Garota Chinesa Perdida em Bangkok I

Um conto erótico de Ket_Marina
Categoria: Heterossexual
Contém 5019 palavras
Data: 10/11/2022 14:26:07

Garota Chinesa Perdida em Bangkok I

Conto traduzido e adaptado por Marina G., escrito por Zoeleong.

Nervosa sentei-me à mesa, desejando estar em outro lugar. Eu estava usando um dos dois vestidos lindos que trouxe para aquela viagem, aliviada por não ser tão sexy quanto os meus outros. Tinha mangas compridas e cobria minhas coxas até um pouco acima dos joelhos. Eu tinha prendido meu cabelo e usava uma gargantilha preta larga no pescoço que eu tinha comprado em um shopping esta tarde.

O professor Wu Yongjie manteve a pose na mesa, suas duas assistentes presunçosas, se mantinham ao lado dele. Eu tinha tomado uma antipatia instantânea por todos eles. Ele, por sua arrogância, modos dominadores e a grosseria com os funcionários do hotel, ou qualquer um que ele acreditava ser inferior a ele. E mesmo com este jeito nojento, elas o adulavam, rindo de suas piadas e sorrindo para ele.

Suas assistentes já estavam desconfiadas de mim, uma atraente garota chinesa estrangeira e possível concorrente. Uma das garotas olhou para mim com curiosidade, então com um olhar mais penetrante. Desviei o olhar e disse algo sobre a comida ao meu vizinho, pois queria desviar a atenção dela de mim. Mas, eu estava ciente dela ainda olhando para mim. - Conto traduzido e adaptado por Marina G., escrito por Zoeleong.

Ela se inclinou para sussurrar para o professor Wu. Meu coração afundou e eu senti meu rosto esquentar.

— “Será que elas me reconheceram?”

Então ela se virou para mim.

— Que gargantilha linda.

Falou com sorriso desagradável.

— Posso ver?

E ela estendeu a mão. Ela esperava que eu tirasse e passasse para ela.

— Desculpe, mas o fecho é difícil de abrir e mais difícil de fechar depois de aberto.

— Gargantilhas são boas para esconder coisas. - Conto traduzido e adaptado por Marina G., escrito por Zoeleong.

Ela disse.

Meu coração estava acelerado e pedi licença para ir ao banheiro.

Fiquei na frente do espelho, olhando para mim mesma.

— Será que essa garota ainda sou eu?

Estudei a gargantilha virando minha cabeça de um lado para o outro. Nada se podia ver. Gentilmente rolei para baixo a gargantilha, lá estava a mordida de amor vermelho escuro, em forma de lábio no meu pescoço. Eu a toquei e suspirei, depois levantei a bainha do meu vestido, expondo minhas coxas e olhando para os vários hematomas. Fiquei grata pelo vestido de manga comprida que escondia mais. Entrei em um dos reservados do banheiro para fazer xixi e sentei por um tempo. Ouvi a porta abrir seguida de vozes. - Conto traduzido e adaptado por Marina G., escrito por Zoeleong.

Eram algumas das outras mulheres que acompanhavam o Prof. Wu.

— Acho que é ela.

— Parece com ela, mas não pode ser. Ela é uma puta com certeza, mas não consigo imaginá-la na boate, se prostituindo.

— Então por que ela está usando aquela gargantilha? Não combina com o vestido, pode estar escondendo um grande chupão.

Então minha mente focou nos dias passados e como se fosse teleportada para alguns dias atrás, tudo voltou a mente.

As Lembranças.

Eu lembrei. Como eu poderia esquecer? Tudo estava tão fresco na minha mente e minhas lembranças voltaram a quando tudo começou. Sim, tudo isso está vivo em minhas lembranças e sei que nunca vou esquecer, nenhum dos muitos detalhes. Uma coisa que vivi antes de o mundo mudar com o Covid.

