2ª Semana
Princípio da Inércia
Na segunda-feira de manhã,
Como um dejavu, a campainha tocou e fui atender. Era, como esperado, o senhor Jorge. Abri o portão para ele entrar, ele foi para a área da piscina e eu fui para meu escritório como de costume.
Almoçamos juntos novamente como na semana anterior, eu, Julia e o senhor Jorge, na mesa da área da piscina.
Nesse dia o senhor Jorge já conversou mais algumas poucas coisas e eu disse a ele que eu tinha quatro lojas de material de construção e visitava todas uma vez por semana. Ele perguntou se esse era o motivo de eu não ficar em casa durante a parte da manhã nos outros dias da semana. Eu disse que sim, que todas as manhãs eu visitava uma loja e voltava para casa por volta das 14h. Ele comentou que isso era bom, pois assim eu poderia acompanhar de perto todas as lojas, e concordei.
Após o almoço ele agradeceu a minha esposa, como de costume, dizendo que estava uma delícia. Nos despedimos e fomos cada um para seu trabalho.
Terça-feira pela manhã era dia de eu ir a uma loja em outra cidade,
Mas como era feriado na cidade, a loja não abriria. Fiquei em casa, mas disse a minha esposa que eu iria aproveitar e fazer estudos e planejamento de um novo projeto, que era para correr como se fosse uma terça normal. Vi quando o senhor Jorge chegou, minha esposa foi recebê-lo e até ouvi quando ele perguntou a ela se eu tinha ido trabalhar, e ela respondeu que sim.
Era umas 11h da manhã quando eu saí do meu escritório para ir ao banheiro que eu me deparei com algo um tanto intrigante.
Meu escritório fica no segundo andar da nossa casa, entre o nosso quarto, o quarto das meninas, o de visita e ao lado de um banheiro.
Nossa sala tem o pé direito alto e pelo corredor dos quartos dá para ver toda a sala da casa e parte da cozinha.
Ao sair do meu escritório, vi minha esposa encostada na parede da cozinha e o senhor Jorge de frente para ela conversando algo que não dava para ouvir bem.
Achei estranho aquela situação e aproveitei que o senhor Jorge não sabia que eu estava em casa, me abaixei no corredor e fui mais perto da escada para tentar escutar o que eles estavam conversando.
Jorge: Dona Julia, eu imagino que a senhora é muito comportada, mas eu tenho me segurado desde a semana passada para não te beijar.
Júlia: Quê isso, senhor Jorge, sou uma mulher casada!
Jorge: Eu sei, dona Julia, mas esses seus olhos verdes e sua pele branquinha, me deixam muito excitado. Gosto de mulheres assim, como a senhora: baixinha, magrinha, peito e bunda proporcional. Não resisto!
Júlia: Por favor, senhor Jorge, olha nossa diferença de idade, tenho 28 anos, o senhor deve ter quase o dobro da minha idade.
Jorge: Tenho 60 anos, lindinha, 4 anos a mais do que o dobro - e muita experiência - haha!
Júlia: Então, eu sou muito bem casada e mãe de duas filhas… Essa conversa nem deveria estar acontecendo, dá licença, vou fingir que isso não aconteceu!
Fiquei impressionado com a astúcia do senhor Jorge.
Ele estava se comportando como um homem reservado, tímido e respeitador, e agora estava dando em cima da minha esposa?
Vi que minha esposa tentou sair da frente dele, mas ele colocou os dois braços dele ao lado dela e a prendeu contra a parede.
O senhor Jorge é um homem alto e forte, mesmo já com 60 anos, provavelmente pelo tipo de trabalho, ainda é bem forte.
É um homem negro de pele clara, uma barriga daquelas de cerveja, mole, não muito grande, mas tambem não muito pequena, e deve medir 1,80m ou um pouco mais.
Minha esposa tem 1,60m, é morena, de olhos verdes e pele branquinha. Seios e bunda proporcionais, e faz exercícios regularmente, em casa mesmo ou às vezes sai para correr com alguma amiga no parque da cidade.
