Parte 2
Minha conversa com Marcio após aquele ocorrido foi bem natural. O ponta-pé inicial para tudo tinha sido aquela noite.
— E agora, ta com sono? — Marcio perguntou.
— Tô nada mané. Parece que o sono ta la longe hoje.
— É isso. Bora trocar papo até aparecer.
Era isso. Era o que tínhamos para fazer: trocar papo até o sono aparecer. Nós não falamos nada além de coisas de futebol. O cara era fã do Pelé e eu também, rasgamos elogios ao cara e conversamos sobre os feitos do grande mestre da bola. Uma hora o sono chegou. Nós nos despedimos e fomos dormir.
Aquele sábado era o 'grande dia'. Acordamos cedo, apesar de passarmos da hora de dormir. Estávamos pelados na hora de darmos bom dia um ao outro. Até abrimos um sorriso de leve quando percebemos.
— Qual foi, nem botou cueca pra dormir — Marcio riu, de cara ainda amassada.
— Tu também não — eu ri de volta.
Colocamos uma cueca e um calção e saímos pro café da manhã. Na mesa, os caras tavam empolgados e só falavam sobre a tal noite no cabaré. Papo vai, papo vem, os caras perguntaram se Marcio e eu iríamos com eles e nós dois afirmamos que sim, que iríamos. Estávamos tão animados quanto o resto da rapaziada, aquela seria a nossa noite.
Nós não tínhamos roupa bonita o suficiente para ir até a festa, mas vestimos nossa melhor peça para a ocasião. Compartilhamos um único perfume, que era de Marcio, o único que tinha um mais "chique", e fomos. Cinco caras virgens, solteiros e jogadores curtindo um cabaré pela primeira vez.
Aquela noite nos rendeu histórias e memórias difíceis de esquecer. Cada um de nós cinco ficou marcado de alguma forma. Contarei aqui o que aconteceu comigo em especifico.
Assim que entramos no bar, algumas mulheres ja nos avistaram de longe. Éramos novos, chamávamos atenção das mais velhas. Elas vieram nos atender e logo nos ofereceram bebidas. José bateu na mesa e pediu vodca para todo mundo. Nós rimos e fomos no embalo, afinal estávamos ali para isso mesmo. De relance, percebi que Marcio, que antes estava animado, agora estava um pouco serio, meio nervoso. Mas eu relevei, porque nervoso eu também estava. Bebida vai, bebida vem, José foi o primeiro a sair para um quarto com uma loira de cabelo cacheado e vestido rosa. Ele saiu pulando de felicidade, sua virgindade estava prestes a virar passado. O primeiro cara a se dar bem foi ele. Restaram quatro caras na mesa. Cândido, não querendo ficar para trás, tirou uma morena para dançar e logo sumiu com ela, fazendo restar apenas três de nós.
— Vou chamar aquela ali pra ir comigo — Matheus apontou para uma das mulheres. Não era a mais bonita da festa e nem era a mais feia também — O que vocês acham?
— Vai la mane — disse Marcio.
Matheus tomou mais um gole de vodca e saiu atrás da loira que ele havia apontado. Dois ou três minutos de conversa, Matheus foi para um dos quartos com a moça e nos deixou a sós na mesa.
— Agora é tua vez ou minha? — Marcio perguntou.
Eu olhei em volta e não consegui achar nenhuma mulher atraente ou que me fizesse sentir interesse. Mas eu não consegui dizer isso.
— Aquela ali tava olhando pra você — apontei para uma das moças.
Marcio olhou, trocou olhares com ela e agiu:
— Vou lá. Agora.
