O que é o Amor! (2a Temporada - CAPÍTULO 01) - Encontro Inesperado

Um conto erótico de IDA (Autorizado por Nassau)
Categoria: Heterossexual
Contém 4896 palavras
Data: 09/11/2022 11:35:35

Caríssimas(os) leitoras(es). Este é o início da segunda temporada quem tem um foco e uma dinâmica diferentes da primeira temporada. Esta foi escrita com o objetivo de mostrar as consequências dos eventos acontecidos na temporada anterior assim como as causas relacionadas aos alguns comportamentos dos personagens.

Esta temporada também é composta por nove capítulos. Muitos leitores(as) que acompanharam a série original (ou os resumos que foram publicados) tem suas opiniões sobre o conteúdo. Uns adoram e outros odeiam, rsrsrs.

Aos novos leitores eu peço que não se deixem influenciar por eventuais comentários dos que já conhecem a obra. Leiam, comentem, tirem as suas conclusões. Aos que já leram, peço, como cortesia aos novos leitores(as), que evitem “dar spoiler”.

De qualquer forma, comentários são sempre bem-vindos.

Capítulo 01 – Encontro Inesperado

Seis anos se passaram desde os acontecimentos que abalaram a vida de Bruna e Renato. Abalaram de todas as formas, pois apesar de todos os problemas que passaram, serviu também para derrubar algumas barreiras e melhorar tanto a relação social como a vida sexual deles.

Mas a rotina, como sempre, acaba se sobrepondo e, por esse motivo, aqueles momentos de sexo com alguma extravagância já era raro de acontecer. Perante a sociedade era de causar inveja, com ambos trabalhando juntos, atuando como advogados e dividindo os trabalhos entre eles, com a ajuda de Álvaro e Edna que aceitaram o convite deles para trabalhar no escritório de advocacia e também eram presença obrigatória nas festas e reuniões oferecidas por membros da elite paulistana. Por outro lado, vida sexual estava deixando a desejar.

Bruna se sentia incomodada com aquilo. Ela sabia e se definia como uma mulher que possuía um vulcão adormecido dentro dela. Foi essa a característica que fez com que sucumbisse ao tio de Renato, iniciando toda aquela situação. Sabendo da forma como acabara machucando ao marido e a si mesma, se policiava, afastando-se da aproximação de qualquer homem.

Assim, foi adquirindo a pecha de mulher esnobe, o que era corroborado pelo fato dela ter nascido em berço de ouro. Sem poder se abrir com o marido, fez de Edna sua confidente, a quem contava todos os seus anseios. A mulher que adorava Bruna, mas também nutria o mesmo sentimento por Renato, principalmente depois do falecimento da mãe desse, menos de um ano depois daquele fatídico acontecimento. Além disso, o fato de o pai ter julgado o filho responsável pela morte do irmão e, por tabela, da morte da esposa que foi diagnosticada com câncer. Sem poder esconder o ódio que sentia pelo filho, sempre o acusava quando estavam perto, fazendo com que Renato se afastasse dele de forma definitiva.

Mas a vida, como ensina a sabedoria popular, é feita de ciclos e existe também aquele ditado que diz: “não a bem que sempre dure e não há mal que não se acabe”. E o ciclo daquela convivência em harmonia estava chegando ao seu final, sem que nenhum dos envolvidos estivesse se dando conta disso. E quando tudo começou, a vida de Bruna sofreu uma nova reviravolta.

Era segunda-feira e Bruna acabara de saber que uma audiência de conciliação entre sua cliente Dora e a empresa de onde se demitira depois de ocorrer sucessivos casos de assédio moral e sexual fora adiado. Como estava programada apenas aquela audiência para o dia, Bruna se viu com o resto da manhã e à tarde toda livre e estava pensando sobre isso quando sua secretária comunicou que havia uma mulher solicitando uma entrevista com ela. Sentindo-se até aliviada em saber que haveria algo para preencher seu tempo, autorizou o ingresso da mulher em sua sala e aguardou.

