Algumas semanas se passaram depois que Rick acordou.
Continuamos a investigar o caso do pai de Daniel de maneira sigilosa, mas parecia que sempre acabávamos no mesmo lugar.
Rick resolveu continuar em NY pois ele queria nos ajudar a encerrar o caso do pai de Daniel, o único problema é que como ele não tinha parentes na cidade, e também estava bastante mal por conta do tempo que ele ficou desacordado, ele estava ficando na minha casa.
Sim, eu estava morando com Rick e Daniel ao mesmo tempo, o que estava sendo muito difícil de absorver. Por mais que eu não sentisse nada mais por Rick, não vou mentir, eu fiquei meio mexido com a possibilidade de perde-lo para sempre.
-Ok, - falei para Daniel - mas sem muito barulho pois Rick esta no quarto ao lado e eu não...
Antes que pudesse completar a frase Daniel já estava com a boca no meu pau.
Já tinha bastante tempo que não fazíamos sexo por conta de todo esse problema que estava acontecendo.
-Ta gostoso? - perguntou Daniel tirando meu pau da boca dele.
-Sim - respondi completamente relaxado e de olhos fechados.
Fiquei ali, deitado na cama sentindo aquela boca macia passar por toda base do meu pau e engolir ele, cada centímetro.
Não estava mais me aguentando de tesão quando puxei Daniel pelo braço e o coloquei de quatro.
Já podia sentir meu pau começar entrar nele quando fomos interrompidos por uma batida na porta.
-Lucas? Descobrimos novas pistas! - dizia a voz de Rick do lado de fora do quarto.
-Você vai acabar é se resolvendo com sua mão se não der um fim nisso - disse Daniel pra mim e se levantou da cama em direção ao banheiro.
...
-Você já tinha reparado isso aqui, Rick? - perguntou Kate.
-O que?
-Você falou que nos dois casos que o pai de Daniel pegou, o policial encarregado foi o mesmo, correto?
-Isso! - disse Rick chegando mais perto de Kate
-Então, acontece que eu peguei outros casos desse policial, e parece que sempre que tinha algum caso grande da prefeitura ele era designado.
-Você quer dizer que ele pode ter sido comprado? -Daniel perguntou
-Faria total sentido - respondi
-Descubra pra mim quem era o advogado da prefeitura na época e arrasta ele aqui pra delegacia - falei pra Kate - sinto que estamos chegando perto de terminar essa história toda.
Kate voltou a atenção dela para o computador e enquanto isso busquei Daniel e o levei para o canto da sala para ter uma conversa particular.
-Você está bem? -perguntei a ele
-Sim, não vejo a hora que tudo isso acabe.
Me aproximei dele e dei um abraço.
-Isso vai acabar - sussurrei no ouvido dele - e quando tudo isso finalmente acabar, seremos só nos dois, viajando e aproveitando a vida como o casal de namorados mais lindos que essa cidade já viu.
-Namorados? -Daniel perguntou
-Não somos? Quer dizer que você só quer usar meu corpinho? -disse rindo.
-Não é isso, é que você nunca pediu formalmente.
-Não achei que precisasse até porque já estamos quase morando juntos né? Mas se é assim que deseja.
Me ajoelhei no chão e fiquei encarando-o.
-Levanta daí Lucas.
-Daniel Smith, você aceita namorar comigo e se tornar para sempre o meu parceiro anti-crime? Aceita salvar a cidade de Nova Iorque dia após dia comigo? Aceita meter a porrada em assassinos e prender qualquer bandido que exista nessa cidade?
-É claro que eu aceito! Agora levanta desse chão.
Levantei rindo, ele era muito fofo quando ficava constrangido. Daniel ficava completamente vermelho, parecia que ele ia desmaiar a qualquer momento de tanta vergonha.
-Será que posso te dar um beijo, namorado. -perguntei a Daniel.
-Claro que pode, namorado.
Durante o resto da tarde trabalhamos em alguns casos pequenos de fácil resolução pois não podíamos ficar parados enquanto o caso do policial não chegava a lugar nenhum.
Já era quase 20h da noite, estávamos nos preparando para ir embora quando Kate bateu na morta da minha sala.
-Lucas? Achamos o advogado. Ele está na sala de interrogação 02.
-Vamos lá? -disse Daniel se levantando da poltrona em que ele estava sentado.
-Correcao, eu vou lá. Esse caso é pessoal para você. Se você quiser assistir, vai para sala do espelho.
A sala de espelho era uma sala onde dava para ver e ouvir tudo que acontecia dentro da sala de interrogação. O nome dela era esse pois o que parecia ser um espelho, na verdade era um vídeo que apenas nós, policiais, conseguíamos ver o outro lado.
Caminhei em direção a sala de interrogação. Aquela era uma chance que eu não podia desperdiçar.
-Kate, você entra comigo. Hoje você é a policial má. - falei entregando a ficha do interrogado na mão dela e abrindo a porta da sala.
-Advogado Heron, tudo bem? Acredito que conheça seus direitos e que você tem direito a um advogado, não é mesmo? -falei com um ar debochado.
-Não precisa me explicar meu trabalho Detetive.
-Que bom, então vamos direto ao assunto? - disse Kate - Edward Smith.
-Quem é esse? - disse Heron - algum cantor? Tem nome de cantor.
-Se eu fosse você não fazia o engraçadinho. -continuou Kate - você sabe de quem estou falando.
-Desculpa, sinceramente não sei.
-Edward Smith foi um outro advogado que quase acabou com a prefeitura de Nova Iorque por diversas vezes. Quer relembrar os casos que você estava prestes a perder e eles sempre eram arquivados?
Nesse momento pude perceber por dois segundos que a fisionomia de Heron mudou completamente, como se ele tivesse ficado preocupado.
-Desculpa, não posso ajudar os senhores. Não sei sobre...
-Heron? - disse Kate se levantando e chegando perto dele - será que alguém ficaria irritado com você caso resolvesse abrir sua boca? Um deputado...
Kate começou chegar mais perto dele, o que foi o deixando totalmente desconsertado.
-Talvez um agente da polícia - disse ela chegando mais perto do ouvido dele - um prefeito, ou sei lá, um senador...
Antes que ela pudesse continuar ele se levantou rapidamente de maneira brusca e começou ajeitar sua gravata.
-A não ser que tenham algum mandato para me manter aqui sinto dizer que nossa conversa já acabou. Preciso encontrar outros clientes ainda.
-Claro que acabou - disse Kate - aliás, manda um beijo pro senador.
Heron se ajeitou rapidamente e saiu em direção a porta.
-Manda um beijo pro senador? -perguntei.
-Você sabe que eu fiz um curso de análise comportamental né? Viu como ele ficou quando falei que poderia ser até um senador? Completamente nervoso.
-Kate- falei me aproximando dela e dando um beijo em seu rosto - você é a melhor!
-Agora é fácil, só precisamos chamar esse filho da puta.