O local é escuro, a iluminação fraca e vermelha nunca fica parada. A música vem do outro lado da porta para a escuridão, mas mais fraca, deixando que gemidos de prazer sejam escutados e ecoados pelas paredes. Flashes de luzes iluminam o caminho em que ele segue. Uma mão puxa a cintura e a boca é tomada em um beijo fervoroso. Encostado contra a parede, sente o pau duro do outro desconhecido pressionar contra o seu. Empurra o homem e segue andando.
Não podia transar com um homem ali, não ali em público. Claro que não é tão em público quanto do lado de fora. Mas a ideia era essa não é? O darkroom guarda os segredos na escuridão que o constrói.
Enquanto sua mente briga com sigo mesma, ele não para de caminhar e sobe para o segundo andar do dark room, ali muito mais apertado, mais silencioso, os gemidos realmente ficam mais claros de serem ouvidos. E que gemidos deliciosos são aqueles. Consumido por eles, seu pau pede por atenção que até dói.
Um homem, encostado na parede, olha com desejo. Quando a luz bate rapidamente sobre aquele corpo são os únicos momentos em que Shawn é capaz de ver o desconhecido. Um homem com, aproximadamente, a mesma altura que ele, branco e forte, muito mais forte que ele. O homem continuou a encará-lo com desejo e tem como resposta o olhar curioso do outro. O homem, que sem aquela escuridão, seria visto todo tatuado e considerado como um touro, anda até o mais novo. As mãos firmes agarram a cintura dele e leva os lábios grossos até o ouvido do jovem cantor. A língua daquele touro invade a sua orelha, um gemido afinado sai dos lábios da sua presa.
"Como é o seu nome?”
“não importa”
“ok, mas pode me chamar de touro.”
Encostado contra a parede Shawn não procura e nem pensa em escapar de ser devorado por aquele homem, delicioso e enorme. Deixa ser usado, corpo mole, rola dura, gemidos sem qualquer timidez e membros se esfregando. O touro pega a mão dele a guiando ao paraíso. Ao agarrar aquele pedaço de carne grosso se assusta com o tamanho.
Os dois corpos suados, um vestido e o outro apenas com uma cueca de couro, com um zipper na parte da frente por onde o pau sai. O tesão e a tensão de tudo aquilo deixa os hormônios gritarem por mais e mais e muito mais. E pela primeira vez, após o que poderia ser visto como um cheirando o rosto do outro, as duas línguas se encontram e dançam em um ritmo sensual e com o tempo uma é dominada pela outra. O corpo maior pressiona o menor contra ele e a parede, amassando, sufocando e queimando de tesão ao toque.
Shawn pensa em como iria tirar a roupa e se vestir depois do que está prestes a acontecer. Nunca esteve em um ambiente como aquele, viu pessoas, homens, só de cueca na pista de dança, talvez para facilitar no momento certo. O que ele iria fazer, ir pra casa sem ter aquele homem o consumindo e devorando não é uma opção. Talvez ficar nu ali, jogar as roupas ao seus pés e se vestir após, mas as roupas naquele chão sujo também não são uma opção.
A resposta vem rapidamente. seu zíper é aberto e sua cueca, junto com a calça, desce até os joelhos. A bunda branca e durinha é agarrada e apertada bruscamente, dói, mas não imagina parar aquilo por um pouco de dor. O dedo indicador circula seu buraco, massageia e tenta invadi-lo. Há muito tempo desde a última vez em que algo invadiu seu cu.
Foi em uma festa com um amigo, no começo da carreira. Cameron e ele beberam mais do que deviam foram trancados no quarto quando pularam na piscina de roupa. Ele pouco se lembra de como aconteceu, mas se sentou no membro do seu melhor amigo com muito prazer. Seu cu ardeu durante uma semana, a bebida e talvez a maconha tenha deixado tão anestesiado que nem procuraram por um lubrificante. Ele pagou caro por aquilo.
