O preço da vingança (Capítulo I)

Um conto erótico de Leandro Gomes
Categoria: Homossexual
Contém 3984 palavras
Data: 01/11/2022 10:19:44

Paris, França, outubro de 1875

Era 00:42 h de uma noite chuvosa em Paris. A noite estava ainda mais escura por conta das densas nuvens sobre o céu da capital francesa. Em uma praça, próxima ao centro da cidade, alguns amantes da vida noturna, saindo do bordel e dos bares, corriam tentando se proteger da chuva debaixo das marquises, outros com paletós cobriam inutilmente a cabeça. Do outro lado da praça, dentro de uma igreja abandonada, um homem jovem agonizava no chão, de frente ao altar. Ele se contorcia, com os olhos arregalados; seu rosto mostrava um imenso pavor enquanto olhava para os vitrais nas janelas e para as imagens de santos cobertas de teias de aranha, vez ou outra iluminados pelos relâmpagos, como que tentando pedir o socorro deles. Porém, não houve ajuda. Ele estava com a sua camisa de linho azul claro suja de sangue, e a calça preta suja pela poeira do chão. O homem urrava de dor, enquanto passava as mãos pelos braços e peito, como se algo estivesse queimando por dentro de suas veias, artérias e vasos sanguíneos. Foram quase vinte minutos de intensa agonia, se debatendo e gritando de dor, até que ele não resistiu e cerrou os olhos. Atrás da mesa de madeira do altar, um homem alto e ruivo, assistia sentado em uma cadeira vermelha estofada a toda aquela cena com um sorriso sarcástico, enquanto saboreava uma taça de vinho tinto.

"Finalmente, você é meu!" - Disse ele, e continuou a tomar a bebida.

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Cinco meses antes...

Era uma tarde quente de verão em Paris. Enquanto nas ruas as pessoas passavam, umas a trabalho e outras passeando, Pièrre e Jean curtiam um momento de amor, deitados abraçadinhos no tapete do escritório, recuperando o fôlego após minutos de sexo intenso e prazeroso.

- Eu estava aqui lembrando daquela nossa primeira vez...

- Na cabana do lago!

- Sim, mas na verdade essa foi a primeira vez que nos masturbamos juntos.

- Verdade, a nossa primeira transa foi lá em casa.

- E aqui estamos nós ainda!

- E aqui estamos nós!

Eles se olharam e se beijaram com muita paixão.

- Pié, quando vamos ficar juntos de verdade?

- Mas já estamos juntos.

- Você me entendeu. Só eu e você longe daqui.

- Jean, já disse que é complicado.

- Tem sido complicado há dez anos!

- Vamos dar um jeito, mas agora você tem que ir. A Nathalie está chegando.

Pièrre Montagne era um homem bonito de 28 anos, 1.75 m, branco, cabelos castanhos e ondulados. Tinha olhos também castanhos, rosto quadrado, barba sempre aparada – um rosto másculo! Seu corpo era forte, mas não musculoso; tinha ombros largos, peito grande, com poucos pelos no meio, que desciam pela barriga até formar o “caminho da felicidade” abaixo do umbigo; sua barriguinha era bem discreta, daquelas que às vezes some dependendo do dia; suas pernas eram grossas e com pelos finos; sua bunda durinha e redonda era sempre visível e cobiçada quando ele usava a camisa dentro da calça.

Ele era casado com Nathalie, uma linda jovem de 26 anos, 1.70 m, loira, de cabelos lisos e longos. Ela tinha olhos esverdeados, bochechas rosadas, e boca bem desenhada. Seu pescoço era longo; os seios médios e firmes chamavam a atenção dos homens. Seu corpo era todo esbelto, com cintura fina, e bunda empinada, que também mexia com a imaginação dos franceses.

Pièrre mantinha um caso com seu melhor amigo, Jean Roche, um jovem magro, de corpo esguio, e bunda pequena, mas arrebitada. Ele tinha a pele branca, um pouco queimada de sol; os cílios bem pretos realçavam seus olhos castanhos; seus cabelos também eram castanhos e anelados, que herdou da mãe. Ele era bonito, não tanto quanto Pièrre, mas seu carisma, gentileza e seu sorriso eram encantadores! Na cama, ele deixava Pièrre com as pernas bambas, era incrível no sexo. Seu pau, de 19 cm, era levemente curvado para cima e um pouco para a esquerda; não era grosso, mas também não era fino; era lisinho, com prepúcio cobrindo a cabeça rosada; o saco era mais retraído, e os pelos do púbis estavam sempre aparados.