Marcio se encheu de coragem e saiu. Eu fiquei sozinho na mesa com metade da vodca restante na garrafa. A moça levou Marcio para o exterior do bar, aparentemente para algum quarto. Eu esperei mais um tempo para poder tomar uma atitude e chamar alguma mulher também, mas realmente nenhuma era bonita e eu não me sentia pronto ainda para perder a virgindade. Esperei os caras voltarem de suas transas enquanto observava o ambiente sozinho, mas parecia que eles não iam mais voltar. Decidi voltar pro alojamento, caminhando pela rua, triste e desolado, me sentindo fraco e covarde, carregando o resto da vodca comigo. O que eu iria dizer pros caras quando eles voltassem? Pensei em milhões de historias inventadas, mas aquilo não fazia o meu perfil, eu não costumava mentir ou inventar coisas. O máximo que eu podia dizer é que passei mal e tive que voltar, mas e se eles não acreditassem? O caminho inteiro foi marcado por esses pensamentos loucos, mas decidi não dizer nada a menos que eles me perguntassem.
Entrei no quarto, tirei a roupa e deitei de cueca na cama. Minha cabeça girava um pouco, mas eu não estava com sono. Virei pra direita, virei pra esquerda, mas nada, o sono nao vinha. Decidi ir tomar um banho frio. A água estava gelada, perfeita para relaxar o corpo e a mente. Lembrei-me de Marcio enquanto eu me banhava. Era ele que dizia que "banhos frios ajudam no sono"... e de repente veio em minha mente o fato de ele estar transando enquanto eu estava no banho. Me senti mal com isso. Talvez tenha sido egoísmo de minha parte por não conseguir ficar feliz por ele, mas tinha algo a mais por trás, era um incômodo persistente... Peguei a toalha e voltei pro quarto. Fechei a porta e comecei a me enxugar. Minha mente me sabotava e pensamentos ruins não paravam de vir à tona. Do nada a porta do quarto abriu. Num susto, cobri meu corpo com minha toalha... mas era Marcio chegando.
— Filho da puta, que susto!
Ele riu levemente, com uma cara meio triste, abalada. Voltei a me enxugar. Marcio trancou a porta sem nem me perguntar se podia, sentou na cama e começou a tirar a roupa. Fiquei curioso pra saber como tinha sido sua noite, mas hesitei em perguntar porque ele poderia me devolver a pergunta. Ficamos em silêncio. Eu me enxuguei, pus uma cueca e deitei na cama. Marcio tirou toda sua roupa e saiu do quarto com a toalha no ombro, sem dizer nada. Fiquei mais curioso ainda, mas preferi continuar calado. Apaguei a luz do quarto e me deitei novamente.
Quinze minutos depois, eu ainda estava acordado, mas de olho fechado. Ouvi a porta do quarto abrir, fechar e o fecho sendo trancado. Marcio deitou-se em sua cama e respirou fundo.
— Ta acordado ainda? — ele me perguntou baixinho.
— Tô.
— Não consegue dormir não?
— Tô sem sono. Bebi pra caralho.
— E como foi lá? Comeu quem?
Ou eu mentiria pro cara que eu tava construindo uma amizade foda pra caralho ou diria a verdade sem ter vergonha.
— Não fui com nenhuma mané.
— Serio mermo?
— Foi.
Silêncio por uns segundos. Acredito que Marcio estava processando a informação.
— E como foi lá com aquela morena?
— Se eu te contar, tu guarda segredo? — Marcio me fez uma pergunta tão diferente, como se tivesse cometido algum crime.
— Conta aí.
— Num consegui transar não.
— Por que mané?
— Não sei. Ainda tentei, mas num deu não.
Não sei porque, mas me senti muito bem ouvindo tudo aquilo. Acho que era a confissão de um segredo vindo dele... sei lá. So sei que abri um sorriso.
— Na próxima a gente vai de novo — falei.
— Os moleques se deram bem, tão lá até agora...
— É... amanha a gente ouve as histórias.
Rimos. Voltamos pro silêncio. O que se passava em minha cabeça eram os supostos motivos que Marcio teria para não ter transado com aquela moça. O que tinha acontecido de errado?
Passaram uns minutos.
— Dormiu?
— Não. Te falei, to sem sono pô. — respondi.
— Tu já sabe o que traz o sono né?
— Banho frio? Já tomei — brinquei.
— Também. Mas a outra coisa...
— Punheta?
— É. Vou bater uma pra dormir.
— Agora?
