Jornada de um Casal ao Liberal - ESPECIAL - Aniversário de Casamento
Sei que vários de vocês, leitores, têm curiosidade sobre a vida de um casal liberal. Por causa disso, resolvi, aliás, resolvemos, eu e meu Mozão, escrever um capítulo especial em tempo real da nossa vida para vocês se deliciarem.
Como sabem, sexta-feira foi nosso aniversário de casamento: completamos dezesseis anos de casados! Pode parecer pouco, mas, nos tempos de hoje é uma vitória e tanto conseguir combinar duas pessoas tão diferentes como nós. “Mas diferentes em quê, Nanda? Vocês se dão tão bem...”, vocês podem estar se perguntando. Uai! Ele, homem, apesar de aparentemente conservador, sempre teve uma mentalidade liberal e “prafrentex”. Eu, mulher, conscientemente conservadora, tinha uma mentalidade tradicional e “pratrax”. Coube a ele ser corajoso e dono de uma honestidade até assustadora, me apresentar e propor esse mundo e, a mim, confiar nele e me entregar as possibilidades. No começo, não foi fácil e até hoje é meio complicado, confesso, mas com muito carinho, conversa e amor que sentimos um pelo outro, temos superado tudo e todos que tentaram nos derrubar em nossa trajetória.
Hoje, eu curto bastante, porque já aprendemos a controlar bastante nossos hormônios (mais eu que ele!), mas não é por isso que os riscos tenham deixado de existir. E isso ficou bem claro neste final de semana.
Independente disso, há algum tempo, vínhamos nos estranhando. Não sei direito explicar o porquê, como ou quando tudo começou, mas enfrentamos algumas sérias desavenças que chegaram a colocar em risco nosso próprio casamento. Não houve traição de nenhum dos lados, nada! Simplesmente, um desgaste, um descontentamento dele comigo e até de mim com ele quase pôs tudo a perder. Em um certo dia, há coisa de uns trinta a quarenta dias, ele quase saiu de casa, na verdade, eu que quase o coloquei para fora. A vida em comum estava insuportável para os dois, ao ponto de nossas filhas terem sentido o clima horrível que nos abatia no dia a dia. Antes que ele saísse, decidimos sentar e ter uma última conversa, naturalmente regada a um bom cafezinho passado na hora:
- Maryeva já notou seu semblante chateado e está triste em te ver assim. - Comecei a conversa.
- Eu não fiz nada...
- Eu sei, mas qualquer um que te veja, consegue sentir que você não está bem.
- E você está?
- Não! Não estou e não sei como a gente chegou a esse ponto.
- Desculpa. Eu vou arrumar minhas malas e vou conversar com elas quando voltarem da escola.
- Você deixou de me amar? - Perguntei, naturalmente apreensiva: - Você tem outra? Fez alguma coisa escondida de mim?
- Claro que não deixei de te amar! - Respondeu, surpreso: - E como eu teria outra ou feito alguma coisa? Meu dia é todo dividido entre trabalho e casa, não saio para mais nada e quando saio é com vocês ao meu lado.
- Não perguntei para te ofender.
- Eu sei! Não estou bravo...
- Só estou tentando entender o que está acontecendo com a gente para tentar resolver. Eu não quero que você saia de casa. Eu te amo demais e não aceito terminar nosso casamento sem um motivo, aliás, mesmo com um motivo, se for possível consertar, eu... eu...
- Eu entendi. Já entendi... Mas eu não sei o que fazer.
- Sozinha eu não consigo resolver. Se você quiser continuar comigo, vai ter que me ajudar.
- O que você quer fazer?
- Não sei! Mas do jeito que está não pode ficar!
Essa conversa ainda continuou por mais uma hora, pelo menos, e no final não chegamos à conclusão alguma. Aliás, até chegamos, de que precisaríamos fazer algo por nós mesmos. Definimos então três mudanças principais:
Primeiro, melhorar o clima dentro de casa para preservar nossas filhas! Decidimos limitar o acesso aos celulares e à televisão, que já eram bem controlados e compramos alguns jogos familiares para impor uma interação entre todos de casa. Funcionou muito bem! Parece que a animação das crianças nos contagiou ao ponto de nos deixar ansiosos por esses momentos e, a partir de então, a nossa empolgação também passou a contagiá-las. Tornou-se um círculo vicioso delicioso ao ponto de meu marido voltar a jogar xadrez com Maryeva, algo que eles pararam de fazer não sei o porquê e de começar a ensinar a Miriam a jogar também! E não é que a danadinha está aprendendo direitinho!?
