# Tempo para si
“Olha, Cristina, eu quero que você tenha em mente que é extremamente importante para você a necessidade de estabelecer um tempo para cuidar de si. Fazer algo que goste, algo que seja relaxante e significativo.“
As palavras de seu terapeuta ressoavam em sua mente enquanto finalizava os últimos detalhes de sua viagem. A tensão causada pelo estresse do trabalho, diante da iminência de um breve momento de relaxamento, parecia espalhar-se de uma vez pelas suas costas. Talvez, seu relaxamento somente começaria quando recebesse o e-mail que confirmasse seus planos
Uma batida na porta a distraiu brevemente da necessidade quase patológica de atualizar a página do computador para que visse o e-mail recém chegado cair em sua caixa de entrada, confirmando seus planos de feriado. Alex entrou assim que a chefe permitiu, após fechar seu notebook pessoal, guardando por um instante o seu plano para si.
— Aqui, senhora. Os últimos documentos que a senhora precisa assinar.
— O que temos aqui mesmo?
— A demissão do Ricardo, o balanço orçamentário do primeiro bimestre que a senhora revisou mais cedo com o departamento do Paulo e algumas propostas que a senhora pediu para eu fazer também durante essa semana.
Cristina levantou os olhos para Alex, um tanto surpresa com a entrega das propostas; afinal, havia pedido para quarta-feira da outra semana. Tudo bem que havia as chances dela esquecer e já pedir logo assim que chegasse do final de semana, na segunda-fe.
— Mas já fez essas propostas?
— É. Eu queria curtir o feriado em paz e eu usei uns modelos que a senhora já havia feito para essa empresa uns 2 anos atrás. Só atualizei e dei uma repaginada no projeto com.
Alex parecia cansado, mas ainda assim, ostentava um sorriso sincero, satisfeito com a sua solução para curtir o fim de semana. Cristina tinha para si que, num mundo justo, Alex já devia estar melhor colocado na empresa; talvez substituindo qualquer um dos outros que trabalhavam em cargo de chefia. Na realidade, as chances era que o jovem a substituísse assim que surgisse a oportunidade perfeita.
— Bom, eu vou rever depois do feriado. Mas conhecendo seu trabalho, bem capaz de estar muito bom. — Cristina assinou a última folha, entregando para ele. — Algum plano para o feriado?
— Sim. Um churrasco na casa da namorada, e depois passar o fim de semana agarradinho vendo filme e tomando vinho.
A chefe sorriu, completando sua resposta:
— Parece um ótimo plano! Bom feriado!
— Obrigado! Para a senhora também!
Cristina levantou a tela de seu notebook assim que a porta de sua sala bateu; o e-mail do hotel-fazenda confirmava sua reserva para um quarto de casal e três dias de estadia. Encaminhou o e-mail com o endereço para o tal Hedonista do Prazer.
Recebeu como reposta um curto e simples “Te encontro lá”
…
A primeira coisa que pensou quando entrou no carro foi no mundo ideal. No mundo ideal, ela iria para o Hotel-Fazenda Veredas acompanhada de alguém especial. Por dentro, invejou Alex e o seu singelo plano de feriado.
Mas, praticando o exercício típico de sua profissão, ou seja, sempre buscar a praticidade, ela tinha de trabalhar com o que tinha. Tinha muito tesão, muita necessidade de relaxar. E, ja que não tinha a realidade ideal como desejada, tinha de dar um jeito de viver aquilo.
Estava próxima de chegar no Hotel-Fazenda Veredas quando finalmente cedeu às preocupações. Pegou as referências dele de uma ex-colega de trabalho, Augusta. O casamento dela funcionava de um jeito moderno às vezes, quando necessário (palavras da própria colega); como o marido não gostava muito de determinados tipos de jogos, Augusta encontrou o Edô (como ela gostava de chamá-lo). As palavras da amiga ressoavam em Cristina desde que contou brevemente as experiências sexuais que teve com o homem.
