Aula de hoje: Educação Sexual na Pratica - Parte 3

Um conto erótico de PPLS
Categoria: Heterossexual
Contém 4218 palavras
Data: 28/12/2022 01:15:23
Última revisão: 28/12/2022 18:42:01

* Inclui marcadores que indicam a lugar que os personagens estão em cada transição de tempo. Também tentei deixar bem claro o horário dos acontecimentos, pois a linha do tempo avança e retrocede em certos momentos *

*Sugiro ler as partes anteriores pra entender a história até aqui *

Aula de hoje: Educação Sexual na Pratica - Parte 3

Capítulo 15 – Dia bonito

Lorena – Casa

9 horas da manhã em ponto o alarme do celular disparou pra acordar Lorena. Diferente da habitual preguiça matinal durante os dias de trabalho, naquele sábado ela levantou revitalizada. Abrindo as cortinas, a luz do sol inundou o quarto escuro e banhou seu corpo nu com calor. Uma sensação de empolgação misturada com ansiedade, que a muito ela não sentia, preencheu seu peito e subiu pelo pescoço.

‘É hoje!’ ela pensou.

Finalmente tinha chegado, o tão ansiado dia, o dia que ela poderia gozar de seu jovem amante. Desde o encontro deles no banheiro da escola, quatro dias tinham se passado.

Palavras duras foram ditas quando a professora contou pra sua melhor amiga, o que tinha se passado naquele pequeno cubículo.

– Meu Deus Lorena! Era pra você ter assustado o moleque, não fazer ele gozar! Caralho, você tem merda na cabeça? – perguntou Márcia, incrédula.

– Não exagera amiga, vai ficar tudo bem, eu fiz ele prometer que ia apagar as mensagens – Lorena respondeu, tentando justificar o injustificável.

– Puta que pariu Lorena, eu nem sei o que dizer…. Faça o que quiser, você é adulta e dona da tua vida, mas não vem chorar pra mim depois – foram as últimas palavras de Márcia sobre o assunto.

Contrariando todos os avisos, Lorena não conseguiu resistir e sucumbiu a tentação. A s trocas de mensagens, tímidas a princípio, perderam todos os pudores com o passar da semana. Ignorando a recomendação médica de 8 horas de sono por noite, Lorena e Lucas passavam insones madrugadas compartilhando fotos de suas partes íntimas e promessas pro fim de semana. Com exceção da noite anterior.

– Ta ai professora? Manda uma foto pra mim? Olha como eu to – Lucas enviou a mensagem as 10 da noite, acompanhada de uma foto de seu pênis ereto.

– Nada disso gatinho, hoje você vai dormir cedo! Quero você bem descansado pra amanhã, cheio de energia e com o saco bem cheio :P – Lorena respondeu.

– Mal posso esperar! Deixa comigo, vou dormir então, beijo na boca – o safado garoto acatou a ordem.

– Sonha comigo ;) – ela pediu.

Seria um dia cheio, mas Lorena tinha se preparado com antecedência. Em um bloco de notas ela organizou suas tarefas, pra garantir que não esqueceria de nada.

‘Acordar as 9, salão de beleza as 10, shopping (roupa íntima e perfume), farmácia (cremes, óleos de massagem, escova de dentes, camisinhas)’ ela repassou a lista pra relembrar. Antes de começar, um banho, gelado, pra amenizar o calor do dia de verão. Saindo do banheiro, escolheu uma fruta que seria seu café da manhã, pegou a chave do carro e partiu rumo ao salão de beleza.

Capítulo 16 – Preparações

Lorena – Salão de Beleza

Tendo marcado com dois dias de antecedência a hora, pra ter certeza que não pegaria fila, ela sentou na cadeira e esperou o profissional fazer sua mágica.

– Teu cabelo tá maravilhoso Lorena, o que você quer que eu melhore? Não tenho nem ideia amiga – perguntou o rapaz que a conhecia de visitas anteriores.

– Ai amiga, quero algo novo, cortar as pontas soltas e…. Luzes? O que você acha? – ela sugeriu.

– Atrás de um homem né danada, conheço bem essa história. Toda mulher que vem com o cabelo pronto e quer melhorar, é porque tá atrás de um macho – provocou o rapaz, fazendo piada.

– Talvez…. – ela deixou no ar o mistério, dando risada – Marquei um horário pra fazer as unhas e depilar também – ela avisou.

