Parte 3
Eu havia falado que eles poderiam dar um jeito de vir à minha casa no dia seguinte. No domingo. Guilherma pareceu achar ótimo e prometeu que ia falar com o marido.
Quando ela foi para a casa, era ainda meio da tarde. Eu tratei de preparar uma comida e almocei já bem tarde. Estava acabando de lavar a louça quando vi chegar mensagem no meu aparelho celular. Fui olhar e era a Guilherma:
“Oi, posso perguntar?”
Mandei um emoji de positivo e esperei. Ela teclou:
“O Saul voltou mais cedo. Estava contando a ele como foi importante a aula ao vivo.”
Eu desconfiei que ela ia mostrar a ele as nossas trocas de mensagem. Então, aproveitei e mostrei transparência:
“Que bom, conte tudo, para ele entender direito todo o processo. Acho que se puderem estar juntos, o resultado amanhã é melhor porque ele também pode tirar dúvidas.”
Pronto, sendo transparente, evitava mal-entendidos. Guilherma teclou:
“Como eu disse, o Saul é envergonhado. Mas está gostando”
Tive uma ideia e respondi:
“Que tal se eu criar um grupo nosso? Me dê o número celular dele e eu crio um grupo aqui com o nome de SÓ DEUS POR NÓS. Assim, fica discreto, “inocente” e poderemos conversar entre a gente a qualquer momento. E ele logo depois pode apagar as mensagens se quiser. Para não deixar nada no celular.
Guilherma era esperta. Respondeu:
“Rs, Rs, Rs, só você mesmo. Sabe de tudo.”
Passou um bocadinho de tempo, que eu achei que ela estava tentando convencer o marido a passar o número. Mas, logo, dois minutos depois, chegou o número.
Eu salvei, criei o contato com a sigla SC, e no dela salvei como GS. Assim não identificava ninguém. Só eu sabia que SC era Saul Corninho, e ela era GS de Guilherma Safadinha. E criei então o grupo.
Em seguida eu escolhi uma imagem muito bela de um por de sol belíssimo no meio das nuvens.
Dava a ideia de adoração divina, mas de grandiosidade, de luz e de liberdade. Mais inocente impossível. Ficou muito parecido com alguns dos grupos que eles já deveriam ter visto, de pastores e religiosos. Mas fui ainda mais fundo. Na descrição do grupo escrevi:
“A verdadeira sabedoria é reconhecer que nada sabemos perto do Grande Saber Divino. Se nada sabemos, não devemos julgar os outros. Apenas devemos seguir nossa natureza divina, e ter o prazer de nos entregar, ao desconhecido, sem medo de aprender, pois é uma forma de louvar e agradecer a chance divina de ser melhor!”
Eu mesmo fiquei entusiasmado com aquilo. Na hora me veio a ideia de criar uma escola secreta, para libertar os prisioneiros do puritanismo e do falso moralismo. Ou uma religião ou seita do prazer. Cheguei a rir sozinho dessas minhas ideias. Mas logo parei de viajar na maionese, e mandei os números deles já incluídos no grupo. Esperei que eles lessem. Assim eu poderia manter reservado, também um canal privado com a Guilherma na linha direta. No grupo eu iniciei as conversas teclando:
Log: Eu disse que amanhã é um dia bom para termos uma aula. Domingo é um dia sagrado, voltado para aprender. O que acham?
GS: Estava vendo aqui com o meu marido. Podemos ir ao nosso culto da igreja pela manhã. Costumávamos ir à tarde, mas podemos mudar, ir na parte da manhã, em vez de irmos com meus pais no culto da tarde. Assim ficaremos livres na parte da tarde.
Esperei mais um pouco e o Saul finalmente se manifestou:
SC: Eu ainda me sinto muito tímido. Tenho vergonha. Não é de você, mas de mim. Mas também acho complicado aulas aqui perto. Não teria outro local mais tranquilo?
Eu já havia pensado naquilo. Respondi:
Log: Podem sair do culto e estacionar o carro em algum local público. Como se fossem ao mercado. Podem parar e estacionar. Me avisam onde foi e eu vou com meu carro e apanho vocês. Aí podemos ir a um local neutro no meu carro.
Eles confabularam e um minuto a seguir a Guilherma respondeu:
GS: É boa solução. Mas onde pretende ir?
Respondi:
Log: Tenho duas opções. Podemos ir a um motel. Meu carro tem filme escuro nos vidros e não se vê de fora quem está dentro. Será um local tranquilo. Ficaremos à vontade. Mas tem o custo da suíte.
