Desculpem a demora. Tive alguns problemas no trabalho e também decidi reescrever o final, colocando também as visões de Savana e Clara definitivamente na história. Espero que gostem das mudancas. Obrigado a todos que estão acompanhando, votando e comentando. Voltamos as postagens regulares novamente.
Acompanhei Fernando por alguns minutos, esperando o momento perfeito para abordá-lo. Assim que ele entrou no banheiro, se preparando para trancar a porta, eu entrei junto, retirando o disfarce e me revelando. O susto dele foi grande:
- Sa… Savana? O que você está fazendo aqui?
Tranquei rapidamente a porta:
- Você não disse que precisávamos conversar? Aqui estou.
Continuando:
Savana:
Fernando estava estático, me encarando. Eu tentei trazê-lo à realidade:
- Eu sei que você está chateado comigo, perdido, se achando enganado, mas eu vou precisar que você me escute com atenção.
Sabendo que eu não tinha muito tempo, expliquei resumidamente para Fernando quem eu realmente era e o que estávamos enfrentando. Sua expressão era um misto de surpresa e incredulidade. Até um pouco de medo era fácil de perceber. Ele parecia estar em choque sobre o que acabava de saber sobre a minha vida. Dei alguns minutos para ele se recompor antes de completar:
- Nós todos estamos em perigo, mas eu tenho uma forma de resolver essa situação. Eu prometo a você, jamais deixarei algo acontecer com a sua família…
Me pegando completamente desprevenida, e se mostrando o cara pelo qual eu me apaixonei, Fernando, me interrompendo, disse:
- Savana, se tudo isso for verdade, você está em perigo também. Apesar de tudo, eu não quero o seu mal. Você ainda é importante para mim.
Aquelas palavras me derreteram completamente, mas eu não podia desviar o foco do assunto principal. Eu disse:
- Você precisa alertar a Clara. Sem saber, ela fica vulnerável.
Fernando me surpreendeu outra vez:
- Ela já está ciente de tudo. Não temos segredos. Quer dizer, mais ou menos, ela só não sabe sobre você, ainda.
Menos mal, pois a próxima parte do meu plano iria depender do quanto Fernando estava magoado comigo. Eu peguei o pendrive com toda as informações sobre os amigos de Clara e entreguei a ele, junto com um celular criptografado e pedi:
- Veja o conteúdo desse pendrive junto com a Clara, depois você pode entrar em contato comigo por esse celular. Vou aguardar seu contato e só então explicarei o meu plano. É muito importante que a Clara veja o que tem aí. Ela é a principal interessada.
Olhar de novo para aqueles olhos negros e profundos, aquela boca que tanto prazer já havia me proporcionado, ver o amor da minha vida tão próximo a mim, menos de um metro, foi irresistível e eu o beijei. No começo, durante poucos segundos, Fernando correspondeu e parecia curtir, mas de repente, ele me empurrou. Tentando ser forte, ele disse:
- Dizer que já a esqueci, seria mentir para mim mesmo, mas Clara não merece. Do mesmo jeito que sempre fui fiel a você, serei a ela também.
Aquele era o verdadeiro Fernando. Um homem correto, parceiro leal, que jamais trairia suas convicções. Eu ajeitei o meu disfarce e sai daquele banheiro.
Agora dependia apenas dele e de Clara. O conteúdo do pendrive seria difícil para ela, mas necessário. Só me restava aguardar.
.
Fernando:
Reencontrar Savana, ainda mais da forma como tudo aconteceu, mexeu demais comigo. Eu achava, realmente, que ela era um amor superado, mas aquele beijo me fez duvidar se eu era tão forte, se tudo aquilo era apenas uma saudade. Savana me fez relembrar o tempo em que tudo era mais simples, quando eu não sabia de nada e só existiam os estudos e o nosso amor. Eu não tinha dúvidas do meu amor por Clara, essa dúvida estava fora de cogitação, mas Savana ainda era parte de mim, o sentimento ainda existia. Foi difícil me separar daquele beijo.
Respirei fundo e me lembrei do que era importante no momento, a segurança da minha família. O que Clara e eu encontraríamos naquele pendrive? Savana foi muito enfática ao dizer que precisávamos ver juntos. Será que ele conseguiria responder um pouco das minhas dúvidas?