Cristina dirigia dividida entre imaginar-se no lugar de Augusta e as incertezas da situação. Já havia pago metade do valor total do serviço, mais as taxas de deslocamento e pelo serviço especial. Ainda assim, o Edô podia simplesmente não aparecer. Isso sem contar a questão da segurança: Tudo muito seguro, com uma palavra de segurança definida.
…
O Hedonista e Cristina andaram para fora da trilha alguns passos, afastando-se da possibilidade de algum hóspede flagrá-los. Encontraram uma clareira. Ele jogou a mala no chão, abrindo-a rapidamente para buscar as cordas. Observava as árvores, procurando um ponto que suportasse o peso da corda. Ela, por sua vez, esperava pacientemente, andando pela clareira, analisando-o enquanto o Hedonista organizava o cenário.
Não parecia nenhum pouco com o que imaginava de um prostituto. Usava um corte de cabelo simples; mais alto na parte de cima da cabeça, mais baixo dos lados. Não tinha o corpo de modelo, embora desse para observar que ele cuidava de si, fazendo atividades físicas. Não tinha sequer uma tatuagem ou um piercing sequer.
O Hedonista era tão real quanto parecia nas fotos e nos vídeos.
— Vem cá. — O tom de voz dele parecia mais grave do que no hotel.
Cristina levantou-se rapidamente, indo até ele, encarando-o firmemente. Ela levantou os braços, enquanto o Hedonista amarrava firme os pulsos dela.
— Tá bom assim?
— Sim. — A resposta de Cristina veio tremida pelo anseio que a saciedade de seu desejo tomava seu corpo. Desde o beijo roubado, prensado na parede do hotel, o bendito havia acendido o fogo dela. Pelo canto do olho, ela percebeu um sorriso de canto de boca invadindo o rosto sério.
— Bom.
Por trás, o Hedonista aproximou seu corpo do de Cristina. Com a ponta dos dedos, ele desenhava gentilmente as curvas dela por cima do leve vestido cavado azul, indo do pescoço até a parte da cintura, passando pelas costas nuas, o que provocou arrepios nela. O perfume dele fez as sensações que o beijo de anteriormente retornaram. O jeito que a prendeu na parede, o corpo pesando contra o seu.
— Tá pensando no nosso beijo é? — O Hedonista estava de frente para Cristina, segurando o seu rosto com firmeza. Cristina assentiu, ansiosa por sentir de novo outro beijo. O Hedonista a puxou gentilmente pela bochecha, colando seus lábios no dela lentamente.
Pela vontade que sentia, Cristina tentou apressar o beijo. Contudo, quem detinha o controle era o Hedonista. Ele afastou-se do beijo, fixando o olhar sério nela. Precisava somente daquele olhar e uma ação para que deixasse claro que ele estava no controle.
O beijo esquentou; os lábios e a língua dele ditavam o ritmo de Cristina. Vez ou outra, ele interrompia o beijo no meio, apenas para sentir aquele movimento-reflexo de tesão de volta dela, de quem precisava mais daquilo.
Ele voltou-se para trás dela. Cristina sentia que ele estava tão próximo dela podia sentir a respiração do Hedonista queimando a parte de trás do seu pescoço. As mãos deslizavam pelas zonas erógenas de seu corpo de Cristina, despindo-a devagar, tomando o seu tempo propositalmente, fazendo com que o seu tesão aumentasse.
Focou-se primeiro nos seios dela. Com os dedos, pinçava os mamilos, puxando-os levemente, assistindo as reações da mulher, ao passo que sussurrava no ouvido de Cristina o que iria fazer com ela em seguida. Divertia-se com a pele arrepiada e os gemidos entrecortados pela respiração ofegante. Então, apertava-os, enchendo-os com a palma de suas mãos.
— O que você quer, minha putinha?
