Vamos falar agora sobre a primeira vez que transei com outro cara. Já contei da primeira interação que tive com outro homem no sexo, quando fiz o menage com minha ex namorada Camila. Ainda que não tenhamos transado de fato, fiquei muito excitado com o beijo de Pedro ao mesmo tempo em que punhetei sua rola, pela primeira vez me excitei batendo punheta com uma pica que não era a minha e, naquele momento, esse foi o auge da excitação para mim. Bom, descrevo tudo melhor no conto próprio, porque nesse falarei sobre Luis (fictício).
Passei boa parte da faculdade sem sentir atração pelos caras que conhecia. Talvez, como forma de defesa, até apaguei da minha memória o menage com Camila e Pedro. Ainda tinha muito receio de ser taxado como gay, viado, boiola, enfim, rótulos preconceituosos e que na época em que estive na faculdade (quase 10 anos atrás) ainda eram muito presentes e pouco se falava sobre respeito e igualdade como falamos atualmente.
Depois do episódio com Laura, que descrevi no último conto, algo virou na minha mente, como se uma chave tivesse clicado e dito “foda-se, você sente atração sim por homens, você tem vontade de transar com uma mina gostosa, mas você também tem vontade de ir pra casa com um cara gato. Então comece a fazer o que você quer fazer e quando quer fazer”. Claro que hoje eu descrevo dessa forma, mas na época eu não pensava tanto, não refletia sobre meus desejos e sobre quem eu era de fato, vivia quase que no automático. O que eu sentia de diferente era essa “liberdade” em chegar num cara em uma festa e beija-lo e ponto.
Bom, não foi em uma festa da faculdade que aconteceu. Foi em uma balada, não sei se ainda existe, o Beco, que ficava na rua Augusta. Era o auge do espaço, havia fila mesmo durante a semana para entrar nas festas que tocavam indie rock a madrugada inteira. Não costuma ir muito la, apesar de gostar da música me incomodava ser sempre muito cheio, com muita fila e um pessoal até mais novo que eu, adolescentes com rg falso eram sempre barrados na porta, mas, eventualmente muitos conseguiam burlar os seguranças e a balada acabava como uma cena de guerra com tanta gente bêbada. Era um dia de semana, quarta ou quinta feira, fui com o João que dizia ter marcado com um amigo que era do interior e estava em São Paulo, me convidou para ir também e aceitei pelo simples fato de sair de casa. Fizemos um esquenta na casa de João, bebendo vodca com suco de limão e alguns shots de cachaça. Saímos já bêbados para a balada e encontramos com o amigo de João ainda na fila. Um cara um tanto quanto tímido, ao mesmo tempo em que falava muito sobre “zoar” aquela noite, esquisitão. Entramos e fomos direto para o bar onde viramos um shot de tequila e eu sai com uma dose de vodca com energético (só de lembrar me da ânsia, nunca mais fui capaz de beber energético depois da faculdade).
Perdi João e seu amigo esquisito em pouco tempo de festa. Estava muito bêbado, já arrependido de ter bebido tanto, porque mal havia entrado na balada e tudo girava rápido e eu andava completamente torto. Não quis ir embora, então fui até o bar pedir uma água e decidi dançar sozinho (o que só fiz por causa da quantidade de álcool que habitava meu corpo). Fui para a pista lotada e lá fiquei, dançando e cantando sozinho mais de 10 músicas seguidas. Minha tontura melhorava, voltei pro bar para mais uma água e encontrei João que me chamou para ir ao fumódromo com ele e o amigo. Disse que ficaria pela pista e voltei para dançar e cantar. Já estava na terceira garrafa de água quando um cara se aproximou de mim, não havia notado ele antes, mais ou menos da mesma altura que eu (1.74m) ele chegou e falou bem perto do meu ouvido algo do tipo:
- Ta animado, você ta sozinho?
- Meus amigos estão fumando
- Faz tempo que te vejo aqui, só bebendo água. Se hidratando ou ta batizado?
Ri, de fato bêbado e animado como estava, porém sozinho e segurando uma garrafa de água o tempo todo, parecia que eu estava passando a noite a base de MD.
- Hidratado, exagerei no álcool e estou me recuperando
Ele riu e finalmente:
- Entendi! Você é gay ou hétero?
Não esperava por essa, não havia pensado que isso aconteceria, nem mesmo quando ele começou a falar comigo. Nessa hora encarei o cara pela primeira vez, ele tinha barba bem escura, cabelo liso e penteado com um topetinho, parecia mais velho do que eu, muito arrumadinho, parecia uma espécie de boneco humano.