– Cabelo, unha e pentelhos. SABIA. Deixa comigo amiga, quando eu terminar ele nem vai te reconhecer! – prometeu.

Demorou mais do que tinha previsto, mas três horas depois, quando saiu pela porta da frente, uma mulher diferente da que tinha entrado surgiu. Longas mechas negras se misturavam ao dourado de seu cabelo. Na pele lisa como veludo, nem com uma lupa se achava um pelinho. As unhas, cobertas por um esmalte vermelho-escuro, eram longas e ameaçadoras. Combinado com seu andar felino, ela parecia uma tigresa pronta pra caçar sua presa, na cabeleira as listas, nas mãos, as garras.

Todos os homens por perto viraram a cabeça ao vê-la passar, olhos cheios de vontade. Satisfeita com as reações, ela colocou os óculos escuros e desfilou em direção ao carro. O próximo item da lista era fazer compras no Shopping, mas especificamente, na loja de lingerie.

Lorena – Shopping

Enlouquecendo a vendedora, Lorena, sem pressa, não conseguia decidir qual conjunto comprar. Refinando suas opções ela chegou a dois candidatos. O primeiro era composto de calcinha e sutiã, ambos de renda, brancos e quase transparente. O segundo era semelhante, mas vermelho e acompanhava uma cinta liga que chegava até pouco acima do joelho.

– Escolheu qual vai levar senhora? – perguntou a moça que ganhava por cliente.

– Sim, vou levar os dois – Lorena respondeu.

‘Pra que arriscar errar? Vou ficar peladinha e deixar Lucas escolher qual fica melhor….’ pensou a devassa, já imaginando a cara do rapaz.

Uma passada rápida na loja de perfumes, pra se reabastecer, finalizou as obrigações dela com aquele lugar.

Riscado esse item da lista, Lorena viu pelo celular que já eram quase 2 horas da tarde. Por último, e de forma alguma menos importante, a última parada foi na farmácia.

Lorena – Farmácia

Conhecendo, maior parte por fotos, o tamanho do membro do parceiro, ela pegou dois pacotes de camisinhas tamanho G. Não que ela pretendesse usá-las, mas como diz o ditado: ‘o seguro morreu de velho’. Dentro da cestinha, além dos preservativos, óleo pra massagem, cremes pra pele e até um pacote de escovas de dente. Lucas ia precisar quando acordasse no dia seguinte….

Rumo ao caixa, conferindo se não faltava nada, ela passou pela prateleira de lubrificantes.

‘Será?’ pensou. Durante seus 10 anos de casamento, ela nunca tinha cedido esse luxo pro marido. Com medo da dor, Lorena estava disposta a quase tudo, menos o sexo anal. Lucas mesmo nunca tinha comentado sobre o assunto, mas ela sabia, caso ele pedisse, ela não conseguiria negar. Por via das dúvidas, ela pegou um frasco e jogou na cesta.

O trânsito no caminho de volta estava horrível, o trajeto que normalmente leva menos de 30 minutos, levou o dobro.

Lorena – Casa

O relógio na parede marcava 4:15 da tarde quando Lorena chegou em casa. Cansada pelo esforço de carregar as sacolas, ela sentou no sofá, com cuidado pra não estragar o penteado. Mesmo com os imprevistos, ainda era tempo de sobra. Aliviada por tudo ter dado certo até agora, ela tirou um tempo pra reorganizar os pensamentos. Receosa que algum vizinho enxerido pudesse ver Lucas entrando em seu apartamento, tinha ficado decidido que eles passariam a noite em motelzinho escondido, que ela tinha conhecido anos atrás, quando o casamento ainda ia bem.

Quando perguntou o endereço da casa do rapaz, ele achou melhor se encontrarem no centro da cidade. Seus vizinhos também fofocariam caso vissem ele entrar no carro de uma estranha e passar a noite fora.

Uma loja de roupas que ambos conheciam, 8 horas da noite, seria o ponto de encontro do casal.

Fora o longo banho que Lorena planejava tomar antes de sair, e a bolsa que precisava ser organizada, ela não tinha mais nada pra fazer nas próximas horas. Pra matar tempo, ela ligou a TV e se ajeitou confortavelmente entre as almofadas, assistindo a um programa de auditório qualquer.