O dia de trabalho se arrastou. As horas não passavam e eu não conseguia buscar a concentração necessária para executar as minhas tarefas. Com muito custo e uma curiosidade imensa, terminei o expediente. Com pressa para chegar em casa, pedi um carro de aplicativo e cheguei rapidamente. Clara não estava e ao olhar o celular, havia uma mensagem dela dizendo que tinha saído com minha mãe, ido comprar algumas peças para o enxoval de nossa filha. Com a cabeça cheia de pensamentos contraditórios, decidi tomar um banho para tentar relaxar.
Devo ter ficado por bastante tempo debaixo do chuveiro, pois só voltei a mim quando ouvi Miguel batendo na porta, me chamando:
- Papai? Por que está demorando tanto?
Desliguei o chuveiro enquanto respondia:
- Já estou saindo, filho. Dois minutinhos.
Me sequei rapidamente e me vesti. Ao sair do banheiro, ele me deu um abraço muito gostoso, me dando a força e a coragem que eu precisaria para protegê-los.
Eu precisava tomar uma decisão: "confiar em Savana, em Glauco ou no "amigo misterioso''? Resolver tudo do meu jeito? Que chance eu teria sozinho? O que fazer?" De tanto pensar, minha cabeça doía. O tal "amigo misterioso" ao tentar se passar por Savana, mostrou que não era tão amigo assim. Glauco, depois do que fez com Clara, mesmo que isso fosse passado e ela o tivesse perdoado, não contava mais com a minha confiança. Ainda tinha a situação com Diana, esses vídeos vazados eram trabalho dela, com certeza. Já savana, me passou muita sinceridade, mas eu ainda mantinha um pé atrás. Suas explicações foram rasas e pouco esclarecedoras. Pelo menos, ela não era uma criminosa internacional, fato que me acalmou um pouco, e dos três, a única que o meu coração dizia para dar uma chance. Eu precisava ver logo aquele pendrive junto com Clara.
.
Clara:
Sair com minha sogra foi bom para distrair um pouco a cabeça. Tudo o que vinha acontecendo nos últimos dias, os vídeos enviados para Fernando, a desconfiança que ele poderia estar sentindo, a pressão sobre o nosso relacionamento, estava sendo demais para mim. Eu não tinha a certeza de que poderia lidar com toda aquela situação. Cheguei em casa e vi a mochila do Fernando e o tênis no seu lugar de costume, ele já tinha chegado. Não conversamos na noite anterior, ele apenas me acalmou e saiu para trabalhar antes de eu ter acordado. Eu sentia que algo muito ruim estava para acontecer.
Fui até o quarto guardar as sacolas de compras e ouvi o chuveiro ligado, o que fez minha ansiedade aumentar. Eu sabia que ele não diria nada na frente de nosso filho, mas mesmo assim, não consegui relaxar. Miguel estava impaciente, com saudade do pai e bateu na porta do banheiro, o chamando. Eu fui para a cozinha preparar o jantar. Quem sabe se eu me dedicasse mais como companheira, agradasse meu homem, ele teria um pouco menos de dúvidas sobre a nossa relação e continuaria colocando a nossa família sempre em primeiro lugar?
Ouvi os dois conversando no quarto e logo depois, senti um abraço gostoso por trás que acalmou um pouco a minha ansiedade. Fernando disse:
- Pelo jeito o jantar vai ser especial. - Ele me deu um beijo carinhoso no pescoço, próximo ao lóbulo da orelha.
Tentei não demonstrar que estava nervosa, aproveitando que ele estava carinhoso, mas logo na sequência Fernando foi mais sério:
- Vou levar Miguel para passar a noite com meus pais. Precisamos conversar.
Novamente, tentei não demonstrar que estava preocupada, só concordando:
- Precisamos sim, eu ainda tenho muito a explicar.
Fernando me surpreendeu:
- Fique calma, temos decisões em comum a tomar. Eu amo você e nada vai mudar isso. Na verdade, sou eu que tenho coisas a confessar desta vez.
Fernando aproveitou que Miguel ainda estava arrumado do passeio da tarde e já saiu. Enquanto ele estava ausente, coloquei a carne no forno para assar e fui tomar um banho mais caprichado, aproveitando para me depilar e abusando dos óleos hidratantes. Antes de qualquer conversa, eu precisava ser sua fêmea, ter a certeza de que ele me desejava como mulher acima de tudo. Após me secar, deitei nua e pensativa em nossa cama. Fernando era tudo o que eu sempre sonhei e eu lutaria com unhas e dentes para não perdê-lo.
