Meu nome é Eduardo, mas a maioria das pessoas me chamam por Edu ou Dudu. Tenho 28 anos e sou um cara bem apessoado. 1,78m com 80kg bem distribuídos. Pele morena e pra completar um par de olhos verdes claros, graças a família da minha mãe.
Meus relacionamentos não costumam durar muito tempo. Infelizmente eu tenho um grande problema, quer dizer, está mais para um pequeno problema. Fui agraciado com um pintinho de 11cm. Digo pintinho, com certa ironia, porque algumas mulheres de relacionamentos anteriores chegaram a falar na minha cara que era um pintinho. Algumas não conseguiam nem disfarçar a expressão no rosto quando me viam nu. Desapontamento, risinho contido ou até mesmo deboche. Às vezes quando inicio um relacionamento, e acho que estou gostando muito da pessoa, eu tento ao máximo prolongar o momento de chegar à relação sexual. Algumas até acham que eu sou meio devagar ou gay, mas a verdade é que pra mim, a vergonha de se mostrar nu pra uma mulher, é quase certeza de que tudo vai dar errado. Isso sem falar dos comentários pós sexo de chamar meu pênis de pintinho, piroquinha, grelinho, salsichinha, mixaria, e até salário mínimo já chamaram.
O fato é que eu conheci uma garota e estou muito apaixonado por ela. Ela se chama Karina. Uma das garotas mais lindas com quem já fiquei. Ruiva de olhos azuis, e quase da minha altura. Super gostosa, com seios médios e coxas grossas. Bunda bem redondinha e empinada. Super carismática, comunicativa, inteligente e de um caráter que me surpreendeu. A minha sorte é que ela é evangélica, e já me disse que quer ir com calma no namoro. Lógico que concordei. Ela usa roupas discretas que não chamam muito a atenção. Tanto que eu só tive mesmo a noção do quanto era gostosa quando fomos numa piscina na casa de uma prima minha. Tinha pouca gente, e ela acabou usando um maiô.
Bem, o namoro está evoluindo e estamos chegando num ponto onde as carícias estão ficando mais ousadas. Estou indo realmente muito devagar dessa vez, porque acho que ela vai entender a minha situação. Não tive coragem de falar com ela sobre meu pequeno problema, porque não me sinto confortável pra falar sobre isso.
Lendo sobre isso na internet, fiquei procurando alguma forma de tentar resolver esse problema. Conseguir transformar o meu pinto num galo de algum jeito. Achei várias sugestões. Algumas bem questionáveis, até que achei esse grupo. Uma espécie de associação chamada Clube do PP. Isso mesmo, esse PP significa Pinto Pequeno.
Achei inusitado, e entrei nesse grupo pra ver sobre como eram as reuniões. Descobri que era uma espécie de grupo de autoajuda, e que tinha até um guru, ou coach como é chamado hoje em dia. Seu nome era Miguel, e ele era o fundador desse grupo.
Fiquei interessado em participar, e as reuniões eram semanais, sendo que virtualmente, no fórum sempre tinha alguém pra conversar.
No dia seguinte, fui me encontrar com Karina, pra namorarmos um pouco. Ela estava linda como sempre, e muito cheirosa. Decidimos ir ao cinema ver um filme, e lá dentro ficamos de beijos e abraços na sala escura assistindo uma comédia romântica bem fraquinha, quando inconscientemente minha mão desceu um pouco mais e repousou sobre seu seio. Ela me olhou com uma cara de espanto, mas deixou. E eu nem percebi, quando ela disse no meu ouvido que hoje a minha mão estava boba. Daí então eu percebi e já ia tirando a mão, quando ela disse que a minha mão era boba, mas era muito boa. Aproveitei e apertei de leve algumas vezes, até que senti seu biquinho ficar duro e beijei sua boca ardentemente. Ela chegou até a perder o fôlego.
O filme acabou, e eu tirei logo a mão antes das luzes acenderem pra ela não ficar constrangida. Fomos até um restaurante e conversamos sobre vários assuntos, até chegar a hora de ir embora e levá-la em casa. O namoro estava evoluindo, e eu estava apreensivo que a qualquer momento iríamos ter mais intimidades.
Custei a dormir pensando nessas coisas. Eu realmente estava gostando muito dela, mas sentia que seria mais um fracasso quando ela me visse sem roupas. Finalmente o cansaço venceu o sono, mas parece que assim que eu dormi, o despertador toca me acordando. Tomo um banho rápido e me arrumo pra ir na minha primeira reunião.