Era a calmaria antes da tempestade.

Capítulo 17 – Tédio

Lucas – 12:00

– ACORDA FILHO, TÁ NA HORA DO ALMOÇO! – a mãe de Lucas bateu à porta de seu quarto.

Ainda grogue pelo sono interrompido, por habito ele pegou o celular, conferindo se Lorena não tinha lhe enviado mensagem.

‘Nenhuma mensagem nova’

Colocando o telefone sobre a cabeceira, ele levantou e esticou todos os músculos em uma grande espreguiçada. A noite solitária tinha sido longa. Sem conseguir pregar o olho até as 4 da manhã, as palavras da professora misturadas com uma ereção teimosa não deixaram ele cair no sono. Por sorte era fim de semana e ele pode dormir até o meio dia, se fosse dia de aula seria um problemão.

Ainda sonolento, ele vestiu as roupas simples que usava em casa e andou até o banheiro. Ao tirar o membro da cueca, pra se aliviar, ele percebeu como estava sensível, um pequeno estimulo já seria suficiente pra lhe deixar duro.

‘Pelo menos não vou broxar’ ele pensou, vendo o copo meio cheio.

Poucos dias tinham se passado desde que seu ‘caso’ com Lorena começou, mas foi o suficiente pra Lucas criar uma rotina baseada nele. Acordar, mensagem, aula, mensagem, chegar em casa, mensagem, jantar, trancar a porta do quarto e sacanagem. Uma rotina simples, mas boa o suficiente pra uma pessoa simples como ele. O problema era o fim de semana. O que fazer? Lucas também não sabia.

– Senta filho, aproveita que tá quente – seu pai o convidou a mesa.

Com vagarosas garfadas, o rapaz comia e tentava matar a charada, o que fazer até a noite.

– Vou dormir na casa de um amigo mãe, só avisando – ele avisou a mãe.

– Que bom filho, amigo da escola? – ela perguntou.

– Mais ou menos – ele deixou no ar, pelo menos em parte era verdade.

– Bom, se divirta! – a mãe não insistiu no assunto.

Terminada a refeição, Lucas decidiu que aproveitaria o dia de folga pra relaxar. Puxando uma velha cadeira de praia que estava jogada no pequeno quintal, ele colocou o par de óculos escuros falsificados que comprou em um camelo e se sentou. Sua casa ficava em uma região pobre da cidade, pipas de todas as cores coloriam o céu azul, uma diversão barata durante o verão. Se fosse alguns anos atrás, uma delas seria dele. Crianças usando pouca roupa corriam pela rua de terra batida, brincando e fazendo uma barulhenta bagunça. Ele não ligou pro barulho, o povo pobre não tem muitas chances de se divertir.

‘A maior riqueza é viver contente com pouco’ ele pensou, lembrando da frase que leu em um livro meses antes.

Ainda sonolento, o calor provido pela nossa estrela o envolveu e quase o fez cair no sono. O celular assobiando o despertou. Ansioso por notícias de Lorena, Lucas rapidamente pegou o aparelho. Pra sua decepção, era apenas Caio.

– Tá por ai arrombado? Tenho uma quente pra hoje! Festona na casa do Júlio! Só cachaça, erva e vadias. Vai? – a mensagem dizia.

Ele tinha planos pra essa noite bem mais tentadores do que uma festa juvenil.

– Não vai rolar velho – ele respondeu, torcendo pro ‘amigo’ não insistir.

– Para porra, deixa de ser bundão. Você nunca vem quando eu convido – Caio insistiu.

– Já falei velho, hoje não posso, fica pra próxima – ele respondeu.

– Quem perde é você. Se mudar de ideia, você sabe o endereço né – outra mensagem.

– Sei, talvez eu apareça, mas não me espere – Lucas enviou e desligou o telefone.

Festa. Não, obrigado. Um bando de riquinhos enchendo a cara de álcool e cocaína, exibindo o dinheiro do papai. Ele já tinha recebido outros convites como esse, mas sempre foi esperto o suficiente pra recusar. Não era a turma dele.

Com exceção dessa interrupção, o resto do dia correu preguiçosamente, sem muito o que fazer, Lucas tirou a camisa pra pegar um bronzeado e esperou.

Só quando o sol já se punha no Oeste que Lucas levantou, pela segunda vez no dia ele se espreguiçou e andou até o banheiro, dessa vez pra se preparar pra noite que prometia.