Perdi um pouco a noção do tempo, imersa em meus pensamentos. Quando me dei conta, já tinha passado quase uma hora e ele já deveria estar voltando. Me levantei apressada, já sentindo o peso da barriga. No auge dos seis meses de gravidez, meus movimentos eram mais difíceis de serem executados. Parei e fiquei me admirando por alguns minutos em frente ao espelho, acariciando a barriga e conversando com minha pequena, ainda em formação:
- Fique tranquila bebê, eu farei de tudo ao meu alcance para manter a nossa família unida.
- No que depender de mim, eu concordo. - Fernando quase me mata do coração ao entrar no quarto.
Ele se aproximou e colocou sua mão sobre a minha, ajoelhando-se a minha frente e falando com nossa filha:
- Eu também faço parte dessa promessa. - Ele começou a beijar carinhosamente minha barriga, alisando minha bunda com as mãos.
Não resisti e comecei a forçar sua cabeça para baixo, coisa que ele entendeu imediatamente, dizendo:
- Você está linda. Ainda mais linda do que sempre foi. A gravidez lhe faz resplandecer.
Fernando, engatinhando, foi me empurrando com cuidado em direção a cama e me fez deitar. Começou beijando minhas pernas e foi subindo por minhas coxas, eriçando cada pelinho do meu corpo com seus beijos e sua respiração quente. Ele dobrou minhas pernas e as apoiou na cama, me deixando exposta e a mercê de sua boca. Senti sua língua e seus beijos na parte interna das coxas, cada vez mais próximos da minha xaninha que já se contraia inteira a espera. Não aguentei segurar o primeiro gemido mais forte quando seu dedo carinhoso massageou o meu grelinho:
- Ai, amor! Que saudade.
Fernando me masturbou por alguns segundos e depois me penetrou com o dedo, trazendo a língua para continuar a massagem em meu clitóris. Senti seu indicador abrindo caminho e encontrando o meu ponto G, que em sincronia com sua língua, me levaram a loucura:
- Isso, meu gostoso. Não para, vou gozar!
Ele intensificou a chupada em minha xoxota e seu dedo me deixava alucinada:
- Ah, cacete! Estou gozando, amor. Que delícia, que saudade.
Me ver em êxtase atiçava ainda mais ao Fernando. Ele pincelou a cabeça do pau na minha xoxota melada, sensível e ansiosa e foi empurrando com carinho, sempre parando um pouco para eu me acostumar com a grossura e falando coisas que me deixavam ainda mais entregue a ele:
- Adoro foder essa bocetinha. Você está ainda mais gostosa com esse barrigão. Se eu soubesse o que estava perdendo, jamais teria ido estudar fora.
Suas palavras sempre me faziam o desejar ainda mais. Eu tentava retribuir:
- Fode sua mulher safada, fode. Soca com vontade esse pauzão em mim. Fode essa boceta que é só sua.
Fernando nunca esquecia que eu estava grávida e sempre estocava com carinho, mesmo que eu pedisse para ele me foder com força:
- Mete forte, amor! Me deixa assada, faz o que quiser comigo.
Ele se mantinha calmo e concentrado em me dar prazer:
- Na hora certa. Por enquanto, faremos amor calmo e carinhoso. Assim que o bebê nascer eu irei lhe foder do jeito que você merece e tanto gosta. Tenha paciência.
O jeito de Fernando era único. Ele sabia sempre a hora certa de qualquer coisa. Eu amava isso nele, era uma de suas maiores qualidades. Ele nunca se afobava ou permitia que as pessoas o tirassem do seu eixo, se mantendo sempre um cara centrado e sensato.
Mesmo carinhosas, suas estocadas iam fundo em mim, me dando o prazer que só ele poderia me dar, extraindo de mim o que só o amor é capaz de proporcionar. Sexo é maravilhoso, mas com amor, se torna transcendental. Gozei novamente, sentindo minha xoxota mastigar o pau de Fernando, que latejava dentro de mim, e os jatos quentes de sua porra me inundando por dentro. Gozamos juntos e ele se deitou ao meu lado, beijando a minha boca e me fazendo a mulher mais feliz que há nesta terra.
Levamos mais de dez minutos para nos recuperarmos e eu nem esperei que ele começasse, querendo demonstrar que eu jamais trairia a sua confiança, tentei dizer:
- Imagino que você levou Miguel para que a gente possa ficar sozinhos…
Naquele momento, ele me interrompeu:
- Relaxa, Clara! Quem deve explicações hoje sou eu.
Fernando se mantinha calmo, mas um pouco tenso. Ele continuou:
- Antes de qualquer coisa, você precisa saber que eu estive com Savana hoje.