— É pô. Num to conseguindo dormir...
Não encarei aquilo como um convite, mas era tudo que eu queria ouvir.
— Bora? — Marcio me convidou. O cara era malandro, ele sabia que eu toparia.
— Bora.
Eu tirei a cueca e comecei. Acredito que Marcio tenha feito o mesmo, não dava para ver nada por causa do escuro.
— Que vontade que eu tô! — Marcio falou bem baixinho, com uma voz safada, somente para que eu pudesse ouvir.
Não demorou tanto para que eu ficasse extremamente excitado. Segurei firme no meu pau e comecei uma punheta bem rápida. Eu ouvia o vai-e-vem da punheta de Marcio porque ele batia tão rápido quanto eu.
— Imagina aquela peituda agora aqui com a gente, sentando, pulando, esfregando os peitos na nossa cara... — Marcio sussurrou.
— Ela chupando... — eu completei.
Marcio gemia baixo, respirava baixinho, enquanto eu não conseguia imaginar o que ele estava descrevendo, eu imaginava o próprio Marcio do meu lado, em como ele estaria naquele momento. Como não dava para ver nada, não adiantava olhar pro lado, mas minha imaginação voava quando eu pensava nele se contorcendo de tesão na cama ao lado. Os seus gemidos, o leve barulho da cama estralando a cada vez que ele se movimentava, o encontro da sua mão com seu pau...
— Caralho, eu só queria gozar na boca dela agora... — Marcio disse após soltar um gemido grosso.
— Porra que delícia! — eu delirava de tanto tesão imaginando o corpo do meu amigo.
— Eu vou gozar... aahhh... ahhhh...
Eu não sou bom em descrever gemidos, mas imaginem o gemido mais forte e gostoso que vocês já ouviram e coloquem aqui. Aquele cara gemeu alto, com uma voz grossa, inabalável. Era um orgasmo perfeito. Apesar de ouvi-lo gozar, eu não consegui gozar junto com ele, mesmo estando prestes a fazer. Marcio ainda gemia um pouco, acredito que estava nos movimentos finais tirando o restinho que sempre sai. Eu estava de olho fechado, delirando de tesão e sem parar de gemer quando ele levantou-se, acendeu a luz e parou de frente pra minha cama. Acredito que ele achou que eu tinha gozado como da outra vez, mas não, eu estava fazendo. Eu o olhei e vi que ele me olhava sem parar, mas não parei, eu continuei. So que o estímulo que eu precisava para gozar estava bem na minha frente: o cara de pau amolecendo todo gozado me olhando. Eu não resisti.
— Eu vou gozar... eu vou gozar...
Nunca havia sentido aquela sensação antes. Eu explodi de gozo e uns dez jatos de porra quente caíram no meu peitoral e na minha barriga. Minha cara foi de satisfação imensa, eu não consigo nem descrever aquilo que senti. Gemi muito, fechei os olhos, torci os dedos do pé... e enquanto acontecia tudo isso, Marcio me olhava dos pés a cabeça, sem dizer absolutamente nada. Eu olhei para ele e soltei uma leve risadinha, e ele retribuiu. Me levantei e peguei a toalha que ele acabara de usar para se limpar. Marcio pegou o restante da vodca que estava no canto, sentou-se no chão e encostou-se na parede, pelado, do jeito que estava e começou a beber.
— Quer? — ele estendeu a garrafa de álcool pra mim.
Eu tomei a garrafa de sua mão e tomei um gole.
— Senta aí.
Eu me sentei ao lado dele, no chão mesmo. O nosso quarto era pequeno, não tinha muito espaço para ficarmos à vontade ou em paredes separadas. Ficamos juntos mesmo, com pernas coladas.
Nós estávamos com uma respiração cansada, nossos corpos estavam quentes e ainda saía gozo do meu pau. Marcio tomou um gole da vodca e me passou a garrafa.
— Coisa de louco isso ai.
— O quê?
— Isso aí que a gente faz. Mó viadagem.
— É... — eu ri.
— Mas namoral, é mó bom.
Nós rimos.