— Quero mais…
O Hedonista deslizou sua mão até a área do púbis de Cristina, estimulando-a por cima da calcinha lentamente.
— Você gosta disso?
— Gosto. — A manha de Cristina vinha em tom de gemido, enquanto jogava o seu quadril para trás, buscando sentir o pau do Hedonista em seu bumbum. Ele, por sua vez, a puxou para si, botando um de seus dedos na boca dela. Cristina fechou os olhos, fingindo or um breve instante que o dedo era, na verdade, o pau do Hedonista.
Então, o garoto de programa derrubou o vestido sem alças de Cristina na relva. Com uma das mãos, ele a segurou pelo pescoço gentilmente. Com a outra, deslizou para dentro da calcinha rendada branca, masturbando-a com mais velocidade, estimulando certeiramente o clítoris molhado de Cristina, aumentando os gemidos dela sufocados pelo seu dedo.
O Hedonista se ajoelhou, tirando a calcinha molhada de Cristina, guardando-a no bolso de sua calça. Ele abriu as nádegas dela, admirando a buceta carnuda exposta em sua frente. Então, desferiu um tapa forte na bunda de sua cliente. Cristina segurou a corda em resposta, gemendo afetada. O Hedonista desferiu um segundo tapa, apreciando o jeito que o bumbum grande dela avermelhava-se discretamente. No próximo tapa, ele admirou como o corpo de Cristina ia para frente, retornando brevemente para a mesma posição levemente curvada, mantendo o bumbum empinado. Deu mais um tapa, um pouco mais forte, apenas para ouvir o gemido de Cristina.
Então, o Hedonista colocou-se de lado; com uma das mãos, ele a segurou mais uma vez pelo pescoço, colocando ouvido esquerdo dela colado em sua boca, enquanto com a outra mão ele pôs o seu dedo do meio entre os lábios da buceta molhada de Cristina.
— É assim que voce gosta de relaxar?
— Sim. — Cristina respondeu, sentindo seu quadril ser tomado por leves ondas de calor.
— Presta atenção no que vou te falar. Eu vou te contar exatamente o que eu vou fazer para você ficar bem relaxadinha, tá bom? — O dedo do Hedonista finalmente a penetrou. — Primeiro, eu vou abrir suas pernas para te chupar. Eu quero sentir seu gosto na minha boca. — A imagem dele ajoelhado entre suas pernas fez Cristina gemer. — Então, eu vou abrir bem a sua bunda e as suas pernas, para eu te foder bem gostosinho. — O Hedonista sorriu quando sentiu Cristina apertar seu dedo com os músculos molhados de sua buceta. — Depois disso tudo, se você se comportar direitinho, eu boto você para me chupar. É isso que voce quer né?
— Sim. Eu quero tudo isso.
Então, o prostituto ajoelhou-se entre as pernas de Cristina. Primeiro, massageou levemente o púbis depilado por cera. Beijou sem timidez as virilhas, aproveitando para apertar as nádegas dela, enquanto puxava-a para si, fazendo questão de lambê-las. Experiente, abriu de levinho os lábios dela, mirando sua língua-certeira no clítoris. O gemido de alívio de Cristina ecoou brevemente pela clareira, arrancando um sorriso satisfeito dela. Ela começou a rebolar seu quadril no rosto dele, fazendo questão de esfregar-se o máximo possível. Ele, por sua vez, inseriu um dos dedos, determinado a testar o quanto Cristina aguentaria sua masturbação, assistindo e deleitando-se com as reações de sua cliente.
Cristina sentia a onda de queimação nascida em seu quadril espalhando-se pelo corpo, ao passo que a vontade de romper aquela amarração e simplesmente sentar na cara do seu putinho até gozar a dominava. O azar-sorte dela era o profissionalismo dele: os ótimos nós dele a atavam até um forte galho de árvore.