Dei uma interrompida. Depois mandei:
Log: E podemos vir aqui em casa. Entro com meu carro na garagem e ninguém vê vocês. Descem já aqui dentro.
Eu sabia que mesmo com receio de serem vistos, iriam optar por não ter despesas. E não deu outra. Ela teclou:
GS: Ficamos então com a segunda escolha.
Eu estava querendo medir a adesão do Saul, e suas impressões. Ele estava ainda muito passivo. Então fui direto:
Log: Pergunta para o SC. Quero saber como foi a sua avaliação do que aconteceu até aqui. Ainda não me disse nada.
Ele respondeu:
SC: É complicado para mim. Ainda estou dividido. A sensação de fazer algo errado, ou proibido ainda é grande. Fico inseguro. Sou muito certinho. E sinto uma grande vergonha por tudo.
GS: Olha, tenho que contar. Na verdade, ele já disse sim, falou para mim. Está admirado e entusiasmado com tudo. Mas ainda sente vergonha.
Eu mudei de tática:
Log: SC, você sentiu prazer no que está acontecendo? No fundo está gostando?
No início ele foi lacônico:
SC: Sim. Gostei.
Eu cutuquei:
Log: Mas então? Fale mais.
SC: Mas também fiquei assustado. É tudo muito novo.
Eu tinha que ganhar a confiança dele de uma vez e era logo:
Log: A GS me disse que você se sentiu muito excitado com tudo. Ela deve ter contado como foi. Pode nos dizer? Eu gostaria de saber sua opinião. Devemos prosseguir?
Silêncio e inatividade por mais um minuto. A conversa entre eles ainda estava off. Finalmente o Saul respondeu:
SC: É verdade. Eu me excito com tudo. Mas é tão inexplicável que eu estou sem saber o que dizer.
GS: Amor, diga o que sente, o que me disse. O Log deseja saber a sua opinião, ele não o conhece ainda. Quer ter a certeza de que você está satisfeito.
Finalmente o papo deixava de ser entre eles e vinha para o grupo:
SC: A única coisa que posso afirmar é que me excita sim. Esse aprendizado da GS também me ensina bastante. E acho sim que devem prosseguir.
Log: Devemos prosseguir não fica melhor? Você não está com a gente nessa? Afinal, estou aqui para ajudar vocês dois. É para o casal.
Ele se corrigiu:
SC: Sim. É isso. Estou junto sim. É que até agora fiquei só ouvindo, eram vocês que estavam fazendo.
Guilherma não perdeu a chance:
GS: Então, amor, amanhã é nossa chance de estarmos juntos. Vamos?
Finalmente o Saul foi perdendo a timidez:
SC: A GS me contou hoje como foi a massagem. Ficou maravilhada. Eu também. Nunca sonhei que pudesse existir isso. Ela disse que pretende fazer novamente contigo para eu ver e aprender.
Log: Exatamente. Mas eu até agora também só falei com ela. Queria que você me contasse mais um pouco o que sente quando ela conta, e o que tem curiosidade.
SC: Ela me contou tudo. Mas como fico com vergonha, porque ainda tenho na minha cabeça de que tudo isso é errado, é pecado, proibido, fico travado até de falar.
Eu tentei uma abertura:
Log: Se você não se expressar, a gente fica sem saber exatamente o que sente. Pode se abrir. Não tenha receio. Aqui é como uma terapia, ou se preferir, um confessionário. Nada sai daqui. Só interessa a vocês dois. Mas preciso disso para saber orientar. É para que sejam felizes, sem medo e sem culpa.
Guilherma aproveitou a deixa e ajudou:
GS: Amor, eu já falei com ele e contei tudo. Você sabe. Lemos os textos dele, ficamos curiosos e muito excitados. Despertou nosso desejo. Você chegou a me contar o que sente. Pode falar com o Log porque ele já sabe.
SC: Sim, eu disse. Não sei o motivo, mas ao ler seus textos, fico muito excitado, nos coloquei naquela situação, imaginei, fico mais excitado ainda quando imaginei a GS com outro parceiro. Como você descreveu no texto.
Ele estava aos poucos se acostumando a se expressar. Era muito importante arrancar aquilo dele e eu precisava que ele perdesse a vergonha. Tratei de adiantar:
Log: É muito comum esse efeito excitante, é que nos colocamos no papel dos personagens. Muitos parceiros sentem muito mais excitação imaginando suas parceiras fazendo sexo com outros do que com eles mesmos. Como se gostassem de vê-las desfrutando de algo só antes fantasiado. E isso pode ser causado por muitos fenômenos muito comuns e naturais, efeitos psicológicos. Fantasias eróticas que o marido tem.