Eu tinha 26 anos na época e estava casada há pouco mais de um ano. Meu marido é contador e namoramos por 3 anos. Vivia uma vida confortável, até rotineira demais para pouco mais de 1 ano de casada. Meu marido e eu estamos muito ocupados em nossas carreiras e sempre cansados na hora de dormir. O sexo ainda era bom, mas eu duvidava que transássemos mais de uma vez por semana. Talvez nossas vidas estivessem carentes de paixão e excitação. - Conto traduzido e adaptado por Marina G., escrito por Zoeleong.

Na época, eu estava participando de uma conferência médica em Bangkok. Eu tinha combinado com meu marido, depois da conferencia iria tirar alguns dias de férias e ficaria com algumas amigas que também estavam na conferência. Com este breve histórico, vamos voltar para mim sentada no banheiro, enquanto minha mente voltava ao começo do evento.

Eu estava me sentindo irritada. A conferência não foi tão interessante quanto eu esperava, embora minha própria apresentação tenha sido bem recebida. Agora eu tinha feito minha palestra e havia um anticlímax.

O jantar da conferência esta noite se arrastou. Eu queria sentar para jantar com minhas amigas, mas tendo ganhado uma homenagem, tive que sentar em uma mesa com os mais velhos. Como mencionei, o professor Wu Yongjie manteve a tradição. Soube que ele era um figurão de Pequim e fiquei impressionada com a deferência que os outros médicos asiáticos da Tailândia, Taiwan e Filipinas lhe mostraram.

Diziam que ele era muito rico, sua arrogância em plena exibição e ele sempre parecia estar cercado por um bando de jovens estagiárias e assistentes de pesquisa. Perguntei-me maliciosamente se eles tinham outros deveres?

Ele era de meia-idade, gordo, careca e acostumado a fazer o que queria e agora parecia estar esperando que uma jovem e atraente médica chinesa britânica, eu, lhe mostrasse a mesma deferência. - Conto traduzido e adaptado por Marina G., escrito por Zoeleong.

Será que estava esperando que eu sucumbisse aos seus supostos encantos?

Alguns caras deram a entender que agora meu trabalho de pesquisa estava concorrendo ao prêmio final, valeria a pena ser legal com ele. Ele era o presidente da comissão do prêmio. Por dentro, senti uma sensação de indignação! Eles esperavam que eu dormisse com ele? Na verdade, eu o achei totalmente repulsivo, e o pensamento dele me tocando revirou meu estômago.

Várias vezes durante o jantar eu o encontrei me olhando de soslaio, tentando chamar minha atenção, caso contrário ele parecia entediado.

Quando alguém na mesa mencionou os distritos da luz vermelha em Bangkok, a atenção do professor Wu pareceu se animar. Uma americana de meia-idade, sentada em frente disse.

— Não consigo entender como aquelas garotas, fazem aquelas coisas. Sabem? Por dinheiro. É tão humilhante.

O professor Wu apenas riu, embora suas lindas assistentes concordassem com ela, deixando claro seu total desdém.

Eu tendia a concordar com elas, sentindo desprezo por mulheres tão baixas, tão abaixo do meu status, embora de alguma forma, eu sempre tivesse sido curiosa sobre esse mundo. Eu era uma ávida leitora de Anais Ninn, Collette, Angela Carter e suas histórias do mundo profano. Lembro-me de ter ficado excitada com uma história de Guy de Maupassant quando estava na escola, sobre uma senhora rica sendo confundida com uma prostituta. - Conto traduzido e adaptado por Marina G., escrito por Zoeleong.

Eu ocupei um mundo completamente diferente crescendo em Londres, frequentando a escola de garotas, indo em seguida pela Oxford e depois de formada para o Hospital Sant. Thomas. Eu sabia que tinha sorte em minha vida, também sabia que tinha sido mimada, a menina dos olhos de meus pais ricos. Meus dois irmãos sempre cuidaram de mim também.

Por fim, o jantar terminou e todos nós passamos para a área de dança. Várias vezes eu tive que sorrir docemente e me afastar dos braços de um colega sênior excessivamente amoroso. Os médicos japoneses e chineses eram mais abusados em me apalpar, do que os colegas ocidentais, eu senti mais do que algumas mãos na minha bunda na escuridão da pista de dança. Não digo que eu fiquei excitada, mas estava um pouco animada.