- Hétero, cara. Desculpa
- Tudo bem. Desculpa eu, valeu
E assim ele se afastou. Não senti nenhum tipo de atração no cara, respondi que era hétero porque não beijaria nunca aquele mauricinho, mas também, porque nunca tinha pensado em responder essa pergunta. De qualquer forma isso mexeu comigo. Passei a abrir os olhos e ver de fato ao meu redor, a música passou a ser algo secundário, passei a ver rosto por rosto, tanto de mulheres quanto de homens e por um momento pareceu que o álcool voltou a subir e eu fiquei bastante tonto.
Fui ao banheiro pensando muito em ir embora. Estava louco, sozinho em uma balada que não estava incrível e um pouco incomodado com a situação que aconteceu na pista. João me mandou mensagem enquanto estava na fila do banheiro:
“Ta onde? Estamos no bar”
“Mijando, já colo ai” - respondi.
Encontrei João no bar, seu amigo tinha sumido e ele estava sozinho, perguntou se eu queria fumar um cigarro. Ele fumava muito, já eu fumava na companhia dos meus amigos fumantes. Aceitei e fomos ao fumódromo, tão lotado quanto a pista. Apertados entre todos os fumantes daquele espaço apertado e esfumaçado, falávamos sobre Julia, uma menina que João estava de rolo e até meio apaixonado, enquanto ela parecia não estar nem um pouco de a fim de evoluir o que eles tinham. Enquanto eu ouvia e aconselhava como podia, vi um cara que fumava a algumas pessoas de distância e me encarava fixamente. Ele era mais alto do que eu, próximo de 1.80 talvez, corpo magro, cabelo cacheado bem curto, negro e com uma barba por fazer, meio falha, mas, por ser escura marcava bem seu rosto. De início fiquei um tanto quanto incomodado, mas comigo pensei pensei que ele era um cara muito bonito. João percebeu que eu estava distraído e perguntou se queria voltar e pegar uma bebida. Expliquei meu estado e que ficaria na água apenas, ele riu e disse que havia percebido como eu estava falando enrolado. Voltamos pra dentro da balada, João pegou uma vodca com energético e fomos para a pista, dançamos um pouco e ele quis chegar em uma menina que estava com a amiga. Honestamente, nunca fui bom em ambientes como baladas e festas para chegar em alguém com o objetivo de beijar e até mais, fiz meu papel ali só pra distrair a amiga, que estava zero interessada em min também, e João acabou beijando a menina. Sorri para a amiga e fui pro bar pegar outra água, em seguida mais uma parada no banheiro e quando voltava para a pista passei pelo cara do fumódromo esperando na fila do banheiro, nos encaramos de novo e eu segui. Já na pista não via João com a menina, procurei, olhei o celular e nada de mensagem, olhei ao redor de novo e desencanei. Fiquei por ali dançando e bebendo minha água, rindo sozinho imaginando que ela estaria batizada (ruim não seria).
Daqui a pouco o cara dp fumódromo surge em uma roda de amigos dançando na pista, assim que percebemos a presença um do outro começamos a nos encarar até que ele toma a iniciativa e se aproxima de mim.
- Essa água é do água?
Rindo respondo
- É sim, e essa já tentaram hoje
Ele ri
- Ta fazendo sucesso né? Eu vi a quantidade de caras te olhando aqui na pista hoje, me admira ainda estar sozinho
- Que quantidade o que, besteira
- Eu vi o mauricinho que chegou em você e saiu chupando o dedo. Também vi você e seu amigo falando com as meninas, acho que você confundiu o público
- Confundi o que? Como?
- Ué, um cara sozinho dançando na pista assim só com uma garrafa de água, dai do nada você ta tentando beijar uma menina, de repente ta aqui sozinho de novo…
- Nada a ver, ta me zuando?
- Não! Tava esperando você beijar a menina, como não rolou decidi arriscar e ir atrás né
- Então você me seguiu até o banheiro?
- Segui, mas não deu tempo de te alcançar
Ele respondeu rindo. Ri também. Pensava muito que o João poderia estar ali na pista vendo todo meu papo com aquele cara. Rodava com os olhos procurando por ele como uma forma de me sentir seguro em continuar falando com o cara.
- Alessandro, por sinal. Fica calmo
- To calmo, como assim?