Porém, quando a mulher, guiada pela secretária entrou em sua sala, Bruna empalideceu. Suas pernas, tremendo como uma gelatina, sequer permitindo que ela se levantasse para cumprimentar a recém-chegada e o pânico que se apoderou dela impediu que aceitasse apertar a mão que a outra lhe estendia.

A mulher, procurando disfarçar, recolheu a mão e se sentou em uma das poltronas de interlocutor que havia em frente à mesa da jovem mulher.

–(Mulher) O gato comeu a sua língua? – Perguntou a mulher demonstrando bom humor ao ver que, mesmo tendo a secretária se ausentado da sala, Bruna a encarava com uma expressão que ficava entre o ressentimento, a surpresa e certo temor.

–(Bruna) Que ... O que ... você quer comigo? – Perguntou por Bruna fazendo um esforço enorme para falar.

–(Mulher) Nossa! Parece até que você viu um fantasma. – E como Bruna não disse nada, a mulher continuou: – Sou eu querida. Lembra-se de mim? Ester, mãe da Aline. – Ao ouvir esse nome Bruna sentiu um leve tremor a em seu corpo. – A Ester a quem muitas vezes você recorreu para buscar conselhos ou consolo quando algo de novo acontecia entre você e seus namoradinhos. Lembra?

–(Bruna) Eu sei quem a senhora é Dona Ester. O que eu não sei é o que a senhora quer aqui. – Disse Bruna tentando demonstrar domínio sobre si mesma.

–(Ester) Que bom que você sabe quem eu sou, querida. E pode ficar tranquila que eu não quero nada de você. – E ao ver pelo olhar que Bruna lhe lançou que ela não acreditara em nada disso, completou. – Na verdade eu quero algo sim. Mas é uma coisa que só posso ter se você realmente estiver disposta a me oferecer. Nada forçado.

Entendendo que o melhor era dar atenção à mulher, pois acreditava que quanto antes lhe atendesse, ou recusasse uma solicitação, mais cedo ela iria se retirar. Bruna pediu a ela que dissesse logo do que se tratava.

Ester ficou pensando a respeito. Ela avaliou que, se fosse direta em seu pedido, a jovem iria se recusar e, como ela realmente não desejava forçá-la a fazer nada, decidiu não ir diretamente ao assunto. Pensou mais um pouco e disse:

–(Ester) Eu quero um pouco do seu tempo. Nada muito prolongado. Apenas tenho algo que preciso falar com você.

Como ninguém pede o tempo de uma pessoa se não for para falar ou mostrar alguma coisa e, temendo que a outra pedisse que ela falasse logo sobre o assunto, Ester já emendou.

–(Ester) Mas não pode ser aqui. – Bruna olhou a mulher com desconfiança, o que fez que a outra se explicasse melhor: – Você pode escolher a hora, o local e não tem importância que seja um lugar público, com outras pessoas por perto. Assim você irá se sentir mais segura. Se bem que eu nunca faria nada contra você.

Bruna ficou encarando a mulher enquanto a lembrança trazia à sua mente as vezes em que Ester, preenchendo a lacuna deixada por sua própria mãe no relacionamento entre mãe e filha por se tratar de uma mulher austera. O que disse Ester era verdade, foi ela que soubera do primeiro beijo, aconselhara sobre os avanços dos namorados e até mesmo lhe informara que ela estava pronta para perder a virgindade quando ela estava em dúvida se iria ou não para a cama com o namorado que nos últimos tempos insistia nisso, até mesmo dando um ultimato de que, a continuidade do namoro dependia disso.

Sentindo-se mais segura com relação à Ester, Bruna concordou. Começou então a pensar em um local onde se sentisse em segurança e ao mesmo tempo livre dos olhares de pessoas conhecidas, quando tomou a decisão de enfrentar logo o problema e sugeriu:

–(Bruna) Bom, já está quase na hora do almoço. Se você não se importar, podemos ir juntas. Basta você me aguardar por uns quinze minutos.