Segundo, resgatar o que há de melhor em nós para nós mesmos! Essa proposta veio do meu Mozão e, a princípio, relutei, mas depois de pensar um pouco entendi o que ele queria dizer: como podemos ser melhores para nossos parceiros se não formos melhores para nós mesmos? Ou seja, devemos nos fiscalizar, cobrar e aprimorar como ser humano, seja psicológica, mental ou fisicamente, para podermos entregar uma pessoa melhor para aquele a quem escolhemos nos dar em vida. Mentalmente já havíamos começado, ele está fazendo alguns cursos de aprimoramento e eu também, inclusive vamos começar a trabalhar em um projeto conjunto em breve. Psicologicamente também, pois estamos nos policiando e ajudando um ao outro no dia a dia com conversas, mensagens, brincadeiras, pequenos momentos nossos às escondidas das meninas. Fisicamente, ainda não começamos, mas vamos no início do ano. Já me matriculei em uma aula de Pilates, também por necessidade depois de um acidente doméstico que tive, e ele voltará para musculação. Além disso, estou cuidando mais da minha aparência, com maquiagem, melhores produções quando saímos, novo corte de cabelo, etc., pois entendi como uma obrigação minha ficar mais bonita para ele. Ele, me surpreendendo, está seguindo pelo mesmo caminho, pintando a barba e o cabelo, se vestindo melhor e ficando mais charmoso para mim.
Terceiro, é praticamente um desdobramento do final do segundo: nós para nós! Decidimos que precisávamos de momentos exclusivamente nossos! Resgatar o “eu e ele”, foi assim que começamos e precisávamos disso outra vez, sem incluir nossas filhas. Elas continuarão sendo nosso objetivo principal, mas não podemos nos amparar sempre nelas para seguir em frente. E é aqui que a história realmente começa.
Decidimos que faríamos uma viagem de dois ou três dias, sozinhos, para comemorar nosso aniversário de casamento. Mineiros que somos, iríamos para a praia, lógico! Ubatuba ou Guarujá eram os destinos preferidos. Inclusive, decidimos que, na viagem, aproveitaríamos para passar na casa de um casal de amigos, a Jaque e o Max, só para tomar café e comer pão de queijo de paulista (ela me disse, certa vez, que sabe fazer ou conhece alguém que sabe fazer: eu vou conferir, Jaque! 😁). São Pedro não colaborou e, infelizmente, a viagem foi abortada, mas não a vontade de conhecer esse casal tão próximo e tão distante (isso ainda vai rolar um dia, Jaque! Me espere com o café no bulê.). Então, mudamos nossos planos para fazer a nossa comemoração em nosso entorno mesmo, mas ainda sem as meninas.
Na sexta-feira, dia do nosso aniversário, tudo combinado e decidido, a Miriam teve uma indisposição, passou mal, teve febre e novamente tivemos que abortar. A responsabilidade vem antes do prazer. Não foi nada sério e no sábado, como mágica, ela acordou bem e serelepe. Eu o olhei e, sem que eu dissesse nada, ele me disse:
- Prepare as malas delas que nós vamos, sim! - Falou, enfático, com um sorriso malicioso que eu não via há tempos.
Malas preparadas, foram as meninas para a casa dos avós. Ainda assim, Maryeva não queria desgrudar de seu ídolo e melhor amigo, mas com quase quinze anos, tive que ter uma conversinha mãe e filha com ela:
- Mary, mamãe quer sair só com o papai.
- E por que eu não posso ir? Vocês podem namorar e se beijar à vontade, não vou atrapalhar vocês.
- Nós queremos namorar num motel, Mary. Sabe o que é um motel?
- Ai, credo, mãe. - Começou a rir, timidamente: - Tão ficando velhos e tarados...
- Se você quiser eu chamo seu pai para te explicar o que se faz lá. - Brinquei e chamei o Mark: - Mor, a Mary quer saber o que a gente faz num motel.