Mandei essa mensagem e continuei:
Log: Pode dar a sensação de que por ser inexperiente, ela pode ficar mais bem satisfeita por um outro mais experiente. Geralmente, o parceiro com o fetiche do corno, como chamamos, dá mais importância ao prazer dela, a satisfação dela, do que à sua própria. A sua é consequência de saber a sua parceira bem saciada. Entende isso?
SC: Sim, exatamente, me ocorre esse tipo de sensação ou pensamento.
Aproveitei para avançar:
Log: Pois então, quando você soube que a sua esposa tinha se deixado orientar, e se masturbar induzida por mim, isso o excitou. A ideia de que ela pode ter vivido um enorme prazer com as minhas orientações, o excitou poque você se projetou no prazer que ela estava tendo. Faz sentido?
Ele confirmou de imediato:
SC: Faz sentido sim. Exatamente.
Eu aos poucos estava conseguindo envolvê-lo na conversa teclada. E a vantagem que eu levava era a de que eu sabia. Perguntei:
Log: A GS contou o que ela fez comigo depois da massagem?
GS: Sim, eu contei.
SC: Ela contou que fez felação no seu pênis até o clímax.
Interrompi:
Log: SC, tente me contar com palavras menos elaboradas. Não tenha vergonha. Use a forma popular. Sem medo.
SC: Está bem. Ela o chupou. Até você gozar.
Log: Diga SC, ela chupou o quê? Diga sem vergonha. Ficou excitado em saber?
GS: Coragem amor. Está aqui com o pinto duro de tesão. Então, se solta.
SC: Ela chupou o seu pinto, e você gozou na boca e ela engoliu. Ela tinha esse desejo. Fiquei muito excitado quando ela me contou. Eu também gozei ao ouvir ela contando.
Aproveitei que ele estava animado:
Log: Você gosta quando a GS se solta assim e faz essas coisas que lhe dão tesão?
SC: Gosto, muito. Fico muito excitado. Mas depois me dá medo de estar sendo pecador. E induzindo também.
Resolvi fazer uma análise que tinha a certeza de que eles nunca tinham ouvido:
Log: Vocês dois concordam que Deus é perfeito, e por ser perfeito, tudo o que ele faz é bom?
Ambos concordaram. Eu prossegui:
Log: Agora, imagine que Ele criou o ser humano perfeito, com prazer, no corpo, no sexo, e nos dá esse presente. Esse prazer é obra divina, e Ele não disse que é proibido. Mas os sacerdotes, religiosos, imperadores, humanos imperfeitos, que querem mandar em nome de Deus, que desejam manter as pessoas sob controle rígido de suas leis, inventam que esse prazer é apenas para procriar. Inventaram a ideia de pecado. Por medo da liberdade que esse prazer evoca, reduzem o ser humano, a obra mais sofisticada e avançada do reino animal, a seres sem o direito a ter prazer apenas por prazer, obrigam só copular para procriar, como bichos. Isso não combina com a bondade e a inteligência de Deus. Ele não faria isso. Parece mais umas leis criadas por homens espertos que querem manter a humanidade sob controle rígido, impondo normas humanas restritivas e não libertadoras.
Dei uma parada para que eles pudessem sentir aquela postura, pois eu sabia que ninguém antes tivera a ousadia de lhes falar daquele modo. Ambos ficaram calados e eu voltei e teclar:
Log: Parem para pensar. Vocês acham que todos os pastores, os que se arvoram a serem líderes de igrejas, seguem essas leis? Muito poucos. Casados com suas mulheres, apenas fazem sexo para procriar? E não fazem para ter prazer? Se não o fazem com as esposas, com quem eles fazem? Vão buscar na prostituição? Não é uma situação bizarra?
Ambos deviam estar admirados e não ousavam dizer nada. Eu sabia que ainda sentiam receio de contradizer suas doutrinas. Eu reforcei:
Log: Só quem não tem a confiança plena em Deus, em seu sistema perfeito, onde a liberdade reina, e não a repressão, o medo e a privação das boas sensações, pode entender o que esses pastores e suas doutrinas estão fazendo com os filhos de Deus. Criando uma legião de tarados, desviados, revoltados, oprimidos, abusadores, que preferem pecar, mentir, trair, enganar, abusar, inibir, reprimir e castigar aos que querem apenas serem felizes, desfrutarem o prazer em liberdade e em cumplicidade, sem maldade e sem coisas escondidas entre eles. Por isso eu quero ensinar. Para que vocês percebam que só poderão ser felizes quando estiverem fazendo o que gostam, o que os excita, e lhes dá prazer, sem prejudicar a ninguém. A vida é de vocês e passa rápido. Pensem nisso.