Cheguei ao local, e vi que era uma casa bem discreta. Sem placas de clube ou alguma coisa que indicasse o que aquilo ali era. Abri a porta, e vi que tinham várias pessoas circulando pela casa. Algumas conversando, outras comendo e bebendo café. Fiquei meio deslocado a princípio, pois não conhecia ninguém, quando um cara veio falar comigo e se apresentou.
Miguel - Bom dia. Meu nome é Miguel. Vejo que é novo aqui. Tudo bem contigo?
Edu - Bom dia. Meu nome é Eduardo, mas pode me chamar de Edu.
Miguel - Fique à vontade Edu. O banheiro fica lá nos fundos e tem outro subindo aquela escada. Se quiser pode comer um pouco e beber um café. A reunião já vai começar daqui a pouco. Se quiser pode interagir com os outros. Todo mundo aqui é amigo e vão te tratar super bem. Garanto que vai se sentir como se estivesse em família.
Edu - Obrigado Miguel. Tenho que pagar pra tomar um café?
Miguel - Não se preocupe com isso. Depois a gente fala sobre valores. Tudo ali já está pago pelo Clube. Temos sócios contribuintes e temos sócios não contribuintes.
Edu - Entendi. Bem, se eu gostar daqui, vou ver se posso contribuir com algum valor.
Miguel - Perfeito! Agora me dá licença que irei preparar o início da reunião. Fique à vontade.
Miguel se despede e vai conversar com os outros. Ele é um cara boa pinta. Alto, corpo bem definido, quase musculoso. Tem a fala confiante e um andar também confiante. Extrovertido e seguro de si. Nossa!!! Que inveja desse cara! Olhando assim, não parece que ele tem o meu problema. Começo a reparar nas outras pessoas, e tem pessoas de todos os tipos, idades, cores e classes sociais. Digo isso porque reparei nas roupas e relógios de alguns, bem como em seus celulares. Tinha até um cara negro que devia medir uns 2m de altura. Será que um cara desse tem um pinto pequeno igual ao meu?
Comecei a falar com outras pessoas, belisquei uns biscoitos e tomei um café. Até que escuto um sino tocar, e todos se movimentam até umas cadeiras que estão numa outra sala que parece um salão de festas. Éramos em torno de umas 20 pessoas, talvez um pouco mais.
Miguel - Bom dia a todos! Meu nome é Miguel e sou o fundador desse grupo. Poderia falar aqui durante várias horas sobre mim, sobre minhas conquistas acadêmicas, ou profissionais. Falar sobre tudo que eu já consegui nessa vida. Só que tudo isso não importa, quando você chega pra uma mulher e tira a roupa pra começar o ato sexual. Poucas são aquelas que entendem a situação. A grande maioria reage com decepção, ou até mesmo escárnio.
Quantos aqui conseguem ir num banheiro público ou de algum estabelecimento e ficam tranquilos, quando sabem que em algum momento, alguém vai reparar no tamanho do seu membro?
Quem aqui gosta de bater uma bolinha? Eu também gosto. Mas e a hora de ir no vestiário tomar banho? Tenho certeza de que muitos vão embora tomar banho em casa, pois sentem vergonha de ficar nu no meio dos amigos.
Então, meus confrades, esse grupo foi criado pra fortalecer a nossa auto-estima. Vocês estão me vendo aqui falar desse jeito, e podem até ficar desconfiados, mas quem me conhece sabe como foi duro passar por várias situações, até chegar onde estou. Vou mostrar no telão a minha foto pra vocês verem como eu sou.
Durante a fala inicial de Miguel, eu sinto uma grande empatia e me identifico com seu relato. Fico comparando com a minha vida e penso que de repente, pode haver uma saída. Nesse momento uma imagem surge no telão, e é a foto de Miguel. Uma foto mais antiga de Miguel nu, mostrando o tamanho de seu pênis. Todos ali começaram a bater palmas e eu instintivamente comecei também. Todos ali mostravam respeito e pareciam realmente se importar uns com os outros.
Miguel - Agora que vocês já viram o Miguelito, gostaríamos de conhecer um pouco sobre vocês. Irei chamar algumas pessoas para falar um pouco sobre a própria vida e podem começar a se apresentar, falando o nome, a profissão, estado civil e tamanho do pênis. Não fiquem apreensivos. Vamos começar. Você aí no canto, de blusa marrom.