— Hum, pelo jeito, você quer algo que nao pode né, Cristina? — A respiração ofegante impedia ela de responder, embora não fosse necessária. Entao, a mulher limitou-se a assentir, com a melhor expressão pidona que poderia fazer. — Você quer mais, né?
— Sim, por favor. — Cristina suplicou, sem mais delongas.
O Hedonista pôs-se atrás dela. Por entre o canto do olho e o seu ombro, uma sedenta Cristina observou-o abaixando suas calças, o penis se revelando. Com uma das maos, ele voltou o pescoço dela para frente, mantendo um quê de mistério.
Então, o Hedonista abriu as pernas de Cristina gentilmente. Ele abaixou o quadril, encaixando o dele no dela. Marotamente, com o pau duro, ele bateu algumas vezes seu pau na buceta molhada, provocando-a, antes de finalmente penetrá-la.
Começou devagarinho, apreciando a sensação da buceta apertando o pau dele e do encontro de suas coxas, provocando os seus primeiros gemidos. As mãos recheavam-se com a cintura de Cristina, enquanto ele controlava o movimento de penetração, acostumando-a, deixando-a mais aberta.
Cristina pediu por mais, num tom suplicante, arrancando um sorriso do garoto de programa. Com uma das mãos a segurando pelo o rabo de cavalo, enquanto com a outra o Hedonista batia firme em sua bunda, avermelhando-a. Os intensos gemidos de ambos, os tapas e o barulho hipnotizante do som dos quadris se chocando, confundindo-se com os típicos sons de uma afastada trilha.
Ele percebeu o tremor das pernas dela. Cristina entrou em um transe, a respiração ofegante pelo orgasmo. Sentia as duas mãos a segurando pelo ombro, ao passo que a rola a preenchia, e o quadril dele chocando-se energicamente com o dela. Ela sorria, o fetiche concretizando-se em cada onda de prazer que tomava em seu corpo, dominando-a por completo.
Esperou Cristina recuperar-se, já tava ciente do desejo dela; o garoto de programa a desamarrou rapidamente, ainda mantendo os nós que juntavam os pulsos de Cristina. Prontamente, ela se ajoelhou no meio das pernas dele. Ele se desfez do preservativo, masturbando-se, admirando os peitos estufados pelos braços e própria postura da Cristina, tocando-os macios seios dela com o pênis. Em algum momento, o Hedonista brincou também com a boca dela, deixando-a chupá-lo.
Cristina sorriu quando sentiu o liquido quente e viscoso pousando em seus peitos. A postura de dominador do Hedonista se desfez enquanto o gozo escorria pelo corpo dela. Ela espalhou por todo o seu tronco, apreciando o olhar hipnotizado dele.
…
A ansiedade acumulava-se com a proximidade do final do expediente. O conteúdo ja conhecido do e-mail do Hedonista ressoava em sua cabeça, enquanto digitava e apagava na mesma medida. Faltavam apenas cinco minutos para às 19h. Sinceramente, quem se importava? Saiu ligeira do escritório, despedindo-se brevemente dos poucos colegas que encontrou no caminho.
Cristina ligou somente a parte elétrica do carro, ligando as lâmpadas próximas do espelho retrovisor. Olhou para os lados, escondendo o celular com cuidado, sabendo do cuidado que aquela preciosidade requeria. Ali, sabia que o celular jamais baixaria todo o conteúdo do e-mail, mas precisava matar a curiosidade, nem que fosse com míseros dez segundos. Com o dedo, arrastou a bolinha branca até uma minutagem aleatória do vídeo.
Cristina se viu nua e entregue ao garoto de programa. O prazer estampava-se no rosto dela; olhos cerrados, os lábios mordidos, pescoço para trás. O corpo curvava-se, buscando sentir o pau do Hedonista em sua bunda, enquanto ele a masturbava.
Cristina deslizou a mao para dentro de sua buceta, molhada pelas memórias e pelo vídeo. Massageava-se, sentindo uma súbita necessidade de relaxar.