Quando vi o professor Wu se aproximando de mim, escapuli. Com uma fuga ligeira, eu me desvencilhei da pista de dança, fui tomar algumas bebidas no bar do hotel com minhas amigas e colegas. Passamos uma hora agradável conversando e bebendo demais. Por volta das 23h, nos despedimos.

Fiz uma rápida ida ao banheiro e depois caminhei até os elevadores, balançando e me apoiando nas paredes, tomei vinho, uísque e sei lá o que mais. O saguão do elevador estava vazio.

Enquanto eu esperava o elevador, de alguma forma, me sentia excitada, querendo algo, mas o quê? Pensava em subir para o meu quarto, deitar na cama, me tocar. Eu queria libertação. - Conto traduzido e adaptado por Marina G., escrito por Zoeleong.

Quando o elevador chegou e a porta se abriu, fiquei parada na frente, mas não entrei, girando nos calcanhares, me afastei do elevador. Eu queria um pouco de ar, minha mente estava zonza ligeiramente. Resolvi sair sozinha. Eu já tinha ligado para casa, então não tem mais nada o que dizer, meu marido estava trabalhando.

Desci a rua do Marriott, hotel de luxo para conferências em estilo asiático. Muito mais grandioso do que em Londres.

Tinha chovido mais cedo. Despreocupados, meus pés me levaram adiante. Eu me senti excitada, sem realmente saber por quê. Olhei nas vitrines das lojas de vez em quando para olhar. Eu andei. As ruas mudaram gradualmente, as grandes lojas e restaurantes de luxo escasseavam, mas não me dei conta, apenas queria andar.

Andei mais um pouco, mal percebendo que as ruas se estreitavam, mal notando como os bares ficaram menores, lotados, neon barato brilhando no pavimento molhado. Eu não conseguia andar elegantemente de salto alto, não depois de tanto beber e que a cada passo mais zonza ficava, mas pelo menos ainda conseguia ficar de pé e andar.

Conforme andava percebia os olhares de admiração dos caras que bebiam em suas mesas. Eu de forma provocativa, mas sem ter noção do que estava fazendo, sorria de volta e balançava minha bunda de forma mais provocativa.

Restaurantes e cafés deram lugar a diferentes bares. Eles eram todos semelhantes com anunciantes apresentando seus nomes. Garotas tailandesas e chinesas, parecendo não muito diferentes de mim, empoleiradas em bancos esperando por clientes sob o olhar atento de suas Mamasan, cafetinas que dirigiam os bordeis. Havia muita gente andando por aqui e eu virei por uma pequena rua lateral ainda com pequenos bares e casas de massagem. - Conto traduzido e adaptado por Marina G., escrito por Zoeleong.

Eu me sentia animada, viva, ainda bêbada e querendo beber mais. Minhas amigas voltaram cedo para seus quartos, o que me incomodou, mas eu não estava pronta para dormir.

— A conferência continua amanhã. Foda-se, eu poderia simplesmente entrar em um desses lugares para outra bebida.

Desejei ter entrado em um dos cafés mais agradáveis pelos quais passei. Mas, já que estava ali, beberia algo ali mesmo, hesitei na frente de uma porta.

— Devo entrar ou é melhor apenas voltar agora? Melhor tomar um último gole.

Mas, antes que pudesse dar um passo, o porteiro abriu a porta sorrindo para mim. Cruzei o limiar deste bar sem nome e entrei. Uma música impetuosa me atingiu e eu inalei o cheiro de álcool, suor e tabaco. Senti-me embriagada, exultante. Eu queria beber, mas sabia que precisaria estar alerta, cuidadosa.

Havia uma boa chance de algum cara tentar bater um papo. Mas, admiti para mim mesma que queria me sentir desejada, estava pronta para flertar um pouco. Achei que poderia me libertar, antes que acontecesse algo demais, algo que me arrependeria mais tarde. Talvez um beijo. - Conto traduzido e adaptado por Marina G., escrito por Zoeleong.

Estava bem escuro, com luzes piscando e muita gente, um palco circular girando, barulho, azáfama, vida.