Josiel - Meu nome é Josiel. Sou engenheiro civil. Casado a 6 anos e tenho 9cm. Estou no grupo há alguns meses. Meu casamento estava começando a desmoronar. Minha esposa Maria Clara estava muito insatisfeita sexualmente. Tentamos vibradores, extensores penianos, e isso até funcionou durante algum tempo. Só que eu percebi que era questão de tempo até ela pedir o divórcio. Até que conheci esse grupo, e com os vários aconselhamentos que eu escutei aqui, me tornei uma pessoa mais confiante e pude conhecer novas técnicas para aprimorar a relação sexual. Hoje, o nosso relacionamento está fortalecido e ela está muito satisfeita.
Miguel - Estão vendo? Relacionamento fortalecido! Mulher satisfeita! Sim, meus confrades! É possível, sim! Vamos agora pra mais um depoimento. Você de camisa amarela.
Nilton - Meu nome é Nilton. Sou dono de uma quitanda. Moro junto com a Gilda faz 2 anos, e apesar de ser negro e ter 1,90m o meu pênis mede 10cm. Meus relacionamentos não costumam durar muito tempo, pois as mulheres se decepcionam comigo na cama. Imaginem a cara de frustração de uma mulher quando um negão de 1,90m tira a roupa e só tem 10cm. A maioria tá esperando um cacete de pelo menos 20cm. E o pior de tudo, é que por eu ser alto, esses 10cm faz com que meu cacete pareça menor ainda, proporcionalmente ao meu corpo. Um dos piores dias da minha vida, foi quando eu estava transando com uma garota que eu peguei no pagode. Fomos pra uma rua deserta que fica atrás do pagode dar uma rapidinha, porque estávamos cheios de tesão. Na hora do sexo, enquanto eu estava enfiando nela, a safada pediu pra eu enfiar tudo, só que eu já tinha colocado tudo. Perdi o tesão e broxei, e aí ela viu que eu parei, foi tentar me animar de novo, e viu o tamanho do meu cacete. Ela disse que era muito azarada, e que pegou o único negão do mundo que tinha o pinto pequeno. Se ajeitou e voltou pro pagode. Eu voltei também, mas logo que eu voltei, comecei a perceber olhares e risos de algumas mulheres. Paguei a conta e fui embora. Meu relacionamento com a Gilda atualmente, está um pouco turbulento. Tenho medo de perdê-la igual as outras. Todos os meus relacionamentos anteriores acabaram por causa de infidelidade. Estou aqui no clube pra tentar salvar meu relacionamento.
Miguel - Salvar relacionamentos! Essa é uma de nossas metas! E aqui vocês irão adquirir meios pra isso. Vou chamar mais um confrade aqui. Muitos já conhecem esse cabra da peste. Sua vez, meu amigo!
Severino - Meu nome é Severino. Sou comerciante. Minha muié se chama Marcele. Tem só 19 aninhos. Eu tenho 30cm. Calma gente, a minha peixeira tem 30cm.
Nessa hora eu ri, e todos riram. Acho que pelo depoimento anterior ter sido um pouco melancólico, Miguel escolheu o Severino pra falar, para descontrair o ambiente. Enquanto falava sobre a sua peixeira, fez questão de mostrá-la todo orgulhoso.
Severino - Essa aqui eu levo sempre junto de mim. Minha fiel companheira. Se algum disinfiliz botar os óio torto pra minha muié, vai se entender com a minha peixeira. Meu galin de briga tem 9cm, mas nunca perdeu uma rinha.
Enquanto Severino falava, e deixava todo mundo alegre com aquele falar e com o jeito brincalhão dele, notei que Miguel olhava a todos, e num dado momento, nossos olhares se cruzaram. Ele sorriu pra mim, e logo imaginei o que estava por vir.
Miguel - Obrigado, Severino. Como sempre, suas apresentações são incomparáveis. Pra finalizar esse momento, gostaríamos que um novato se apresentasse. Alguém disposto a se apresentar?
Miguel falou isso, olhando diretamente pra mim. Eu já imaginava que algo assim pudesse acontecer. Sempre fui um pouco reservado, beirando a timidez. Só que ali naquele momento, eu pensei que talvez fosse a hora de me reinventar. Ser mais confiante e extrovertido. Pensei bem, olhei para o Miguel, vi que tínhamos visualmente muitas similaridades. Só faltava mesmo era a personalidade, como se fosse uma aura de simpatia, uma energia que consegue envolver a todos.
Miguel - Alguém disposto a se apresentar?
