Marido de Aluguel / Alívio Imediato

Um conto erótico de Kamila Teles
Categoria: Heterossexual
Contém 1868 palavras
Data: 01/11/2022 20:57:37
Última revisão: 02/11/2022 15:42:24

Era a terceira vez que o Marido de Aluguel (o Faz Tudo) vinha à minha residência, não veio para fazer um conserto, e sim terminar um serviço iniciado e deixado pela metade um dia antes em minha cama.

Permita-me inicialmente narrar como nos conhecemos e nossa primeira conversa.

Foi na manhã (bem de manhã) da última sexta-feira de setembro de 2022. Do nada estávamos frente a frente na cozinha da minha casa. Até aí, nada de mais, não fosse meu traje, estava só de calcinha. Dormi assim após chegar de pileque à uma da manhã, foi só o tempo de jogar os sapatos e o vestido pro lado, deitar e apagar em seguida.

Acordei com o estômago embrulhado e um enjoo da porra. Estava acabada por consequência de uma mistura de bebidas ingeridas no encontro para massagem erótica da noite anterior. Era cedo demais para mim, ainda assim levantei com esforço e desci até a cozinha em busca de um anti ácido.

Peguei a garrafa d'água na geladeira e um copo na pia. Quase larguei tudo ao ouvir a voz de um homem adentrando pela porta dos fundos.

— Dona Helena? — disse ele pensando tratar-se da minha mãe.

Lembrei dela ter dito que um eletricista viria.

O cara alto, sarado, próximo dos trinta anos e aparência latina, ficou constrangido e pediu desculpas demonstrando respeito. Mas demorou para desviar o seu olhar dos meus seios nus e mirar nos meus olhos.

Pensei em cobrir os peitos com o braço, entretanto, algo chamou minha atenção, e não foi somente o meu lado exibicionista falando alto, foi o fato de ter reconhecido o cara de algum lugar. Vou explicar:

Quando cursava o último ano do colégio há pouco menos de um ano, em meus retornos para casa, pegava um ônibus urbano.

Ao chegarmos num ponto de ônibus, devemos ser educados o suficiente e darmos a preferência de embarque às pessoas que chegaram antes de nós. No entanto, uma dona sem noção que chegava sempre após os demais, atropelava a mim e a todos para entrar antes. Um dia até levei um chega pra lá da vadia ao ter o "atrevimento" de tentar tomar sua frente.

A cavalona, vulgar e mal-educada, descia um ponto antes do meu. Às vezes, um cara de aparência latina a aguardava no ponto. Davam um selinho e se abraçavam enquanto o meu ônibus ia embora.

Então, gente, reconheci o cara na minha cozinha. Imediatamente brotou em mim um sentimento de vingança contra a vadia do ônibus. Ainda mais quando vi uma aliança em sua mão direita. Conversei com o noivo como se eu estivesse vestida, deixando que explorasse meu corpo com seus lindos olhos castanhos.

— Oi! Você é o eletricista, né?

— Sou. Desculpe, pensei que fosse a dona Helena — disse ele, e precavido ameaçou retornar para os fundos.

— Espera, tá tranquilo, seu… Qual é o seu nome?

— Rodrigo. Você é a Nicole?

— Sou, prazer! Sabe como a mamãe chama você? De: "meu marido de aluguel" — disse sem esperar resposta e dei um sorriso maroto.

Ele sorriu, depois disse que nomeiam assim os caras que fazem vários tipos de consertos domésticos.

— Já te vi algumas vezes no ponto lá de baixo com uma mulher loira.

— É a minha noiva.

O tal Rodrigo parecia mais à vontade, e eu mais interessada em seduzir o homem, que além de simpático, também tinha outros atributos. Cheguei ao ponto de fazer uma brincadeira com segundas intenções.

— Também gostaria de ter meu marido de aluguel, você teria um tempinho pra mim?

— Com certeza, qual o serviço?

Antes de lhe responder que não era para nenhuma categoria de conserto, ouvi o grito da mamãe me chamando.

— A gente se fala daqui a pouco — disse e saí correndo após deixar a garrafa e copo sobre a pia.

Encontrei com a mamãe no alto da escada.

— O que tá fazendo uma hora dessa correndo nua pela casa, dona Nicole?

— Nem te conto, mami, fui tomar um sal de frutas e percebi que tem alguém na nossa área de serviço. Saí correndo e nem tomei nada.

— Sua louca! Te falei ontem que viria o eletricista. Ele te viu?

— Não sei, acho que não.

