família novamente.
Grazi - Lamento sua perda. Acho que meu marido mencionou que seus pais morreram num acidente…
Luara - Isso faz muito tempo. Nem lembro mais do rosto deles. Eu tinha uns 5 ou 6, por aí. O Motorista estava bêbado, e fugiu sem prestar ajuda.
Grazi - Terrível!!!
Luara - Pois é, mas a vida é assim.
Continuamos a conversar, até que Armando saiu com a cliente da sala, e veio falar comigo. Em 10 minutos saímos, e fomos jantar fora.
Chegando ao shopping, percebi uma movimentação estranha, e acho que estava sendo seguida. Fui até ao banheiro, e na volta, um homem me entregou um bilhete. Tive que esperar o Armando ir ao banheiro, pra só então ler o bilhete, e quase cai dura pra trás.
Grazi - Como irei fazer isso?