O Mark, até então encolhido no sofá da sala, levantou sua cabeça do encosto e a encarou com um sorriso maroto no rosto:
- Bem... Sabe a história da sementinha que o papai planta na barriga da mamãe? Então...
- Para, pai! Não precisa continuar! - Ela falou, rindo: - Eu sei que vocês vão transar. Já tive aula disso na escola. Estou indo pegar minha mala.
As levamos para a casa dos avós e voltamos para a nossa, para nos prepararmos para nossa curta viagem. Nem bem entramos em casa e eu o ataquei aos beijos e abraços, arrancando toda sua roupa e tirando a minha própria. Então, nos levei até o banho e tomamos um delicioso banho juntos, nos lavando, nos acariciando, cuidando um do outro como sempre deve ser! De lá fomos trombando pelas paredes e portas até nossa cama, onde fiz o melhor sexo oral que eu poderia fazer. Ele não deixou por menos e me virou num “sessenta e nove”, mas eu estava disposta a acalmá-lo porque ainda queria curtir, e muito, nossa noite. Foi difícil me controlar em sua língua, mas para ele foi mais, tanto que o fiz gozar gostoso em minha boca. Não sou fã de engolir porra: nunca fiz isso com ninguém além dele, mas aconteceu e eu até que curti, eu acho... Eu não gozei, mas minha intenção não era essa naquele momento e relaxei. Cochilamos em seguida.
Acordamos e tomamos uma outra ducha com ele já querendo “me abater” novamente. Segurei sua empolgação, lamentando não poder aproveitá-la porque eu mesma queria, e fomos nos arrumar. Aliás, sabíamos que iríamos fazer uma curta viagem, mas deixaríamos o destino nos dar as coordenadas. Antes disso, tive uma ideia:
- Lembra aquele bar em Pouso Alegre, onde estava tendo um show de rock, nós passamos em frente em que demos uma “esticada”, naquela vez que fomos ao shopping?
- Lembro. O que tem?
- Vamos lá?
- Você não curte muito “heavy metal”...
- Mas você curte! E se você curte, fica feliz, e eu curto você. Só não quero entrar sozinha para não correr risco.
- Uai! Então, tá. Vamos lá.
Fiz uma produção não muito básica, um vestido preto curto, com ombros à mostra e preso no pescoço, sapatos de plataforma de salto alto vermelho para combinar com minha micro calcinha, uma maquiagem marcante nos olhos e um batom vermelho biscate nos lábios (sei que ele fica louco quando uso! 😉), alguns adornos e um perfume que ele adora. Gostei bastante do resultado, mas minha calcinha marcou e foi sacrificada, então. Ele também adorou quando me viu e, ao notar a ausência da calcinha, abriu aquele sorriso malicioso novamente. “Hoje, ele vai sofrer na minha mão!”, pensei. Há, Nanda! Ledo engano...
Ele, rockeiro de carteirinha, colocou um jeans, coturno, camisa preta, perfume e estava pronto. Que inveja tenho dos homens nessa parte. Qualquer coisa cai bem e a arrumação se faz em segundos. Ainda assim, ele estava imponente, feliz, charmoso, ansioso e excitado. A noite prometia.
Saímos de casa e depois de uma viagem considerável chegamos em Pouso Alegre, indo direto para o bar planejado. Qual não foi nossa surpresa ao nos depararmos com o local, lotado, com fila na porta e um showzaço de... Sertanejo! O Mark fez um bicão de inconformismo e não pude evitar uma gostosa risada de sua cara. Ele riu de si mesmo também. Estávamos tão bem e leves que fomos para um outro restaurante próximo onde estava tendo um showzinho de pop rock. Melhor que nada, né!? Comemos, conversamos, rimos, namoramos, bebemos (aliás, eu bebi porque ele era o motorista da noite.). Aqui o destino conspirou a nosso favor, trazendo-nos forte uma lembrança de algo que aconteceu em um de nossos primeiros encontros.