— Num deixa os moleques ficar sabendo disso.
— Claro que não pô.
Nós terminamos o resto da vodca em minutos e em silêncio. Estávamos bêbados.
— Meu irmão tá preso... — Marcio soltou essa frase sem ter sentido algum.
— Quê?
— Uma vez você me perguntou se eu mandava dinheiro pros meus pais. Eu mando pro meu irmão, ele tá preso.
— Ele matou alguém?
— Mais ou menos...
Eu olhei para Marcio e ele me olhou. Não dissemos nada. Eu queria entender porque ele mexia comigo da maneira que mexia. Não fazia sentido tudo aquilo que estava acontecendo. Marcio tentou levantar, mas quase ia caindo. Eu me apoiei no armário, levantei e puxei sua mão, levantando-o. Marcio parou bem na minha frente, ficamos cara-a-cara. Ele me encarou de uma forma diferente, como nunca tinha feito antes. Meu coração palpitou forte e eu só tinha vontade de dar um abraço naquele cara, de dizer que eu tava curtindo pra caralho ser amigo dele. Mas ele fez melhor. Marcio segurou meu rosto com sua mão direita e me deu um selinho. Não esses selinhos rápidos, mas um beijo de verdade, demorado, sem envolvimento dos lábios ou língua, só boca-com-boca. Meu peito encostou ao dele, meu braço estava junto ao dele e nossos paus se encostaram também. Foi uma coisa bem doida, na verdade. Mas boa, muito boa.
— Que foi isso? — eu perguntei assim que Marcio afastou-se de mim.
— Não sei...
Nós nós olhamos firmemente, sem dizer mais uma palavra. Marcio só buscou sua cama e se deitou, virando pro lado, se cobrindo e fechando os olhos. "Como assim esse cara me beija e sai assim, sem dizer nada?" Era isso que eu pensava naquela hora, mas eu não sabia o que falar, então decidi ir dormir também.
Assim que acordei no dia seguinte, virei pro lado e vi que Marcio não estava na cama. Eu nao sabia que horas eram, mas supus que era tarde. Saí do quarto depois de me vestir e me deparei com os três caras jogados na sala, dormindo um por cima do outro, pelo chão mesmo, ainda com as roupas que tinham saído. Ri da situação, pelo visto a noite tinha sido boa. Fui comer alguma coisa na cozinha e depois fui pro terraço tomar um sol. Passei o dia inteiro pensando naquele beijo que tinha acontecido, e por mais que eu tentasse pensar em outra coisa, não dava certo. Marcio tinha saído para algum lugar, não estava no alojamento nem no campo treinando. Ficamos longe um do outro o dia inteiro. Os moleques contaram como tinha sido suas primeira vez e eu fui escutando, dando graças a Deus por eles não terem me perguntado nada.
Confesso que estava ansioso para ver Marcio e para conversar sobre o que tinha acontecido, queria olhar pro seu rosto, sentir o seu corpo novamente, ou beijá-lo de novo... mesmo sabendo que era impossível de acontecer outra vez.
À noite, Paulo chegou ao alojamento para nos dar direcionamentos sobre aquela semana. Na terça-feira teríamos um jogo e na quinta teríamos outro, dois jogos decisivos quase que juntos. Ficamos apreensivos, mas confiantes. Marcio acabou chegando no meio da reunião, calado, tímido. Paulo deu bronca por ele estar fora do alojamento em momento importante, e ele logo pediu desculpas, não dando mais explicações. No fim da reunião, Marcio foi pro banheiro tomar banho e eu decidi ir pro quarto esperá-lo lá. Deitei na cama só de cueca, com a luz apagada, me preparando para outro convite de punheta. Mas tudo deu errado. Marcio entrou no quarto, colocou um calção no escuro mesmo e deitou-se em sua cama, sem dizer qualquer palavra. Pensei bastante se eu falaria alguma coisa, mas decidi não falar nada, me toquei de que ele não queria papo. Fui dormir triste aquela noite.