Capítulo 18 – Ansiedade

Lorena – Casa

‘Banho tomado, bolsa arrumada, chave do carro, documentos, celular. Acho que não falta nada, só apagar as luzes e to pronta.’ Lorena pensou, conferindo pela quarta vez os detalhes finais.

Tudo tinha de estar perfeito, uma sensação de euforia a impedia de relaxar. Desde o momento que ela tinha proposto a Lucas o encontro, cada minuto de seu dia tinha sido gasto ensaiando e planejando pra tudo corresse bem.

Pra se certificar que não estava atrasada, ela pegou o celular e viu que já eram 7:40. O trajeto até o ponto de encontro levaria 15 minutos, deixando 5 minutos de sobra.

Andando de um lado pra outro, igual uma louca, Lorena não conseguia acreditar que realmente iria acontecer. Era surreal demais. Ter Lucas só pra ela, não escondido em um cubículo apertado, mas na privacidade de um quarto, durante horas e horas. Apenas imaginar era o suficiente pro fogo dentro dela queimar forte.

Ansiosa demais pra esperar, ela descartou os minutos extras, pegou a chave do carro, apagou as luzes da sala, pegou a bolsa e foi andou até a porta.

Como se os deuses debochassem dela, o interfone tocou no exato momento que sua mão encostou na maçaneta.

Lucas – Trem

O trem estava lotado. Pessoas felizes contando piadas e dando risada, provavelmente em direção a bares e casas de show. Olhando pela janela ele viu as luzes da cidade, mal o anoitecer tinha chego e ela já brilhava. Sentado ao lado da janela, ele encostou a cabeça no vidro e pensou na vida. Tudo tinha acontecido tão rápido que era difícil acreditar que era real. O que tinha começado com um simples número de telefone, evoluiu pro encontro deles no banheiro da escola, e agora, a realização de seu sonho. O jovem que nunca teve muito na vida se sentia profundamente agradecido pelo inesperado presente. Porém, mesmo agora, minutos antes de se encontrar com Lorena, ele evitava se empolgar. Pessimista por natureza, por instinto ele evitava criar expectativas, com medo de se decepcionar. Até o momento que fosse fato consumado, dentro do quarto, com corpo grudado ao da professora, ele não relaxaria.

Trazendo-o de volta a realidade, a voz eletrônica do vagão avisou que a próxima parada era a dele.

Do topo da escadaria, ao sair da estação, ele olhou ao redor pra se localizar e partiu em direção ao local combinado. Saindo do caminho da apressada multidão que enchia as calçadas, ele se encostou na parede branca ao lado da loja e esperou. O celular marcava 7:50, Lorena chegaria a qualquer momento. Mal a tela do aparelho apagou, ela voltou a acender, uma mensagem.

– Desculpa Lucas, não vou poder ir, te ligo amanhã pra explicar – ela dizia.

Mesmo protegido pelo pessimismo, ele não conseguiu evitar ficar desapontado. Relendo várias vezes a mensagem, como se pudesse mudar as letras apenas com a força de vontade, ele tentava descobrir o porquê daquilo. Decepção se transformou em curiosidade, depois frustração, e por fim, raiva. Não era a primeira vez que Lorena tomava uma decisão sem lhe consultar, naquele dia no banheiro tinha sido igual, mas ele se impôs e evitou o pior.

– POR QUÊ? – ele enviou.

Cinco, dez, quinze, vinte minutos, nenhuma resposta.

A mágoa é uma péssima conselheira. Cenários e razões absurdas encheram a cabeça de Lucas: talvez Lorena estivesse só brincando com ele desde o começo, talvez fosse uma piada cruel, talvez ela estivesse em casa, confortavelmente sentada no sofá, rindo as suas custas. Em nenhum momento lhe passou pela cabeça que um simples imprevisto podia ter acontecido.

Espumando de raiva, em pensamento ele amaldiçoou a professora e tomou uma péssima decisão.

‘Quer saber? Foda-se ela. Vou pra festa que o Caio tinha dito’ ele decidiu.

Deixando pra trás a rua movimentada, pisando duro, ele voltou a estação de metro.

Capítulo 19 – Visita

Lorena – Casa – 10 minutos antes de enviar a mensagem pra Lucas

Segurando a maçaneta da porta, Lorena ficou em dúvida se devia deixar o interfone tocar e sair, ou atender.