Edu - Eu irei!
Miguel - Eduardo, né? Ou melhor, Edu.
Fico surpreso por ele ter se lembrado do meu nome, mas procuro não demonstrar.
Miguel - Edu, fale somente o que você quiser. O que você se sente bem e que acha que deva ser compartilhado. O básico, isso a gente faz questão de saber, pois é um sinal de que todos aqui somos iguais, apesar das diferenças. E se possível, não demore muito, pois temos um cronograma. Pode começar.
Edu - Meu nome é Eduardo. Podem me chamar de Edu. Sou personal numa academia e motorista de uber às vezes. Estou namorando, e eu tenho 11cm.
Nessa hora todo mundo aplaudiu. Não entendi o porquê. Provavelmente devia ser de praxe pra saudar um novo membro, quase que literalmente falando.
Miguel - Continue, Edu.
Edu - Eu já tive vários relacionamentos, porém todos curtos, que nem o pau de todo mundo aqui.
Poucos riram, acho que tentar ser extrovertido e fazer graça assim de uma hora pra outra, não é um botão de liga/desliga.
Edu - Na maioria desses relacionamentos, o término foi sempre o mesmo motivo. Eu sempre fiquei com mulheres que chamam muita atenção, que são lindas e maravilhosas. E parece que quanto mais linda, maior foi a humilhação que me fizeram. Acho que é isso, por enquanto.
Homem - E a sua namorada?
Edu - Como é um começo de namoro, nós ainda não transamos. Por ela ser evangélica, estamos indo devagar a pedido dela.
Miguel - Obrigado Edu, pela sua apresentação! E agora vamos continuar com a nossa programação. Lá no pátio, tem uma mesa de bilhar, e algumas mesas pra carteado e dominó. Fiquem à vontade.
Miguel - Se saiu bem, Edu, mas aquela piadinha que você fez, não deveria ter usado.
Edu - Me desculpe, Miguel. Não tive a intenção de ofender ninguém. Eu estava muito nervoso e de repente isso saiu meio que sem pensar.
Miguel - Tudo bem! Você é novato, e não foi nada demais. É que embora estejamos em família, sempre há os mais certinhos e conservadores, que não gostam de brincadeiras, e há outros que são mais fáceis de se conviver. No geral, só tem gente boa aqui. Os mais esquentadinhos, ou que não conseguem se socializar, acabam por deixar de vir, ou são expulsos.
Edu - Desculpas mais uma vez.
Miguel - E em relação aquela piada, as pessoas aqui não gostam tanto, porque em algum momento todo mundo aqui já usou, hahahahahaha
Nessa hora percebi que Miguel estava caçoando de mim e ria junto com outros que estavam ali perto, porque provavelmente eu devia estar com o semblante preocupado.
Miguel - Agora quem pede desculpas sou eu, Edu. Como disse, aqui todo mundo é família.
Miguel me abraça e continuamos conversando. Ele me explica que realmente é bom medir as palavras antes, porque ali no clube tem senhores mais idosos com outra cabeça. E tem pessoas importantes, como juízes, advogados, e até políticos. Então, todo cuidado é pouco, e que a regra principal e única basicamente, é não comentar nada que se passa aqui dentro pra alguém de fora. Nem mesmo pra parentes, amigos ou cônjuges.
Miguel - Isso é uma forma de preservarmos nossa intimidade e a nossa vida. Se por acaso você encontrar com alguém deste clube, fora deste ambiente, não comente, nem converse sobre o que acontece aqui.
Nisso, o celular de Miguel toca e eu vejo rapidamente o nome MC. Ele atende com um sorriso e diz que está ocupado, mas que vai daqui a pouco
Miguel - Edu, sinta-se à vontade. Eu terei que sair. Surgiu um imprevisto na minha empresa que requer a minha atenção.
Edu - Sem problemas. Por enquanto, estou gostando.
Miguel - Você não imagina o que esse lugar pode fazer por você. Até mais.
Dou a minha mão pra me despedir dele, mas ganho um abraço. Realmente, o carisma de Miguel é fantástico. Fico meio hipnotizado, e ao mesmo tempo presto atenção para tentar ser parecido. Vejo que ele se despede de alguns, abraça outros e entra numa sala. Logo em seguida, ele sai da sala com uma caixa que parecia ser de preservativos. Entendi qual era a emergência na empresa. E mais uma vez, fiquei impressionado com a discrição dele, que poderia ter me dito que iria sair pra transar.
