Take Me - Capítulo 12

Um conto erótico de M.J. Mander
Categoria: Gay
Contém 2344 palavras
Data: 05/12/2022 02:05:17

***CAPÍTULO 12***

** OCTÁVIO**

Do meu carro vejo Connor saindo do trabalho e indo para casa. Vou destruir a vida dele da mesma maneira que ele destruiu a minha vida há muito tempo atrás, ele não se lembra, mas eu me lembro de tudo. Lembro-me da riqueza e logo depois da pobreza, me lembro da destruição da minha família. E tudo por culpa de Connor Willians. Vou destruir tudo o que o Connor tem, começando por aquele empregadinhk dele, o tal do Matthew. Ele será o primeiro, vou mostrar para ele que ele é exatamente igual a mim. Somos feito do mesmo ingrediente. Vou comê-lo vivo. Ele irá perder tudo o que tem, e eu serei o causador disso.

Connor vai ver sua vida desmoronar diante dos próprios olhos, planejei essa vingança há muito tempo, a primeira vez deu errado, mas dessa vez tudo está ocorrendo do jeito que eu quero, aliás está melhor do que planejei, já que entrou um cara na história. Ele vai se apaixonar por ele, eu sei que vai e é nessa hora que vou entrar em ação, tenho seguido Matthew há semanas, sei tudo o que ele faz e com quem faz, sei do seu estúdio e sei também que não contou para o Connor, o que é um ponto ao meu favor. Ele vai saber o que é ser enganado duas vezes.

Vou fazer Connor se arrepender por ter destruído a minha família, ele vai pagar por tudo, não

só ele, mas sua família vai ficar no fundo do poço, e serei o único que os levará para lá. Sorrio com esse pensamento. Nada nem ninguém vai entrar no meu caminho, e quem entrar será destruído e esmagado, vou assistir na área Vip a destruição do Império de Connor. Será simplesmente perfeito. A vingança é um prato doce para mim. Sorrio com esse pensamento.

*************

**MATT**

Não faço a mínima ideia de quanto tempo estou desfrutando da piscina de Connor. Isso aqui é o paraíso, olho para o horizonte e vejo o sol se pondo, as gaivotas voando, o vento soprando no meu rosto é tudo tão espetacular que não quero sair daqui nunca. Estava tão perdido em meus pensamentos que levo um susto ao ouvir a voz de Connor atrás de mim.

- Quem te deu permissão para usar a minha piscina? - pergunta em um tom frio. Olho para ele e percebo que seu rosto não expressa nada, seus olhos estão frios sem nenhuma emoção, aconteceu alguma coisa para ele ter ficado assim. Fico tenso na hora. Não sei o que falar ou fazer.

- É... eu pensei...pensei que. - não sei o que falar então me calo encolhendo os ombros.

- Pensou errado. Você não tem permissão para usufruir de nada da minha casa. - ele diz friamente. - Se quiser usar qualquer coisa de diversão que minha casa oferece, você venha até a mim pedir permissão. Agora estou indo arrumar minha mala e quando voltar. Quero você fora da piscina. - ele diz se retirando. - Ah, quero que prepare um lanche, vou comer antes de sair. - Connor entra na casa me deixando sozinho sem saber o que fazer.

Meu corpo de repente se sente cansado, cansado das suas mudanças de humor, da sua frieza, me sinto cansado de tudo isso que me cerca. Coloco minha roupa por cima da sunga e vou para a cozinha preparar o bendito lanche do Connor. Quando estou quase acabando Connor desce, ele coloca a sua pequena mala ao lado do balcão da cozinha e senta. Em momento algum eu falo ou olho para ele, meu silêncio é o suficiente para ele saber que não estou com paciência para os seus showzinhos, termino o seu lanche e o coloca na sua frente, sem olhar para ele me viro e vou para o meu quarto.

Assim que entro vou direto para o banho, entro de baixo do chuveiro, a água quente escorre pelo meu corpo, a água lava o cansaço, a decepção, começo a me sentir renovada e determinada a enfrentar o Connor. Tomo o meu maravilhoso banho ao som de ''Up'' de Demi Lovato e Olly Murs. Canto junto com a música.

“I never meant to break your heart

Now I won’t let this plane go down

I never meant to make you cry

I'll do what it takes to make this fly

Oh, you gotta hold on

Hold on to what you are feeling

That feeling is the best thing

The best thing, alright

I’m gonna place my bet on us

I know this love is heading in the same direction

That’s up

(Eu nunca quis quebrar o seu coração

Agora não deixarei esse avião cair

Eu nunca quis te fazer chorar

Farei o necessário pra ver isto voar

Oh, você tem que agarrar

Agarrar o que está sentindo

Esse sentimento é o melhor

O melhor, certo

Eu vou apostar em nós

Eu sei que esse amor está indo na mesma direção

Pra cima)”

Canto com toda a força que tenho, a água lava a minha alma. Remexo de um lado para o outro ao balanço da música.