- Você não para de procurar seu amigo, ele não ta aqui não, mas podemos sair da pista se quiser, ir pra um canto conversar melhor
Era o que eu precisava ouvir para me dar a coragem final de fazer o que eu queria fazer. Acenei com a cabeça e sai da pista, fui em direção a um canto da balada que não era possível ver de longe, tinha muita gente na frente cobrindo o espaço e quando finalmente cheguei na parede preta do espaço, com Alessandro me seguindo, peguei ele pelo braço, encostei suas costas na parede e o beijei com toda a força de resistência que tive até ali. Ele retribuía com força e vontade, com uma das mãos em meu braço e a outra na minha coxa, me alisando enquanto eu segurava sua cabeça com uma das mãos e guiava nosso beijo e com a outra mão eu “controlava” o braço dele que estava com a mão na minha coxa, não deixando ele me alisar demais, mas também mantendo a mão dele ali onde estava. Senti que Alessandro ficava duro com nosso beijo, sua rola pulsava aos poucos roçando em mim, então comecei a pressionar minha rola na sua, mesmo que entre as calças, comecei a ficar duro também. Ele parou de me beijar e sorrindo disse:
- Rápidos né
Sorri e voltei a beijá-lo. Difícil dizer por quanto tempo nos beijamos, ele tentou colocar a mão por dentro da minha calça, mas eu precisaria abrir ao menos o botão para que ele conseguisse pegar direito minha rola, e com tanta gente em volta não queria arriscar ser expulso. Controlava sua mão para que ele não continuasse forçando para dentro ao mesmo tempo em que apertava sua rola por cima da calça mesmo.
- To maluco por você - ele me disse- mas ainda não sei seu nome
- Enrico, desculpa - e continuei beijando Alessandro
- Calma, calma. Você não quer continuar em outro lugar?
Nessa hora travei, não queria ir para outro lugar, estava curtindo muito nosso beijo e continuaria ali por mais algum tempo
- Vamos curtir aqui
Depois de mais um bom tempo beijando e nos esfregando ele insistiu
- Eu moro com um amigo aqui perto, ele não está em casa, podemos ir pra la.
- Não, desculpa, não vai rolar
Foi um puta balde de água fria essa minha negação. De fato eu não sentia vontade de ir pra casa com ele, aquele passo de beijar um cara um público já era uma grande passo pra mim e eu nem se quer pensava em transar. Estava excitado sim, mas sempre fiquei excitado durante beijos mais longos, estava curtindo o momento e não queria encerrar, infelizmente encerrei para Alessandro com minha sequente negativa.
- Tudo bem, sem problema. Entendi. Você quer pelo menos trocar contato?
E aqui foi quando ele encerrou pra mim. Não estava a fim de nada além de curtir o beijo. Anotei o número dele e quando passei o meu, menti os últimos dígitos. Não tinha pretensão nenhuma de levar aquilo adiante.
Nos despedimos, sai da balada e peguei o primeiro táxi que encontrei, nem voltei pra casa do João, acabei indo pra minha casa mesmo e no caminho deletei o número de Alessandro. Obviamente nunca mais encontrei com ele.
Apesar do final broxante que essa noite teve, ela foi o gatilho para que eu começasse a me aceitar mais como eu realmente era. Pensava bastante em como “me arrisquei” beijando aquele cara no meio da balada em que o João ou qualquer outra pessoa conhecida poderia ter me visto, e cada vez mais me importava menos com esse “risco” que eu corri. Na realidade até queria conversar com João sobre isso, sentia que contando pra um amigo tão próximo eu me sentiria ainda mais livre, ao mesmo tempo, temia que ele não entendesse, achasse que eu pudesse ficar a fim dele e tal, poderia até prejudicar nossa amizade. Demoraria ainda alguns anos para contar tudo para ele, mas isso fica para outro conto. Aqui vamos focar no episódio seguinte que é exatamente sobre o título desse conto. Na realidade passarei um tanto quanto rápido no meu primeiro sexo com outro cara, o que me marcou mesmo e merece um texto mais refinado foi minha segunda transa.