–(Ester) Aqui? Você quer que eu espere aqui? – Perguntou Ester sem deixar transparecer nenhum sentimento de alegria ou mesmo alívio ao ver que seu desejo estava sendo atendido.

Bruna assentiu com um aceno de cabeça, ao que Ester falou:

–(Ester) Melhor não minha filha. Acredito que você teria problemas de sermos vistas saindo juntas, principalmente se eu for reconhecida.

Bruna sabia que Ester se referia a Renato, pois ele era o único ali que conhecia a mãe de Aline. Nem mesmo Edna ou Álvaro tinham estado com ela antes. Se bem que o fato dela ser tão parecida com a filha poderia sim dar algum indício ao casal de amigos idosos e experientes, do que se tratava. Então concordou e combinaram que a mulher sairia antes e aguardaria por ela no estacionamento onde ficava seu carro. Deu as indicações do local à Ester que se retirou demonstrando estar segura de que não seria enganada.

Depois de ligar para o marido avisando que iria sair para almoçar, Bruna saiu, não sem antes avisar à Secretária que não sabia que horas voltaria, pedindo a mesma que anotasse os recados. Depois foi tomar o elevador, onde se questionou porque alertara à funcionária sobre a possibilidade de retornar mais tarde se nem mesmo sabia qual seria o assunto que Ester se referia e quanto tempo isso duraria.

A mulher já esperava no estacionamento, entraram no carro e saíram em direção ao Bairro de Pinheiros onde Bruna parou no primeiro restaurante que entendeu permitir uma conversa reservada. Durante o almoço pouco falaram. Quando Ester já apreciava o café que apenas ela pedira, Bruna demonstrou sua impaciência, pedindo para que ela entrasse no assunto que as trouxera ali, ao que Ester disse sem vacilar:

–(Ester) Só quero te fazer um pedido. Sei que não é fácil para você, mas preciso que você perdoe minha filha.

Bruna olhou com incredulidade para a mulher. Afinal de contas, tanto mistério, tanto suspense, para falar uma bobagem como aquela. É lógico que ela não tinha a menor intenção de sequer de tocar em qualquer assunto onde Aline pudesse aparecer, ainda mais um em que ela fosse a personagem principal. Então, tentando usar uma dose cavalar de sarcasmo, disparou:

–(Bruna) Qual Aline você quer que eu perdoe? Você quer perdão para a Aline minha amiga, companheira e confidente de todas as horas ou para a Aline vadia, sem caráter que primeiro tentou ficar com meu namorado e depois se aliou a um crápula para me colocar numa situação em que quase perdi a vida?

Bruna jogou verde pois não sabia se Ester tinha conhecimento do envolvimento da filha com Arnaldo. Contudo, pelo semblante de Ester, Bruna percebeu que ela sabia do relacionamento dos dois. E principalmente, o que tinha acontecido e da participação da filha no episódio. Sem perder a compostura, Ester continuou:

–(Ester) Nem uma das duas, – e ao ver que Bruna não dizia nada, apenas a encarava aguardando, continuou: – Aline não era nenhuma coisa nem outra. Minha filha era outra pessoa que você nunca conheceu e, o pior de tudo, eu sou a culpada de tudo. Na verdade, esse perdão servirá mais para mim do que pra ela. Sou eu que preciso desse perdão e não ela. Mas isso é uma coisa que, para entender, você teria que ouvir toda a história e você me parece estar muito apressada para isso.

Bruna apenas abriu sua bolsa, retirando a carteira e já ia separando uma nota de cem reais quando Ester lhe perguntou o que ela estava fazendo.

–(Bruna) Vou te dar dinheiro para o táxi. Assim você vai embora e, por favor, viva como se essa conversa hoje nunca tivesse acontecido.

Ao levantar os olhos para entregar o dinheiro à mulher, Bruna levou um choque que a paralisou momentaneamente. A expressão de Ester mudara de uma forma tão intensa que, se ela não estivesse ali um minuto antes, jamais a reconheceria.