Eu estava perto da entrada examinando a cena. À medida que meus olhos se acostumaram com a escuridão, não tinha certeza se este era o melhor lugar para tomar uma bebida. A maioria das pessoas no bar eram homens sozinhos ou em pequenos grupos. Havia mulheres também, quase todas usando biquínis minúsculos. Então notei que algumas estavam completamente nuas. Pareciam ser garçonetes carregando bebidas, mas também vi algumas delas sentadas com caras.

Notei uma garota nua voltando para o balcão do bar com uma bandeja vazia. Ao passar por uma mesa, um cara agarrou seu pulso e a puxou para ele, ela caiu no colo dele. Fiquei espantada, esperando que ela lhe desse um tapa e chamasse os seguranças. Rapidamente percebi que esse era o papel dela. Então percebi várias garotas ajoelhadas embaixo das mesas, suas cabeças se movendo para cima e para baixo entre as pernas dos clientes.

Fiquei boquiaberta e fascinada. Virei-me para sair pensando que já tinha visto o suficiente e certamente teria uma história para contar as minhas amigas. Decidi que o luxo do Marriott tinha algo a oferecer, me antecipei a seguir meu plano original de me tocar, lamentando ter esquecido de trazer meu pequeno vibrador de batom nesta viagem. Com isso em mente, de repente percebi um movimento no canto do olho enquanto me movia para a entrada.

Ela veio até mim rapidamente. A proprietária, enorme, como uma alcoviteira de uma história antiga, familiar, feia, gorda, encantadora e vulgar. Sem instrução, analfabeta, imaginei com preconceito. Ela veio até mim na porta. Eu! Uma médica chinesa britânica de classe alta que havia acabado de ser elogiada por todos, pela qualidade de minha pesquisa. - Conto traduzido e adaptado por Marina G., escrito por Zoeleong.

Eu estava arredia, mas fascinada por ela enquanto ela me olhava nos olhos. Ela me olhou de cima a baixo avaliando meu corpo sob meu vestido fino, calculando. Ela não sabia nada sobre mim, minha inteligência, todas as oportunidades que se abriram para minha carreira, meu marido rico. Ela acabou de ver uma pequena menina chinesa.

— Você quer ficar aqui, você gostou daqui?

Ela falou, em tom rouco, mais uma afirmação do que uma pergunta. Fiquei boquiaberta, horrorizada, fascinada e tentada.

— Nós sempre conseguimos empregos para meninas bonitas.

Ela se aproximou de mim, era bem mais alta.

— Você gostou daqui? - Conto traduzido e adaptado por Marina G., escrito por Zoeleong.

Eu ainda estava cambaleando um pouco, eu balancei a cabeça humildemente olhando para ela. Certamente eu queria dizer que eu gostei do lugar. Não que eu quisesse trabalhar no lugar. Ela parecia assumir o último, sem questionar, assumindo de repente a posição autoritária, como se fosse meu chefe em nosso relacionamento breve. Ela pegou meu braço nu, firmemente me puxando para longe da porta em seu mundo.

Olhei para trás para a saída que se afastava e de repente senti uma pontada de medo, neste lugar perigoso, com seu tumulto rodopiante de sons e visões, agora estava mais perto das garotas que dançavam seminuas, elas em cima do palco balançavam seus corpos e se agarravam aos muitos postes. Eu tive que pular para evitar os tornozelos de uma garota nua debaixo de uma mesa ao meu lado chupando um cliente.

Continua...

Dias de Puta.

— Oh, porra, sim!

Percebi que ele estava ejaculando na boca da garota. Eu senti uma sensação de choque. Mas, não posso mentir, também fiquei fascinada.

— Agora, só um minuto.

Eu comecei a dizer, adotando meu tom altivo costumeiro quando eu queria colocar alguém para baixo. Mas, ela nem tinha me ouvido, ela estava acenando para alguém, ainda segurando meu braço. Tentei afastá-la, mas ela me segurou com firmeza. Eu estava atordoada, mal absorvendo o que ela disse.

— Sim, que bom que você vai trabalhar aqui. E, eu vou te chamar de Kitty.

