Minha noiva com meu amigo – part.2
Era uma tarde decisiva para a minha vida. O escritor Leon Medrado, havia combinado de conversar em videoconferência comigo e com a Greice. Eu e ela ficaríamos em meu apartamento e usaríamos cada um o seu próprio aparelho de telefonia celular. O Leon não apareceria ao vivo, bloqueando a câmera do aparelho e a sua imagem fixa era apenas um símbolo, com um notebook aberto e as mãos dele de escritor que digitavam um texto.
Greice chegou por volta das dezoito horas e eu a fiz entrar. Estava morrendo de saudade dela, louco para abraçar, mas ao mesmo tempo sentia uma certa revolta e queria manter um pouco de distanciamento. Ela me cumprimentou, primeiro me dando um abraço e dois beijinhos na face. Eu estava frio e nem retribuí, embora estraçalhado por dentro.
Ofereci a ela um copo de suco e nos sentamos na sala, um em cada canto do sofá. Era um sofá de três lugares, então não estávamos muito distantes um do outro. O Leon havia criado um grupo no aplicativo dele, incluindo a gente, onde nós três podíamos fazer chamadas. Enquanto esperávamos a chamada dele, reparei como a Greice estava vestida. Ela usava uma saia preta curta, tipo uniforme de colegial, que era cruzada e amarrada com uma tira do mesmo tecido. E uma blusinha folgada, com decote generoso e presa com alcinhas nos ombros. As costas ficavam quase descobertas o que indicava ela não usar sutiã. E sandálias delicadas de couro preto, com saltinho médio, o que fazia seu bumbum ficar mais empinado. O cabelo solto e bem escovado dava o toque que realçava sua beleza com uma maquiagem bem-feita. A danada caprichou no impacto que queria causar. Eu por estar em casa usava uma calça de moletom cinzenta e uma camiseta normal de cor alaranjada. Para não ficar um silêncio constrangedor enquanto esperávamos a ligação eu disse:
— Você me parece muito bem. Está muito bonita.
Greice sorriu aquele lindo sorriso de dentes brancos e perfeitos:
— Eu estava péssima, mas depois que você ligou e contou que estava buscando uma orientação de uma pessoa experiente, fiquei mais animada. Mostra que se interessa por nós. Não quer detonar tudo.
Ela deu uma pausa. Retomou:
— E depois de falar com o Leon, agora me sinto realmente bastante bem. Ele foi muito atencioso. Mas você também parece melhor do que a última vez que falamos.
Não respondi. Naquela vez eu estava destruído. Preferi deixar o elogio no ar e dei um gole no meu suco. Eu sentia um certo nervosismo, a conversa prometia tocar em questões sensíveis. Eu sabia que ela devia estar curiosa para saber do Sol, e adiantei:
— Não vi, nem falei mais com o Sol. Ele tem evitado cruzar comigo e está ficando uns dias no apartamento de outro colega. Acho que vai se mudar daqui.
Para minha surpresa ela disse:
— O Sol me ligou faz dois dias, perguntou como eu estava, mais uma vez se desculpando, e disse que estava preparando para se mudar. Eu não quis falar muito e só agradeci ele ter ligado.
Ela também deu um gole no suco e parecia estar com a boca seca. O nervosismo também a contagiava.
Então, no horário combinado, o telefone meu e dela tocaram em simultâneo e atendemos a chamada do Leon. O papo que se seguiu foi determinante para as decisões que eu deveria tomar.
— Salve, Greice, boa tarde. Agradeço a sua presença. Obrigado.
— Olá Leon, obrigada.
— Salve Linux, boa tarde. Agradeço você ter aceitado que esse papo aconteça aí. Assim teremos privacidade na nossa conversa.
Concordei e Greice também. Leon engatou:
— Nosso papo será o mais natural e informal possível. A única exigência que eu tenho, é que todos nós sejamos sempre os mais sinceros e verdadeiros. Não podemos ter medo ou omitir falar o que pensamos, e o que sentimos. Com respeito, certamente isso ajudará para que a gente entenda sempre o que está acontecendo com cada um. Diálogo obriga respeitar o outro e ser verdadeiro.
Depois da nossa concordância ele explicou:
— Tive conversas separadas com cada um de vocês. Elas serviram para me dar uma visão diferente do mesmo fato. Primeiro vocês me contaram coisas, e depois eu perguntei e vocês responderam. Tomei notas. Pude verificar até que ponto uma análise das mesmas situações passa por diferentes filtros. Hoje eu vou fazer perguntas, e peço que cada um responda com toda a sinceridade. Não tenham medo de falar exatamente a verdade. E por favor, não interrompam quem está falando. Quando eu der a palavra a um, o outro fica escutando. Tudo bem? Temos que ouvir o outro sempre e pensar sobre.