Dia seguinte, nós fomos pro treino no campo e fizemos alguns exercícios. Marcio não dirigiu a palavra a mim nem uma vez no dia. Eu estava chateado com a situação, mas por ser mais orgulhoso do que burro, decidi entrar naquele jogo. À noite, dormimos novamente sem falar nada.
Na terça, no dia do jogo, estávamos no vestiario do campo adversário tomando banho para entrar na partida. Os moleques estavam animados, conversando, e Marcio e eu estávamos mais calados, na nossa. Apesar de não estar falando com o cara, eu não conseguia parar de olhar pro corpo dele. Não era como das primeiras vezes, eu olhava discaradamente, para que ele percebesse, até que consegui: ele percebeu. Nós dois nos olhamos e não viramos o rosto, ficamos nos encarando por alguns segundos. Ao desligar o chuveiro, Marcio me olhou com um olhar simples e singelo, me fazendo entender que ele sentia a minha falta.
No jogo, o treinador escalou o time e, assim que o juiz apitou, fomos pra cima com toda nossa raça. Tudo isso porque aqueles dois jogos da semana eram decisivos, valia uma entrada em um campeonato famoso e ate uma vaga no time oficial. Jogamos com muita força, com vontade. Eu marquei um gol aos 20 minutos do primeiro tempo. Os moleques correram para me abraçar, e pela primeira vez eu gostei de todo aquele movimento em cima de mim. De surpresa, Marcio me abraçou por trás, depois que os moleques se afastaram. Sentir todo o corpo suado daquele cara me abraçar foi uma coisa que eu nunca vou esquecer. Foi muito rápido, mas foi o suficiente para me deixar com a cabeça na lua. Virei pro cara e, sem acreditar no que tinha acontecido, soltei um sorriso pra ele e estendi a mão para que ele apertasse. No momento em que ele apertou, nós dois sabiamos que não existia mais clima ruim algum. Voltamos correndo pro meio do campo e retomamos o jogo. Ganhamos por 2x0, um gol meu e um gol de Esteves, um dos caras do time. Comemoramos pra caralho no vestiário, pulamos, gritamos, como se tivessemos conquistado alguma taça. Durante os gritos e comemoração, Marcio me deu um outro abraço por trás, mas um mais demorado. Os moleques estavam distraídos pulando, não viram a cena. Eu apenas sorri e apertei os braços de Marcio sobre a minha barriga. Todos estávamos de cueca, e eu pude sentir o pau do cara crescer roçando em mim. Eu me afastei um pouco e olhei pra ele, ficamos sérios. Nós entedemos o que aquilo queria dizer, mas não dissemos nada um ao outro.
Durante a noite, ganhamos pizza novamente pro jantar. Tomamos um banho e fomos comer. A alegria tava contagiante entre os caras do alojamento, todo mundo comentando sobre os lances. Marcio e eu estavamos na parada, interagindo com os outros moleques, comendo juntos. Não quisemos ficar até tarde conversando porque tinha outro treino pesado no dia seguinte, então decidimos ir dormir cedo. Juntamos as embalagens de pizza para jogar no lixo, lavamos os copos e arrumamos a sala, no final nos despedimos e fomos para os nossos quartos.
Eu entrei no quarto primeiro e Marcio veio atrás. Assim que ele fechou e trancou a porta, imediatamente o cara me deu um outro abraço, mas, dessa vez, de frente. Um abraço muito colado, muito forte. Eu não consegui fazer outra coisa além de abraçá-lo também, na mesma intensidade que ele fazia. Era bom, era aconchegante, excitante... meu pau começou a ficar duro e em minha mente aquilo estragaria o fato de dois amigos estarem "fazendo as pazes", mas não se tornou um assunto, o abraço continuou. Senti que Marcio me apertou um pouquinho mais para perto dele, e eu fiz o mesmo com ele. Estávamos tão colados um ao outro, meu pau duro estava grudado e pulsando em sua perna sobre o calção, ele estava gostando daquilo, não separava do abraço. Eu não sabia como funcionava o sexo entre dois caras, mas eu sabia que era aquilo que eu queria, eu queria ficar nu com aquele cara, encostado no corpo dele, deitado na minha cama, beijando a boca dele...
