Aula de hoje: Educação Sexual na Pratica - Parte 2
Capitulo 9 - Arrependimento - Lorena – 15 minutos depois da conversa com Lucas
Olhando pro teto, a ficha caiu pra Lorena.
Embriagada de tesão ela tinha cometido um erro abominável, a ressaca moral quem vem após agir impulsivamente batia sem piedade.
“O que foi que eu fiz?” ela repetia, como se as paredes pudessem lhe responder.
Ainda nua, o corpo que a poucos minutos fervia agora sentia frio. O lençol molhado entre suas pernas lhe incomodava, o vibrador que jazia em silêncio ao seu lado lhe incomodava, a escuridão do quarto lhe incomodava, mas acima de tudo isso, a solidão e o que tinha acontecido a enfureciam.
Como se pra pagar os pecados da dona, o brinquedo sexual voou contra a parede, se partindo em vários pedaços.
“PORRA, O QUE DIABOS EU FIZ?” gritou Lorena, entrando em pânico.
Calma, ela tinha de se acalmar, evitando ser consumida pelo pânico ela tentava se recompor.
Pegando o celular, a primeira ideia que teve foi de ligar pra Lucas e tentar desfazer a bagunça que tinha se metido. Talvez por sorte ou intervenção divina, a tela acendeu antes dela se afundar ainda mais na lama.
“Ligação de Márcia, deseja aceitar?” as letras diziam.
A salvadora era Márcia, sua atual melhor amiga. A última tinha perdido o posto após roubar o marido e jogá-la no fundo do poço.
Olhando pro telefone, Lorena sentiu uma ponta de alívio, antes de fazer qualquer coisa era melhor escutar a opinião da amiga, ela saberia o que fazer.
“Oiii amiga, tudo bem?” uma voz alegre lhe saudou.
“Não, to perdida amiga”
Desesperada por uma palavra de conforto, sem parar nem por um segundo, ela contou tudo nos mínimos detalhes, não omitindo qualquer informação, esperando a voz dizer que tudo ia ficar bem.
“Puta merda Lorena, que merda você fez!” Márcia falou, chocada com o que tinha escutado.
No mínimo não era exatamente o resultado esperado, sendo bem generoso.
Um frio na espinha lhe arrepiou todos os pelos do corpo.
“EU SEI PORRA, ME DA UM DESCONTO” ela explodiu, descontando em Márcia da mesma forma que tinha feito com o vibrador.
Calma, ela tinha de se acalmar, como um mantra Lorena repetia mentalmente.
“Certo, vou dizer o que você vai fazer, me escuta bem: Você de algum jeito vai se encontrar discretamente com esse moleque amanhã na escola, vai fazer ele prometer não contar pra ninguém o que aconteceu, e nunca mais vai chegar a 10 metros dele. Se Deus quiser isso vai ser suficiente” falou a mulher lentamente, dando ênfase em todas as instruções.
“Não” instintivamente Lorena pensou, repudiando a ideia de perder Lucas.
“Posso mandar mensagem pra ele ao invés disso” ela respondeu.
“Lorena, minha amiga, você deve ter um santo forte por eu ter te ligado antes de você fazer mais merda. PENSA COMIGO. Se esse pivete já não mandou sua foto pra todos os amigos, imagina quão maior vai ser tua vergonha caso tenha uma mensagem de você implorando pra ele esquecer de tudo” Márcia explicou, sem adoçar a pílula.
Um frio congelando travou todos seus músculos e disparou seu coração. Lorena entendeu que o verdadeiro problema era muito maior, caso isso se tornasse publico, seu emprego, carreira, tudo que ela tinha batalhado pra conquistar seria tirado dela de forma humilhante.
Apenas imaginar isso paralisou seu corpo, em estado de choque ela segurava o telefone contra o ouvido.
“Lorena? Ta ai ainda? Fala comigo” uma voz preocupada lhe chamava.
“Eu to fodida, puta merda Márcia, eu to fodida pra caralho” falou Lorena com a voz abatida, como se a alma tivesse fugido do corpo.
Sem conseguir mais segurar, lágrimas rolaram em sua face, caindo pelo queixo e se juntando com a marca redonda no colchão. Seria irônico se não fosse trágico.
“Vai ficar tudo bem, tá me escutando? Vai ficar tudo bem. Só faz o que eu te disse, te juro que vai ficar tudo bem” a amiga prometia.