Concordamos e ele seguiu:
— Vocês tem três códigos para fazer sinal para mim. Discordar, mão na testa. Concordar, mão no coração, duvidar, mão na boca. Assim, eu sei como cada um recebe o que o outro está falando, e me permite buscar esclarecimentos. Agora vou começar.
Ele fez uma pausa e esperou um pouco, depois perguntou:
— Linux, ficou claro que você é apaixonado na Greice, o que faz o trauma do desentendimento ser mais dolorido. A pregunta é: Você deixou de gostar dela? Ou apenas ficou abalado por tudo que ocorreu?
— Fiquei abalado, muito abalado, mas não deixei de gostar. Isso dói ainda mais.
Vi que a Greice ouvindo a minha resposta, crispava a boca e começava a chorar.
Leon foi rápido:
— Greice, você já sentia antes algum tipo de desejo, tesão, ou atração física pelo Sol?
Greice ficou travada por dez segundos, pensando. O choro parou. Me olhou de canto de olho, abaixou a cabeça e falou:
— Sim, de certa forma sim, mas não a ponto de me levar a trair o Linux.
Leon era muito rápido:
— Linux, você me contou que por várias vezes se sentia excitado ao perceber que o amigo tinha desejo na Greice.
— Bem, eu sempre tive essa reação, quando via homens admirando e desejando a minha noiva, isso me agradava, não somente gratificava, mas excitava. Eu tenho uma mente libidinosa e achava que a Greice também sentia o mesmo.
Leon insistiu:
— Então, se a Greice fantasiasse, ou manifestasse interesse sexual por outro homem, isso não era motivo de briga, mas de excitação?
Eu tive que esclarecer:
— É uma combinação de ciúme com excitação. Creio que reside no fato de eu reconhecer que é natural as pessoas reagirem dessa forma. Se eu sentia desejo ou fantasiava algo, deveria entender que as outras pessoas fazem o mesmo.
Leon queria mais detalhes:
— Linux, então onde estaria o ciúme, ou o motivo de uma crise? No afetivo?
— Sim, certamente. Se eu sentisse a Greice gostando, se apaixonando por outro homem, ou mesmo atraída amorosamente, eu ficaria muito abalado e com ciúme.
Leon virou o foco:
— Greice, Você tem ou teve algum outro homem que despertou sentimentos como os que tinha pelo seu noivo?
— Não, depois que começamos a nossa relação em que me apaixonei pelo Linux, e até hoje não mudou. Eu sou apaixonada por ele.
Leon estava preparado e fazia perguntas inteligentes:
— Greice, se o seu noivo sentisse algum tipo de atração física, desejo, por alguma outra mulher, você entenderia, admitiria, mas não gostaria de saber? Ou não aceita, e não se sente bem?
— Eu nunca vi isso acontecer, o Linux sempre se mostrou muito apaixonado, e não demonstrou interesse por outra. Acredito que se acontecesse eu ia ficar com ciúme, não ia me sentir bem, mas não ia fazer uma crise. Ia procurar entender o que ele desejaria com aquilo.
Leon se voltou para mim:
— Linux, decida qual ou quais os motivos que o fizeram estar nesta conversa: “Desespero por não saber o que fazer, querer entender melhor o que aconteceu; ver se consegue saber o que a Greice sente depois do que houve; encontrar um motivo sólido para tomar uma decisão sobre a crise. Vou repetir com calma.
Leon repetiu cada uma das frases e eu fiquei dividido. Expliquei:
— Tem um pouco de cada, não foi somente uma dessas, mas todas se encaixam.
Leon sorriu e agradeceu. Virou-se para a Greice e perguntou:
— Greice, você tem que explicar em três frases o que a motivou estar aqui nesta conversa.
Greice parou pensativa e em três segundos falou:
— Primeiro, eu quero que o Linux me perdoe, eu entendo o sentimento de mágoa dele, mas eu o amo.
Ela parou mais alguns segundos e depois disse a segunda frase:
— Eu sei que fui a principal causadora desse problema, e por isso eu não vou me perdoar, mas eu não quero me colocar no papel de coitadinha, só quero que o Linux me perdoe se de fato sentir isso.