Não me lembro o capítulo, mas o Mark certa vez escreveu sobre uma solenidade da OAB que teve em nossa cidade, com todos vestidos a caráter, um jantar de buffet, chiquérrimo e que eu consegui ser o comentário da noite por ter tentado picar um torresmo com garfo e faca, fazendo o quitute pular alegremente pela mesa até se alojar no colo de uma juíza... Pois é, a história se repetiu! Não é que eu, por algum motivo que só Deus conseguiria explicar, fui tentar pegar um torresmo com um garfo e ele saiu pulando feliz mesa afora, saltitando até cair no chão e, pior, levando meu garfo junto!? Mas, em minha defesa, não acertei nenhuma juíza desta vez! O Mark me olhou, surpreso e gargalhou de ficar roxo:
- Não acredito que vou ter que te ensinar novamente! - Disse, quando conseguiu se controlar: - Presta atenção! Usa o dedão e o indicador, daí...
- Eu sei como se come torresmo! - Falei ainda rindo de mim mesma: - Eu só não sei o que foi que eu aprontei...
Que noite deliciosa até então. Saímos dali e ficamos passeando pela noite da cidade. O Mark se lembrou de um outro bar temático, onde normalmente aconteciam shows de banda mais no estilo rock, chamado República Bar e fomos para lá. Aqui é que a história começa a ficar interessante.
Casais liberais tem um certo “sexto sentido” para reconhecer outros casais, adeptos ou simpatizantes. Então... Estávamos lá, bebendo (eu apenas, ele não!), conversando e namorando quando o show começou. Uma banda muito boa, com uma vocalista de ponta tocavam vários sucessos do pop rock com um “set list” de primeira! Nos encostamos na parede, de frente para o palco e ficamos curtindo o show, dançando, nos beijando e dando fortes amassos. Naturalmente, eu mais me esfregava no meu marido porque queria deixá-lo louco. Bem, quem acabou ficando louca, fui eu:
- Mor, acho que preciso ir ao banheiro. - Falei em seu ouvido.
- Mas agora? O lugar está cheio! Eu não vou sair daqui. – Resmungou: - A não ser que queira que eu vá junto.
- Ah, tá. Vai sonhando... - Falei, sorrindo: - É que eu tô vazando.
- Menstruou?
- Não! - Comecei a rir alto, fazendo uma cara safada: - Ou é xixi ou estou “vazando”! Entendeu?
Ele não se fez de rogado e enfiou a mão por baixo da barra do meu vestido, quase me desnudando, mas me fazendo pular, surpresa. Um casal próximo nos encarou, sorrindo. Ele tirou sua mão pouco depois, esfregou um dedo no outro e depois os colocou na boca:
- Não é xixi, não! - Começou a gargalhar de mim.
Comecei a rir de mim mesma e acabei ficando ali. Ficar molhada, no escuro não era problema algum, só seria na saída, mas daí eu daria um jeito depois.
Nesse momento, o casal que havia presenciado e sorrido da minha “bolinada”, encontrou outro casal conhecido deles que havia acabado de chegar com alguns avulsos, indo se estacionar pouco a nossa frente. Eles passaram a beber, conversar e dançar. As duas mulheres conversavam animadamente e, num momento, vi que a novata me olhou e me deu um sorriso bonito, fazendo um meneio de cabeça. “Ah, não! Hoje, não!”, pensei comigo e fiz minha melhor cara de paisagem, tentando focar no show.
Não sei se o Mark havia notado, mas, depois de um tempo e com a gente sempre naquela esfregação gostosa, aos beijos e abraços, notei que ele ficou mais quieto e, aparentemente, concentrado no show que rolava à nossa frente:
- O que foi, Mor?
- Nada, não! - Respondeu, com o mesmo sorriso malicioso.
- Nada, ô caramba! O que foi? - Insisti, já imaginando sua resposta.
- Turminha liberal aí na frente. - Ele falou e indicou com a sobrancelha: - A morena aí já beijou uns dois carinhas diferentes.
- Eu já tinha notado. - Confessei, sorrindo: - Mas hoje eu não queria farra. Só queria ficar com você.
- Beleza, então.
Não entendi exatamente a resposta dele e ele continuou curtindo o show comigo. Entretanto, sua animação não era a mesma e eu precisei investigar, curiosa:
- Você quer farrear, não quer?
- Por que? Você não quer?
- Eu não sei. - Fui sincera: - É que como a gente está tentando resgatar nós dois, achei que seria melhor ficarmos só entre a gente hoje.