“Ta bom, vou fazer” respondeu Lorena, sem forças após a enxurrada de emoções que teve em um único dia.
Após Márcia lhe fazer prometer que ligaria após a conversa, Lorena largou o celular e afundou a cabeça no travesseiro.
Com apenas a escuridão como testemunha, a pobre mulher que tinha experimentado o inferno desde o fim do casamento e mesmo assim se manteve firme chorou com vontade, como se tivesse um débito acumulado de tristeza e estivesse gastando tudo de uma vez.
Capitulo 10 - Origens - Lucas - 15 minutos depois da conversa com Lorena
Após colocar o celular na cabeceira, Lucas procurou qualquer pano que pudesse descartar após o uso. Gotículas brancas de sêmen cobriam seu corpo e se espalhavam pelo lençol. Usando uma velha camisa ele limpou tudo com cuidado, abrindo a janela pra arejar e expulsar o cheiro como retoque final.
“Vem jantar filho” sua mãe chamou após forçar a maçaneta e notar que estava trancada.
Graças a precaução ele não foi pego numa situação constrangedora. Após se certificar que tudo estava perfeito ele partiu pra cozinha.
Qualquer um que o visse na rua usando o uniforme do Colégio Farias da Mata pensaria que ele tinha nascido em berço de ouro. A verdade estava muito longe disso, de origem humilde os pais de Lucas pagavam seus estudos sacrificando boa parte da renda mensal da família.
Nunca foi fácil pra ele estar entre pessoas de uma camada social superior, como se sua pobreza fosse contagiosa todos lhe evitavam. O único amigo dele era Caio.
Não que se possa chamar a relação deles de amizade, o jovem ruivo era a típica pessoas de duas caras. Sempre disposto a humilhar Lucas pra tirar algumas risadas da plateia, a piada durante a aula foi só uma entre dezenas.
“Senta filho, come enquanto ainda tá quente” seu pai falou, apontando a cadeira com o garfo.
Obedecendo a ordem ele sentou e se serviu da modesta comida que a família podia bancar.
“Como que tão as coisas no colégio? Ta tirando nota boa?” o pai perguntou.
“Ta tudo bem, só em Historia eu to meio fraco, mas eu vou dar um jeito” respondeu ele.
“É bom mesmo moleque, sabe quanto custa a mensalidade dessa escola? Te quebro de pau se você reprovar” sua mãe o ameaçou.
Respondendo com um “sim senhora” Lucas não se ofendeu com as palavras, ele sabia quão difícil a vida deles era, reprovar seria não apenas um desperdício de dinheiro, mas também um desrespeito. Disposto a morrer afundando nos livros caso necessário, a possibilidade de falhar não era sequer cogitada.
“Obrigado pela janta, vou dormir” falou ele levando o prato sujo até a pia.
Conferindo se o cheiro tinha se dissipado ele fechou a janela. Pegando o celular antes de deitar Lucas abriu o aplicativo de mensagens, procurando a foto que a professora tinha lhe enviado.
Totalmente alheio ao sofrimento de Lorena ele pegou no sono enquanto apreciava aquele presente inesperado.
Capitulo 11 - Expectativas - Lucas
Já eram 6 da manhã quando o celular assobiou, ainda tonto por ter acabado de acordar Lucas abriu o aplicativo de mensagens pra ver do se tratava.
“Quero falar com você depois da última aula, espera todo mundo ir embora e se esconde no banheiro masculino, te encontro quando for seguro” a mensagem dizia.
“Ok, mas tem algum motivo pra isso?” ele enviou pra Lorena.
Nenhuma resposta chegou.
Deixando isso de lado, ele seguiu a rotina de sempre, colocando o uniforme e comendo um pão com manteiga o rapaz pegou a mochila e partiu pra estação de metro.
Quase uma hora depois Caio o encontrou andando distraidamente pelos corredores do colégio.
“Tá comendo mosca cara? A primeira aula é na sala 8” o rapaz ruivo avisou ao ver o ‘amigo’ vagando sem rumo.
“Esqueci a porra da tabela de novo, que aula tem hoje?” Lucas perguntou.
Pegando um pedaço de papel da mochila Caio respondeu.
“As duas primeiras são Biologia, dai Matemática, Inglês e a última é…”
“Qual? Fala de uma vez” pelo suspense Lucas já sabia qual era.