Ela parou novamente em dúvida do que dizer. Mais uns dez segundos e falou:
— Gostei do que o Linux disse, que quer entender o que eu sinto depois do que ocorreu. Eu no fundo espero isso, que ele me entenda, que possa me aceitar. Mas se não aceitar, pelo menos eu tentei.
Leon agradeceu, esperou que nós dois pudéssemos entender bem o que foi dito, e tomou a palavra:
— Vou começar uma outra série de perguntas. Quero o máximo de verdade e o mínimo de diplomacia. Não se preocupem com o sentimento do outro, digam a verdade.
Ele deu uma pausa e perguntou:
— Linux, você gosta quando a Greice usa roupas sexy, chama a atenção, provoca o desejo, certo? Você nunca se sentiu ameaçado por isso?
— Certo, eu nunca me senti ameaçado, sempre acreditei que a Greice me respeitou.
Leon começou um bate bola:
— Greice, sempre agradou a você o fato de poder provocar, ser sexy, despertar o desejo nos homens, não é mesmo?
— Sim, sempre gostei, mas eu fazia isso sabendo que o Linux gostava, não abusava da liberdade que ele me dava, não era vulgar, mas eu gostava de ver que mexia com ele.
Leon me questionou:
— Linux, você contou que se sentiu excitado quando notou que o Sol se mostrava atraído ou excitado pela Greice, não foi? E mesmo quando ela contou o que fez, você também sentiu excitação embora tenha ficado chocado e em crise. Sabe explicar isso?
Eu balancei nas bases. Era uma pergunta difícil. Respirei fundo, e resolvi ser o mais verdadeiro:
— Eu me sentia excitado, por ver o quanto ele a desejava, o que a tornava mais valiosa para mim. Mas quando eu soube o que ela fez, fiquei dividido, excitado por saber que ela viveu a fantasia, tornou real, experimentou, mas a sensação de ter sido enganado foi muito forte. Só fui saber na sexta-feira, e eu entrei em choque.
Leon se virou para a Greice:
— Greice, você já sabia que o Sol sentia atração por você? Desde quando?
Greice fez que sim, pensou um pouquinho e falou:
— Quando eu o conheci eu não conhecia o Linux, e no início ele me paquerou, ficamos um pouquinho em duas baladas, só beijos e carícias. Numa das baladas eu bebi um pouco a mais e passei mal. O Sol me levou na casa dele, me despiu, deu banho, e esperou eu ficar boa para me levar em casa. Não abusou. Depois disso ele disse que tinha muito tesão e queria ficar comigo. Mas eu era virgem e não era ele o homem que eu queria para me entregar. Ele me apresentou o amigo que estava indo dividir apartamento. Depois que conheci o Linux eu me desliguei desse passado, e o Sol também sempre respeitou nós dois. Nunca mais se insinuou.
Ela fez outra pausa, antes de prosseguir. Parecia que recordava o que diria:
— Mas na viagem eu achei que o Linux estava deixando eu provocar o Sol porque tinha vontade de me ver ficando com ele. Pensava que o Linux estava cúmplice do amigo. Eu entrei no jogo de provocar, mas não pretendia fazer nada. Era apenas um jogo que eu sabia que agradava ao meu noivo.
Leon agradeceu. Eu não esperava que a Greice contasse daquele jeito. Mas era a forma que ela entendeu. Leon me chamou:
— Linux, ao ver a sua namorada se insinuando para o Sol, você por algum momento pensou que ela poderia ter vontade de provar uma aventura? E qual a reação?
Eu tinha que falar a verdade e talvez não me ajudasse. Mas assumi:
— Nessa viagem, os comportamentos provocantes da Greice me deram a sensação de que ela sentia vontade, e testava para ver se eu de fato gostava da possibilidade. Eu estava excitado e por isso, acreditei que ela gostou tanto que na hora que deu a oportunidade ela aproveitou. Mas depois, o fato de só saber uma semana após me transtornou.
Leon nem esperou o som das minhas palavras parar de ecoar e perguntou para a Greice:
— Greice, você disse que aconteceu de surpresa, mas depois gostou e resolveu aproveitar. O que pensava naquela hora? Evitou pensar no depois? Ou foi tudo sem controle.
Greice piscou nervosa, e me olhou por uns cinco segundos antes de responder:
— Aconteceu de surpresa para mim, mas quando vi o Sol no quarto, eu achava que todas as atitudes do Sol naquela viagem, que nunca agiu daquela forma, confirmavam a minha desconfiança de que o Linux estivesse ajudando aquilo acontecer. Pensei que era uma vontade dele que eu ficasse com o Sol, e como sabia ser também uma vontade do Sol, eu assumi que também tinha vontade. Isso que me levou a continuar.