Homem - Edu, vamos jogar um carteado? Me convidou um senhor de 40 e poucos anos.
Edu - Pode ser. Qual o seu nome?
Gabriel - Meu nome é Gabriel. Vem ser a minha dupla. Sabe jogar o que? Sueca, buraco, truco?
Edu - Prefiro buraco. Truco e Sueca me fazem perder a linha. Às vezes sou meio competitivo.
Fomos ao pátio. A dupla era Eu e Gabriel × Josiel e Lino. Jogamos algumas partidas e fomos alternando as duplas e conversando várias coisas. Vou pular essa parte por não ter nada significante. Chega a hora do almoço e somos convidados a almoçar. Nessa hora percebo que Miguel já está de volta, e está ajudando a coordenar a equipe do buffet. Tudo bem normal. Miguel como sempre prestativo, e botando a mão no serviço. Ele mesmo estava ajudando, porque um dos cozinheiros não estava muito bem de saúde. Ofereci ajuda, e ele espantado agradeceu e aceitou.
Miguel - Primeira vez que alguém oferece ajuda. Você deveria estar se enturmando lá, mas já que você se ofereceu pra ajudar, e estamos realmente precisando de ajuda, vou lhe dar uma breve mentoria. Mulheres adoram, e acham extremamente sexy o homem que sabe cozinhar. Não estou falando do básico. Arroz, feijão e batata frita, todo mundo deveria saber fazer pra se virar. Comidas industrializadas, também não vale. Uma boa massa, com temperos diferentes, pra fugir do trivial. Carnes e saladas com hortaliças diferentes. Hoje, a facilidade pra arrumar esses temperos e ingredientes é enorme. Sem falar que existem temperos que são afrodisíacos. Uma boa noite de sexo, começa no jantar. Ali você já tem que mostrar a que veio. Durante a refeição, olhar pra ela sempre, às vezes discretamente pra ver as reações. Veja o olhar, os lábios, e o pescoço.
Miguel ia falando, e eu procurava prestar atenção em todas as dicas. Ele falava, enquanto mexia um panelão de strogonoff. Me chamou a atenção, que em vez de usar creme de leite, ou requeijão, Miguel usava cream cheese. Ele percebendo minha admiração disse:
Miguel - Nunca usou? Fica uma delícia. Maior cremosidade, e mulher adora cream cheese, porque é mais saudável também.
Durante essa explicação, o celular de Miguel toca, mas como estava com as duas mãos ocupadas, me pede pra pegar em cima da mesa. A ligação cai, assim que eu pego o celular. Antes de dar o celular pra ele, vejo a seguinte mensagem: “Cuida bem do meu maridinho”. Achei estranho, mas não quis ser bisbilhoteiro, e entreguei o celular a Miguel. Acho que ele percebeu que eu li a mensagem, mas não falou nada. Ele leu a mensagem, e mandou um áudio em resposta.
Miguel - Pode deixar! Ficarei de olho nele, e caso ele venha a passar mal, eu ligo pra você. Relaxa, e não se preocupe!
Miguel gravou esse áudio, olhando pra mim, a todo o momento.
Miguel - Curioso?
Edu - Não é da minha conta, Miguel.
Miguel - Não tem mistério. Acontece, que em alguns casos mais problemáticos, é necessário uma intervenção. Eu faço uma espécie de mentoria para o casal. Não comenta isso por aí, mas a esposa do Josiel, essa que me mandou mensagem, está preocupada com ele, porque ele tem problemas com a bebida.
Edu - Que situação! É uma pena.
Miguel - Isso é muito comum. O cara tem esse problema, se sente frustrado, e desconta na bebida, ou na comida. Alguns ficam até violentos.
Edu - Entendi. E como seria essa mentoria para o casal?
Miguel - Algumas conversas, exercícios, massagens… Depende muito do perfil do casal. Eu faço uma entrevista particular com a esposa, noiva ou namorada do confrade, para saber dela. É muito importante saber essa parte, porque às vezes, o cara aqui aprende uma coisa e diz que está fazendo em casa, e não está fazendo nada que eu recomendei. Meus métodos são infalíveis, só que precisam ser exercitados.
Edu - Então, você procura ouvir o lado da esposa para saber como está sendo o tratamento. Seria isso?
Miguel - Exatamente. Aí eu tenho a versão dele, a versão dela, e eu posso agir com mais precisão pro tratamento funcionar.
Edu - Estou impressionado, Miguel!