Os dois começaram a se envolver sexualmente muitos anos atrás. Jean foi o primeiro a manifestar seu desejo pelo amigo, e no início, quando apenas falavam de sexo, ele jogava indiretas para Pièrre. Depois, sugeriu que eles se masturbassem perto um do outro. Pièrre então aceitou, e foi uma questão de tempo até eles se masturbarem um ao outro e enfim, fizeram troca-troca com penetração. O tesão dos dois era enorme! Pelo menos quatro vezes por semana se encontravam na casa deles ou em qualquer local escondido para transarem ou pelo menos se masturbarem juntos. Quando se deram conta, eles já estavam envolvidos amorosamente e nunca mais se separaram, mesmo quando Pièrre se casou. Apesar do amor que sentia, Jean não era feliz, pois queria que Pièrre fosse só seu e que fossem morar juntos, mas Pièrre tinha medo da pressão da sociedade já que ele era um homem conhecido, dono de um jornal de prestigio em Paris.

Os comentários sobre os dois logo vieram, e isso era inevitável devido às circunstâncias: era um tempo em que os homens se casavam cedo; os dois viviam juntos e se abraçavam bastante; eram rapazes lindos, cobiçados pelas moças de sua idade, mas não se interessavam por nenhuma delas e nem delas falavam... Quando os comentários começaram a ficar mais maldosos, Albert Montagne tratou logo de arrumar um casamento para seu filho. Ele sabia que Pièrre e Jean tinham algo além de amizade, mas não condenou nem desprezou seu filho. Muito pelo contrário, ele o amou ainda mais. Entretanto, quis poupar o filho do julgamento das pessoas; por isso, o fez se casar com a bela Nathalie. Poucos meses antes de morrer, ele confessou ao filho o real motivo de tê-lo feito se casar e que sempre soube que ele gostava, não de homens, mas de Jean. “Apenas cuide-se para que o amor de vocês não os leve à destruição, pois esse mundo é cruel”. E acrescentou: “E também faça um esforço para ter um herdeiro, pois quero muito ser avô”. Após essa conversa, os dois choraram abraçados por longos minutos. A mãe de Pièrre, Claire Montagne, faleceu quando ele ainda tinha 10 anos. Ela contraiu tuberculose e ficou meses lutando para sobreviver até que não resistiu. Após sua morte, o Sr. Albert se tornou um pai ainda melhor do que era e o amor que sentia pela esposa foi direcionado ao único filho do casal.

Com Jean, a situação não foi tão boa. Seu pai, Henri Roche, o amava, mas era um homem rígido e apegado aos bons costumes. Por causa de seu temperamento, muitas vezes não pensava antes de falar e sempre magoava sua família com palavras duras. Ele era daqueles homens brutos. Quando os comentários sobre Jean chegaram em seus ouvidos, ele proibiu o filho de sair de casa sozinho por quase um mês. A mãe dele, Claudia Roche, sempre apoiava o marido, não que concordasse com tudo, mas o fazia por medo dele. Ela sabia que não eram boatos o que falavam sobre Jean e até queria apoiar o filho, mas nunca conseguiu ficar do lado dele. Quando mais comentários e boatos chegaram aos seus ouvidos, Henri decidiu confrontar Jean. Os dois brigaram, e Jean confirmou tudo. Houve muita discussão e gritaria, e Henri quis mandar o filho morar com o tio no campo. Claudia interveio, e tentou dissuadir o marido dessa ideia, já que era Jean que cuidava praticamente sozinho da loja. Henri concordou, mas com a condição de que Pièrre nunca mais entrasse em sua casa. Assim aconteceu, e depois ficou sem falar com o filho por quase um ano. Só voltaram a conversar quando ele ficou doente e dependente de Jean, que o perdoou.

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Quando Nathalie entrava pelo jardim, às 17:40, cruzou com Jean saindo de sua mansão.