As narinas dilatadas, os lábios entreabertos, a pele de um tom arroxeado e os olhos mostrando algo que ela jamais vira. Era algo diferente. Não era por estar fixo e com as pupilas dilatadas, como também não eram as duas lágrimas que brotavam lentamente. Era algo diferente e a única coisa que Bruna julgou identificar naquele olhar foi a dor.

Uma dor que antes não estava ali. Uma dor que brotava do fundo da alma e se irradiava através daqueles olhos atingindo quem estivesse a sua frente. Era como se, como uma medusa que transformava em pedra que a olhasse nos olhos, distribuísse aquela dor aos desafortunados que também o fizessem.

Foram apenas trinta segundos. Em um esforço supremo, Ester se controlou e Bruna viu suas feições voltarem a se normalizar para a da mulher bonita e conservada que ela era, não aparentando seus quarenta e cinco anos incompletos.

Ester é uma mulher de baixa estatura e em tudo lembrava a filha, sendo a única diferença o quadril um pouco mais largo e os seios maiores. Bruna, num vislumbre, notou que até mesmo a forma que ela usava uma presilha prendendo os cabelos do lado direito enquanto do lado esquerdo uma mecha caia por sobre o seio enquanto a maior parte caia em cachos até o meio das costas.

E aqueles trinta segundos foi tempo suficiente para causar uma mudança no âmago de Bruna que, de repente, deixou de sentir a aversão que até agora tão estoicamente disfarçara e sentir um pouco de compaixão por aquela mulher que outrora lhe fora tão querida. Então guardou o dinheiro na carteira, devolvendo-a a bolsa e pedindo a conta que logo foi entregue.

Pagou em dinheiro e, sem se preocupar com troco pegou nos braços de Ester e a conduziu em direção ao seu carro, informando que iria levá-la em casa. O ânimo de Bruna mudara tanto que ela não se incomodou quando, sem que fosse consultada, Ester iniciou a uma narrativa de sua vida, explicando antes que, para entender as ações de sua filha, antes seria necessário conhecer a ela:

–(Ester) Casei-me cedo. Não tinha nem mesmo completado dezessete anos e estava apaixonada por Marcelo. Ele era o tipo de garoto que não se destacava em nada. Não era atleta, não era galã, não era nerd e também não era o pior aluno da classe. Na verdade, ele era uma daquelas pessoas que nasceram para ficarem na média em tudo. Nunca foi o melhor, assim como nunca foi o pior em nada. Aliás, só havia uma coisa em que ele se destacava que era sua timidez. Até acho que foi essa timidez que me aproximou dele.

“Mas eu não era tímida. Muito pelo contrário. Eu era uma das mais atiradas entre as meninas que faziam fama de putinha entre os garotos da escola. Na verdade, eu era muito mais, pois enquanto elas se satisfaziam em fazerem uns boquetes ou baterem punhetinhas para os rapazes, eu já estava indo para a cama com alguns professores. Perdi a virgindade com o professor de matemática e já tinha passado na mão de quase todo o corpo docente, pois algumas das professoras também não resistiram em me ensinar o prazer que se pode ter entre as mulheres”.

Parecia que Bruna estava atenta ao discurso. E Ester continuou:

–(Ester) Acho que, por isso mesmo, foi um verdadeiro escândalo quando Marcelo e eu assumimos o namoro e eu jurei ser fiel a ele, conseguindo com facilidade fingir uma dor que não sentia na primeira vez que transamos, afinal, tinha que convencê-lo que minha virgindade fora dada a ele. Mas a minha fidelidade não aguentou quatro meses e, a única coisa que mudou, é que agora tinha que arrumar desculpas para o namorado que parecia um carrapato, estando sempre ao meu lado onde quer que eu fosse, o que não era difícil, pois para poder ter algum espaço, consegui convencê-lo de que ele não deveria participar do mesmo grupo de estudo que eu, alegando até mesmo que não aguentaria ter ele ali tão perto e ia acabar fazendo besteiras na frente de minhas amigas.