Shawn, quase chora, homem o solta e diz em bom som
“de joelhos e chupa”
Nem a qualquer indício de discutir aquilo. O canadense, em segundos, está de joelhos e cheirando aquele mastro na sua frente, um cheiro inebriante. A língua lambe o pré gozo da cabeça da rola e abre os lábios para consumir aquela gostosura grossa e grande. O touro geme, grosso e potente, com o cabelo dele em seus dedos e com a rola na boca, começa a foder como irá fazer com a bunda dele. O barulho delicioso da saliva juntando e virando um lubrificante dentro da boca o deixa mais louco, isso é quando ele encosta a cabeça do jovem contra a parede e fode com toda a vontade, sem se importar com nada.
Entre sufocamentos, engasgamentos e quase vômitos, Shawn bate na barriga, coxa, bunda, em qualquer parte do corpo do desconhecido para que ele o solte, mas não consegue. O penis é guardado na sua garganta até que cuspa sobre e em volta dele e finalmente se vê livre. A respiração pesada ao tentar limpar o rosto e corpo de toda aquela saliva. É pego pelos ombros, colocado de pé e logo está sendo beijado. O dedo que tentou invadi-lo volta novamente, dessa vez lubrificado com sua saliva e finalmente consegue penetrá-lo, lentamente, e vai conhecendo aquele buraco de prazer. Uma gota de suor, frio, desce pela sua coluna de encontro ao dedo que o possui. Seu anus aperta o dedo com força.
“relaxa gatinho, só relaxa que seu touro vai cuidar bem de você”
Pessoas passam por eles, homens e mulheres, muitos reconheceram o cantor, se não fosse pela iluminação do local. Ele nem pensa nisso, o tesão é tão imenso que nada lhe importa no momento. Alguns tentam entrar na brincadeira com os dois, mas são afastados pelo touro, ele não quer ninguém além do jovem que tem na ponta dos dedos, ou na real situação, nos dedos inteiros. A cena é uma deliciosa obra de arte, os gemidos doloridos e manhosos, dos dois e de outros em sua volta, os toques cheios de chamas, os sons de corpos se batendo em uma explosão de prazer.
Um segundo dedo entra, levando em conta aquela grossura que está prestes a dominar sua bunda, no mínimo os quatro dedos, grossos, vão ter que entrar antes da rola dura do touro. Praticamente sendo levantado pelos dedos daquele homem, Shawn geme como um gatinho manhoso, todo aberto nos quatro dedos. Há dor, claro que há, mas a vontade de ter o toque e o desejo do estranho em si é muito maior do que o sofrimento que passa.
“Eu vou te devorar”
Virado, agora de frente para a parede, sua bunda, branca e durinha, é empinada, para facilitar a penetração. Os dedos que o relaxou, agora desfere um, dois e mais alguns tapas, até que fique vermelho e com a bunda ardendo. A glande é guiada para o cu relaado e lubrificado e começou a penetrá-lo. Quando sente os pentelhos do touro encostando na sua bunda é que percebe que em nenhum momento ele havia colocado a camisinha. Um pânico de medo alastra por todo seu corpo, o anus se aperta em volta do pau do desconhecido, uma dor acima do normal grita e tenta afastar o corpo do seu.
“calma gatinho, relaxa, já tá todo dentro desse rabo. Agora só relaxa que vai ficar mais gostoso”
“Tira, por favor, tira. A camisinha, você esqueceu a camisinha”
As palavras são ditas quase em choro.
“Eu não tenho camisinha, mas não se preocupa, eu me cuido e tomo medicamentos certinhos”
“Não, por favor, eu tenho camisinha”
“Se eu vestir a camisinha você acalma esse rabo pra mim?”
“Sim…Sim… Sai, por favor.”