- Boa tarde, Sr. Roche! – Disse ela descendo da carruagem.

- Boa tarde, Sra. Montagne! Como está? – Respondeu ele, tirando o chapéu da cabeça.

- Muito bem, obrigada! E você?

- Estou ótimo!

Ela entrou em casa, e foi recebida pelo mordomo Jacques.

- Boa tarde, Sra. Montagne!

- Boa tarde, Jacques!

Certificando-se de que não havia ninguém por perto, ela perguntou ao mordomo:

- Que horas o sr. Roche chegou aqui?

- Creio que foi logo depois que a senhora saiu, por volta das 14:00 h.

- E ficou aqui esse tempo todo?!

- Sim, senhora.

Nathalie não gostava de Jean, e sentia ciúmes porque ele passava mais tempo com Pièrre do que ela que era esposa. Ela apenas o tolerava por causa de Pièrre.

- Pièrre está no escritório?

- Está sim.

- Por favor, prepare o meu banho.

- É pra já.

Após a saída de Jean, Pièrre ficou ainda deitado no chão com as calças arriadas abaixo da bunda. Ao olhar para a estante de livros, avistou um que lhe chamou a atenção. Ele se vestiu e pegou o livro. Era um livro falso, uma espécie de caixa. Ele mexeu e descobriu um pino; quando o puxou, a caixa de abriu, e nela havia alguns documentos e folhas de papel com anotações. Ao ler alguns, viu que se tratava de um caso que seu pai começou a investigar quando era vivo. Em uma das folhas estava escrito “Interrompido, sem solução”.

(Toc Toc)

Nathalie bateu na porta e já foi entrando.

- Boa tarde, meu amor!

- Oi, Nathie!

- Acabei de chegar e estou louca para me banhar. Vamos?

- Eu vou logo em seguida. Preciso terminar algumas anotações.

- Tudo bem, mas não se demore.

- Não demorarei.

Pièrre leu algumas anotações e começou a se lembrar vagamente do caso. Ele era pré-adolescente na época do ocorrido, e por isso não sabia muito a respeito. Em seguida, guardou os papéis novamente no livro falso, e foi tomar seu banho. Durante o jantar, os dois trocaram algumas palavras sobre como foi o dia; Nathalie contou algumas fofocas que ficou sabendo durante sua visita à modista, mas Pièrre não prestou atenção.... Após o jantar, eles foram para o quarto.

Nathalie estava sentada na cama, encostada na cabeceira, quando viu o esposo se aproximar usando apenas uma ceroula bege; seu tesão foi despertado. A mulher o observava atentamente, mordendo os lábios. Seus olhos passeavam pelo abdômen de Pièrre, seu peito avantajado com pelos no meio, seus braços fortes, suas costas largas, sua bunda empinada e durinha, suas coxas (ah, as coxas de Pièrre a faziam delirar!!)... e o volume marcando naquela ceroula. Quando ele estava prestes a se sentar na cama, ela se arrastou até ele, logo tirando o pau dele para fora e o colocando inteiro na boca. Era um belo pau de 21 cm, liso, grosso e curvado para cima, quase que tocando o umbigo; a glande era pontuda, mas proporcional ao “tronco”, e o saco era grande e pesado. Ele logo ficou excitado e começou a foder a boca da esposa, fazendo-a engasgar. Depois de chupá-lo bastante, ela se deitou com as pernas abertas, esperando ser penetrada na vagina, que estava demasiadamente molhada. Porém, ele apenas abaixou a ceroula até os pés e virou sua esposa de costas, já apontando a rola para seu cu. Ela pensou em reclamar, mas sexo anal era melhor do que não fazer sexo. Automaticamente, ela molhou dois dedos de sua mão direita e os levou ao clitóris, esfregando-o para sentir prazer, enquanto seu cu ardia pelas estocadas do marido. Mesmo sendo penetrada por trás, ela teve dois orgasmos. Em menos de dez minutos Pièrre estava gozando, enchendo-a de porra, que escorria de seu cu até chegar ao lençol. Nathalie gozou mais uma vez. Pièrre se levantou, deu uma apertada na cabeça da rola ainda dura para fazer sair o resto de esperma, depois subiu a ceroula e se ajeitou para dormir. Ela arrumou a camisola vermelha, foi até o banheiro se limpar, e depois se deitou também, pegando logo no sono.