Pouco depois, desci novamente e consegui ter uma conversa rápida e particular com ele. Combinamos que viria na tarde seguinte para instalar uma tomada no meu quarto. Todavia, minha mãe não poderia saber, falei. Ele concordou.

Ainda não tinha certeza se deixaria rolar até os finalmentes e enfeitaria com um par de chifres a cabeça da cretina do ônibus, naquele instante, pareceu-me interessante e divertido conquistá-lo.

Ele chegou no horário combinado para aquele sábado. Evidente que eu não precisava dos seus serviços de eletricista. Vesti apenas um robe de seda, vermelho e curtinho, e fui até o portão receber o cara. Havia saído do banho minutos antes, estava toda cheirosinha e de pele macia ansiando por um carinho. Já havia decidido que deixaria rolar, momentos antes, enquanto passava um creme para o corpo.

— A dona Helena está em casa? — perguntou o homem perfumado.

— Minha mãe foi para Barra Bonita com o namorado, só retornará amanhã à noite — respondi deixando claro que teríamos muito tempo para uma intimidade.

Levei o homem direto para o meu quarto.

— Onde deseja que eu coloque a tomada? — perguntou ele de praxe. Estava me testando, deduzi.

Abri meu robe bem devagar, depois deixei que fosse ao chão. Fiquei nuinha defronte o homem e meu tesão dobrou vendo sua cara de guloso e sua expressão de admiração:

— Uau!

— Eu quero levar uma tomada com força do meu marido de aluguel — falei com minha melhor carinha de safada e abri meus braços o convidando.

Ele soltou a caixa de ferramentas no chão e partiu pro ataque.

No primeiro abraço e beijo senti que ele veio preparado, sem odor de suor e deliciosamente perfumado.

Em instantes, juntos o deixamos nu da cintura para baixo. Ele se divertiu fodendo na minha boca que engolia seu pau todinho sem esforço.

Em minutos foi minha vez de sentir sua língua em meu sexo, sobre a minha cama. Nessa altura, "meu marido de aluguel" também já estava pelado.

Percebi que o oral não era sua especialidade. Sem problemas, ele tinha outra ferramenta para me levar ao gozo de um modo mais gostoso. Ele deve ter pensado o mesmo, montou entre minhas pernas abertas me fodendo num delicioso papai e mamãe. O beijo na boca foi do jeito que eu amo.

Ele bombava divinamente e falava sacanagens propiciando ainda mais satisfação durante a foda.

Meu parceiro controlava os movimentos tentando prolongar aquele momento de deleite. Queria poder ficar por horas sentindo o calor daquele corpo e seu nervo introduzido se movendo suave dentro de mim. Mas nem tudo é perfeito, um som veio atrapalhar nosso instante tão íntimo:

— É o alarme do meu carro — disse ele.

— Deve ser de outro — falei.

— Eu conheço, é o meu — disse e parou de bombar sem retirar o negócio.

Abracei o homem com força e mexi feito doida embaixo dele, que retomou as estocadas, mas não como antes.

— Preciso ir lá, Nicole! — murmurou.

— Você não tem seguro? — sussurrei tentando diminuir a importância do problema.

— Tenho — respondeu ofegante.

— Então me fode gostoso que eu pago a franquia — falei entre gemidos de prazer.

Porém, seu pau estava perdendo a potência.

— Desculpe, minha linda, mas não consigo continuar.

Enfim, ele tirou de dentro e saiu de cima. Vesti-se a jato e foi ver a porra do carro.

Não houve tentativa de furto, uma dona bateu de leve atrás ao estacionar e disparou o alarme. Ela ainda estava lá e disse que arcaria com as despesas.

Tudo resolvido, contudo, não havia mais clima para retomarmos a transa. Meu marido de Aluguel tinha outro compromisso.

Pedi que viesse almoçar comigo no dia seguinte. Confirmou que viria.

Naquela noite eu iria com meu pai na balada liberal da Hot Funs. Já relatei o ocorrido no conto "Deu Ruim na Balada Liberal", então não vou me alongar aqui.

***

Manhã de domingo, novamente recebi o Rodrigo vestida apenas com o robe vermelho. Queria continuar de onde paramos.

Ele foi cavalheiro trazendo uma garrafa de vinho. Adentramos minha residência e começamos a nos pegar imediatamente, ainda na sala.

As preliminares foram somente beijos e amassos enquanto o despia. Meu robe foi a última peça a atingir o chão, retirada por ele. Colocou-me curvada, apoiada no braço do sofá e penetrou minha boceta encharcada arrancando meus gritinhos de vadia.