Um jovem passando em volta quase tem a certeza que reconhece aquela voz de algum lugar, talvez já tivesse transado com aquele cara, ele pensa, se prestasse atenção conseguiria reconhecer, mas resolve ir a procura do seu próprio prazer. Um outro homem, que se masturba ao assistir o sexo dos dois, presta atenção na conversa e se prepara para separa-los caso o homem não vista a camisinha, assim como o jovem pediu.
A rola, grande e grossa, sai de seu corpo, o deixando com uma ardência enorme. A camisinha é pega na carteira e desenrolada no mastro que a segundos o empalava e quem em segundos volta a penetra-lo.
“Agora tá bom ´pro gatinho? Tá gostosinho?”.
A resposta vem de um gemido e uma rebolada na vara. Touro, agarra a cintura e começa a estocar. É como um deus grego, sabe como deixar o outro louco por mais, pedindo por mais. Não iria negar nunca aquilo. O entra e sai é uma dança de acasalamento, com pegada, gingado e potência. Os gemidos, de ambos, ecoam e chamam a atenção. Estar ali e presenciar os acontecimentos é divino.
A próstata é tocada várias vezes, paus grossos fazem isso com maior facilidade, ao menos é o que havia escutado e estava sendo provado que tem um fundo de verdade. E grosso como aquele, não há. Ao tocar seu próprio pau, apanha do outro.
“Eu tomo conta do teu prazer”
Por minutos que seguiram, o pau de Shawn continuou duro, pingando pré gozo e sem qualquer toque. A cada segundo que passava mais o prazer aumentava e a necessidade de se tocar gritava. As estocadas, ritmadas, vão fundo e tomam conta de todo seu corpo. As batidas da cintura contra a bunda é música para os ouvidos de qualquer um no local.
“Não quero nunca sair daqui, porra!”
Surpreendendo Shawn, a mão do touro, agarra o pescoço e o sufoca. O ritmo da penetração evolui. Uma corrente de prazer corre nos dois corpos. Um sentimento nunca sentido antes alastra pelo corpo do mais novo, é algo que o domina, deixa as pernas bambas. Sendo surpreso, por mais uma vez naquela noite, Shawn goza, como há muito não fazia, sem ao menos encostar no seu próprio pau. Se não fosse pelo outro o segurar, cairia no chão.
“Agora é a minha vez”
Agora sem muito cuidado, sem preocupação, carinho, apenas ligado ao seu próprio tesão, o brutamontes o fode como se estivesse no cio. Os gemidos de ambos aumentam, mas um de prazer o outro de dor, que começa a circular seu orifício.
“Caralho que rabo perfeito, tão apertado, tão gostoso.”
E gritando “Porra”, explode, continuando a meter até que seu pau fique flacido. Finalmente, fora do outro, o vira e se beijam ardentemente e relaxados.
“Me passa seu numero gatinho, eu quero muito mais desse rabo”
“Não posso”
“Casado? Hetero? não me importo, podemos fazer no sigilo, só quero tomar conta dessa bunda”
“Não posso, tenho que ir.”
Shawn levanta a calça e a cueca, se arruma e caminha para fora do darkroom. O homem que os assistia, havia gozado junto com eles, caminha até o touro e agarra o pau flácido.
“Se eu ficar te chupando consegue ficar duro de novo?”
O touro pensa no garoto que acabou de devorar e em como foi jogado de lado pelo mesmo. e em um ataque de raiva, empurra o homem contra a parede e o beija raivosamente.
“Vou meter até você pedir para eu parar”
Enquanto caminha para fora do dark room, e depois para fora daquela balada, no caminho de casa, Shawn só conseguia pensar em três coisas: uma é Justin Bieber, a segunda o touro.
Touro não devia ser um apelido apenas pela tatuagem que carrega no peito, ou pelo tamanho dele, ou pelo calibre da pica que tem entre as pernas, mas sim por um conjunto de tudo.
E a terceira, nem um pouco menos importante, vai se entregar ao seu prazer daqui em diante.