Depois de uns três minutos, Marcio desgrudou de mim e apagou a luz do quarto. Ele se aproximou de mim, tirou minha camisa, tirou a dele e voltou a me abraçar. Demos três passos para trás e encostamos na parede gelada do quarto. Não havia um único rastro de luz no quarto, estávamos no total escuro e silencio. Marcio foi descendo suas mãos, alisando minhas costas e parou poucos centimetros acima da minha bunda. Eu comecei a sentir o cara ficando excitado, acompanhei de pertinho cada parte de seu pau ficando duro. O frio na minha barriga aumentou tanto que senti meu pau soltando o melado em minha cueca. Minha mão esquerda alisou toda as costas de Marcio e parou exatamente na sua bochecha. Mesmo sem vê-lo, eu sabia que naquele momento nós dois estávamos nos olhando. Aproximei o meu rosto do dele e, ao sentir sua respiração no meu rosto, o beijei. Marcio me abraçou com mais força e nossos paus pulsaram de tesão no mesmo momento. O cara envolveu seu braço no meu pescoço e o beijo se intensificou. Pela primeira vez eu estava beijando alguém. Nossos lábios se encaixavam perfeitamente naquele beijo lento e amoroso. O cheiro de Marcio me excitava, a sua boca macia me deixava alucinado de tesão, o seu corpo grudado ao meu, o seu volume nas minhas pernas pulsando sem parar... que momento maravilhoso.
Marcio parou de me beijar e colocou suas duas mãos em meu rosto. Nós respiramos ofegantemente juntos um para o outro e sabíamos exatamente o que cada um queria. Marcio colocou minha mão por dentro de seu calção e eu, também pela primeira vez, toquei em seu pau. Quando o fiz, Marcio deu uma leve contorcida em seu corpo e deitou-se sua cabeça em meu peito, me abraçando forte. Eu fui suavemente alisando seus pêlos e suas bolas por dentro da cueca até subir um pouco e alisar seu pau. Marcio gemeu bem baixinho pra mim, dando outra contorcida em seu corpo e me apertando mais no abraço. Sua cueca por dentro estava toda melada e minha mão melou ali por dentro. Era uma sensação muito nova pra mim porque a textura do pau de Marcio era diferente da minha. Mas aquele momento estava tão gostoso que nada suava estranho. Senti o pau dele colocar mais o 'melzinho' pra fora e melou a palma de minha mão. Eu tirei minha mão e, sem pensar, coloquei na boca para experimentar. Que cheiro bom, que gosto bom. Eu queria mais. Coloquei de volta minha mão por dentro da roupa dele e alisei mais, até sair o liquido novamente. Quando saiu, coloquei de novo em minha boca. Sentir o gosto do mais puro tesão daquele cara era mágico. Marcio gemia em meu peito e me apertava contra seu corpo, o cara tava tremendo de tesão. Meu corpo por dentro estava quente, pegando fogo mesmo, eu precisava transar, precisava gozar... não aguentei mais e abaixei meu calção, comecei uma punheta. Marcio, ainda me abraçando, começou a morder meu peito. Senti uma dorzinha, mas era mais gostoso do que doloroso. Ele, de repente, foi descendo sua mão até chegar nos meus pentelhos. Eu soltei o meu pau porque eu sabia o que viria a seguir... Marcio começou a me punhetar devagarinho. Meu pau não fechava em sua mão, mas o cara parecia ser experiente naqueles movimentos. Eu queria que ele experimentasse o meu gosto assim como eu experimentei o dele, mas eu não quis forçar a barra... deixei-o a vontade com o meu pau e comecei a abraçá-lo de volta. Aquele cara tinha um cheiro tão bom... não era perfume, não era sabonete, era o cheiro dele mesmo, do corpo dele. Mordi levemente o seu pescoço e lambi toda aquela área. Eu não tava preparado para sentir o que viria a seguir, mas de repente senti meu pau entrando num lugar quente, molhado e fofo... O cara socou meu pau dentro de sua boca... Soltei um suspiro alto e me controlei para não gritar de tanto tesão... Sem dúvidas era a melhor sensação que eu já havia sentido. O tesão me deixou na ponta dos pés por uns segundos, encostei à parede novamente e coloquei minha mão na cabeça de Marcio, que havia ajoelhado. O cara me chupava devagar, sem pressa, com calma, e toda vez que eu sentia o vai-e-vem da sua língua, eu tinha a certeza de que era com aquele cara que eu queria perder a virgindade. Pra mim não era normal querer tanto outra pessoa da maneira que eu queria Marcio, talvez fosse o tesão falando mais alto... mas eu queria aquele cara comigo, corpo a corpo, beijo a beijo, tudo que envolvesse a palavra prazer.