Ela anunciou com firmeza. Eu até pensei que poderia brincar um pouco com essa mulher horrível de classe baixa. Como eles poderiam imaginar que eu poderia me tornar uma garota de bar? - Conto traduzido e adaptado por Marina G., escrito por Zoeleong.

— Você vai dançar lá, Kitty.

Ela apontou para as beldades de biquíni no palco.

— “Meu novo nome? Oh meu Deus, o que ela está dizendo? Regras? Ela está me dizendo regras da casa que eu teria que seguir? Tenho que sair daqui.”

Eu estava tentando achar um jeito de dizer. Ela viu que eu estava inquieta, então levantou o braço e logo um copo com algum tipo de bebida foi entregue na mão dela.

— Beba!

Seu tom autoritário me assustou e sem pensar eu bebi um gole.

— Beba tudo!

Eu mais assustada ainda e sentindo um certo medo, virei todo o conteúdo. Era forte, muito forte, cheguei a tossir por causa do teor alto de álcool.

— Não é permitido usar roupas íntimas, não é permitido rejeitar as vontades dos convidados. Ei, ei, você não me ouviu dizer? Você pode entender?

— Ah! Eu entendi, mas eu realmente...

— Ok, ok... vá rápido, troque de roupa.

Minha cabeça estava girando um pouco quando outra mulher semelhante a ela se aproximou. Fui conduzida, praticamente empurrada com firmeza para os fundos do bar, por um corredor curto e para uma pequena sala. Era um vestiário. Eu estava segurando minha bolsa de ombro, mas ela tirou a alça do meu ombro e a colocou sobre uma mesa.

— Levante os braços. - Conto traduzido e adaptado por Marina G., escrito por Zoeleong.

Eu levantei meus braços como se dissesse que me rendo, esperando que ela apenas olhasse para minha figura. Mas, antes que eu pudesse dizer que na verdade tudo isso era um erro e que tinha ido longe o suficiente, ela pegou a bainha do meu vestido e o tirou por sobre minha cabeça.

Meu lindo vestido vermelho Saint Laurent removido. Eu estou em meu sutiã e calcinha e vejo minha figura esbelta e pequena no espelho sujo ao lado de seu corpo enorme. Desejei que minha lingerie fosse um pouco mais recatada.

— Rápido, tire-os, agora.

Ela ordenou, enquanto eu apenas fiquei em silêncio, incerta ao lado dela. Ela agarra meus ombros nus e me sacode!

— Menina estúpida, vire-se.

E ela me gira, me senti impotente em seu forte braço. Um puxão e senti ela desabotoar meu sutiã com impaciência. Ele cai no chão. Eu olho para ele no chão. Fiquei mais atordoada do que já estava. Como ela se atreveu a me tratar assim.

— Calcinha. Você é muito lerda. Já sei do que precisa para ficar mais esperta.

Ela gritou para uma das garotas do bar, para trazer uma dose de alguma coisa que nunca ouvi falar. - Conto traduzido e adaptado por Marina G., escrito por Zoeleong.

— Beba rápido, isso vai te deixar mais ligada.

Eu não queria mais beber, minha vontade depois do último copo havia sumido, mas mesmo antes que dissesse algo, ela agarrou meu nariz e jogou minha cabeça para trás, assim que minha boca se abriu, ela despejou o conteúdo do copo. Engoli sem nem sentir o gosto. Aquela bebida era ainda mais forte, desceu queimando, meu estomago pareceu pegar fogo. Eu voltei a tossir, agora mais demoradamente.

Então ela gritou outra vez.

— Tire a calcinha.

E sem esperar mais, ela engancha os polegares em minha cintura e puxou. Estou nua. Ela de pé atrás de mim com as mãos segurando meus ombros, ela me virou para o espelho e nós duas olhamos para o meu pequeno corpo nu.

Eu em meu raciocínio nublado, penso.

— “Quem é aquela garota? Pode realmente ser eu?”

De repente, me senti muito vulnerável, com um pouco de medo dessas grandes mulheres dominantes, enquanto sinto sua mão correndo sobre minha bunda.