Com a cabeça martelando tudo que compartilhei com vocês voltei da faculdade um dia e enquanto almoçava em casa (ficava sozinho todas as tardes, porque meus pais trabalhavam, sou filho único e na época havia deixado um estágio e não estava trabalhando), baixei o aplicativo grindr. Montei meu perfil, não usei fotos de rosto e de repente várias mensagens começaram a pipocar no meu celular. Respondi algumas, nada parecia ir para frente. Tirei um cochilo e acordei com o alarme do celular tocando. Arrumei minhas coisas e fui para a academia. Sentado no banco do vestiário, onde sempre tomava banho após os treinos antes de voltar pra casa, decidi abrir o grindr de novo, estava sozinho no vestiário, ninguém veria meu celular mesmo. Um menino havia me mandado algumas mensagens e fotos de rosto. Ele tinha 19 anos, eu estava com 22 na época. O título dele era “sub c/local”. Basicamente ele dizia que tinha uma grande tara em caras peludos, que estava sozinho em casa e que se eu quisesse ele ficaria de 4 empinado pra mim. Respondi que estava prestes a tomar um banho na academia e poderia ir até ele depois. Ele me respondeu rapidamente pedindo que eu não tomasse o banho e que fosse fuder ele naquela hora, que ele iria adorar me chupar sentindo cheiro de suor e ficaria arregaçadinho pra mim. Bom, fiquei duro lendo as mensagens do moleque, peguei minha mochila e fui até a casa dele.
Ele morava em uma casa perto do academia, estava sozinho mesmo, abriu a porta para mim só de bermuda jeans. Ele era mais alto um pouco do que eu, tinha olhos azuis, pele bem clara, cabelo castanho bem claro também, nada de barba, era bem juvenil. Um tipo que não me agrada nem um pouco fisicamente, mas, no fim, estava la pelo discurso e não pelo físico dele. Aliás ele era relativamente fortinho, tinha o abdômen definido, coxas e braços fortes também, apesar de ser magro.
Subimos para o seu quarto, ele logo ajoelhou na minha frente e abaixou meu shorts, ainda molhado de suor, e começou a me chupar. Fui endurecendo dentro daquela boca, que boca quente, agarrando forte sua cabeça e fazendo ele me engolir cada vez mais. Estava bastante sensível, não aguentei muito tempo de mamada e senti que iria gozar, então tirei ele de mim e falei:
- Bora fuder esse rabo?
Ele gemeu, abaixou o shorts jeans, e ficou de quatro na cama pra mim, arrebitando bastante o rabo branquelo dele, o cuzinho rosado dele piscava. Tirei minha camiseta e perguntei se ele tinha camisinha, ele apontou pra mesinha lateral da cama, fui até la e na gaveta tinha também lubrificante e um consolo azul. Vesti a camisinha e peguei o lubrificante. Sem experiência nenhuma, não me preocupei com o moleque e com o rabo dele, apoiei a cabeça do meu pau naquele cu rosa, derramei um pouco de lubrificante e deslizei pra dentro dele sem nenhum cuidado, o moleque empinou a cabeça e abaixou o rabo ao mesmo tempo em que gritou alto soltando um “caralho”.
Na posição que ele ficou meu pau quase saiu de dentro dele, então dei um passo pra frente, peguei ele com uma mão na cintura e outra empurrando suas costas pra baixo, pra ele empinar o rabo de novo, e forcei meu pau contra a bunda do moleque, socando ela inteira dentro dele. Hoje vejo que fui extremamente bruto com o menino, mas eu realmente não tinha experiência nenhuma e estava ridiculamente excitado, só pensava em meter naquele rabo com toda minha força. Ele gemia alto, quase que resmungando de dor, algumas vezes achei até que ele estava chorando. Enquanto bombava ele perguntei:
- Está doendo? Quer que eu pare?
- Não, eu sou sua puta, você que manda
Bom, meti mais forte ainda, segurando ele com as duas mãos na cintura, garantindo que ele não sairia de mim eu ditava o ritmo das estocadas e metida cada vez mais forte. Ele gemendo/chorando só usava uma das mãos pra bater punheta, vi ele gozando na cama e então dei as últimas socadas no cu do menino, gozando forte, sentindo até uma certa ardência na rola. Fiquei alguns segundos dentro dele antes de tirar minha rola. Ele ainda gemia como se estivesse chorando. Tirei minha rola de dentro dele, arranquei a camisinha e fui até o banheiro me limpar. Quando sai ele continuava de quatro na cama. Me vesti e disse que estava indo embora. Ele apenas confirmou com a cabeça e eu sai batendo a porta da casa e portão.