‘Talvez seja algo importante, tenho uns minutos de sobra’ ela pensou, deixando a curiosidade vencer.

Colocando a bolsa no chão, ela acendeu novamente a luz da sala e pegou o interfone.

– Dona Lorena, é o Antônio da portaria – a voz do outro lado falou.

– Aconteceu alguma coisa? To de saída – ela tentou apressar o homem.

– O Marcos tá aqui, pedindo pra subir, devo deixar? – ele perguntou.

Um frio congelante percorreu a espinha de Lorena, uma ansiá de vômito ameaçou.

Marcos. Esse era o nome do seu ex-marido, o mesmo que meses atrás tinha cometido adultério com sua melhor amiga, e pra piorar, na cama do casal.

Paralisada pelo choque, ele sentiu o coração bater como um tambor nos ouvidos.

– Dona Lorena? Alô? Mando ele subir? – o porteiro insistiu.

‘NÃO’ ela pensou.

– Não, não deixa ele subir, manda ele embora – ela respondeu, em pânico.

Escutando a conversa dos dois homens ao fundo, ela esperou, torcendo pra ele ir embora.

– Dona Lorena, ele quer falar com você, vou passar pra ele – o porteiro disse, sem dar tempo dela responder.

– Alô amor, to subindo pra gente conversar – Marcos falou, calmamente.

Ao escutar essas palavras, o frio que ela sentia se transformou em calor. Uma fúria tão imensa preencheu seu peito que lágrimas brotaram em seus olhos.

– NÃO, VAI EMBORA, NÃO SE ATREVA SEU LIXO – ela gritou.

– Que isso amor, não precisa ficar brava, eu sei que não avisei antes, mas vamos conversar…. – ele falou, sem perder a calma.

– AMOR É O CARALHO, ME DEIXA EM PAZ FILHO DA PUTA – mais uma vez ela gritou.

– Lorena, acho que você tá meio estressada! Vou subir e a gente pode bater um papo pra relaxar, quem sabe até relembrar os velhos tempos…. – se fazendo de inocente, Marcos falou.

– NÃO – uma última súplica.

Sem resposta do outro lado, ela notou que Marcos tinha desligado. O porteiro o conhecia dos anos que morou ali e não o impediria de subir. Nesse momento ele já devia estar no elevador.

– MALDITO, DESGRAÇADO, FILHO DA PUTA, MALDITO, MALDITO, MALDITO – ela berrava pra paredes, chutando as almofadas no chão.

Quando o choque inicial passou, Lorena sentiu sua energia evaporar e os músculos perderem a força. Sentada no sofá, borbulhando de ódio, ela pegou o telefone.

– Desculpa Lucas, não vou poder ir, te ligo amanhã pra explicar – ela digitou, tremendo pelo pico de adrenalina.

Capítulo 20 – Humilhação

Lucas – Festa

Festa estranha, com gente esquisita. O verso do Russo brasileiro descrevia perfeitamente a impressão de Lucas sobre aquele lugar. Pra todo lado que ele olhava, via o pior da juventude burguesa. Álcool em excesso, drogas ao ar livre, soberba e luxuria. Arrependido pela decisão que tinha tomado quando estava bravo, ele tentava se camuflar no meio da multidão que se espremia na mansão. Procurando a saída mais próxima, ele se esgueirou silenciosamente entre garotos e garotas intoxicados, que dançavam ao som da música ensurdecedora. Se não fosse por Caio, ele teria conseguido escapar. Aos 45 do segundo tempo, a meros metros da porta, o rapaz ruivo acompanhado de uma moça o encontrou.

– Indo embora? Tá cedo ainda! Deixa eu te apresentar, essa é a Maya, uma amiga minha – falou o jovem ruivo, apontando pra moça ao lado.

– Lucas – ele esticou a mão pra cumprimentá-la.

– Nossa Caio, você nunca me falou que tinha um amigo tão bonito! – ela exclamou, apertando sua mão.

– Ele é meio tímido, nunca vem nas festas quando eu convido – Caio explicou.

– Tímido é? Bem do jeito que eu gosto – ela falou, se aproximando de Lucas, quase lhe beijando.