Ao contar essa parte, Ester não pode se furtar a dar uma risadinha marota.

–(Ester) Quando nos casamos, o comentário geral era que eu estava grávida, o que não era verdade. O motivo que me levou a forçar logo um casamento foi para me livrar dos meus pais que achavam que me dominavam por eu fazer o papel de filhinha submissa na presença deles. Essa era eu quando solteira. A filha dos sonhos de quaisquer pais, amiga atirada entre os colegas de escola, putinha dos professores e dos alunos mais velhos e namoradinha dedicada e fiel ao meu corninho.

“Na minha opinião, eu tinha o melhor, não de dois mundos, mas o melhor de todos os mundos que eu vivia, abusava e me esbaldava. Tinha o carinho e o esforço de meus pais em me dar tudo o que desejava, tinha o prazer de orgasmos homéricos com meus professores e professoras de quem eu ganhava presentes sempre que eu não pedia e a devoção apaixonada do namorado. Além disso, ainda era invejada pelas amigas como a maior devoradora de cacetes da turma. Era assim que os meninos das classes acima da minha se referiam a mim”.

A história começou a deixar Bruna espantada. Ela sabia que Ester e o marido eram liberais, mas estes detalhes, ela desconhecia.

–(Ester) O casamento não conseguiu me mudar. Agora, sem ter que ficar arrumando desculpas para os meus pais, eu tinha o mundo inteiro para explorar. Era comum, sob qualquer pretexto que agora meu corninho, que fora promovido de namoradinho a marido, aceitava tão facilmente, passar noites fora de casa, onde meus mestres, principalmente as professoras, me arrastavam para orgias onde eu era a oferenda do dia e era usada e abusada com toda a volúpia de homens e mulheres tarados, enquanto me acabava gozando, para depois chegar em casa acabada e ainda receber os carinhos do marido bonzinho que, aceitando qualquer desculpa, concordava em não transar naquela hora.

“Foram meses inesquecíveis e avancei muito no meu aprendizado, pois agora já entregava meu cuzinho que até então era virgem à sanha daqueles safados e me tornei adepta de duplas penetrações ou até mesmo o que um velho tarado que financiava a maioria dessas festas só para ficar batendo punheta enquanto assistia a orgia chamava de tríplice fusão”.

Bruna, que até agora evitava olhar para Ester, não se conteve:

–(Bruna) “Tríplice fusão”?

–(Ester) Sim. Esse senhor logo desenvolveu uma verdadeira tara por me ver em ação. Não satisfeito em me ver, ora chupando um pau, sendo fodida na buceta ou com um pau atolado do cuzinho. Então ele veio primeiro com essa história de tríplice fusão que nada mais era do que uma dupla penetração com minha boca ocupada com um terceiro cacete. Mas o velho era incrível em sua criatividade e logo veio com uma história de posição aviãozinho, onde além de ter os três da situação que contei, ainda tinha que ficar batendo punheta para dois machos, um de cada lado.

Nesse momento, verificando que Bruna estava vermelha, Ester lhe perguntou:

–(Ester) Você está incomodada com os termos que estou usando?

–(Bruna) Não sei que outras palavras você usaria para descrever tanta sacanagem. Então está tudo bem.

Ester olhou fixamente o rosto de Bruna percebendo que a mesma segurava rigidamente o volante do carro, com os olhos muito abertos fixo nas ruas por onde trafegava. Já estavam chegando ao endereço dela e, mais uma vez surpresa, percebeu que a jovem estacionou o carro e a encarou, em uma postura de quem estava aguardando.

Assim permaneceram por alguns minutos, quando Ester perguntou para a jovem se ela não queria entrar. Bruna suspirou fundo, pensou por algum tempo e depois concordou. Então as duas entraram e, depois de servir um suco preparado na hora para sua convidada, sentou-se ao lado dela e reiniciou sua história que já tinha avançado muito, tendo abreviado a parte em que se afastou daquela vida em virtude de estar grávida, do nascimento de Aline que, por incrível que pareça, trazia traços que confirmava a paternidade de Marcelo. Agora chegava à parte em que o marido começou a descobrir a vida secreta da sua esposa.