Ficaram um minuto ou mais calados. Finalmente reagiram:
GS: Nossa! Arrasou. Falou muita coisa que eu já tinha pensado.
SC: É verdade. Você é corajoso de dizer essas coisas. Mas, de fato, se for olhar sem a religião, faz sentido.
Eu tratei de esclarecer:
Log: Como a nossa sociedade é totalmente cheia de preconceito, desses valores conservadores e puritanos, criados pelas religiões para reprimir, vocês tem que serem discretos, agirem sem que ninguém saiba. Mas se não experimentarem, se não se dispuserem a viver a experiência, ficarão com essas fantasias criando pressão interna, e pode fazer vocês infelizes. Por isso eu sugeri a aula. Para que experimentem ao vivo. A GS já experimentou e sabe como foi bom.
GS: Nossa! Maravilhoso. Quero mais.
Tratei de reforçar:
Log: Está combinado então? Amanhã espero vossa chamada?
SC: OK. Combinado.
GS: Amei. Até amanhã.
Eu aproveitei e perguntei:
Log: Vocês vão fazer amor hoje? Agora? Estão excitados com nossa conversa?
GS: Muito! Estou com vontade.
SC: Fiquei sim.
GS: Vou fotografar o pinto dele duro e mandar. Posso?
SC: Não, tenho vergonha.
Log: Pode mandar. Fotografa sim. Ajuda o SC a perder a vergonha.
GS: Vai amor, deixa! Mostra.
Resolvi provocar:
Log: GS pode fotogravar a PPK também, com o pinto dele nela. Vou gostar de ver.
GS: Nossa! Isso!
Trinta segundos depois ela mandou a foto onde se via um pedaço da cintura do marido, do umbigo até pouco abaixo da virilha. A cueca abaixada e o pinto dele duro. Era um pinto normal, de uns 15 cm. Respondi:
Log: Muito bom, assim vão perdendo a vergonha.
A Guilherma mandou uma outra foto da própria xoxotinha.
Eu respondi:
Log: Que xoxotinha mais linda GS. Parabéns!
GS: O meu marido está muito excitado. Está tarado.
Resolvi provocar:
Log: Já perguntou se ele quer ser seu corninho? Você gosta SC dela chamar você assim?
Houve uma pequena pausa nas respostas. Ele finalmente teclou:
SC: Ela me perguntou se eu queria. Viu que isso me excita.
Log: Parabéns SC, respondeu sem vergonha de nada. Assim que deve ser.
SC: É porque agora estou muito excitado, e quando fico muito excitado perco um pouco da vergonha.
GS: Ai, que delícia amor! Eu estou também muito excitada.
Ela mandou outra foto da xoxotinha, agora mais de pertinho e meladinha.
A safadinha sabia que aquilo provocava o marido. Eu aproveitei o embalo:
Log: Linda essa xoxotinha com tesão GS. Fiquei com vontade. Estou tarado aqui, de pau duro. Vontade de meter nela e mostrar ao SC como faz. Meter e fazer você gozar muito. Acho que amanhã a gente faz o SC de corninho. Você concorda SC?
SC: Nossa!
GS: Está quase gozando aqui. Meu corninho adorou isso que você fez. Provocou muito.
Log: Você concorda SC? Vai ser nosso corninho amanhã?
Demorou um pouco para vir a resposta. Eu ia perguntar mais alguma coisa, quando chegou uma foto com o pau dele entrando na xoxotinha dela. Ela escreveu a seguir:
GS: Ele meteu e rapidinho já gozou. Ficou muito tarado que eu chamei de corninho.
Escrevi:
Log: Aproveita e ensina ele a masturbar você. Não fique só na vontade. A aula foi para isso.
GS: Isso! Obrigada. Vou ensinar.
Respondi:
— Aproveitem. Amanhã a gente se fala. Tudo de bom.
SC: Obrigado Log. Foi muito bom. Você sabe mesmo como fazer. Eu concordo. Amanhã dá tudo certo, se Deus quiser.
GS: Obrigada! Até amanhã.
Não mandei mais nada. Apenas escrevi:
Log: SC = Safadinho corninho. GS= Gostosa safadinha.
Eles responderam:
SC: (com duas carinhas rindo) Você é demais!
GS: Amei. Vou só chamar assim agora.
Mandei umas risadinhas de despedida e encerramos aquela conversa.
Por acaso, tinha sido mais uma aula, que ajudava muito a preparar o encontro do dia seguinte. E como eu já esperava, tudo indicava mesmo que o dia seguinte teria ainda mais emoções.
Continua
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