Ela me entrega uma roupa minúscula. - Conto traduzido e adaptado por Marina G., escrito por Zoeleong.

— “A não, nylon barato, brilhante, definitivamente não, sutiã transparente. Só isso?”

Era o que pensei na hora.

Ansiosa para cobrir minha nudez, me atrapalho para colocar minha nova roupa de trabalho, sob seu olhar severo. O bikini mal me cobre. Eu posso ver meus mamilos marrons através do material transparente. Uma pequena tanga, o pequeno triângulo escuro de pelos da minha buceta é visível e acessível. Recebo também saltos de 17 cm, tipo foda-me.

Nada meu. Ela pega um batom e escreve um grande 43 vermelho na minha coxa. Marcada como uma garota de bar.

— Lábios também. Você é o número 43.

Eu obedientemente, de frente para o espelho, passo batom em meus lábios em um escarlate brilhante e lúgubre.

— “Eu pertenço aqui?”

Estou atordoada, cabeça girando, assustada e animada.

Ela me leva de volta para o bar. Mamasan me olha com aprovação, uma típica garota de bar. - Conto traduzido e adaptado por Marina G., escrito por Zoeleong.

— Sim, os clientes vão gostar, agora você vai dançar.

Ela me fez sinal para subir até o palco de dois níveis entre dois postes. Eu estou lá, música alta, dançarinas.

— “O que aconteceu? Esta manhã eu estava em outro palco falando, aplausos quando terminei.”

Eu era recatada, mas sabia que alguns homens na plateia estavam me despindo mentalmente. Algumas vezes fui rotulada antes de me casar, como uma garota asiática bonita e sexy.

Eu ainda pareço muito mais jovem do que meus 26 anos. Agora eu sou uma entre muitas garotas dançarinas em bikinis minúsculos. Com vergonha de ficar parada sobre o palco e sentindo meu corpo esquentar e tudo parecer mais brilhante e lindo. Começo a me mexer, a dançar no ritmo das outras. - Conto traduzido e adaptado por Marina G., escrito por Zoeleong.

O tempo passa e mais a bebida faz seu efeito.

— “Está tudo bem, eu posso fazer isso. Não é tão humilhante.”

Digo a mim mesma. Talvez eu possa até contar aos meus amigos sobre o tempo que passei dançando no palco em um bar masculino. Eu não vou mencionar que só usava um bikini que mal cobria meu corpo.

Eu dancei algumas músicas, talvez 15 ou 20 minutos dançando, estou bêbada, mas estou me divertindo, me movendo sensualmente, girando de forma mais provocativa agora segurando um poste, mais olhos em mim, eu posso ver quando pego os olhos dos caras me olhando aqui e ali. Eu sorrio e aceno para eles reconhecendo sua apreciação, noto alguns deles acenando para uma garçonete. Mais alguns minutos e é hora de dar minhas desculpas e ir embora.

Regressar ao meu acolhedor hotel. Aconchegar-me entre meus luxuosos lençóis macios da cama Marriott e tocar meu clitóris.

— “Oh! algo aconteceu? Eu perdi um sinal?”

Eu posso sentir a mudança de atmosfera, uma excitação entrando no bar, uma sensação de antecipação. A música também mudou. Eu vejo garotas puxando os laços em seus sutiãs e calcinhas do bikini. As garotas na frente do palco inferior, a pouca distância dos clientes maliciosos, agora estão nuas. - Conto traduzido e adaptado por Marina G., escrito por Zoeleong.

Elas devem ser diferentes de nós aqui na parte de trás, deveríamos ser apenas dançarinas, sim, é isso. Mas, as meninas ao meu redor estão começando a fazer o mesmo. Sinto um leve pânico. Nunca fui exibicionista.

De repente alguém puxa o laço de meu sutiã e calcinha do bikini e as peças escorregam do meu corpo. Eu estou nua com as outras, só meu número de batom na minha coxa, número 43. Estou dançando de novo. Há uma lacuna à minha frente, sou empurrada para a frente suavemente, não posso evitar e desço para o nível inferior. Estou na frente agora no palco inferior, pouca distância do povo, rostos bem na minha frente. Eu me sinto sendo sugada.