Já em casa tomei um banho lembrando do sexo - não foi incrível, foi bom gozar, gostei de meter naquele menino ali parado e obediente, mas não senti nenhuma atração por ele. Será que eu não curto transar com caras então? Será que tinha sido só uma coisa de bêbado beijar aquele Alessandro? Eu não quis ir pra casa com ele, acho que não gosto de transar mesmo com homens se não tiver uma mulher junto - ao mesmo tempo em que pensava essas coisas, lembrar do beijo de Alessandro e começava a me excitar. Quando me dei conta estava batendo uma punheta no banho imaginando se tivéssemos continuado a pegação na balada com direito a calça aberta e nossas rolas juntas se roçando, um punhetando o outro até nós dois gozarmos e pronto, gozei com essa imagem na cabeça e simplesmente não pensei mais no assunto.
Foi mais ou menos 2 semanas depois do passivo do grindr que uma amiga, da época do colégio, me chamou para ir em uma festa no Glória. Quem é de São Paulo sabe muito bem que o Glória, na época, era uma balada muito boa frequentada por grande parte da comunidade lgbt. Fizemos um esquenta na casa dessa amiga, com mais uma galera que em parte eu conhecia e o restante eram amigos de amigos meus. Quando chegamos e fomos para a fila, pela primeira vez, comecei a notar mais as pessoas ao meu redor, principalmente os homens. Já estava bêbado e mais desinibido naturalmente, então muitos dos caras que me encaravam eu acabava encarando de volta por algum tempo, alguns inclusive chamavam minha atenção fisicamente. Entrei na balada já relembrando todos os últimos acontecimentos, confuso com o que poderia acontecer durante a noite e ao mesmo excitado de certa forma com novas possibilidades.
Lembro de ir muito ao bar tomar shots de absinto com um amigo que estava na festa, ele, que já era gay assumido e não desconfiava que eu já havia ficado com outros caras, foi minha principal companhia nessa noite. Em um desses momentos no bar foi quando vi Paulo (fictício) pela primeira vez. Ele aparentava ser bem mais velho do que eu, tinha o cabelo quase preto, bem curtinho rente a cabeça toda, barba cheia, mas também bem curtinha como se estivesse há apenas 1ou 2 dias sem fazer, nariz comprido e pontudo, olhar fixo com sobrancelhas bem marcadas que na primeira encarada já deixou bastante claro seu interesse. De primeira desviei rápido o olhar, depois acabei voltando para dar mais uma olhada e ele seguia me encarando, dessa vez acenou com um sorriso sutil, bastante discreto, acabei desviando o olhar de novo e falei qualquer coisa com meu amigo. Voltamos pra pista, que de tão cheia não permitia que entrássemos muito, ficamos ali pela beirada algum tempo. Não lembro exatamente o que tocava, mas não me agradava muito, estava mais conversando com meu amigo que não parava de encarar todos ao redor e me respondendo entre sorrisos que soltava a todos. Não lembro ao certo quanto tempo ficamos só nos dois ali até que chegassem outras pessoas, falei com todos um pouco e fui ao banheiro. Preciso ressaltar o quanto a balada estava cheia, então a fila do banheiro era longa, tudo que eu estou descrevendo aqui levava incansáveis minutos para passar. Quando voltei pra pista tinha vontade de ir embora, mas estava bêbado demais, acabaria enjoando no táxi e dormir com tudo rodando demais, sensação que sempre odiei e evitei enquanto tinha consciência.
Decidi beber mais para ver se melhorava minha animação, mais um shot no bar e uma vodca com energético para pista. Dessa vez estava sozinho, tinha me perdido de todos e estava tentando curtir a música ao mesmo tempo em que ficava mais bêbado. Foi quando vi, no meio de toda a multidão, o Paulo novamente. Quando o avistei ele já estava me encarando, dessa vez encarei por mais tempo, sem desviar o olhar. Ele veio em minha direção e quando chegou perto de mim já foi chegando bem perto, dançando com o corpo quase colado no meu, esfregando a barba no meu rosto e falando bem perto do meu ouvido “tudo bem gato?”. Foi só assim de perto que reparei como ele estava vestido, com praticamente a mesma altura que a minha, 1.74m, ele usava uma calça jeans preta, Allstar verde musgo e uma camiseta branca lisa, que apesar de não ser justa, marcava seus braços fortes e o peitoral, ficando solta ao redor da cintura.