Eu fiquei sem saber o que fazer naquela hora. Era uma situação incomum, nada tinha acontecido até então, mas eu quis ver o que ele seria capaz de fazer. Se avançasse um pouco mais, eu logo desceria e acabava com aquela estupidez.
Júlia: Para com isso senhor Jorge, deixa eu sair.
Jorge: Ai Julinha, me perdoe, mas tenho pensado muito em você! Você lembra muito minha esposa, que faleceu ano passado. Ela também era magrinha, moreninha e branquinha que nem você. Quando eu te vi pela primeira vez me lembrei de quando eu vi a minha esposa pela primeira vez. Novinha, linda, maravilhosa, assim como você! E naquele dia eu decidi que ela seria minha! E desculpe te dizer, mas eu pensei a mesma coisa quando te vi na semana passada!
Júlia: Ai, senhor Jorge, meus pêsames pela sua esposa. Mas eu não sou ela, entendo a sua situação, mas não tenho como te ajudar.
Jorge: Pelo menos me dá um abraço hoje, meu fim de semana foi muito sozinho…
Júlia: Tá bom, seu Jorge, só um abraço e senhor deixa eu sair e volta para o seu trabalho, certo?
Jorge: Certo, um abraço bem gostoso e eu volto feliz da vida!
Julia e o senhor Jorge se abraçaram e achei que aquilo nunca iria acabar. Foi um abraço de uns 2 minutos. Ele ficava se esfregando e não queria soltar ela, por mais que ela tentasse. Até que ele a deixou, agradeceu o abraço, disse a ela que ela era uma delícia e voltou para o trabalho dele.
Depois que o senhor Jorge saiu da cozinha, Júlia fechou os olhos e abaixou a cabeça. Achei que ela iria chorar, mas não chorou. Levantou a cabeça, respirou fundo e foi fazer o almoço. Minha esposa é forte, enfrentou o senhor Jorge sozinha e resolveu a situação.
Fiquei orgulhoso dela, mas também fiquei desconfiado do senhor Jorge. Tinha até esquecido de ir ao banheiro.
Depois que as coisas já estavam controladas, passeio no banheiro e voltei para o meu escritório.
Ao meio dia, Júlia foi ao meu escritório e perguntou se eu iria almoçar com eles, eu respondi que ainda não, almoçaria por volta das 14h como costumo fazer nos outros dias.
Júlia desceu, avisou o senhor Jorge que o almoço estava pronto. Às 14h quando eu "cheguei", fui à área da piscina, cumprimentei o senhor Jorge e fui almoçar. Perguntei à Júlia como tinha sido o almoço e ela disse que tudo correu como nos outros dias da semana anterior.
Às 15h, Júlia foi para a sala de estar, onde ela faz as aulas de francês e eu voltei para o meu escritório.
De noite, conversando com a Júlia, perguntei como foi o dia dela, e ela disse que tinha sido normal, como nos outros dias. Achei estranho ela não comentar sobre a atitude do senhor Jorge, mas pensei que como ela tinha resolvido a situação, ela não quis me dizer nada para não me preocupar. No entanto, eu disse a ela que o planejamento do meu projeto tinha sido ótimo e que eu tinha feito inscrição em um curso de duas semanas que aconteceria todos os dias das 10h da manhã até as 14h. Que eu iria mais cedo nas lojas e voltaria para fazer o curso. Mas, que, assim como naquele dia, era para ela dizer, para quem perguntasse, que eu estava no trabalho.
A garagem da minha casa fica ao lado, então, posso entrar pelo estacionamento e tenho acesso ao jardim da entrada da casa, que vai direto para a porta principal, e assim nenhum funcionário iria me ver.
É claro que eu não tinha curso nenhum, mas eu queria garantir que minha esposa estaria segura nos próximos dias. E, se o senhor Jorge não soubesse que eu estava em casa, eu poderia confirmar se ele não iria mais dar em cima da minha esposa.
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