Marcio me chupou por uns minutos e eu não via a hora de fazer nele também. Eu estava completamente apaixonado pelo gosto que eu tinha sentido do 'melzinho' do cara. Assim que ele levantou, eu puxei suas roupas para baixo, me ajoelhei e coloquei seu pau na boca. Marcio pressionou minha cabeça no seu pau imediatamente, soltando um suspiro mais alto que o meu, contraindo o corpo para frente numa pontada de tesão forte. O gosto do pau dele era meio salgado, com um cheiro forte de homem, não consigo explicar tão bem, mas era delicioso. O pau dele babava demais, ia diretamente na minha língua. Eu me deliciava com aquele gosto inexplicável que o cara tinha. Marcio puxou minha cabeça para trás e colocou seu pau devagar na minha boca, tirando rapidamente e colocando de novo. Ficou nessa por uns segundos até que abocanhei-o e o chupei por mais um tempo. Quando me levantei, Marcio me beijou e me abraçou. Nossos paus molhados e babados se encontraram lá embaixo e nossos corpos se grudaram novamente. Nós dois precisávamos gozar, um precisa do outro mais do que nunca, nós sabiamos disso e queriamos isso mais do que nunca.
Marcio deu a volta por mim e me abraçou por trás, encaixando seu pau por debaixo de minha bunda, grudando em minhas bolas. Marcio movimentava seu corpo pra frente e pra trás bem devagar, me instigando cada vez mais. O cara queria socar o pau na minha bunda, eu percebi isso, mas não tinha coragem de pedir aquilo.
— Deixa eu colocar?... por favor... — Marcio sussurrou esse pedido em meus ouvidos com uma voz de tesão absurda, como se fosse tudo o que ele mais quisesse em sua vida.
Eu não respondi nada, não consegui. Mas o silêncio acaba sendo uma resposta, e Marcio entendeu o que eu quis dizer. O cara abriu as bandas de minha bunda e encaixou seu pau na minha entrada. Eu segurei firme em seu braço esquerdo e naquele momento ele se deu conta de que eu estava pronto. Marcio enfiou seu pau de uma vez só e me abraçou muito forte em seguida. Eu suspirei alto com muita vontade de gemer e de gritar, mas me contive. Mas confesso aqui: que sensação de outro mundo! Não doeu, não ardeu, nada! Foi puro, rápido, gostoso... que momento incrivel. Marcio gemeu baixinho em meu ouvido e socou mais uma vez. Aquilo era bom demais, meu pau estralou de tesão. Marcio começou a socar devagar enquanto me abraçava cada vez mais forte e foi intensificando a rapidez das estocadas. Nós dois abraçados, em pé e apoiados à parede, transando e sentindo o melhor que o corpo um do outro tinha a oferecer...
Marcio metia forte, tomando cuidado para não fazer o barulho da pele com pele.
— Tá doendo? — ele cochichou em meu ouvido.
— Não, não tá, continua...