Novamente a luz verde do laser tocando, mas desta vez na minha nudez. Mais uma vez, como na conferência, posso ver caras sentados logo afrente me observando. Olhando diretamente para minha buceta! Eles podem estender a mão e me tocar! Alguns o fazem, uma mão acaricia minha coxa. Eu me afasto sedutoramente antes que ele toque minha buceta.

Apenas algumas horas atrás eu estava dançando no jantar da conferência, em um elegante vestido. - Conto traduzido e adaptado por Marina G., escrito por Zoeleong.

— “Porra! Onde estão minhas roupas agora, eu vou precisar me trocar para ir para casa? Porra! Minha bolsa ... meu telefone.”

Minha mente se atrapalha com o álcool.

— “Sou respeitada.”

Isso passou pela minha mente.

— “Como eu estou indo? O que eles veem? Eles estão admirando e gostando? É respeitoso aqui.”

Eu tento dançar de uma maneira mais refinada do que as meninas ao meu redor. Eu tento adotar uma expressão mais altiva, eles devem ver que eu sou diferente dessas vadias. Estou cada vez mais bêbada, mas eu não bebi mais. Eram as bebidas que tomei, fazendo mais efeito.

Quem eu estou tentando enganar? Estou dançando nua, me exibindo, balançando, virando-me para a música. Eles veem uma garota nua dançando no bar, mas certamente eles não pensam que eu sou uma prostituta como as outras garotas. Eu os vejo olhando de uma de nós para a outra, não sou nada de especial. Eu deveria ir embora, estou dançando, girando e nua. - Conto traduzido e adaptado por Marina G., escrito por Zoeleong.

— “O que aconteceu? Eu estou dançando? Aqui? Sim, é óbvio para mim agora. Isso é um bordel?”

Apenas dizer, Bordel, palavra que traz um formigamento quente entre minhas pernas.

— “Agora! Sim! Vista-se e vá embora. Eu estou dançando. Agora! Sair! Posso?”

Estou totalmente bêbada, nem meus pensamentos são coesos.

— Número 6, número 17, número 19, número 43, número 45.

Uma voz cantada chamando. - Conto traduzido e adaptado por Marina G., escrito por Zoeleong.

— Número 43?

— O que?

— Sim Kitty, o cliente quer você, você vai para o cubículo 6, lá em cima.

Uma das meninas ao meu lado me falou. Então vejo Mamasan acenar para mim, vendo minha incerteza.

— “Minha chance finalmente, eu posso voltar para o vestiário, me vestir e escapar.”

Há uma pequena fila, cinco garotas nuas com números nas coxas, eu sou uma, a garota atrás de mim me guia, tentei entrar no vestiário, mas ela me empurra e passamos direto, hesitei olhando para trás. Mas, com a garota atrás de mim impaciente e de certa forma ajudando a me equilibrar, pois estou balançando mais que antes. Ela disse algo que não entendi, subi relutantemente a escada, até uma espécie de antessala. Na antessala uma mulher sentada atrás de uma mesa comprida nos observa. Um cara está contando notas de sua carteira. Eu já percebi que este não é um bar sofisticado.

— 500! - Conto traduzido e adaptado por Marina G., escrito por Zoeleong.

A mulher sentada a mesa diz e o homem pergunta.

— Dólares eu suponho?

— Baht! 500 Baht.

Ela esclarece em um tom entediado.

— “Oh merda, isso é cerca de 10 £. Eu não compro uma taça do meu vinho favorito, que custa 30 £, com este dinheiro.”

Todas aguardamos na sala. Olho em volta para minhas novas colegas. Estamos juntas nuas. Eu sou mais pálida que a maioria, uma outra parece ter origem chinesa como eu. Eu não sou a menor, há duas meninas menores do que eu, meus seios não são pequenos, tenho curvas bonitas, muitos caras assistiram nossa pequena procissão, alguns eu pude sentir seus olhares em mim. Não sou totalmente depilada, pois como disse, tenho apenas um pequeno triângulo invertido de pelos. A maioria das meninas é raspada, só uma tem mais pelos, não parece ter se depilado recentemente.