Leon não a deixou relaxar:
— Quer dizer que você colaborou com o Sol, agiu se entregando, participou não como passiva, mas teve parte ativa.
— Sim, já contei, eu ajudei e quando soube que era ele, não fugi da coisa e aceitei.
Eu ouvindo aquela declaração dela, me senti excitado e eu não sabia explicar. Mas por sorte não estava visível. Disfarcei. Leon ainda perguntou para Greice:
— Você só teve aquela relação, naquela noite ou fizeram mais?
Greice apertou os lábios, piscou nervosa, me olhou angustiada, respirou fundo antes de responder:
— Sim, eu não contei todos os detalhes. Depois da primeira vez, ficamos ali na cama um bom tempo conversando, e o Sol falou que fazia muito tempo que desejava aquilo, mas respeitava o Linux. Ele pensava que o Linux finalmente estava me deixando fazer aquilo e eu, por meu lado, pensava que eles dois estavam combinados. Então, eu também contei que tinha vontade de experimentar, desde o tempo em que ficamos, antes de conhecer o Linux. Mas depois que fiquei com o Linux, ficou esquecido. Só o jogo dos últimos dias despertou em mim o desejo novamente.
Greice deu uma pausa, respirou fundo outra vez e revelou:
— Eu achava que o Linux queria aquilo. Era uma vontade dele. Então, me entreguei, chupei o Sol, ele me chupou, por algum tempo, gozamos, e quando estávamos tarados novamente, nós tivemos outra relação, que durou bem mais, em várias posições. Nós dois aproveitando a oportunidade fomos fundo. Estávamos liberados e nós nos entregamos, gozamos bastante. Até que o Sol disse que não esperava que o Linux deixasse acontecer. Eu perguntei quando e como eles dois combinaram. Foi assim que descobrimos que não era nada combinado. Aí caiu a ficha. Mas já tínhamos feito e isso nos desorientou. Foi quando eu e ele decidimos que só falaríamos para o Linux quando voltássemos. O Sol pediu para esperar ele viajar. Foi por isso que só falei na sexta-feira. Para não provocar mais crise. Mas ele ainda vai falar com o Linux.
Eu não sabia daqueles detalhes e fiquei mais surpreso ainda. Mas a minha excitação permaneceu e aquilo me intrigava. Estava meio perdido quando o Leon perguntou:
— Linux, você sabia desses detalhes e desdobramentos? O que achou? Aceita que foi um acaso ou pensa que a Greice e o Sol combinaram?
Eu não tinha pensado em combinação. Na minha opinião a declaração do acaso me parecia mais verdadeira.
Meio gaguejando eu respondi:
— Não, a Greice não contou esses detalhes. Foi mais uma surpresa agora.
Leon era rápido:
— Greice, esclareça!
— Não teve nada combinado, juro, fui sincera. Não contei mais detalhes, porque a reação do Linux ao saber, foi terrível, e eu não esperava. Fiquei com medo de piorar.
Leon estava inquieto:
— Linux, excitou você saber o que a Greice revelou agora? Os detalhes? Como entende isso?
Eu estava sem saber onde aquilo ia parar. Me parecia que ainda ia piorar, então falei o que achava:
— Não sei explicar, me excita imaginar a Greice fazendo sexo com o Sol, e gostando. Não entendo direito isso. Ao mesmo tempo me incomoda saber dessa forma, pois é algo que eu não tenho nenhum controle.
Leon não nos deixava relaxar:
— Greice, diga ao Linux. Foi bom fazer sexo com o Sol?
Greice pensou por uns dez segundos. Me olhou diretamente e disse:
— Quando eu pensava que estava seguindo um plano onde o Linux era o articulador, eu gostei de tudo. Foi muito bom. Estava grata ao meu noivo por me deixar fazer aquilo, experimentar algo novo, fora do padrão. Mas quando eu soube que o Linux não sabia de nada e que foi uma cagada do destino, a sensação virou um inferno.
Leon insistiu:
— Greice, você deixou de gostar do Linux depois do que houve?
— Não, claro que não. Senão, não estaria aqui. Eu amo o meu noivo. Mas tenho vergonha do que o fiz passar.
Leon me apertou:
— Linux, se a Greice tivesse falado com você, naquela noite, e pedido para ficar com o Sol uma noite, você teria deixado?