Respondi que não estava curtindo muito a festa, mas estava tentando, e levantei o copo. Ele brindou comigo e disse “se preferir podemos ir pra outro lugar, fazer o que você curte fazer”. Dei risada e respondi que ele estava rápido demais, ele riu também e me beijou. Beijei de volta e se até então o beijo com Alessandro tinha sido bom, foi com o Paulo que eu entendi que beijaria homens tanto quanto beijava mulheres.
- Tudo bem, podemos curtir melhor em outro lugar mesmo
Eu respondi, devido ao álcool, obviamente. Assim que as palavras saíram da minha boca eu me arrependi, só que ao mesmo tempo não queria ser escroto e dar pra trás depois de ter dito.
- Vamos então - Ele respondeu sorrindo.
Saímos da balada e pegamos um táxi na porta, Paulo falou o endereço e foi só nessa hora que percebi que não sabia nem o nome do cara com quem aceitei sair da balada sem saber a onde íamos. Rindo, de nervoso também, disse:
- Cara, não sei nem seu nome.
Ele sorriu, colocou a mão na minha coxa e respondeu:
- Verdade, sou o Paulo, prazer
- Enrico
- Lindo nome, combina com o gato que você é
Nessa hora ele subiu a mão pela minha coxa e apalpou meu pau, eu não estava duro, fiquei um tanto quanto desconfortável, me ajeitei no banco e sorri pelo elogio.
- Tímido além de tudo, vem ca lindão
E começou a beijar meu pescoço. Sua barba por fazer arranhava minha pele, senti um arrepio no corpo todo, sua mão continuava alisando meu pau, que começou a endurecer. Fechei os olhos, aproveitei os beijos e virei para beijá-lo. Fomos trocando beijos e ele me alisando, eu estava curtindo muito, nem liguei para o taxista. Só me dei conta de que ele estava vendo tudo quando ele parou o carro:
- Chegamos, entregues.
Paulo abriu a porta, sai em seguida. Eu estava de calça jeans e camiseta, minha rola marcando na calça, e agora com vergonha de toda a situação.
Ele morava em um prédio de 4 andares, antigo e muito bem conservado. Não sabia que bairro estávamos, apenas segui Paulo que abriu um pequeno portão de ferro branco de acesso ao prédio e caminhou como se eu sempre fosse até ali e conhecesse a casa.
Passamos uma grande porta de madeira que ele abriu com chave e acessava o prédio em si. Nada de elevador, descemos uma escada redonda, dois níveis. Seu apartamento na verdade era no subsolo, fiquei um tanto quanto tenso nessa hora, imaginei um porão onde ele me amarraria e eu nunca mais conseguiria ir embora. Ele abriu a porta de madeira branca do apartamento e entramos. Ufa, não era nada como eu imaginei. O apartamento tinha grandes portas de vidro que acessavam um jardim abaixo do nível da rua. Ele acendeu algumas luzes, muito bem decorado e organizado o espaço, perguntou se eu queria uma água e me chamou para segui-lo. Entramos no seu quarto, uma cama enorme, deveria ser king size, ficava entre portas de vidro que acessavam outro jardim e os armários brancos com espelhos em todas as portas, que refletiam a cama e o jardim externo. Ele se aproximou e me beijou já tirando minha camiseta.
- Caraca, peludinho, que delícia, não esperava por essa
E desceu beijando meu pescoço, meu peito, deu uma leve chupada no meu mamilo e voltou a me beijar na boca, abrindo minha calça. Eu até então estático também comecei a abrir a calça de Paulo, enquanto minha calça caia ele tirou a camiseta. Que homem gostoso, tinha o peitoral bem desenhado, o abdômen musculoso, mas não definido em quadradinhos, era mais aquela barriga típica de homens mais velhos e que se cuidam. Tinha alguns pelos pelo corpo, mas não muitos, bem menos do que eu de fato.
- Tira a cueca, fica peladinho vai e pode ir pra cama
Ele me deu a ordem enquanto abaixava a calça e a cueca. Apesar de estar um tanto inseguro com aquela situação toda obedeci. Estávamos os dois duros, ele provavelmente foi o cara com a rola mais pesada que já sai, ela era grande, devia beirar os 19cm mas também bastante grossa. E olha que minha rola já é mais grossa que o padrão que vejo por ai, ainda assim a dele era pesada demais. Ele deitou por cima de mim na cama e ficou se roçando enquanto me beijava na boca e no pescoço.