– Puta, só trocar umas palavras e você leva ela pro quarto – falou Caio em seu ouvido – Bom que gostou, vou deixar vocês a sós – ele concluiu, dessa vez em voz alta, e foi embora.

Trajando um vestido preto, bem apertado, a moça que tinha quase a mesma altura de Lucas o abraçou. Levando a boca até a dele, ela roubou um longo beijo molhado. Não demorou muito pro volume em sua cueca aumentar.

– Pelo jeito você gostou – Maya fez uma piada safada, notando o mastro que se em riste.

Encabulado por ter sido pego no flagra, Lucas deu uma risada nervosa. Sem aviso, a moça pegou seu braço e o arrastou escada acima, até o local onde ficavam os quartos. Abrindo algumas portas até encontrar um desocupado, ela entrou em um vazio junto dele. As luzes estavam apagadas e as cortinas fechadas impossibilitavam Lucas de enxergar um palmo a frente.

– Onde é o interruptor? – ele perguntou enquanto tateava a parede.

– Xiiii, relaxa, deita e deixa que eu cuido de tudo – a moça respondeu, empurrando ele em direção a escuridão.

Por sorte uma cama macia lhe esperava. Sentindo as mãos de Maya percorrerem suas pernas, ele não reclamou quando ela tirou seu cinto e abriu o zíper. Ajoelhada na beirada da cama, a moça puxou sua cueca e deixou o passarinho voar. Percorrendo a extensão com a ponta dos dedos, ela mediu quão excitado ele estava.

– Ótimo, odeio chupar pau mole – ela falou, antes de ficar de boca cheia.

Experiente na arte da felação, Maya apresentava a Lucas uma nova forma de chegar ao orgasmo. A pequena boca envolvia seu pau com saliva quente enquanto a língua macia provocava a glande. Como se tivesse fome, ela o engolia vorazmente, movendo a cabeça pra cima e pra baixo, em ritmo constante, fazendo a cabecinha encostar no fundo da garganta. Quando a baba acumulava, ela sugava tudo antes de recomeçar. Foi necessário muita força de vontade da parte de Lucas pra não gozar.

– Tá gostoso? Me avisa se for gozar, a gente não quer um acidente né – ela pediu.

– Aham, tá muito bom, eu aviso – ele respondeu, arfando.

Em um dia normal, Lucas talvez pudesse ter durado alguns minutos a mais, mas Lorena tinha lhe imposto a condição de não se masturbar no dia anterior. Sabendo que não ia conseguir resistir muito mais, ele avisou a moça.

– To quase gozando – ele falou.

Parando na hora a brincadeira, ela levantou e pediu um minuto.

– Tenho de ir no banheiro, fica paradinho ai que eu já volto! – ela avisou ao sair.

Fervendo de tesão, ele continuou como estava, deitado, com a calça arriada e a vara apontando pro teto. Foi nessa condição que as pessoas que invadiram o quarto lhe encontraram. Sem aviso a luz se acendeu e quatro homens e duas mulheres entraram, todos colegas de escola. Celulares apontavam em direção a ele e tiravam fotos, gargalhadas ecoavam pelas paredes. O que ria mais entre eles era Caio, segurando a cintura da moça que antes lhe dera prazer com a boca.

– QUE PORRA É ESSA? – Lucas levantou, vestindo as calças com pressa.

– Ora Lucas, nem 5 minutos? É verdade Maya? Ele já tava gozando? – ele perguntou.

– HAHA, ele ficou de pau duro só com o beijo – ela riu alto.

Tudo tinha sido uma brincadeira cruel de Caio, ele entendeu. Desde o começo tinha sido. Vermelho como um tomate, ele empurrou as pessoas ao passar pela porta e correu em direção a saída. Mesmo longe ele ainda escutava as risadas aumentarem.

Vergonha, raiva, ódio, tudo se misturava em um turbilhão de emoções em seu peito enquanto ele corria até a estação de metro. Era culpa de Lorena, ele repetia. Se ela não tivesse lhe convencido a sair aquele dia, tudo estaria bem. Os músculos ardiam pelo exercício, mas ele não parava, lágrimas escorrendo por sua face. A coisa toda tinha sido humilhante, mas o pior ainda estava por vir, ele sabia. Fotos foram tiradas e todos os colegas da escola iriam vê-las. Seu inferno estava apenas começando.