Miguel - Anda! Me ajuda a carregar esse panelão ali pra mesa.
A cada momento que eu passava com o Miguel, ficava mais impressionado com o seu jeito e como ele era um cara acessível e prestativo.
Miguel - Muito obrigado, Edu. Eu vou adiantar umas coisas no escritório, e você sinta-se à vontade para voltar ao carteado.
Edu - OK. Se precisar de alguma outra ajuda, pode me chamar.
Apertamos as mãos, e voltei ao local onde estavam os outros. Alguns continuavam a jogar, enquanto outros já se preparavam para almoçar. Conversei com mais algumas pessoas, almocei e fui embora. Quando cheguei em casa, liguei para Karina, e conversamos sobre vários assuntos. Combinamos de ir ao cinema novamente e depois jantar fora.
Os dias passaram, e a minha rotina diária transcorria normalmente, até que chegou o dia do cinema. Era mais um filme de comédia romântica, como tantos outros, mas na verdade eu pouco me importava com o filme. Eu estava ali para namorar e dar uns amassos. Só que dessa vez, algo muito diferente aconteceu, e que me deixou preocupado. Karina desta vez, também começou a fazer carícias no meu peito, e algumas vezes descia em direção à minha calça. Sempre que ela fazia esse movimento, eu tentava ser um pouco mais ousado, para que ela parasse, e dessa forma, não prosseguisse em direção ao meu pau. Funcionou, mas até quando eu iria conseguir enrolar ela assim?
Jantamos, e levei ela em casa e namoramos mais um pouquinho no portão. Ela chegou a suspirar, depois de alguns beijos, e eu também estava encantado por ela, mas eu sabia que mais cedo ou mais tarde, todo esse amor e encanto iria se desfazer, por causa do meu probleminha.
Cheguei em casa e fui direto para o computador. Eu tinha que tentar fazer alguma coisa. Comprei uma bomba peniana, libid gel, titan blue, gel volumão e um aparelho estranho qie mantém o pênis esticado. Comprei também um suplemento chamado trubulus, que é rico em zinco e estimula a produção de testosterona. Foi um pequeno investimento, mas se desse certo, valeria a pena.
Dentro de alguns dias, as encomendas começaram a chegar, e eu comecei a usar tudo de uma vez. Afinal de contas, eu não tinha muito tempo. Iniciei o uso dos produtos, e o gel foi o que mais gostei, porque ele provocava um calor e realmente fazia com que a ereção durasse um pouco mais de tempo. A bomba peniana eu usava todos os dias pela manhã, antes de ir trabalhar. O pior de todos, era o que passei a chamar de estica-pau. Causava um desconforto porque tinha que prender o pau com um elástico e esticar o pau literalmente e prender na perna. Tinha que deixar ele esticado durante 5 horas. E assim, transformei isso tudo na minha rotina.
Os dias foram passando e eu saindo pra namorar com a Karina, trabalhando com uber no meu carro e indo na academia para alguns alunos que me contrataram como Personal. Até que chegou um dia que teria um evento num clube, que o Miguel alugou. Seria um churrasco, com futebol, e era um evento familiar, aberto aos familiares dos confrades do Clube PP.
Chamei a Karina pra ir, e ela topou. Informei o básico a ela, que era uma espécie de Clube de amigos. Miguel já havia explicado que em reuniões assim aberta aos familiares, não é de bom tom falar sobre o que se passa no clube, justamente porque alguns dos confrades não falaram sobre isso com suas esposas, noivas ou namoradas. As que sabiam sobre o assunto, se mantinham discretas, para não causar transtorno.
Chegamos ao local, relativamente cedo, e pude notar que do outro lado da rua, havia um cara dentro de um carro olhando as redondezas. Achei isso estranho, e fiquei mais encucado ainda quando eu vi que o cara tirava fotos discretamente com uma câmera. Me identifiquei na portaria e um funcionário me explicou onde ficava o local reservado para o nosso encontro. Muitas pessoas já estavam no local, e vários confrades trouxeram suas respectivas. O primeiro que me viu foi o Gabriel. Ele ficou admirado, e eu também fiquei, pois tanto sua esposa quanto minha namorada eram muito parecidas. Ambas eram ruivas, com olhos claros, sendo que Karina tinha os olhos azuis e Fabiana, os olhos verdes. Havia também diferenças no tipo de penteado, mas o comprimento do cabelo era semelhante. Fabiana era mais bonita de rosto do que Karina, mas minha namorada era muito mais corpulenta, e um pouco mais alta. Se dissessem que eram irmãs, acreditariam, e isso foi um motivo para que houvesse logo uma empatia entre nós e ficamos ali conversando. Fui falar com outras pessoas, e deixei Karina com eles, pois o papo estava tão animado entre elas, que não quis interromper.