Nathalie era apaixonada por ele, mesmo não tendo certeza se seu sentimento era recíproco. Desde que foram apresentados para se casarem, Nathalie percebeu que Pièrre não era muito interessado nela, mas pensou que isso mudaria com o tempo, já que ela era uma moça lindíssima, com um corpo escultural e de boa família. Outros homens eram loucos para se casar com ela, mas seu pai optou pelo status social, já que o pai dele era o dono de um renomado jornal.

O tempo foi passando e Nathalie não conseguiu nada de Pièrre além de um grande carinho e amizade. Ela era bem cuidada por ele, que não lhe deixava faltar nada e sempre tentava fazer suas vontades. Porém, não havia amor, e no sexo, ele não a satisfazia sempre. Ele preferia sexo anal ou oral, para não a engravidar, dando a desculpa de que não estava pronto para ser pai. Quando faziam sexo vaginal, ele sempre tirava o pau para gozar fora, e isso a deixava com muita raiva, já que nem sempre ela chegava ao orgasmo.

Assim, a moça se ardia em desejo e acabava se masturbando entre uma transa e outra. Nesses momentos, ela fantasiava que transava com ele por todos os cômodos da casa, no escritório dele no jornal, e até no estábulo. Depois de um tempo, ela começou a notar outros homens, sobretudo o mordomo Jacques LeBlanc, e começou a ter fantasias com ele, o que lhe rendia orgasmos intensos, bastava ela esfregar as pernas uma na outra enquanto lia um livro, ou durante o banho. Nessa altura, Jacques já tinha percebido que ela o olhava diferente e, embora ele também se masturbava pensando nela, não arriscaria nada pois era um mordomo leal ao seu patrão e era um homem casado.

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Alguns depois de ter encontrado os documentos da investigação de seu pai e tê-los lido, Pièrre decidiu ir até Saint-Denis para ver se o caso estava de fato encerrado. No escritório do jornal, ele conversava com o repórter de sua equipe, o Antony Garnier.

- Mas será que esse caso não está resolvido? Já se passaram mais de dez anos!

- Sim, faz tempo, mas meu pai sempre colocava os casos encerrados em uma caixa específica, e esse estava escondido, como se ele estivesse investigando escondido.

- Entendi. E quando você pretende ir?

- Fiquei muito intrigado com isso. Pretendo ir no início do mês, e você irá comigo.

- Claro que vou! Vou aproveitar para visitar alguém lá.

- Ah é mesmo? Quem é a sortuda?

- É a Anne Bouvoir, uma mulata lindíssima com seios fartos que conheci da última vez que lá estive.

- Dormiu com ela?

- Mas é claro, meu amigo! Eu não perco tempo! E foi bom demais. Só de lembrar, já fico animado. – Disse ele pegando no pau.

Pièrre deu uma olhada no volume da calça de Antony, e então continuou:

- Bom, então fique preparado. Quando definir o dia exato, eu te falo.

- Ótimo. Vamos só nós dois?

- Sim.

- Muito bom... e vamos ficar no mesmo hotel?

- Sim, vai ser melhor.

- Com certeza vai. – Anthony falou com certa maldade.

- Sossega, Anthony!

- Estou sossegado! Hahahaha

Anthony era um homem solteiro, de 34 anos. Moreno, 1.80 m de altura, parrudo. Tinha cabelos lisos, altos na parte de cima; peito largo com pelos, barriguinha saliente, bunda grande e coxas grossas e peludas; tinha olhos castanho-escuros, boca carnuda, um rosto comum, muitíssimo charmoso, de olhar penetrante e lascivo. Ele estava sempre pronto para o sexo e não rejeitava ninguém desde que fosse minimamente atraente – mulheres ou homens. Ele gostava muito de frequentar o bordel novo da cidade, pois lá havia muitas opções e a que mais gostava era de um ménage com uma mulher e outro homem – comia os dois!