Senti minhas entranhas queimando de ciúme, mas eu não podia cobrar qualquer coisa, só me restava aguardar. Fernando me contou detalhadamente tudo o que Savana disse para ele e me entregou um pendrive:
- Ela disse que não será fácil para você tomar conhecimento das informações que estão aí. Ela disse também que devemos ver juntos e se for da nossa vontade, entrar em contato com ela.
Ele me entregou também um telefone e disse:
- Pode ficar com você, essa é a prova da minha fidelidade. O que quer que façamos, será juntos e sem segredos.
Eu não tinha o porquê de duvidar dele, mas em seguida, veio a confissão:
- Já que estamos fazendo esse pacto, preciso contar que Savana me beijou.
Minha vontade naquele momento era pular no pescoço dele e cravar minhas unhas em sua jugular, mas novamente, tentei me manter calma:
- Como assim, Fernando? Eu ouvi direito? Vocês se beijaram?
Fernando rapidamente se explicou:
- Não foi assim. Eu estava um pouco perdido com as coisas que ela me contou e nem percebi quando ela se aproximou. De qualquer forma, eu logo a empurrei e disse a verdade, que eu jamais seria infiel a você.
Conhecendo Fernando, eu tinha a certeza de que ele estava sendo honesto, mas me irritei quando ele tentou defendê-la:
- Depois de tudo que ela me disse, eu imagino que não está sendo fácil. Ela abriu mão de mim para me proteger. Tente ser compreensiva, se não fosse por ela, nem estaríamos juntos.
Minha vontade naquele momento era de socá-lo, mas no fundo, ele tinha razão. Não era hora de eu dar uma de carente e acabar o empurrando de vez para longe de mim. Do mesmo jeito que ela abriu mão, ela poderia querer Fernando de volta. Eu precisava ser inteligente e prática. Eu disse:
- Você quer ver de uma vez o que tem nesse pendrive?
Fernando me fez um pedido:
- Você promete que eu não terei nenhuma surpresa desagradável? Você me contou tudo sobre o seu passado, nada mais ficou escondido, né? Ela disse que as informações aí são sobre os seus amigos, hoje, nossos amigos.
Eu pensei por alguns instantes e respondi:
- A única coisa que pode ter sobre mim, são mais vídeos como camgirl, mas você sabe disso já. Foram quase três anos assim, seriam muitos vídeos se a Diana gravou todos.
Senti que Fernando relaxou, pois tudo o que eu disse era mesmo verdade. Ele se levantou e disse que ia buscar o notebook, me pedindo para me juntar a ele na sala, assim que eu me limpasse. Não demorei muito, pois usei a ducha higiênica ao lado do vaso para me limpar. Ao chegar na sala, senti um cheiro horrível de queimado e só então me lembrei da carne no forno. Fernando ria sozinho na cozinha e eu fiquei muito triste, pois carne assada era seu prato preferido e aquela passou em muito do ponto. Comecei a chorar e ele logo veio tentar me animar:
- Que isso, amor? É só uma carne, acontece.
Eu tentei responder, entre soluços:
- Mas eu estava fazendo para você, é a sua preferida, peguei a receita com a sua mãe.
Fernando me abraçou e continuou me consolando:
- Ainda é cedo, podemos pedir alguma coisa.
A verdade é que eu não estava chorando por causa da carne, ela era só o gatilho que me fez desabar. Eu sentia que a minha vida estava dando errado. "Por que logo agora que eu me reconectei ao amor da minha vida, que eu tinha a minha própria família, tudo isso estava acontecendo?" Pensei, sem conseguir segurar o choro. Fernando é um homem inteligente e logo percebeu do que se tratava:
- Ninguém vai me afastar de você, do Miguel e do nosso bebê que chegará em breve. Tudo isso vai passar, tenha fé.
Ele me abraçou ainda mais forte, fazendo juras de amor e me acalmando definitivamente. No fim das contas, só a parte em contato com a assadeira estava ruim, o resto da carne ficou maravilhosa e muito suculenta. Fernando repetiu três vezes, sempre me elogiando e dizendo que estava tão boa quanto a da mãe dele.
Depois de saciados, não tinha mais porque esperarmos e comigo já totalmente calma, Fernando ligou o notebook e conectou o dispositivo externo. A hora da verdade tinha chegado, e com ela, revelações bombásticas sobre as pessoas ao nosso redor, aqueles ao quais chamávamos de amigos.
Continua.