Ele era cuidadoso, gentil, fodia bem. Meus olhos estavam revirados e por dentro o meu corpo não estava aguentando, eu estava prestes a explodir de tanto tesão que eu sentia. A cada estocada ele me apertava mais, e mesmo não tendo como, nossos corpos se colavam mais. Estávamos suados, pingando de suor, parecia que o nosso quarto era dentro de um deserto, mas como era bom sentir cada pêlo dele encostar ao meu, cada parte de seu corpo perfeitamente encostada na minha, sentir suas bolas peludas baterem na minha bunda... era tudo muito mágico, tudo me excitava, tudo me fazia pensar que eu queria Marcio comigo em todo canto que eu fosse.
Marcio me apertou por inteiro e gozou dentro de mim, gemendo muito em meu ouvido e tremendo suas pernas. Eu senti cada jato de porra quente entrando, seus pêlos colados na minha bunda, seu queixo no meu ombro, sua barriga pulsando a cada jatada... e eu só conseguia apertar seus braços contra minha barriga, boquiaberto e gemendo baixindo para aue só ele escutasse. Marcio tirou seu pau de dentro de mim lentamente. Ele estava mole, de corpo quente, arrepiado, extasiado. Eu virei de frente pra ele e lhe dei um beijo. Ele me abraçou e deitou sua cabeça em meu ombro. Senti seu pau amolecer e soltar gozo em minha perna esquerda. Ficamos quietos por um tempinho. Eu ainda estava com o corpo quente de tanto tesão porque ainda não tinha gozado. Queria gozar da mesma forma que ele tinha gozado.
— Deixa eu fazer com você agora... — pedi à ele, baixinho, sem implorar.
— Por favor... — Marcio disse olhando para mim.
Ele me beijou, sem dizer mais nenhuma palavra.
Sempre imaginei que minha primeira vez fosse deitado com uma mulher pulando em cima de mim, pra mim aquele era o momento perfeito para realizar aquela imaginação. Eu deitei em minha cama e Marcio deitou do meu lado. Eu manobrei seu corpo ate que ele ficasse por cima de mim.
— Senta...
Ele sentou-se em mim e ajustou meu pau para que pudesse encaixar no seu buraco. Eu peguei em suas mãos e apertei-as, demonstrando que eu estaria ali caso ele sentisse medo. Quando senti meu pau entrando em Marcio, vi que a sensação de um boquete não era nada comparado a uma penetração. Era divino sentir o pau entrar dentro de uma bunda... Marcio apertou minhas mãos como sinal de que havia entrado tudo. Ele começou a quicar em mim bem devagarinho. Não sabia se ele estava sentido dor, mas imaginei que não, porque a nossa vontade um do outro era maior que isso. Apoiei minhas mãos em suas coxas e comecei a pressionar seu corpo para baixo, para que ele sentasse mais rápido. E assim foi seguindo, ele foi sentando mais rápido e nós dois tomamos bastante cuidado para que ninguem de fora ouvisse.
O cu daquele cara era prazeroso ao extremo. O pau dele pulava em minha barriga e soltava o gozo restante da sua gozada, sua bolas encostavam em meus pêlos e a cada roçada o meu pau pulsava dentro dele. Eu puxei seu corpo para colar com o meu e lhe dei um beijo. Subi minhas pernas e fudi o cara o mais rápido que eu pude. Toda aquela situaçao me deu tanto tesão, tanto gás, eu acabei perdendo a linha e fudi o cara com muita, muita força e rapidez. Eu nem anunciei nem nada, apenas abaixei as pernas e gozei dentro dele também, lá no fundo, bem lá no fundo. Eu sentei com ele no meu colo, ainda dentro dele, e o abracei, enquanto meu pau gozava os ultimos jatos. Eu ainda pulsava dentro dele, e o abraço que lhe dei foi o mais significativo de todos. Eu lhe dei um beijo bem molhado e nós ficamos naquela posição por uns minutos, sem dizermos nada um ao outro.
Quando decidimos nos levantar, apenas passamos uma toalha em nós mesmos e deitamos novamente. Só que agora, deitamos na mesma cama, abraçados, e dormimos juntos, sem dizer nada.
Esse foi o começo de nossa história. Tiveram outros momentos que guardo comigo até hoje. Alias, papear sobre futebol e o que ele me trouxe é algo incrivel.