Desde que começou a trabalhar com Pièrre, Anthony percebeu que ele era homossexual, pois tinha um “radar” muito aguçado para isso. Quando se tornaram amigos e desenvolveram intimidade suficiente para ele compartilhar de suas aventuras sexuais, começou fazer brincadeiras com Pièrre, que sempre se esquivava e levava tudo na brincadeira. Quando Pièrre contava sobre o sexo com a esposa, Anthony comentava “Ah, como a Nathalie é sortuda!” Os dois riam. Anthony também sabia que Pièrre e Jean tinham um relacionamento, mas nunca fez piada com o patrão sobre isso. Dois de seus pontos mais fortes de sua personalidade era a sua discrição e lealdade sobre o segredo de seus amigos e ele considerava Pièrre como seu melhor amigo, o único para quem ele contava de suas aventuras sexuais.

No dia seguinte, Pièrre contou a Nathalie sobre a viagem, que seria dentro de duas semanas. Ele não contou o real motivo da viagem, apenas disse apenas que iria fazer uma reportagem rotineira. Ela não gostou da ideia pois teve um pressentimento ruim e tentou convencê-lo a não ir.

- Mas por que você não pode enviar seus repórteres até lá?

- Eu quero ir pessoalmente, há algumas coisas que eu mesmo preciso verificar.

- Mas e se precisarem de você aqui? Se EU precisar de você?

- Minha querida, vai ficar tudo bem. O Jacques está aqui e o Antony vai comigo. Não se preocupe; não vou demorar. Vai ficar tudo bem. – Disse ele dando-lhe um beijo na testa.

Ao contar para Jean, Pièrre explicou todos os detalhes da investigação que iria fazer, mostrando que tudo devia ser feito com muito sigilo, pois ele não sabia do que se tratava, apenas sabia pelas anotações de seu pai que ele iria mexer com gente poderosa. Assim como Nathalie, Jean não gostou da ideia e tentou dissuadir Pièrre da viagem. Porém, ele estava decidido a ir e nada o faria mudar de ideia.

- Mas por que eu não posso ir com você?

- Quanto menos gente melhor, para não levantar suspeitas.

- Mas já se passaram tantos anos, ninguém nem deve estar lembrando disso.

- Ei, eu não quero te colocar em risco. Além do mais, eu vou acionar um policial conhecido. Ele vai me acompanhar.

- E você vai viajar sozinho com o Anthony?

- Sim, por quê?

- Já peguei ele te olhando.

- Nada a ver...

- Ele não me engana!

- Deixa de bobeira...

Pièrre se levantou e deu um beijo em Jean, não se importando com a porta que só estava encostada. Jean apenas curtiu o beijo longo, sentindo a mão de seu amante pegando em seu pênis que enrijecia rapidamente. De repente, foram interrompidos por uma batida na porta. Era um dos jornalistas. Jean se levantou e foi para sua sala, e Pièrre ficou ali atendendo o jornalista.

Naquela noite, Pièrre chegou em casa e Nathalie novamente tentou fazê-lo mudar de ideia, mas ele foi irredutível, porém conseguiu tranquilizá-la. Quando foram para o quarto, ele pegou seu exemplar de “As Flores do Mal” e começou a ler de onde tinha parado na noite anterior. Nathalie fez o mesmo com um livro de romance, mas ela estava cheia de tesão, pois naquela tarde flagrou o volume do pau de Jacques enquanto fingia estar lendo um jornal.

Ela começou a acariciar as coxas dele e a beijar seu peito. Ele tentou ignorá-la e continuou lendo seu livro. Vendo que ele não reagia, ela subiu a camisola e montou nele, beijando seu corpo enquanto tomava o livro de sua mão e o colocando de lado. Nathalie passou a rebolar sobre o pau do marido, que pelo movimento ficou ereto. Ela o beijou e rapidamente tirou o membro para fora da ceroula, já o metendo em sua boceta. Ela sentava com luxúria e começou a cavalgar. Pièrre se rendeu e a fodia com força, o que a fez gemer alto e se contorcer de prazer, com orgasmos múltiplos. Seu corpo tremia por inteiro, suas pernas bambeavam, e ela virava os olhos. Ele apertava seus seios durinhos, acariciava sua barriga, e depois pegava com firmeza em sua bunda, levando um dedo em seu cu, o qual ele queria foder. Mas naquela noite, Nathalie não o deixou. Ela se deitou sobre o peito dele, jogando todo o seu peso sobre ele, segurando suas mãos, o que dificultou os movimentos dele. Ela rebolou freneticamente naquela rola grande até que ele não aguentou mais e começou a meter mais fundo, como se quisesse entrar dentro dela. Ela gozava repetidas vezes. Quando sentiu que ia gozar, Pièrre tentou tirar o pau de dentro dela, mas ela o prendeu com as pernas até que sentir o jato quente de esperma em sua boceta. Os dois, exaustos, se jogaram na cama e dormiram profundamente logo em seguida.