- Você é muito gato, puta que pariu
Ele dizia enquanto se esfregava em mim. Deitou na cama de costas e me puxou por cima dele, agora era eu quem beijava seu pescoço e esfregava meu corpo no dele. Ele apertava minha bunda e me segurava firme pela cabeça, sempre me olhando fixamente nos olhos. Me jogou de novo na cama, levantou e abriu uma das portas do armário espelhado, fiquei olhando sua bunda redondinha e branquela, com um rastro de pelos claros que subia até a lombar, me excitei muito com isso e comecei a me punhetar, ele virou com uma camisinha e um lubrificante na mão, me olhou sorrindo e voltou para cama ficando de joelhos entre minhas pernas, se inclinou para me beijar e percebi uma movimentação estranha. De repente sinto ele passando a mão com lubrificante em mim, me toquei que ele estava vestindo a camisinha e que o cara queria mesmo era me comer. Surtei. Minha cabeça girava por conta do álcool, coloquei minha mão em sua barriga e disse “não”.
Ele sorriu e respondeu:
- Relaxa moleque, vou ser carinhoso, você é gostoso demais, não da pra aguentar.
E nisso ele já ia pressionando sua rola contra meu rabo, logicamente não entrava, além de virgem eu estava super tenso.
- Levanta essas pernas aqui - ele colocou minhas pernas ao redor do seu tronco - e relaxa, é só deixar o cu relaxado que eu faço o resto
Respirei fundo, estava me sentindo um pouco mal, não queria aquilo. De repente senti que sua rola estava entrando em mim, além da dor, também me desesperei um pouco e sai dele. Já não estava mais de pau duro, pois estava mais assustado do que com tesão. Pensei que teria que me livrar daquela rola de algum jeito - calma - eu disse me girando na cama, tirei a camisinha que ele tinha vestido e comecei a mamar aquela pica monstra. Provavelmente fui desajeitado no boquete, nunca tinha feito e o tamanho da rola de Paulo não facilitava o trabalho, mas imaginei que mamando o cara, ele desistiria de comer meu cu.
Paulo não deixou eu mamá-lo por muito tempo, me levantou, beijou minha boca e deitou na cama de novo, dessa vez de barriga para baixo, e foi com a cara direto pra minha bunda, deu uns beijos e umas mordidas, me abriu com as duas mãos e meteu a língua no meu cu, me lambendo com vontade e força. Certa hora vi nosso reflexo no espelho, eu deitadão com ele empinando minha bunda e a cara afogada em mim, a cena me excitou de novo, comecei a ficar duro e acho que até gemia baixinho. Lembremos que, minha primeira namorada, Camila, costumava me dedar enquanto me mamava, mas nunca havia sido chupado no rabo. Eu sentia sua língua literalmente dentro de mim e meu tesão aumentava cada vez mais. Paulo claramente percebeu que eu estava excitado de novo, parou de me lamber, pegou o lubrificante de novo, melou sua rola inteira e deitou por cima de mim, beijando minha nuca começou a forçar a entrada da sua pica novamente. Eu realmente não estava pronto para aquilo, quando senti sua rola dentro de mim levantei o corpo em um movimento para tentar tirá-lo, ele porém, transpassou seu braço direito pela minha cintura, me segurando forte, garantindo que seu corpo não saísse do meu e nesse movimento rápido e bruto de nós dois, a rola dele acabou entrando inteira em mim. Lembro de soltar um “caralho” alto, porque senti tudo de uma vez, mas não senti dor para querer sair.
Olhei novamente para o espelho e la estávamos nos dois, aquele macho gostoso de joelhos na cama, com o braço me prendendo pela cintura, eu de quatro completamente enrabado e de pau duro. Que imagem. Nunca na vida havia imaginado isso, mas meu tesão explodiu essa hora e ele soltou um:
- Então é assim que você gosta, de se ver no espelho de 4 né putão?
Sorrimos os dois. Eu abaixei minha cabeça na cama, ainda me acostumando com aquela rola dentro de mim, ele então soltou minha cintura, colocou a mão entre meus cabelos, me segurando firme ao mesmo tempo que sutilmente, e começou a meter, devagar no começo, mas acelerando cada vez mais, comecei a gemer, apertava minhas mãos forte contra o lençol. Sentia aquela rola massiva me abrindo e a sensação era que ela entrava cada vez mais fundo em mim.