Ele então sorriu e me deu um beijo intenso e um amasso mais que forte, quase me derrubando do salto, literalmente. Acho que se ele não tivesse me segurado forte, eu teria me estabacada toda no chão. Quando ele liberou um pouco a pressão, falei um sonoro “Ufa!” e bem no intervalo entre as músicas, audível para todos ao nosso redor:
- Safado! - Cochichei em seu ouvido, antes de me virar para a frente, pegando seus braços para me envolver.
Safado mesmo! Ele não parava de me bolinar os seios e, sempre que podia, levantava minha saia por trás para me acariciar as polpas da bunda. Eu fechei meus olhos e fiquei curtindo sua safadeza e a música ambiente, protegida pela escuridão e crente que não estava sendo vista. Errei outra vez! A morena à frente havia notado e, quando abri os olhos, me encarava curiosa e satisfeita, inclusive mordendo os lábios inferiores enquanto me olhava. Instintivamente, sorri para ela que entendeu como um convite e veio em minha direção:
- Oi? - Falou em meu ouvido, surpreendendo o Mark que a encarou por sobre meu ombro: - Sou a Pri.
- Oi!? - O Mark perguntou.
- Sou a Pri, Priscila. - Ela insistiu.
- Eu sou a Nanda e esse é o Mark. - Respondi, cordialmente, enquanto sentia ele puxando minha saia para baixo, ao mesmo tempo em que eu me virava para ele.
Ela me deu um selinho e pediu licença para dar outro nele. Assenti para não ficar um clima estranho. Priscila é uma morena com traços bonitos, cabelos lisos na altura dos ombros, olhos escuros (eu acho!), mais baixa que eu e com um corpo parecido, ela até tinha mais bunda, mas menos peito. Vestia uma calça jeans clara e uma blusinha preta:
- Não pude deixar de notá-los, vocês são muito bonitos. – Ela disse e eu já ia agradecer, quando ela própria continuou, sem me dar chance: - E muito quentes também.
- Quentes!? - Perguntei, já imaginando o sentido, enquanto o Mark já abria um sorriso malicioso.
- Claro, gente... Ai, que amasso gostoso vocês estão dando aqui. - Sorriu para mim e continuou: - Estou com meu marido e um amigo ali na frente. Não querem se juntar? Depois do show, nós poderíamos ir para algum lugar, beber algo, conversar, sei lá, ver o que rola...
- Olha, Pri, a gente vai sair daqui para um motel e...
- Motel!? - Perguntou o Mark, simulando, surpresa.
- Claro que vai! - Respondi, enfaticamente: - Acha que eu te trouxe aqui para quê? Vou te usar a noite toda.
Ele deu uma gostosa e debochada risada da minha cara de safada e me encarou no fundo dos olhos:
- Você tá fodida! Me aguarda...
Comecei a rir para ele e até tinha me esquecido da Priscila ao nosso lado:
- Ai, gente, eu topo! Também quero. Vamos, nós cinco?
- Pri, desculpa, mas é nosso aniversário de casamento. Hoje, vamos só nós mesmo! - Respondi.
- Aniversário de casamento!? - Ela nos encarou, arregalando os olhos: - Agora eu faço questão! Podemos ir para minha casa e vocês dormem lá se quiserem. Vamos, vai! Por favor. Vai ser legal.
- Obrigada, Pri, mas hoje, não. - Insisti: - Quem sabe, noutro dia.
- Vocês são liberais, né? Tá na cara que são. - Me perguntou e eu assenti com a cabeça: - Ah, Nanda, vamos!? Pensa bem, olha que presentão: eu deixo você ficar com os meus dois e com o noivo da minha irmã e eu e ela ficamos com o seu marido. Topa, vai?
- Não, Pri, obrigada, mas hoje não. - Fui firme, até surpreendo o Mark que, pela sua cara, parecia já estar considerando a ideia.
- Ah... - Ela resmungou mais uma vez e, depois de se despedir, voltou para seu grupo.
Dei a questão por encerrada e fiquei namorando o meu namorado de vida:
- Você ia sair na vantagem, três a duas para você. - O Mark brincou e riu: - Pensou!? Ia ter pau pra tudo que é buraco.