Procurei pelo Miguel, e conversei com ele. Neste dia, ele estava um pouco atarefado, cuidando de várias coisas. Ele dava atenção para as ligações, para as pessoas, funcionários do clube, pessoal do buffet que ele contratou. Era uma loucura! Até que surgiu uma brecha, e eu consegui falar com ele.
Edu - Miguel, tenho um negócio estranho pra te falar. Quando eu cheguei aqui, eu vi um cara lá fora tirando fotos daqui e das pessoas que entravam.
Miguel - Tem certeza? Isso é muito estranho…
Edu - Tenho sim. O cara era discreto, mas eu consegui ver.
Miguel - Vou lá fora verificar isso.
Edu - Quer ajuda? Eu posso ir junto, se você quiser.
Miguel - Não precisa. Você já fez muito por me avisar isso.
Eu e Miguel, fomos andando até a área onde estavam as pessoas e ele fez um comentário que me deixou meio desconcertado.
Miguel - Nossa! Que mulher linda aquela ao lado do Gabriel e da Fabiana. Será que é irmã dela? Acho que vou deixar esse espião pra depois, e me apresentar a ela, antes que algum outro faça isso.
Edu - Miguel, é que…
Miguel - Edu, eu te acho um cara maneiro, mas eu vi primeiro.
Decidi não falar nada, porque já estávamos chegando próximo a eles.
Miguel - Boa tarde, Gabriel. Tudo bem, Fabiana? Essa é sua irmã? Prazer em conhecer. Meu nome é Miguel.
Miguel se adiantou e cumprimentou minha namorada Karina, dando-lhe 3 beijinhos no rosto. Enquanto isso, Gabriel e Fabiana riam da cena, e eu estava com um sorriso amarelo.
Fabi - Ela não é minha irmã, mas bem que podia ser. Todo mundo está perguntando isso.
Edu - Miguel, essa é a Karina, minha namorada!
Todos rimos ao ver a cara do Miguel, e dessa vez foi ele que ficou com o sorriso amarelo.
Miguel - Com licença, gente, que eu vou ali enfiar a minha cara num buraco hahaha… Que vergonha!
Karina - O que foi, Miguel?
Miguel - Nada, não…
Edu - Quando Miguel te viu, ele achou que você estava desacompanhada e comentou comigo, fazendo até elogios.
Miguel - Por que você não me disse que era a sua namorada?
Edu - Eu tentei, mas você não me deu tempo.
Miguel - Bem, eu vou ali e já volto.
Karina - Não precisa ficar assim! Foi um mal entendido. Essas coisas acontecem.
Gabriel - Senta aí com a gente.
Miguel - Eu tenho que ir mesmo resolver um negócio. Depois eu volto, pra gente conversar.
Miguel se retirou e eu fiquei com o meu grupo bebendo e comendo. Continuamos a conversar sobre vários assuntos, e o entrosamento entre as garotas ficava cada vez maior. O tempo foi passando, até que eu vi o Miguel conversando com o cara que eu vi na rua. Eles andavam abraçados, e rindo muito. Achei aquilo estranho, mas logo voltei a minha atenção ao meu grupo, pois a conversa estava ficando mais picante.
Karina - Então, vocês pensam em fazer isso?
Gabriel - Isso é ideia da Fabi. Ela anda com uns pensamentos meio esquisitos, mas eu não estou disposto a isso não.
Fabi - Eu amo o Gabriel, mas ele tem quase o dobro da minha idade. Quando eu tiver a idade dele, ele já vai estar beirando os sessenta.
Gabriel - Até lá, a medicina evoluiu, e eu vou estar que nem um garotão. E ainda tem o azulzinho pra dar aquela ajuda… Por isso, que é melhor você parar com essa ideia de querer abrir a relação… O que você acha Edu?
Edu - Casal Liberal? Não tenho nada contra, mas acho que não é pra mim. Sou muito ciumento, e acho que não daria certo.
Fabi - O que você acha, Karina?
Karina - Eu estou fora! Isso não é de Deus, não!
Todos rimos do jeito que ela falou.