Deus! Como ele consegue ser tão gostoso? Pensei enquanto rebolava feito uma puta no seu pau.

Pensei em proteção, todavia, os meus preservativos estavam fora de alcance, no meu quarto. Nem em sonho interromperia aquele clima, um orgasmo especial florescia em mim de uma maneira exponencial. Foda-se! Pensei, e gozei adoidado curtindo de montão aquele homem. O danado levou-me ao paraíso quando seu gozo foi anunciado por urros, aceleração das estocadas, seguido de muita porra jorrando dentro de mim.

— Ah! Você é muito gostoso, sabia? — falei quase sem voz.

Aquela primeira transa foi perfeita. Depois dela, paramos para saborear o vinho e ele me ajudaria a fazer o almoço.

A segunda etapa sexual continuou na parte da tarde. O melhor momento foi um anal perfeito com seu pau de tamanho ideal, nada exagerado, proporcionando apenas delícias sem a menor dor.

O sol começava a se pôr após um dia delicioso. A mamãe não tardaria muito a chegar. Meu marido de aluguel se foi.

Comecei a limpar a cena do crime conversando comigo mesma: Putz! Que cara gostoso!

Amei seus serviços, sobretudo, por cumprir a promessa feita em seu perfil profissional em uma mídia social (Satisfação Garantida). Não era mentira, ele soube como satisfazer meus desejos.

***

Você leu meu conto "Deu Ruim na Balada Liberal"? Se não, leia antes de ler esse final.

Quatro semanas depois

Faz oito dias que confirmei a minha gravidez para o meu pai. Voltei a ligar para contar as novidades:

— Alô!

— Paizinho?

— Paizinho é introdução para pedir algo. O que quer dessa vez, Nicole?

— Quero dar duas notícias. Uma boa e outra ruim.

— Jesus amado! Se disser que a boa é porque descobriu que serei além de pai, também avô de gêmeos, mandarei te internar.

— Não, papi, a boa é que minha menstruação desceu, uhuuu!

— Yeees! Deus existe — disse papai.

— A ruim é que mamãe ficou sabendo da minha gravidez, ao mesmo tempo, em que presenciou meu aborto espontâneo. Estava passando mal desde manhã, com cólicas e dor de cabeça. Ela viu quando iniciou o escorrimento. Depois disse que iria descobrir quem era o pai, pois eu me neguei a revelar.

— Sua mãe sempre foi péssima detetive, estou mais tranquilo que nunca.

Combinei com ele que tiraria alguns dias de folga antes de voltar ao nosso negócio de "massagens eróticas para casais".

***

Talvez eu não tenha engravidado do meu pai naquela balada liberal. Pode ter sido do Marido de Aluguel, visto que a transa com ejaculação com o Rodrigo, aconteceu um dia após a praticada com seu Flávio, meu pai.

Bom, o importante é que não seria mãe, assim como nenhum dos dois seria pai, ufa! Que alívio!

Fim

Agradeço a atenção de todos vocês!

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Foto de perfil de KamilaTelesKamilaTelesContos: 174Seguidores: 112Seguindo: 0Mensagem É prazeroso ter você aqui, a sua presença é o mais importante e será sempre muito bem-vinda. Meu nome é Kamila, e para os mais próximos apenas Mila, 26 anos. Sobrevivi a uma relação complicada e vivo cada dia como se fosse o último e sem ficar pensando no futuro, apesar de ter alguns sonhos. Mais de duas décadas de emoções com recordações boas e ruins vividas em períodos de ebulição em quase sua totalidade, visto que pessoas passaram por minha vida causando estragos e tiveram papéis marcantes como antagonistas: meu pai e meu padrasto, por exemplo. Travei com eles batalhas de paixão e de ódio onde não houve vencedores e nem vencidos. Fiz coisas que hoje eu não faria e arrependo-me de algumas delas. Trago em minhas lembranças, primeiramente os momentos de curtição, já os dissabores serviram como aprendizado e de maneira alguma considero-me uma vítima, pois desde cedo tinha a consciência de que não era um anjo e entrei no jogo porque quis e já conhecendo as regras. Algumas outras pessoas estiveram envolvidas em minha vida nos últimos anos, e tiveram um maior ou menor grau de relevância ensinando-me as artimanhas de uma relação a dois e a portar-me como uma dama, contudo, sem exigirem que perdesse o meu lado moleca e a minha irreverência. Então gente, é isso aí, vivi anos agitados da puberdade até agora, não lembro de nenhum período de calmaria que possa ser considerado como significativo. Bola pra frente que ainda há muito que viver.

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