“HISTORIA CARALHO, puta merda, meu coração não aguenta cara, juro que daria um pé pra ver a Rabuda pelada”
Mal sabia ele que ficaria manco caso o colega mostrasse a foto que tinha recebido. Por sorte ou azar, isso nunca nem sequer passou pela cabeça de Lucas. Com certeza a história iria se espalhar igual fogo em mato seco. Adepto da ideologia de que 'quem come quieto, come sempre' ele guardou a sete chaves o segredo.
Ansioso pelo encontro particular, sempre otimista ele imaginava o melhor cenário, talvez ela quisesse cumprir a promessa antes do previsto.
Grande foi a surpresa de todos os alunos da turma quando a quinta aula chegou. Usando roupas simples e recatadas, Lorena passava a matéria com uma expressão cansada. Até mesmo seu rebolar que provocava tinha sumido.
Decepcionados, os rapazes até aprenderam alguma coisa, coisa rara desde que ela tinha assumido o cargo.
Os minutos passaram devagar sem o estímulo extra, mas como o tempo não para, o sino eventualmente tocou anunciando a hora de ir embora.
Caio foi o primeiro a partir, como o resto dos alunos sequer se importavam com sua existência, Lucas não teve dificuldades em se esgueirar pro banheiro, entrando em uma cabine ele fechou a porta e esperou.
Capitulo 12 - Preparação - Lorena
Como se carregasse o peso do mundo nas costas, Lorena se arrastou até a sala dos professores.
“Que isso Lorena? Ta doente?” perguntou a professora de Biologia.
“Não dormi bem, só isso” ela respondeu metade da verdade.
“Bom, sorte que é sexta, se tem o fim de semana inteiro pra tirar o atraso, até segunda!” falou a mulher, lhe deixando sozinha.
Sem conseguir dormir, Lorena tinha passado a noite em claro ensaiando o que diria a Lucas. Dar aula nesse estado foi um martírio mas o verdadeiro desafio começava agora: Convencer ele a deletar todas as provas e o fazer jurar que nunca revelaria o que tinha acontecido.
Trinta minutos se passaram desde o momento que ela chegou, confiante de que todos já tinham ido embora, Lorena se dirigiu ao prédio 2.
Se esgueirando sorrateiramente até o banheiro masculino, com uma última olhada ao redor pra conferir se não havia nenhuma testemunha, ela entrou. Passando por várias portas abertas ela parou na única fechada.
“Lucas?” Lorena sussurrou.
Como se tivesse dito uma palavra mágica, a porta se abriu.
Capitulo 13 - Confronto
Apressadamente a professora entrou no apertado cubículo, o corpos dos dois quase se encostando, Lorena se esforçava pra manter o máximo de distância possível.
Esperando uma recepção mais calorosa, Lucas se decepcionou quando a mulher começou a fazer perguntas como se fosse um interrogatório.
“Você tem nossa conversa de ontem salva no celular?”
“Tenho”
“Mostrou pra alguém?”
“Não”
Visivelmente aliviada, Lorena mandou ele deletar tudo.
“Até a foto?” perguntou Lucas, com um olhar de criança que perdia o doce.
“Especialmente a foto”
As mensagens não eram nada demais, mas excluir seu tesouro era outra história, muito a contragosto ele obedeceu.
“Pronto, pode conferir se quiser” disse ele, oferecendo o celular com ironia.
Pra sua surpresa ela aceitou, por um longo tempo procurando qualquer rastro escondido.
“Tudo certo, agora me escute bem: Você tem de me prometer que nunca, nunca, nunca, vai contar pra ninguém sobre o que aconteceu” disse Lorena, dando ênfase em cada nunca.
Confuso pela mudança de atitude da professora, Lucas prometeu.
“Muito obrigado, agora você sai primeiro e eu saio daqui alguns minutos” disse a mulher, abrindo espaço pra ele passar.
Esse foi o estopim, tendo seguido as instruções sem questionar, Lucas queria pelo menos uma explicação do que estava acontecendo.
“Por quê? Você vai mesmo me enxotar igual um cachorro sem nenhum motivo?” falou ele, dando um passo pra frente.
Espremida contra a porta, Lorena sentiu o corpo do jovem contra o seu, o cheiro do desodorante barato que só os jovens gostam, seus olhos verdes cheios de fúria.