- Te garanto que os três não dão um Mark. - Falei para encher sua bola: - Ou tô enganada? Se eu estiver, ainda dá tempo de armar uma festi...
Ele me calou com um beijo e senti sua mão entrar fundo na minha bunda, levantando de leve meu vestido, na tentativa de encontrar meu cuzinho:
- Mor, devagar, caralho! - Resmunguei ao me sentir quase nua.
Ele sorria igual criança com um doce na mão. A Priscila voltou com o marido a tiracolo, para nos apresentar, aliás, ele e o “amigo”. O Mark deu uma rápida ajeitada na barra do meu vestido ante seus olhos, fazendo-me corar no escuro. Valter era o seu oficial e Rubens era o “avulso”. Eles tinham a altura aproximada do Mark, um bom corpo, cabelos grisalhos e aparentavam ser mais velhos, talvez uns cinquenta e tantos anos. Vestiam jeans e camisetas simples, escuras. A abordagem não podia ser mais explícita:
- A Pri nos falou que vocês estão fazendo aniversário. Parabéns! Ela também nos falou que são liberais e nos perguntou se toparíamos dar um presente diferenciado para vocês. - Falou seu marido, olhando para o Mark e, às vezes, para mim: - Nós topamos, sim!
- Cara, eu agradeço muito, mas a patroa quer exclusividade hoje. – O Mark disse: - Então, hoje, meu passe está reservado só para o time da Nanda.
- Vocês não querem beber com a gente? Bater um papo somente... Quem sabe não mudam de ideia.
O Mark me olhou e eu até toparia beber e conversar se ele quisesse, apesar de que eu estava certa de que queria ficar apenas com ele. Uma farrinha é bom demais, mas eu queria um momento só nosso e acho que isso ficou estampado no meu rosto. Ele notou e foi ainda mais incisivo:
- Amigos, agradeço demais, mas hoje, não! Nós precisamos, às vezes, ter um momento só nosso e hoje é um deles. - Insistiu e se voltou para a Priscila: - Você é mulher, Priscila, sabe como o romance entre o casal também é importante, não sabe?
- Eu sei, mas é que bateu um tesão... - Falou, olhando para ele e até parecendo meio chateada: - Mas vocês estão certos, há noites e noites, e ainda teremos as nossas, não é?
- Sem dúvida alguma! - Mark respondeu, concordando: - Se quiserem anotar meu celular...
- Quero, sim! - Ela mesma disse e pegou seu número, registrando em seu celular, perguntando para ele em seguida: - Posso pegar o dela?
Antes que ele respondesse, eu mesma dei o meu número. Assim que ela gravou em seu aparelho, me encarou:
- Posso te dar um beijo de parabéns?
Sorri meio que sem saber o que responder e ela entendeu como um sim, vindo para cima de mim, virando-me para ela e me “ensaduichando” no Mark. O beijo foi rápido e sem muitas línguas da minha parte. Ela até tentou caprichar, mas eu não dei trela e, pouco tempo depois, afastei meus lábios dos dela:
- Posso dar um no seu marido também? - Ela me perguntou, mais ansiosa ainda.
- Olha… Ele é quem sabe. - Falei, ainda meio ressabiada.
Não é que a danada tomou isso como um sim também e foi para cima dele!? Pela primeira vez, vi meu marido ficar ressabiado com uma mulher. Antes que ela o alcançasse, ele se afastou e me encarou cobrando uma permissão e eu assenti com a cabeça. Ele, então, encarou o marido da Priscila e ele também acenou positivamente. Ela foi para cima dele, que não recusou, mas também não deu o melhor de si. Eu conheço meu marido, se ele tivesse caprichado, ela não nos deixaria mais em paz. Depois, conversamos mais um pouco com eles, mas deixamos bem claro que naquela noite, nada aconteceria. Por entre as três e meia para quatro horas, decidimos que já era hora de ir para um motel e nos despedimos deles. Houve alguns lamentos e novas tentativas de nos convencerem a ficar ou participar, mas foram em vão. Depois de selinhos da Priscila e abraços de seu marido e “namorado”, saímos para nosso momento íntimo:
- Eu gostei! Posso arrumar um fixo pra mim também, Mor? - Brinquei com ele enquanto afivelava o cinto de segurança no carro.