Fabi - Acho que no futuro, vai existir cada vez mais trisais e relacionamentos liberais. Na faculdade, fizeram um estudo dizendo, que mostrava que o número de mulheres estava aumentando em relação ao dos homens. A proporção já estava quase chegando a 7 por 1. imagina, que nós duas aqui estamos com nossos homens, mas existem 12 mulheres na rua querendo algum homem, e não tem disponível. A conta não fecha, entendeu?
Edu - Mas tem mulheres que são lésbicas…
Fabi - E homens que são gays.
Gabriel - Então, Fabi, você terá que ser compreensiva, e deixar eu ajudar 6 mulheres que estão carentes hahahaha
Fabiana deu um tapa no ombro do Gabriel e todos rimos. Nessa hora, Miguel chegou e queria saber o motivo do riso. Explicamos rapidamente o assunto, e ele concordou com a seguinte afirmativa.
Miguel - Por isso que eu não tenho namorada. Enquanto vocês dois estão com elas, eu tenho que dar conta das 12 que estão por aí sofrendo.
Karina - Haja fôlego pra aguentar! Mas nem se você saísse com uma por dia, não conseguiria.
Miguel - Basta sair com duas juntas. Preencho seis dias, e no sétimo, eu descanso, igual a Deus!
Novamente, mais risadas, mas dessa vez Karina ficou corada, e não riu. Fabiana também percebeu, e tentou descontrair a situação.
Fabi - Pra aguentar esse pique, tem que ser um Deus mesmo…
Karina - Miguel, você acredita em Deus?
Miguel - Acredito. Minha família é evangélica, mas eu não tenho muito tempo pra frequentar. O trabalho, e as ONGs não permitem, mas eu tento ajudar os outros sempre que possível. Esse é o meu lema.
Karina - Legal. Eu também sou evangélica. Tento levar o Edu, para ser mais religioso, mas ele é muito relutante.
Edu - Prometo que te acompanharei mais na Igreja. É que com 2 empregos fica difícil, mas vou tentar me organizar melhor.
Miguel - Queria eu poder me organizar melhor! Preciso contratar uma pessoa pra me ajudar a gerenciar minhas coisas.
Karina - Quando você conseguir fazer isso, eu posso te levar na minha Igreja. Tenho certeza, que você iria adorar.
Gabriel - Dependendo do salário, posso lhe ajudar a arrumar alguém.
Miguel - A gente conversa sobre isso noutro dia. Eu vim aqui pra falar que vai rolar uma bolinha lá no campo. Quem topa? As meninas, se quiserem, podem ir lá ver. Tem arquibancada.
Edu - Então, vamos!
Deixamos as garotas e começamos a ir para o campo, e tinha um vestiário próximo. Nós entramos, e Miguel foi logo falando.
Miguel - Então, meus amigos. Sintam-se à vontade. Quem quiser trocar de roupa, tem lugar ali, e mais tarde quando acabar a partida, ninguém aqui precisa ir correndo pra ir tomar banho em casa. Tem um monte de chuveiro ali, e ninguém vai ficar com vergonha por ter de tirar a roupa na frente do outro. Todos nós aqui, temos mais ou menos o mesmo tamanho. Nenhum escroto pauzudo vai tirar onda com a gente aqui. Quem ainda não passou por isso, depois me conta qual foi a sensação.
Eu estava feliz, e todos lá estavam felizes. Realmente, parecia que tudo estava indo bem, até que o celular de Miguel toca, e ele fica meio apreensivo durante a ligação. Infelizmente, ele diz que não poderá jogar conosco, pois surgiu um problema em uma de suas empresas. Nos despedimos dele, sendo que antes de sair, ele nos prometeu que voltaria antes de terminar a partida. Fiquei pensando se realmente ele iria resolver um problema, ou se era mais uma desculpa para ir transar com alguém.
Fomos para o campo, e o jogo começou. Vi que Miguel ainda não tinha saído, porém estava se despedindo das pessoas, inclusive da Karina e da Fabiana. Acho que ele deu um cartão pras duas com seu contato. Antes de me concentrar no jogo, vi que o cara que estava tirando fotos ainda estava no clube, aguardando o Miguel. Os dois se abraçaram mais uma vez, e entraram numa sala. Eu fiquei muito curioso com isso, e resolvi inventar uma desculpa que eu tinha que tomar um remédio, porque tinha bebido um pouco além da conta.
Saí de campo, e fui até a sala para tentar ouvir alguma coisa. Seria melhor não ter ido lá, pois a minha admiração por Miguel estava começando a desmoronar.