–(Ester) Aline já tinha completado seu segundo aniversário e eu eventualmente dava umas escapadas, mas nada muito intenso como era antes. Um dia, porém, exagerei na dose, tanto das fodas como da bebida e só cheguei em casa às cinco da madrugada. Embriagada e muito cansada, pois depois de muito tempo tinha voltado a participar de uma orgia onde fui o prato principal de cinco mulheres e três homens que me foderam de todas as formas, deixei de tomar algumas precauções que sempre adotava.

“Fui dormir sem tomar banho, vestida da forma como estava, usando apenas um vestido tubinho preto, sem mais nada, pois minha calcinha e sutiã haviam desaparecido em meio a tanto sexo que praticara. Havia saído ao entardecer do sábado alegando um fictício chá de bebê de uma amiga que realmente estava grávida e que, por uma dessas infelizes coincidências, ligara depois que já estava fora, colocando a primeira centelha de desconfiança no meu corninho”.

Bruna agora ouvia atenta a história de Ester.

–(Ester) E para piorar, voltei naquele estado, me atirei na cama e desmaiei de cansaço. Acordei quando já passava das duas horas da tarde e, no torpor em que me encontrava, demorei a me dar conta da situação. Comecei a me preocupar quando vi Marcelo sentado ao meu lado na cama e fui observando a situação. O pavor começou quando me dei conta que estava deitada sob o lençol quando sabia que simplesmente me jogara sobre a cama.

“O pavor aumentou quando verifiquei que usava uma das minhas camisolas e não me lembrava de ter tirado a roupa e chegou ao auge quando senti, pelo perfume agradável que meu corpo exalava, quando nem pensara em tomar um banho quando cheguei em casa. Olhei então para o Marcelo que me olhava fixamente e minha primeira preocupação recaiu sobre o paradeiro da minha filha. Ele me tranquilizou dizendo que tinha sido levada para a casa dos meus sogros para que ficássemos sozinhos, pois tínhamos que conversar”.

Ester continuou:

–(Ester) Meu sangue gelou. Para mim, o pior daquela situação era a calma do Marcelo. Ele tranquilo apenas me olhava, como que aguardando que eu começasse a me explicar. Embora com muito medo de sua reação, acreditando até mesmo que pudesse ser assassinada, comecei a inventar mentiras e, a cada história que eu inventava, ele tinha um motivo para derrubar meus argumentos. O tal chá de bebê foi por minha amiga ter telefonado procurando por mim. As colegas do tempo de escola não serviram como álibi, pois ele já tinha ligado para algumas que disseram não saberem do meu paradeiro ou até mesmo informarem a ele que havia muito tempo que tinham me visto pela última vez.

“E para piorar, meu vestido manchado de porra, assim como meu corpo que também trazia manchas escuras de chupões, a bunda vermelha de tanto levar tapas e a buceta e cuzinho inchados e vermelhos de tanto serem invadidos. Então fiz a única coisa que poderia fazer. Comecei a chorar e a pedir perdão para ele que apenas me observava”.

A história de Ester estava deixando Bruna cada vez mais estarrecida.

–(Ester) Sua postura mudou quando eu implorei a ele que não me matasse. Nessa hora ele perdeu a calma e gritou comigo, perguntando o que eu achava que ele era capaz de fazer uma coisa dessa e comecei a ficar mais calma, pois em seu curto discurso, usou a frase: como é que vou matar a mulher que mais amo na vida! Ao ouvir isso, me dei conta que saber que ele me amava era a minha salvação e minha cabeça começou a trabalhar no sentido de usar aquele amor a meu favor. Bajulei bastante até que, em dado momento, pediu para eu contar tudo o que eu fiz, e salientou que queria nos mínimos detalhes.