- Uai, pode! Eu já tenho três, por que você não poderia arrumar um? - Me rebateu de imediato, com um sorriso cínico no rosto.
Comecei a rir e perguntei os nomes, já imaginando a Denise, mas fiquei curiosa das demais:
- Uai, sô! Como não sabe? Denise, Laura e Iara. Ah, Iara, quanta saudade... - Disse e começou a rir da minha cara quando viu o efeito causado.
Somos bem resolvidos, mas aquela danada da Iara, que não conheci pessoalmente até hoje, nunca me desceu legal. Ele nega, mas eu acho que ela mexe com ele até hoje.
Chegamos no Motel Veneza e pegamos uma suíte com hidro. Nem bem entramos e ele passou a me despir com uma vontade fora do normal. Comecei a pensar que a minha tática de dar umazinha com ele de dia para acalmá-lo, porque sei que quando está excitado, ele tem uma durabilidade fora do normal, ao ponto de me deixar assada no dia seguinte, tivesse falhado e reclamei:
- Espera. Calma! Você já gozou hoje, não pode estar tão atacado assim!?
Ele me encarou curioso e expliquei a minha tática para ele que começou a rir da minha cara:
- Depois que eu gozo a primeira vez, costumo demorar bastante para gozar novamente. Você já devia saber disso. - Falou assim que se controlou.
Podem não acreditar, mas já chegamos a ficar quase duas horas transando e variando entre posições e oral, vaginal e anal, sempre com o "pequeno Mark" em posição de sentido. Não foram muitas transas assim, mas já aconteceram e eu começava a pensar que essa noite seria outra:
Tomamos uma ducha rápida, aliás, meia ducha, acho que nem isso, e ele me jogou na cama como um saco de batata, rindo da minha surpresa. Me levantei e comecei a correr dele pela suíte, só para apimentar ainda mais o momento. Quando ele me pegou, os abraços e beijos foram muitos e, enfim, ele me colocou na cama. Depois de muitos beijos e carícias, vi em seus olhos que o meu Mark estava de volta. Seu sorriso estava ali, seu carinho, seu sentimento, ele estava todo ali para mim.
Sua boca me possuía e, se eu já havia ficado molhada no bar, ali eu transbordei. Sua língua buscou cada parte de meu corpo e quando encontrou minha buceta, um arrepio foi inevitável, mais ainda quando começou a lamber e chupar meu clitóris, fazendo com que me desmanchasse no primeiro orgasmo da noite:
- Devagar! Eu não sou mais uma menina. Você vai me infartar. - Falei, enquanto ainda buscava o ar que me faltava nos pulmões.
- Eu mal comecei… - Falou, chupando um de meus seios enquanto dedilhava suavemente meu clitóris.
- Aí, o que foi que eu fiz?
- Você falou que me queria só para você. Então, vai ter que dar conta. - Disse e apertou de leve meu clitóris, fazendo com que me retorcesse na cama.
Aliás, ele é mestre no uso de mãos e bocas. Começou a alternar os movimentos, apertando, alisando, arranhando de leve meu clitóris, além de alisar toda a extensão da minha vagina, inclusive, penetrando-a com um, dois, três dedos:
- Mais… Mais! - Pedi ao sentir três de seus dedos em mim.
- Oi!? - Ele me perguntou, surpreso.
- Mais, mais, mais!!! - Pedi e ele entendeu o recado, colocando o quarto dedo e ainda usando o dedão no meu clitóris.
Que mãozinha boa ele me deu! Acho que gozei outra vez, ou continuei o primeiro, porque amoleci igual manteiga debaixo do sol. Eu já imaginava que ele estivesse me olhando curioso com tanta excitação. Acertei! Quando abri meus olhos ele sorria, me olhando enquanto eu ainda me esfregava nos lençóis. Sorri para ele e ele automaticamente subiu em mim no tradicional papai e mamãe. Aliás, ele queria muito maltratar a mamãe aqui e passou a esfregar seu pau no meu já sensível clitóris:
- Ai, não faz isso. - Pedi choramingando, mas ele ainda insistiu um tempinho, me fazendo rebolar embaixo dele.