Paulo deitou o corpo por cima do meu e falou no pé do meu ouvido - deixa eu te comer de frente, quero olhar pra esse seu rosto lindo - acenei positivamente com a cabeça. Ele saiu de dentro de mim e eu me virei na cama deitando de barriga pra cima, meu pau duro apoioi sobre minha barriga e vi que ele estava completamente melado, babava muito, melando meus pelos da barriga. Ele foi meter em mim e eu pedi que colocasse uma camisinha de novo, já que eu havia tirado na tentativa de não ser enrabado. Ele levantou de novo, pegou e vestiu uma camisinha nova, passou mais lubrificante e foi colocando sua rola dentro de mim devagar, dessa vez doeu mais do que quando estava de quatro. Pedi calma duas vezes, ele desacelerava, me beijava e alisava meu corpo e então voltava a meter.
- Ta gostoso? - ele me perguntou
- Aham - respondi seco tentando aguentar aquela pica inteira dentro de mim de novo e continuar curtindo o sexo como estava até pouco tempo atrás. Ele então pegou meu pau e deixou ele bem reto.
- Caralho ta babando em!
Sorri e ele deslizou a mão pelo meu pau apertando bem a cabeça e melando seus dedos, que ele, em seguida, passou no meu lábio, abri a boca e ele enfiou os dois dedos que eu chupei inteiros. Senti aquele gosto levemente salgado de uma baba que meu pau soltava já misturado com um pouco de porra, que tesão, Paulo me bombou forte essa hora, entalando os dedos na minha boca e socando em mim como se eu estivesse acostumado, o tesão me consumiu completamente, inclinei minha cabeça para trás e Paulo agarrou meu pescoço com sua outra mão e me bombou ainda mais forte.
- Agora sim moleque, é disso que o macho gosta né
Eu comecei a gemer, é verdade que também doía um pouco, mas estava sentindo um prazer filho da puta, pela primeira vez comecei a me punhetar. Paulo tirou os dedos da minha boca, soltou meu pescoço e levou as duas mãos para minha cintura, onde me controla junto aos movimentos que fazia enquanto me comia. A partir dai não demorei muito para gozar, com um gemido forte olhei fixo nos olhos dele e soquei meu pau com uma velocidade monstra, gozei por toda minha barriga, espirrando no peito e também na cama. Paulo sorria falando - isso, isso - e pouco depois de mim, ele entalou a rola no fundo do meu rabo e gemeu alto, caindo em seguida sobre meu corpo. Nos dois muito suados e ele sorrindo me olhou:
- Que foda gostosa, to louco em você moleque
Apenas ri e devolvi com:
- Ta ligado que foi minha primeira vez né?
- Primeira? Te achei meio novo no assunto mesmo, mas primeira primeira? Caralho
- Só tinha feito umas besteiras, nunca nem tinha botado um pau na boca
Ele riu, saiu de cima de mim e perguntou se não queria tomar uma ducha. Aceitei, sem entender que ele quis dizer que tomaríamos a ducha juntos.
Já debaixo do chuveiro ele insistiu:
- Você nunca tinha saído com outro cara então?
- Já sim, mas foi em um a três com uma ex namorada, basicamente foram beijos e toque só. Fora isso sai com um menino do grindr outro dia, passivão que só ficou parado esperando eu meter nele, nada de muito emocionante
- Foi emocionante comigo então?
- Sai dessa, foi bom, é isso
Falamos rindo e ele continuou:
- Você ainda tem namorada?
- Não, estou solteiro
- Eu sou casado
Ri dessa informação aleatória e ao mesmo importante
- Ele está viajando a trabalho, mas temos um relacionamento aberto, tranquilo
- Entendi. Se você diz
- O que? Não acredita?
- Sussa, não vou ser seu amante nem nada, sem drama né
- Te curti muito moleque, por mim você vinha mais vezes aqui
- Vamos ver, sei la né
- E você já curtia homens mais velhos?
- Como assim?
- Como assim o que? Quantos anos você tem? 30?
Rindo eu respondi “22”
- Vinte e dois? - ele disse rindo - sabe quantos anos eu tenho?
- Quanto?Caralho - eu disse rindo
- Caralho - ele riu também
- Bom, não imaginava. Mas daora.
Terminamos a ducha e voltando pro quarto comecei a me vestir. Paulo ainda insistiu que eu ficasse, disse que não tinha problema dormir la. Achei super estranho dormir com ele, ainda mais na situação em que eu tentava assimilar o que havia acontecido e o que significava para mim ter sido passivo daquela forma. Chamei um táxi, voltei para casa e a partir desse dia tive certeza que sim, sentia atração por homens também. Foi quando comecei a me entender e aceitar como bissexual.