No meio da madrugada, Pièrre acordou com um barulho que vinha do lado de fora. Quando prestou atenção, notou que eram lobos uivando. Um vento frio entrava pela janela do quarto, agitando a cortina bordada, e o fez sentir frio, pois estava completamente nu. Pièrre se levantou e foi fechar a janela. Antes de fechá-la, olhou do lado de fora e contemplou a lua cheia, cuja luz adentrava seu quarto. Ele fechou a janela e ao voltar, se deparou com uma sombra de alguém de pé ao lado da cama. Parecia a sombra de um homem alto. Pièrre se assustou e sentiu um frio em sua espinha, e um medo intenso o paralisou. Ele pensou em gritar, ele queria gritar, mas sua voz não saía, só conseguia ficar ali parado. A sombra então se moveu e foi para o outro lado da cama onde Nathalie dormia, coberta por um lençol. Pièrre começou a murmurar, querendo gritar. Nathalie acordou e se sentou na cama olhando fixamente para ele. Mas ela não fazia nada, apenas o encarava com um olhar vago, como se estivesse em transe.

Aquela sombra então começou a se materializar na figura de um homem, vestido de preto e sobretudo. Era um homem muito lindo, ruivo, de cabelos curtos, e barba bem feita; ele tinha um olhar penetrante e uma feição sobremaneira maligna. Pièrre o reconheceu: era Paul Cartier! De repente, os olhos de Paul, que eram azuis, ficaram vermelhos. Pièrre, ficou ainda mais assustado observando tudo. Em seguida, Paul se sentou na cama, inclinando seu corpo para beijá-la. Ela não ofereceu nenhuma resistência; ao contrário, retribuiu o beijo, e os dois começam a se tocar. Paul puxa o lençol com o qual ela se cobria, revelando o seu corpo nu. As mãos dele deslizam sobre a barriga dela até chegarem à sua boceta. Ela solta um gemido de prazer e começa a rebolar enquanto os dedos de Paul lhe penetram. Pièrre começa a se desesperar. Não é possível que sua esposa está fazendo isso bem na sua frente!! Paul Cartier abre a calça e tira seu pau duro – o membro era grande, bem lisinho, apontando para cima. Sem cerimônia, ele se senta na cama e Nathalie sobe em seu pau, e começa a cavalgar freneticamente. Em seguida, Paul se deita e segura em suas pernas, começando a meter forte e rápido. Nathalie geme alto enquanto goza repetidas vezes, olhando para seu marido, que a essa altura chora diante da cena. Finalmente, Paul fica de pé no chão e coloca Nathalie de joelhos na beira da cama; ele a penetra novamente, de costas, e passa a meter ainda com mais força, levando-a a mais orgasmos. Quando ele está prestes a gozar, ele ergue o tronco da moça e, jogando os cabelos de Nathalie para trás, começa a cheirar seu pescoço esguio. Por algum motivo, Pièrre conseguia ouvir as batidas do coração dela e ver sua artéria pulsando no pescoço. De repente, uma fumaça negra envolve Nathalie e Paul, e Pièrre apenas ouve os dois gemendo de prazer pelo orgasmo de ambos. Aquela fumaça então se esvai, e Nathalie está só, caída na cama como que desmaiada... ou está morta? Pièrre não sabe. Só então ele consegue se mover e, chegando perto dela, entra em pânico ao ver sangue no corpo de sua esposa. Ele então dá um grito, “Aaaaah”. Com um barulho de quem recupera o fôlego, ele acorda completamente suado no meio da noite.

Fim do primeiro capítulo

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Após algum tempo, retorno a escrever contos para o CDC.

Espero que gostem!

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