“Não preciso te explicar nada moleque, só preciso que você fique quieto” respondeu ela de forma cruel.
Borbulhando de ódio, como se aceitando um desafio, Lucas forçou mais, os seios pressionados contra seu peito, a boca dele a milímetros da sua.
“Por….Que?” o rapaz perguntou lentamente, exigindo uma resposta.
“Você não entende? Não podemos fazer isso, é errado, minha vida intei…” ela não conseguiu completar.
Sentindo os lábios de Lucas encontrarem os seus, toda a fortaleza que ela tinha construído durante a noite insone desmoronou.
A alma pode ser forte, mas o corpo é fraco, somos todos seres de carne que nascem pra se reproduzir. Agarrando a nuca do jovem ela se entregou completamente, a professora que tinha prometido pra si mesmo mil vezes que manteria distancia do aluno sucumbiu a luxuria e praticava a gula.
Adicionando dois pecados capitais na conta, a vaidade veio logo a seguir. Tudo tinha começado por causa dela no fim das contas, provocar os rapazes pra se sentir bonita e desejada foi a que tinha lhe colocado nessa situação. Sentindo o membro duro de Lucas roçando em sua perna, apenas com um beijo ela tinha lhe despertado o tesão.
Capitulo 14 - Ponto sem retorno
Excitada pela reação, Lorena escorregou a mão por sua barriga, enfiando os dedos dentro da cueca, agarrando o pênis. O membro dele pulsava em sua palma, quente e rígido.
Apertando com firmeza, ela começou um lento movimento repetido de vai e vem, pra cima e pra baixo, arrancando pequenos gemidos do rapaz. Quando suas bocas finalmente se separaram, Lucas tentou falar algo, mas foi calado quando com um movimento brusco ela puxou a cabeça até seu pescoço.
Como se tivesse fome o jovem lhe devorava, ofegando quando ela acelerava o ritmo. A respiração quente instigava Lorena, em pouco tempo sua boceta estava úmida.
Honrando o titulo de professora a mulher tocou o menino virgem como um instrumento, conduzindo o movimento no ritmo de uma canção, que tinha como objetivo estender aquele momento o máximo possível. Atenta aos pequenos detalhes ela diminuía a velocidade quando percebia que ele estava chegando ao clímax, acelerando quando a frequência dos gemidos reduzia.
Delirando de tesão o jovem cravava os dedos em sua carne macia, nunca pedindo, mas impaciente pelo gozo que ela insistia em lhe negar. Piedosa como uma santa ela lhe concedeu esse favor.
"Espera só um pouquinho, deixa eu fazer uma coisa" falou ela.
Empurrando com cuidado o jovem, ela levou a boca até seu quadril. Vendo pessoalmente o pênis de Lucas pela primeira vez ela não pode deixar deixar de notar qual bem dotado ele era, um fio de saliva escorreu de seus lábios caindo na cabecinha vermelha. Espalhando o lubrificante natural em toda a extensão com a mão ela voltou a posição inicial.
Usando o resto de suas forças ela deu tudo de si pra agradar o pequeno amante, o braço doía mas não importava, ela sabia que ele não aguentaria por muito tempo.
Grandes marcas vermelhas de chupão marcavam seu pescoço quando Lucas chegou ao orgasmo, tremendo violentamente ele a fechou em forte abraço apertado, grandes jatos de sêmen voaram até a parede. Feliz em satisfazê-lo, Lorena não parou até que a última gota tivesse saído, espremendo o membro que começava a amolecer.
Como um casal apaixonado eles ficaram grudados, o único som era a da respiração pesada dele que aos poucos ia se acalmando.
“Vou te mandar mais mensagens, leia e apague, e pelo amor de Deus, não conte nada pra ninguém” Lorena suplicou.
“Pode deixar” respondeu o rapaz, roubando mais um beijo.
“Saia antes, vou esperar alguns minutos antes de sair” ela lhe instruiu.
Com uma rápida conferida o rapaz foi embora.
Sozinha no cubículo, olhando o liquido branco que escorria na fina parede azul, a única certeza que ela tinha era que Márcia ia lhe xingar muito.
CONTINUA
*Nota: Reformatei a parte 1 incluindo um índice de capítulos pra facilitar a leitura e indicar passagens de tempo ou ambiente, esse padrão vai continuar daqui pra frente.*
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