“Girl, I know we can climb back to where we were there

Feeling here with my heart, put my heart in your head

Well, I hope and I pray that you do understand

If you did all you have to say is

Yeah, yeah, yeah, yeah, yeah

I’m waiting for ya

Yeah, yeah, yeah, yeah, yeah

(Garota, eu sei que podemos subir aonde estávamos lá

Sentindo aqui no meu coração, bote meu coração na sua mão

Bem, eu espero e eu rezo que você estenda

Se entendeu tudo o que tem que dizer é

Sim, sim, sim, sim, sim

Eu estou esperando por você

Sim, sim, sim, sim, sim)”

Cantar, eu amo cantar. A música é capaz de dizer tudo o que você sente. Ela é a voz da alma. Termino o meu banho com minhas forças revigoradas, me visto e desço para comer alguma coisa, sei que tenho uma cozinha no meu quarto, mas quando eu fiz um lanche para o Connor, fiz um para mim também, só não quis comer junto a ele, preferi tomar um banho e comer sozinho como estou acostumado.

Quando chego na cozinha fico surpreso ao encontrar Connor sentado me esperando. Respiro fundo e vou até o balcão, olho para ele preparado para o que vou ouvir. O silêncio reina entre nós então sou o primeiro a falar, já que o Sr. Willians não dá o braço a torcer.

- Pensei que já estivesse ido. - falo pegando o meu lanche.

- Estava esperando você. - olho para ele sarcasticamente. - Eu queria pedir desculpas... – não o deixo terminar, levanto minha mão e ele para olhando para mim.

- Não, não quero ouvir suas desculpas, não mais. - digo o encarando. Connor abre a boca para falar, mas balanço a cabeça. - Não Connor, estou cansado dos seus problemas de humor, estou cansado das suas desculpas, não quero saber delas e nem de nada que venha com você. - falo sem dar tempo de ele questionar. - Não sei o que teve hoje no seu escritório e nem quero saber, porque isso não me diz respeito, e por esse motivo eu não quero ser incluído em seus problemas. Se você tem um problema no seu trabalho que você resolva ele lá, não os traga para mim, não venha descontar seus problemas em mim, sou seu empregado e não seu saco de pancadas. - paro de falar para recuperar o fôlego. - Estou pouco me fodendo se você teve problemas ou não, sou apenas seu empregado coisa que você me lembra a todo instante. Então não me venha com seus humores diferentes a cada hora do dia porque senão eu juro por Deus, saio por aquela porta e não volto mais. - respiro fundo. Uau é bom extravasar.

- Você assinou um contrato de um ano, não se esqueça disso. - Connor me avisa, eu começo arir.

- Que se dane esse contrato de merda! Eu sou apenas humano, uma pessoa que quer ter uma vida normal e principalmente quer ser tratado com respeito. Isso é o mínimo que eu quero RESPEITO e se você não pode ser respeitoso comigo, não sou eu que vou ficar aqui! - grito. Meu coração está acelerado, meu peito sobe e desce. Sinto-me aliviado. Olho para o Connor e seu rosto está branco, e pela primeira vez não me importo com o que ele vai fazer ou falar. Para completar o meu ponto de vista eu chego bem perto dele e o encaro, olhando bem em seus olhos. - Você entendeu Connor? - pergunto, Connor sai do seu transe e acena com cabeça.

- Você tem razão, é errado da minha parte fazer o que eu tenho feito. Você não tem culpa se tive problemas ou não no trabalho. - ele me abraça apertado e beija a minha testa. - Prometo que isso não irá se repetir. - ele me solta e pega a sua mala ao lado do balcão, olho para o meu lanche, perdi toda a fome. - Fique à vontade para usufruir de toda a casa. - ele sai pela porta e eu o sigo.

- Agradeço a oferta, mas não passarei o final de semana em casa. Então deixa para a próxima.- Connor para e olha para mim. Ele espera eu dizer para onde eu vou, mas não falo nada. Minha vida não é da sua conta. Por fim ele concorda.

- Tudo bem então. - Connor entra no carro. - Até domingo à noite. - o carro sai em disparadanão dando tempo para responder. Volto para dentro e minha fome volta, como o meu lanche e vou para o meu quarto arrumar a minha mala. Henry estará aqui às seis da manhã, já que é uma viagem de três à quatro horas.

Coloco poucas coisas dentro da minha bolsa, já que vou para um rancho, coloquei uma calça jeans e um short, também coloquei um uma bermuda e três camisas e um casaco. Não sei se vai fazer frio, também coloco hidratante, sabonete, essas coisas. Quando está tudo pronto o meu celular toca. Henry é claro. Atendo na hora.