“Um pouco envergonhada, porém, bem mais segura, comecei a relatar, percebendo que, à medida que meu relato ia avançando sua excitação ia aumentando, até que seu pau duro parecia querer saltar para fora da calça social que ele usava. Então me senti dona da situação, afinal, meu marido estava ouvindo com todas as letras a aventura que eu contava, pois logicamente não estava falando a respeito da suruba que acabara de ter e sim uma outra que tivera dias antes com um cara que conheci na internet com quem fui me encontrar, ou seja, eu não mentia, apenas omitia um detalhe para revelar outro, e ele estava excitado com aquilo.”

Ester continuou:

–(Ester) No meu íntimo pensei: Meu Deus, o meu maridinho gosta de ser corno. Resolvi ousar mais e comecei a alisar aquele cacete que ultimamente eu mal tinha visto e ele não resistiu, começou a me agarrar. Em questão de segundos a minha camisola, que era a única coisa que eu usava estava atirada ao chão e ele se apressava em se livrar de suas roupas, partindo para cima de mim e me dando o prazer que há muito tempo não dava, fodendo minha buceta com muito tesão enquanto falava ao meu ouvido que eu era a putinha que ele sempre sonhava e que, da próxima vez não ia me limpar, pois queria me foder com o cheiro e o gosto de puta que eu era.

“Depois da transa, conversando calmamente enquanto trocávamos carinhos, ele confessou que não acreditava na minha história, explicando que o meu estado não era o de uma mulher que transara só uma vez e nem com uma única pessoa. Sorri para ele e perguntei se ele ficaria muito magoado se eu confessasse que era muito mais puta do que dera a entender. Ele devolveu o sorriso dizendo que sempre soubera que eu era uma vadia e que aquilo o deixava muito excitado, inclusive, que não foram poucas as vezes em que ele batera punheta me imaginando na cama com outras pessoas, fazendo questão de reforçar que com outras pessoas queria dizer homens, mulheres e outras coisas”.

Bruna olhou espantada para Ester, mas teve tempo de falar.

–(Ester) Fiquei também fiquei curiosa com o “outras coisas”, explicando que eu não era adepta de transar com animais, tendo ele esclarecido que com outras coisas queria dizer travestis. Naquela hora eu fiquei possessa com ele, porém, depois que ele saiu, imaginei a cena de estar na cama com uma mulher linda e gostosa, mas que tinha no meio das pernas um algo mais e aquilo me deixou novamente excitada.

Naquela parte da narrativa de Ester, ela e Bruna estavam na cozinha onde a mulher preparava um lanche para as duas. Lembrando-se que a jovem, na infância, adorava quando ela fazia bolinhos de chuva, começou a preparar essa guloseima e o quando o aroma apetitoso começou a invadir o ambiente Bruna se sentiu como se o tempo tivesse voltado atrás.

Ela era a garota ou adolescente que ficava ali, junto com Aline, aguardando os bolinhos ficarem prontos para devorarem com o chá que Ester preparava para elas e, pela primeira vez nos últimos seis anos, lembrou-se de Aline sem sentir o ódio que sempre sentia e sim uma saudade imensa da amiga de todas as horas. Procurou se controlar para evitar que essas lembranças a fizessem chorar e decidiu naquela hora que iria tentar esquecer a mágoa e tentar vê-la como a amiga de infância.

Enquanto lanchavam a narrativa de Ester prosseguiu entrando na parte em que continuou a dar vazão ao seu tesão incontrolável, só que agora com a anuência do maridinho corno que até mesmo a incentivava. Contou da ocasião em que, para compensar Marcelo por ser tão compreensivo, levou uma amiga de aventuras para casa, onde bastou Aline, ainda uma criança, ir dormir para os três irem para cama. Quando notou que o marido ficava mais excitado quando ela e a mulher transavam do que quando as duas partiram para cima dele, foi outra descoberta.