Após essa breve tortura, que me pareceu durar uma eternidade, ele me penetrou. Ah, que saudade eu estava daquele pau! Não que a gente não estivesse transando, pois estávamos frequentes, mas ali foi diferente e tão bom que não sei explicar. Ele passou a bombar lentamente, aproveitando meu pescoço e seios, mas logo levantou seu peito, apoiando-se nos próprios braços e passou a dar estocadas fortes, profundas, decididas, parecia querer entrar em mim, literalmente.
Cravei minhas unhas nele e só aí acho que ele notou que eu havia chegado de verdade e agora a briga seria de igual para igual. Me debati embaixo dele e enquanto ele não me deixou cavalga-lo, não dei trégua. Quando enfim consegui nos virar, desmontei e segurei aquele pau com vontade. Apertei, masturbei e o abocanhei com vontade, fazendo o gemer quando corri levemente meus dentes sobre a pele desprotegida:
- Cuidado com o dente aí, caralho!
- É meu! Todo meu! Faço o que eu quiser com ele. - Rebati e o mordi levemente, passando minha língua pela cabeça por dentro da minha boca.
- Você só tem o direito de uso! Não pode estragar o equipamento.
- Você quase enfiou a mão onde só cabe uns dois dedinhos e vai me falar em "estragar o equipamento"!? - Ironizei e ainda conclui: - Você quase me fodeu, de verdade.
- Uai! Então, vamos tirar esse “quase” da frase, vamos?
- Já, já… - Disse e abocanhei aquele pedaço gostoso de carne.
Aliás, caprichei no oral, mas, como ele havia me falado, agora seu autocontrole estava bem melhor. Ele curtiu, claro, mas eu não o faria gozar tão facilmente. Resignei-me e o montei novamente, dando o melhor de mim para quem sempre deu o melhor para mim. Cavalguei, rebolei, me esfreguei nele, fiz o que sabia e conseguia imaginar, e ele nada! Delicia de trepada: intensa, forte e ao mesmo tempo carinhosa, sentimental, porque beijos e carícias não faltaram.
Quando minhas pernas não aguentavam mais, pedi água, literalmente. Meu Mozão foi até o frigobar e me saciou, mas cobrou sua despesa, colocando-me de quatro e me socando sem dó com seu pau. Sei que algumas mulheres não gostam dessa posição por se sentirem subjugadas, fragilizadas, sei lá mais o quê... Eu adoro! Sentir meu marido me dominando me deixa arrepiada do começo ao fim e foi nessa posição, aos trancos e tapas que eu tive outro orgasmo que me largou de vez na cama.
Foi a vez do Mark tomar uma água enquanto eu relaxava. Aproveitou também para deixar a hidro enchendo. Quando voltou para a cama, estranhei, pois seu pau havia amolecido sem que gozasse e eu comecei a me culpar por isso, pensando que tivesse feito algo errado. Ele sorriu e me tomou em seus braços num abraço carinhoso e o beijo veio quente como gosto tanto. Gosto muito de beijar, mas para ele é como um afrodisíaco. E o beijo continuou e com ele uma ereção voltou forte. Voltamos a nos amar na mesma posição em que começamos e cada vez mais rápido, mais forte, mais profundo até que ele gozou deliciosamente dentro de mim, inundando-me a buceta com todo aquele sêmen maravilhoso.
Enfim, meu plano não funcionou ou funcionou muito bem! Só no motel ficamos quase três horas, das quais mais de uma hora e meia foram gastos numa deliciosa trepada sem trégua. Depois da hidro, ainda brincamos mais um pouco... A questão é que, com quase vinte anos de relacionamento, sendo dezesseis só de casamento, é uma grata surpresa, um prêmio para nós, ainda termos tanto tesão um pelo outro e aguentarmos tanto tempo. A vida segue bem e estamos vivendo uma deliciosa lua de mel novamente. Até quando!? Não sei, mas enquanto tivermos amor, vamos vivê-la intensamente.
E de quebra, ainda conhecemos uma turminha legal que promete ser uma possibilidade para o futuro. Se vai rolar e quando, caberá a gente decidir.
OS NOMES UTILIZADOS NESTE CONTO E OS FATOS MENCIONADOS SÃO TOTALMENTE FICTÍCIOS E EVENTUAIS SEMELHANÇAS COM A VIDA REAL É MERA COINCIDÊNCIA.
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