Percebo que sou a média neste grupo. Um grupo de pequenas prostitutas asiáticas em um bordel de Bangkok. - Conto traduzido e adaptado por Marina G., escrito por Zoeleong.

— “O que aconteceu? Como é possível?”

Em um momento de lucidez percebi que era hora de assumir o controle dessa situação? Eu certamente não era uma típica garota asiática submissa de bar, como minhas novas amigas.

Outro flashback, lembrei-me de uma noite recente de garotas com alguns amigos. Uma espécie de jogo de verdade ou desafio havia começado. Alguém perguntou a outra amiga se ela já havia sido paga para fazer sexo. A resposta, claro, foi um indignado e enfático, Não! Tentei me concentrar, se não tomasse muito cuidado agora, isso estaria sempre comigo pelo resto da vida.

Eu sempre teria que reconhecer para mim mesma, pelo menos, que eu tinha sido uma prostituta barata de bordel. Não haveria volta... nunca. Sim, era hora de assumir o controle, de lembrar que sou uma mulher bonita, inteligente, bem-sucedida e forte. Hora de agir e acertar essa cadela Mamasan.

— Ai! - Conto traduzido e adaptado por Marina G., escrito por Zoeleong.

Um tapa na minha bunda, havia sido de Mamasan! Eu não a tinha visto nos seguir.

— Verificando minha nova garota.

Ela disse alisando onde me bateu.

— “Como ela ousa?”

Outro tapa, desta vez mais forte e outro grito. Meu medo volta, minha determinação desmorona e lágrimas brotando em meus olhos.

— Número 43.

A mulher na mesa fala. - Conto traduzido e adaptado por Marina G., escrito por Zoeleong.

— Cliente não paga prostituta para deixá-lo esperando. Limpe seus olhos.

Eu já a desprezava, mas estava bem claro, percebo que é ela quem me despreza! Porque sou eu que estou nua, com um número na coxa.

— “Como sair disso? Eles vão me deixar ir?”

Somos impelidas por um corredor estreito, nem me atrevo a protestar, cinco pequenas meninas nuas, com números nas coxas. Estou vagamente ciente de que as outras garotas pegam algo de uma mesa enquanto todas nós passamos.

Elas estão rindo, estou perplexa. Oh, eu percebo, elas pegaram preservativos.

— “Merda, não recebi nenhum. Eu não tomo pílula!”

Bem, eu me tranquilizo, não vou estar nessa posição depois de explicar o erro. Eu me sinto um pouco sem fôlego e posso sentir meu pulso acelerado. Há cubículos à direita e à esquerda. Eu posso ouvir grunhidos, algumas cortinas totalmente fechadas, outras um pouco abertas, posso ver a imagens de caras entre as pernas nuas das meninas, suas nádegas subindo e descendo. Outra garota ajoelhada chupando, esperma escorrendo de sua boca. - Conto traduzido e adaptado por Marina G., escrito por Zoeleong.

Estou chocada, fascinada, nunca estive em nenhum lugar remotamente assim. Minha mente pisca para viagens a Amsterdã, andando pelo distrito da luz vermelha, animada, sentindo vergonha, mas secretamente imaginando como é atrás das cortinas. Sinto calor, rubor, gostaria de estar sóbria e de poder pensar com clareza.

— “Oh céus! Estou realmente aqui. Vou apenas explicar o erro para o cara que está me esperando, minha última chance.”

Outro tapa!

— “Oooh”

Eu grito de novo, ouço a música do bar descendo pelo corredor, reduzida a um baixo retumbante, no ritmo do meu coração acelerado.

— Entra aqui, cadela vadia. - Conto traduzido e adaptado por Marina G., escrito por Zoeleong.

É a segunda Mamasan, a número dois neste bar, foi ela que me despiu. Ela se parece tanto com sua chefe.

— “Serão duas irmãs feias? Espere...! Ela me chamou de (Cadela vadia)?”

Ela não está ciente do erro. Mas, antes que eu consiga articular algo para dizer a ela, sou empurrada através da cortina de um dos cubículos.

Continua...

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