O seu corninho preferia mais vê-la em ação, fodendo com outras pessoas, do que ele mesmo transar. A partir daí, homens e mulheres passaram a visitar o casal quase que semanalmente, quando Ester se acabava no pau deles ou delas sob a vista do marido condescendente.

Nessa altura do relato o celular de Bruna recebeu uma chamada. Ela atendeu e era Renato perguntando onde ela estava e ela mentiu dizendo que tinha ido ao médico e que agora estava em um Shopping Center que ficava próximo da casa onde se encontrava.

A intervenção do marido fez com que Bruna se desse conta de que já se passava das dezesseis horas. Usando o adiantado da hora como desculpas, explicou para Ester que precisava voltar para o escritório. A mulher entendeu e a acompanhou até o carro, onde Bruna se permitiu ser abraçada por ela que, após se separar, perguntou?

–(Ester) A gente ainda vai se falar.

–(Bruna) Não sei Tia Ester.

Aquela foi a primeira vez, nesse encontro, que Bruna se dirigiu a Ester da forma como fazia antigamente, chamando-a de Tia, o que não passou despercebido por ela.

–(Ester) Mas ainda tenho muita coisa para te contar. Nem falamos na Aline.

–(Bruna) Não sei não. É muita informação para minha cabeça.

Ester apenas sorriu e as duas, trocando beijinhos na face e se despediram. Bruna entrou em seu carro e saiu em direção ao seu local de trabalho, enquanto Ester voltava para casa sentindo-se mais leve por ter pelo menos conseguido a atenção de Bruna por uma tarde inteira, enquanto a jovem mulher dirigia remoendo tudo o que ouviu e se sentia estranha. Ela não sabia explicar o que era aquela sensação diferente que agitava seu corpo, porém, quando sentiu que estava com sua buceta molhada, assustou-se e murmurou baixinho:

–(Bruna) Meu Deus! O que está acontecendo comigo?

Continua ...

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Comentários

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Chega da medo! Vamos ver o irá acontecer. A primeira temporada foi muito expressiva....muito emocionante!

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Caro Cigarra, você vai reparar que a Segunda Temporada tem um foco e uma dinâmica diferentes (mas cumprem a função de dar andamento na trama). Não é para ter medo. Como dizia o meu avô: "no final tudo da certo. Se não deu certo ainda, é por que não chegou no final". Rsrsrs

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Gostei desse capítulo. Aqui, como falou vamos tem uma noção do background dos personagens. Para mim isso é legal.

Algo que percebi nesse capítulo foi um maior detalhamento e cuidado, assim como uma escrita que provavelmente passou por uma releitura corretiva, antes de ser publicado.

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Amigos, fico contente que estejam gostando da série. Estou publicando com muito carinho. Muito grata por acompanhar

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Imagina IDA, nos que ficamos contente que tenha resgatado essa história que não conhecíamos. Estamos amando e vamos até o fim.

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Espero continuar agradando vocês!!!

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Putz…. Não sei…. Personagens tão lindos….

Se for mais um daqueles de corno manso, destruirá uma estória que começou super bem!!!

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SouFoda, tenha em mente que esta história está na segunda temporada. Muita coisa ainda vai acontecer.

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Confio em Você..!!!

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Muito grata pela confiança. Espero não te decepcionar.

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Caraca ida sensacional,acho e este será melhor que o primeiro, agora um casamento morno,uma mulher querendo uma boa trepada, Ester irá conduzir Bruna para a orgia.

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Pois é... mas tudo na vida tem um preço...

Mais 3 estrelas para IDA!!

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Como diz o ditado popular: Não tem almoço grátis !!!

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Aguarde e você verá !!!

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É o que se descortina no horizonte, a menos que a autora nos faça uma surpresinha...rsss (tudo é possível)....

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Caro Dario, infelizmente nem tudo é possível pois estou republicando a obra original do Nassau até a terceira temporada (as alterações são superficiais). Agora ... espere pela quarta temporada. Como dizia o meu filho? "Aí, o bicho vai pegar" !!!

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Listas em que este conto está presente

O QUE É O AMOR!
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