Ele tinha sido colega de faculdade de minha mãe, de modo que gozava de sua total confiança. Morando sozinho no apartamento ao lado, ele me convidava a lhe fazer um pouco de companhia, ocasião em que me dava as guloseimas que minha mãe me proibia de consumir, pois, segundo ela, eu já estava acima do peso.
Um dia ele me apresentou mais um motivo para visitá-lo: um tablet com muitos jogos, que me incutiram em mim o vício hoje tão comum até entre adultos. Inicialmente, eu jogava sentado no sofá, mas, por sua sugestão, encontrei uma posição mais confortável: deitado em sua cama.
Eu chegava da escola, tomava banho, vestia somente um short e lá ia eu para o apartamento do senhor Rubens, que usava normalmente um calção folgado.
Então, quando eu lhe pedi instruções a respeito de um jogo que eu não conseguia desempenhar, ele utilizou um método muito peculiar. Eu estava de bruços, ele se deitou em cima de mim e foi me mostrando os comandos e dando instruções. Aprendi, ele continuou em cima de mim, respirando fortemente, depois entrou no banheiro.
No outro dia, com o pretexto de ver como eu estava me saindo, ele tornou a deitar em cima de mim. Dessa vez, encaixando o púbis em meu traseiro. Eu sentia sua respiração e aquela coisa dura, que ele movimentou durante algum tempo, antes de pular da cama e ir apressadamente para o banheiro.
Assim passaram os dias. Eu já sabia de antemão o que ia acontecer, por isso não reclamava. Como também não reclamei quando ele baixou um pouco meu short antes de vir por cima de mim. Só então percebi que seu calção também estava baixado. Pele com pele, eu sentia sua ereção entre minhas nádegas, sua respiração ofegante, o pulsar de seu coração em minhas costas. E vinha o desfecho, que era sua ida para o banheiro.
Eu estava tão acostumado àquele ritual, que senti falta quando nada aconteceu. Entretido nos jogos, eu observava, no entanto, com o canto do olho a movimentação de seu Rubens, que vinha de vez quando à porta do quarto, depois retornava para a sala ou cozinha. Hoje sei que ele estava nervoso, a consciência dizendo-lhe que aquilo era errado, a libido incentivando seus desejos concupiscentes.
Passados alguns dias naquela espera, encontrei um jogo novo no tablet.
— Seu Rubens! — chamei. — Como é esse jogo novo?
Para minha decepção, ele se limitou a me dar instruções sentado na cama e retornou a seus supostos afazeres, que o afastavam da tentação. Não por muito tempo, porém. Sucumbindo à fraqueza da carne, ele retornou e se apossou de meu short, que desceu por minhas pernas, deixando-me completamente nu, e se pôs a acariciar minhas nádegas. Aquilo me causava arrepios e uma espécie diferente de contentamento. Cada vez que seus dedos alcançavam meu ânus, e lá se demoravam, inconscientemente eu empinava a bunda.
Foi o suficiente para a sua maior ousadia.
Ele se livrou do calção, mostrando um pênis que hoje, com a minha experiência, sei que media uns 15 centímetros, mas, na época, pareceu-me enorme.
E aconteceu.
Deixando-me docilmente colocar na posição de cachorrinho, senti um friozinho no ânus quando ele aí espalhou um creme, que era na verdade um remédio para hemorroida. Depois senti a sua ereção deslizar e se posicionar. Então, segurando-me pela cintura, num só movimento seu Rubens impulsionou a pica. Ai! gemi, ao sentir meu orifício se abrir, empurrado de fora para dentro por aquela espécie de aríete duro como um cabo de vassoura. Mas não foi um gemido propriamente de dor, apesar de ter doído um pouco. Foi a descoberta de uma sensação nova e muito prazerosa, que se intensificava à medida que a pica ia e voltava em meu ânus, como uma suave massagem que despertava um ponto desconhecido de desconhecidos prazeres.
Prazeres carnais, que nem ele nem eu exprimíamos em palavras; apenas em gemidos incontidos. Quando a pica saiu, o vazio que deixou me fez compreender que aquele era o meu destino.
Este relato foi revisado por Érika. Leia seus livros, assinados por L. Nobling, seguindo este link:
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