Acabara de receber uma mensagem inesperada naquele último dia do ano:
— Oi, princesa! Estou num hotel pertinho da sua casa e queria te ver.
A mensagem era do meu pai. Respondi que estava na cozinha preparando a ceia com minha mãe e não poderia sair.
— Você vai ajudar ou vai ficar teclando no celular, dona Nicole? — resmungou a mamãe.
Faríamos uma confraternização modesta em minha residência naquele Réveillon de 2020, minha mãe convidou a Luiza e seus pais para se juntarem a nós duas naquela noite.
Uns minutos mais tarde fui ao banheiro e conversei com meu pai em uma vídeo chamada. Ele estava em São Paulo só de passagem, veio dirigindo um carro para entregar em Foz do Iguaçu. Pediu que eu fosse até a esquina para dar-me um beijo, pelo menos.
— Tô indo, mas terei que voltar rapidinho; já já a mamãe dará por minha falta.
Cheguei na esquina e entrei no carrão novo estacionado em uma das vagas de recuo na calçada da loja de tintas que estava fechada.
— Qual seu lance com este carro?
— Lance nenhum, filha, é de um amigo que vendeu e me pagou para entregar.
Ele não me deu tempo para outros questionamentos, disse estar morrendo de saudades e juntou-me em seus braços e colou nossos lábios em um beijo carregado de volúpia. Ele sabia da minha adoração e vício por seu beijo tarado.
Os amassos ficaram apimentados. O homem com segundas intenções praticamente deitou-me no banco com as costas e cabeça apoiadas no forro da porta. Seu tronco sobre o meu manteria oculta a minha identidade caso alguém se aproximasse do carro.
Sua boca fez delícias em meus seios, ele acendeu meu desejo e começamos a menosprezar os perigos. Sua mão invadiu o interior do meu shortinho, e seus dedos o interior da minha boceta. Meu pai é especialista em atingir os meus pontos mais sensíveis me fazendo gozar rapidinho.
— Ahh, papai! Você judia de mim… Que gostoso — falei entre murmúrios e gemidos.
O sem noção exagerou na animação e começou a tirar meu shortinho.
— Para, seu louco! — o que pretende fazer?
— Quero te dar um chupão gostoso, anjinho, sei que você adora.
Não precisei falar muito para ele cair na real e perceber a besteira que pretendia fazer. Recompus minha roupa enquanto dizia que precisava voltar, contudo, combinamos um encontro para a manhã seguinte, antes dele pegar a estrada para Foz.
A Luiza e seus pais chegaram dois minutos depois que entrei em casa. Perigo da porra! Pensei aliviada por não terem me visto com meu pai, daria altas tretas.
Explicando novamente: há uma medida judicial proibindo que meu pai se aproxime de mim ou da minha mãe.
Mais tarde, apesar da comida boa e bebida liberada com moderação, a comemoração com apenas cinco pessoas perdeu o clima de festa, posto que o assunto girou em torno do aumento no número de mortos por Covid-19 e a revolta com o descaso humanitário e ação criminosa do governo federal na demora em adquirir vacinas.
As visitas foram embora pouco depois da meia-noite e meia. Eu e mamãe fomos dormir.
Não sei por quanto tempo dormia quando um vulto me acordou. Tentei gritar, porém, tive minha boca tapada por uma mão.
— Calma, filha, é o papai.
Foi tudo muito rápido, ele quase me matou do coração. Eu até gosto de emoções fortes, mas aquilo foi exagero e arriscado pra cacete.
— Como você conseguiu entrar aqui em casa?
— Desci pela chaminé, oras!
— Gracinha! — falei desdenhando.
— Eu ainda tenho as chaves.
— Impossível, mamãe mandou trocar todas as fechaduras.
— Tá bom! Eu confesso: fiz cópias das suas chaves quando você esteve me visitando lá na Bahia.
— Jogo sujo hein, seu Flávio! Podia ao menos ter me pedido.
— Perdoa o pai, filha! — Você sabe que sou meio atrapalhado, né?
Apesar de estarmos sussurrando, ainda assim era perigoso sermos ouvidos.
Tranquei a porta do meu quarto, por segurança.
O danado começou a se despir assim que dei o primeiro passo de volta para a cama, e despiu-me ao ficar ao alcance dos seus braços, os mesmos braços fortes que envolveram meu corpo nu pressionando ao seu e levou-me para a cama ainda durante o beijo.
De ladinho, sobre o lençol branquinho da minha cama estreita, ele ergueu minha perna invadindo meu vão íntimo e introduziu seu membro me fodendo gostoso.
Vários minutos de prazer carnal transcorreram ao som esporádico de fogos de artifício que estouraram nas proximidades durante nossas trocas de posição. Ele gozou e me fez gozar.
As tréguas naquela pegada insana foram só para alguns goles no champanhe que o invasor atrevido trouxe para nós.
Após ingerir muito do líquido precioso e sofrer com o avanço rápido e impiedoso da madrugada, permaneci deitada de bruços e submissa saboreei cada golpe vigoroso que recebi em meu ânus. Minha boceta, encharcada com seu gozo anterior, curtia seus dedos agraciando-me com mais um momento delicioso. Além do meu clímax, o prazer foi estendido ao receber o restinho de sua porra em minhas entranhas. O meu suspiro refletiu todo o prazer que senti durante aquela jornada repleta de erotismo.
O homem exausto permaneceu cobrindo meu corpo com o dele, beijou minha nuca molhada de suor e sussurrou no meu ouvindo:
— Ninguém faz tão gostoso quanto minha putinha.
Eu apenas ronronei agradecida e satisfeita, estava quase dormindo.
Acordei quando era dia claro, joguei o lençol para o lado ao levantar assustada. Estava com medo de sermos surpreendidos por minha mãe. Olhei em volta e não vi vestígios do meu pai… É mentira, meu lençol de baixo estava repleto de marcas provenientes da mistura do seu sêmen com meus fluidos vaginais. Sorri marotamente ao relembrar cenas da nossa loucura noturna, foi fogo no parquinho.
Fui ao banheiro e, além da tampa do vaso levantada e descarga não acionada, não havia nenhum outro sinal do homem. Deve ter saído logo após fazer xixi, pensei.
Doideira demais receber a presença proibida e criminosa do meu pai na minha casa, no entanto, possibilitou um momento único ao transar por horas com ele escondido em meu quarto tendo a minha mãe no cômodo ao lado. Foi muito louco e colocou o Réveillon 2020 na categoria dos especiais.
Fim
Agradeço a atenção de todos vocês!
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