- Homem mais sexy do mundo falando. - ele diz assim que atendo.

- Mais é tanto ego! - ele começa a rir.

- Claro querido. Pode dizer a verdade, eu sou um arraso. - bufo.

- Sim, eu sei. - ele faz um som de comemoração.

- Eu sabia que um dia você ia me dizer a verdade.

- Ok então ô bonitão, me diz o motivo da ligação.

- Não é nada demais, só queria saber se está animado para amanhã. - ele fala.

- Animado é pouco, estou em dores aqui! - digo com um friozinho na barriga. - Henry tem certeza que não vou causar problemas? - pergunto com medo.

- Relaxa Matt, não vai acontecer nada. - ele diz e sinto alívio ao saber que não vou causar nenhum problema.

- Tudo bem antão, a gente se vê amanhã de manhã. - falo pronto para desligar o celular.

- Tudo bem querido. Durma bem. - Henry desliga. Troco de roupa e vou para a cama dormir,assim que deito o sono vem e eu apago.

*****************

**CONNOR**

Enquanto Oliver dirigi, fico pensando no meu comportamento quando cheguei em casa e encontrei Matt na piscina, me fez lembrar exatamente do dia em que cheguei do trabalho e encontrei Octávio nela, as memórias invadiram minha mente e acabei ficando com mais raiva ainda, descontei tudo em Matt. Eu não sei o que fazer comigo mesmo, mas foi depois desse dia na piscina com Octávio que ele entrou na minha vida e me enganou, tenho medo que aconteça a mesma coisa comigo e Matt.

Sei que não posso confundir Matthew com Octávio, mas a gente se engana com as pessoas, Octávio não só conquistou a mim, mas conquistou a minha família, meus amigos e todos os funcionários da minha empresa, ninguém sabia do que ele era capaz, não sabia que o homem que dormia comigo na minha cama, que eu contava os meus segredos, minhas metas, meus sonhos era o mesmo homem que estava roubando mais de dois milhões de dólares da minha empresa e ainda estava me traindo não só com um homem, mas com vários. As pessoas são capazes de tudo quando querem.

Oliver liga o som do carro e ''Let it go'' de James Bay começa a tocar. Fecho os olhos e acabo pegando no sono. Quando acordo, percebo que estamos na entrada do Rancho White. Oliver estaciona o carro e vejo que os pais de Henry estão na varanda me esperando, procuro por Henry, mas ele não está à vista. Saio do carro e vou até a mãe de Henry.

- Srª. White como está? - A abraço beijando suas bochechas. Ela revira os olhos.

- Lúcia, Connor é apenas Lúcia. - sorrio para ela, dou um abraço de leve no Sr. White que também reclama que eu o chamo de senhor. Olho para os lados tentando achar o Henry, mas não o vejo. - Onde está o filho de vocês? - Pergunto.

- Aquele menino é uma caixa de surpresas Connor. - Jhonnatan pai do Henry fala. - Ele ligou avisando que só vai vir amanhã e que traria uma surpresa. - Olho para ele sem saber de nada.

- Surpresa? - pergunto. Lúcia olha para mim e sorri.

- Pelo visto meu menino não te falou nada. - ela fala rindo. - Esse meu filho é um causador de problemas. Ainda bem que ele falou que eu vou amar de paixão a grande surpresa que ele vai trazer. - acho estranho, Henry não me falou nada sobre isso. Mas quem sou eu para falar alguma coisa. Vamos entrando, vou te mostrar o seu quarto Connor. - Lúcia diz e eu nego com cabeça.

- Não precisa Lúcia, sei qual é o meu quarto. - dou um beijo em sua testa e subo para os meusaposentos. O quarto está exatamente do mesmo jeito em que eu o deixei da última vez em que estive aqui. Ele é enorme, com uma cama King Size no meio, um pequeno closet com um banheiro dentro dele. As paredes são brancas com azul, o quarto é ótimo para mim. Tomo um banho e desço para dar boa noite a todos. Amanhã vai ser um longo dia.

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Comentários

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Ranço, essa é a única palavra que tenho para expressar o que estou sentindo por Octávio. Sei que existe uma história por trás de todo esse rancor, mas daí a ele querer destruir uma pessoa, não sei se isso é mesmo válido, ainda mais quando ele fala em destruir várias pessoas, prejudicar várias vidas, ainda mais a de Matt que já passou o pão que o sete peles amassou... Essa cara é um FDP mesmo...

Connor precisa controlar esse seu jeito doentio de ser. Por mais que ele tenha sido enganado e sofrido com isso, ele não tem o direito de tratar Matt dessa forma. Isso está fora de questão.

Não sei até que ponto esse plano de Henry reunir Connor e Matt sem eles sequer desconfiaram será uma boa ideia. Estou muito aflito com a reação que eles terão.....

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