Eu nunca esperei que ele me perguntasse aquilo. Fiquei besta. Mas a sensação que eu tinha era a de que deixaria. Falei a verdade:
— Eu e a Greice nunca escondemos nada, sempre fomos sinceros. Se ela dissesse que desejava ficar com o Sol, mesmo com medo de que isso afetasse a nossa amizade eu acho que teria deixado. Depende das razões dela. Sendo só sexo, eu acho que não veria problema. Embora desse algum ciúme, claro.
Leon virou para Greice:
— Foi só sexo? O Sol é o quê para você?
Ela também não esperava a pergunta. Titubeou para responder:
— O Sol é um amigo, que eu gosto muito. Nosso amigo. Nada mais. O Linux é o meu noivo, meu amor. Para mim foi só sexo.
Leon nem deixou terminar:
— Foi bom? Se o Linux deixasse, você repetiria?
A pergunta deixou Greice embaraçada. Ela sorriu sem-graça.
— Eu quero o perdão do Linux, meu noivo, para uma coisa que fiz sem maldade. E que causou tanto dissabor. Não sei o que ele vai dizer depois de toda essa lavagem de roupa suja, mas, para mim, foi bom. E também foi péssimo. Olha o problema! Não sei se eu repetiria. Só se o Linux estivesse querendo isso também.
Eu não entendia o motivo de continuar excitado quando ouvia a minha noiva confessar que gostou do sexo com o amigo, e que repetiria caso eu estivesse de acordo. Leon me pegou bem na jugular:
— Linux, se vocês reatarem e a Greice quiser repetir com o Sol, com você ciente de tudo e autorizando, acha que aceita?
Travei. Não sabia as respostas. Eu fiquei um tempo refletindo para depois declarar:
— Juro que não sei. Nem sei se a gente reata. Acho que temos que conversar muito antes. Não sou dono da Greice, mas quero me sentir o principal. Tenho que entender melhor o que acontece.
Leon exclamou:
— Bingo! Então temos a seguinte situação: Primeiro, foi esclarecido que vocês se gostam tanto que deram a chance de rever o que houve para entender melhor. Segundo, ficou claro que vocês tem mente suficientemente aberta para entender o que significa ser um casal liberal. Terceiro, identificamos que muitas coisas que não tinham sido ditas, ajudaram a estabelecer uma visão mais real e verdadeira, o que permitirá vocês tomarem a vossa decisão com base em tudo isso. Eu apenas ajudei a fazer com que soubessem o que falar e como. Quarto, verificamos que vocês precisam falar muito sinceramente, dos vossos desejos, prazeres, sonhos, expectativas e fantasias. Senão, embarcam para o futuro juntos sem ter uma base segura de autoconhecimento, e conhecimento do outro. E em quinto lugar. Eu espero que vocês se entendam. Me considerem um amigo, que quer o melhor, mas tudo depende apenas de vocês. O que os outros pensam ou julgam, não interessa, a vida é vossa. Seja discretos, mas façam o que desejam. Não deixem que os outros resolvam por vocês. A vida passa muito depressa e ser feliz e ter prazer, depende muito de nós. Vou desligar, vocês conversam, e se entendam. Depois eu quero apenas que me deixem escrever uma história baseada na vossa aventura. Eu deixo vocês lerem antes de publicar.
Leon esperou nossos agradecimentos e desligou a chamada. Eu e Greice ficamos ali na sala nos olhando com ternura e saudade.
Nos abraçamos e fomos para o nosso quarto. Fizemos um amor intenso, arrebatador, com beijos alucinantes.
O que aconteceu foi que nos perdoamos. Reatamos, e uma semana depois o Sol veio falar comigo e se esclarecer. Quando puder contarei sobre isso. Eu o perdoei, entendi o que houve, e relevei o fato dele ser sincero e confessar que tinha muito tesão na Greice desde antes. Mas ele a respeitava.
Eu e Greice superamos tudo isso. E já falamos abertamente entre nós dos nossos desejos, fetiches, vontades e fantasias. Graças ao Leon somos hoje um casal liberal equilibrado, unido, sincero e sem medo de viver as aventuras que nos motivam.
Hoje fico bastante excitado quando imagino a Greice metendo com Sol, no quarto da minha irmã, bem quietinha, tentando não fazer barulho.
Eu até já propus a ela de nós fazermos sexo a três, mas ela diz que não concorda, e só aceita se a Meyre, a namorada do Sol concordar em participar.
Acho que vou ter que armar alguma coisa com o meu amigo, para que isso aconteça. Estou tentando ter alguma ideia. E quando conseguir eu prometi que vou contar ao Leon.
Quando puder e houver novidades, esta história vai continuar.
Meu e-mail: leonmedrado@gmail.com
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