Capítulo 21 – Desanimo

Lorena – Casa

– Como você tá bonita amor, como você sabia que eu vinha? – foram as primeiras palavras de Marcos ao entrar pela porta.

– VAI EMBORA – ela respondeu com um olhar fulminante.

– Mas eu acabei de chegar! – ele fez piada, ignorando a raiva da ex-esposa.

– Porque você não me deixa em paz demônio? Porque você não vai foder a Rebeca e me deixa em paz? – ela suplicou.

– É por isso que você tá brava? Ainda por causa daquela besteirinha com Rebeca? Nossa amor! Pensei que você tinha me perdoado – ele falou, sem ironia.

– PERDOADO? VOCÊ É MESMO UM CAFAJESTE FILHO DA PUTA. DEVIA TER PENSADO NISSO QUANDO FODEU COM ELA NA NOSSA CAMA – Lorena gritou as palavras que a muito tempo prendia.

– Foi uma coisa boba, você sabe que eu nunca amei ela. Só você importa pra mim – respondeu ele, jogando seu charme.

– Enfia teu amor no cu, some daqui, só vai embora, por favor – ela pediu, levando as mãos a cabeça.

Levou mais de uma hora pra conseguir convencer Marcos a ir embora. Ao se enxergar no espelho, Lorena viu a ruína que era sua imagem. O lindo cabelo que ela tinha preparado com todo carinho pra Lucas estava uma bagunça, a maquiagem toda borrada pelas lágrimas de raiva, as unhas quebradas por descontar a raiva nas almofadas. Mas o pior de tudo não era seu aspecto, como se dotada de um sexto sentido ela sabia, Lucas tinha ficado magoado com ela.

Se sentindo culpada pelo mal que causou, ela se jogou na cama, só querendo deixar pra trás e esquecer aquele dia que começou tão bem, e terminou tão mal.

CONTINUA

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Nota: Que inferno foi escrever esse. Detestei do começo ao fim, e agora, ao reler a versão final, detesto ainda mais o resultado. Se esse é o tão famoso bloqueio de escritor, espero supera-lo logo. Caso encontrem algum erro grosseiro, me avisem, porque não aguento mais tentar melhora-lo.

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Comentários

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Capítulo muito bom, expectativa e frustração da Lorena e do Lucas, desencontros e acontecimenros que atrapalham encontro e soman na história. Aguardando o proximo.

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Fico muito feliz que tenha gostado, foi um conto complicado de escrever e realmente não considero meu melhor.

Peço perdão pela demora em responder, estive meio ausente do site por razões e só agora que chequei o e-mail vi a notificação.

Abraço!

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nem de longe está ruim!!!! deu para acompanhar perfeitamente, eu quase vi os "cortes de cena" igual nos seriados com flashbacks!!! a pegada deste capítulo está maravilhosa!!

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Agradeço pelo apoio! Fico feliz que gostou.

Se esse capitulo tem uma qualidade redentora, concordo que seja o 'ritmo' dele. Tentei ir construindo lentamente uma expectativa, narrando com detalhes o dia tão ansiado pelos protagonistas.

Talvez o erro tenha sido não parar quanto estava vencendo. Se tivesse cortado no momento que Lucas recebe a mensagem, deixando o mistério da razão pra próxima parte, ou quando Lorena envia a mensagem, acho que o resultado teria sido muito melhor.

De toda forma, agora é tarde pra chorar pelo leite derramado. Bola pra frente.

Abraço!

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está muito bom cara, entendo perfeitamente o seu sentimento, mas nem sempre é bom ficar revisando eternamente, relaxa, que sempre passamos por essa fase, deixa a história rolar que vai dar tudo certo

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Fico muito feliz que tenha gostado Amore.

Vou deixar essa história maturar por um tempo antes de continuar. Talvez daqui alguns dias eu a veja com outros olhos.

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Listas em que este conto está presente

Aula de hoje: Educação Sexual na Pratica
Lorena, uma bela professora de História que teve um divorcio difícil após pegar o marido na cama com a melhor amiga, volta a recuperar a autoestima provocando seus alunos adolescentes com roupas apertadas e gestos sensuais. A brincadeira, inocente a principio, se torna seria quando, em um momento de fraqueza, ela passa o numero de telefone pra Lucas, um jovem rapaz de origem humilde em um ambiente de pessoas ricas. Duvidas, luxuria, prazer se misturam nesse relacionamento proibido.